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Intro e cap 2 - Moellendorf - Cosmopolitan Justice-Westview Press pt

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1 implorar para pensar nas idéias relacionadas a este livro em 1990, quando os Estados Unidos estavam preparando longe a Guerra do Golfo. Durante a época em que eu era estudante de pós-graduação em 19805, eu também tinha passado muito tempo srgarizando a oposição à U.f., à política externa na América Central e na África Austral. A Guerra do Golfo foi diferente da maioria das outras campanhas militares orquestradas pelos U.5 durante a década que a precedeu, na medida em que foi ostensivamente dirigida a um governante inequivocamente perverso. Por isso, não foi fácil para a Sorne prestar contas de nossa oposição à guerra de uma forma convincente para os outros e para nós mesmos... Num esforço de toda a luxúria que, e para começar um relato sobre os princípios do internacionalismo socialista, X escreveu um trabalho chamado "Marx-ismo, Internacionalismo e a Justiça de Guerra", que foi publicado em Sci-ence e fc3tcie~(58:3, outono de 1994). Akhough f então pensou que o clássico Marxisrn era mais ou menos uma filosofia política adequada, ao escrever a peça 1 do tl-ris veio a acreditar que a determinação da justiça de uma guerra exigia novamente um relato de justiça social. Isto, é claro, f não se encontraria no marxismo clássico.
No verão de 1994, 1 teve a sorte de assistir a um serninar de verão do National Endowmerit of the Humar~ities(NEH) sobre as fundações da autodeterminação política, organizado por Ailen Bucl-ranan na Universidade
de Wisconsin,	Eu gostaria de agradecer ao NEH pelo apoio que
me apontou na direção desta bc> ok. Através da participação nesse seminário e discussões com Harry BrigX~ause, chegamos a um maior respeito pelas contas liberais igualitárias da justiça. W r k naquele verão produziu dois pa-pers que seriam a base do presente livro. O capítulo 2 deste livro é uma reelaboração de "Conscruccing the Law of Peoples", publicado originalmente em Pacific Philosophical Q ~ a r t e r b(?7:2,junho de 1996). O fc~ctrsof desse artigo foi a palestra de John Rawls da Anistia Oxford, "The Law of Peoples", Cap-ter 2 contém revisões substanciais do artigo anterior do tl-rat, em parte ta levar em conta Rawls" bhook, The Law of Peop/es (Cambridge: klarvard Univer-sity Press, f 399). O capítulo 4 é uma versão revisada de ""tiberalisrn, National-
xii	1 3 ~ b r ; ~ c r ? ,
ism, and the Right to Secede", originalmente publicado em Philosophical Forurn (XXV1I:l-2, falllwinter 1996-1 9973, Capítulo 5 incorpora material fi-om
minha entrada ""Imperiaiism'3 in the E ~ c y c l c ~ p e dofz"Applied~ Ethics (Saxi Diego: Academic Press, 1998). As pessoas, tanto da esquerda como da direita, acham várias conctusões deste gancho desagradáveis. Embora eu tenha tentado b l - baixar os argumentos para onde quer que eles me tenham levado, continuo confiante de que este livro estabelece os princípios do internacionalismo com os quais a esquerda se compromete,
Pvlc~vingfroin dos Estados Unidos para a África do Sul me fez tomar consciência de certas questões que X havia considerado anteriormente e me deu a oportunidade de ouvir novas perspectivas sobre problemas antigos. Também me apresentou um novo grupo de colegas interessantes e apoiadores, 1 sou grato a IVichael Pendelbury por usar sua perspicácia administrativa para me dar tempo para terminar este livro e a Brian Penrose concordar generosamente em reorganizar sua agenda de ensino para que isso acontecesse. Gostaria também de agradecer à Universidade de tlre Wtwatersrand por me conceder uma licença sabática e me apoiar com uma bolsa Anderson-Kappelk,
Nos últimos cinco anos, trabalhos que se tornariam parte de capítulos deste gancho foram lidos em muitos fóruns diferentes, incfudindo a Associação de Filosofia Radical em conjunto com a reunião da Divisão do Pacífico da Associação Filosófica Americana ( APAj, 1495; a Sociedade para a Pré-vexicação da Qmniclde Nuclear em conjur~ctiox~ com a reunião da Divisão da Páscoa da tl-re A13A, 1935; reunião da Rede Internacional de Filósofos da Educação, Universidade Rand Afrikaans, 1996; reuniões da Sociedade Filosófica da So~ztherxiAfrica em 1996, 1998, 2000, e 290 l; o Collaquiuxn da Primavera, organizado pelo Departamento de Filosofia da Universidade de Natal, Pietermaritzhurg, 1997; o Seminário de Pesquisa E3oernfk do Departamento de Filosofia, Universidade de Witwatersranrl, $ 997; o Departamento de Filosofia, Universidade de Wisconsin, Madison, 1 999; a reunião da Divisão Leste da APA, 1999; o Departamento de Filosofia, Universidade Rand Al'rikaans, 22000; o Serrtinar de Estudos Africanos, Universiq de Wirwatersrand, 2000 e 2001; e a Divisão do Pacífico xneecing da APA, 2001. Gostaria de agradecer aos o r w i z e r s destes eventos por um trte pró-vidirlg com um forutrt para apresentar minhas idéias, e aos muitos participantes - a maioria dos quais eu não conheço - pelas discussões que me ajudaram a ir além do meu trabalho,
Sou grato a Kate Hofmeyer e Michael Mandlebaum por sua ajuda na busca de novo, quando eu estava completando o manuscrito e tentando ensinar-lhes algo sobre Arrstotle e Kant. Ao longo dos anos, muitos peões leram generosamente partes deste gancho ou discutiram comigo várias idéias nele contidas. A todos eles, obrigado. Xn em particular eu gostaria de tc-, obrigado Patrick Bond, Harry Brighcruse, Alten Buchanan, Steve CLarke, Omar Dahbour, Parker English, Patrick Hayden, Jason Hill, Andy Kuper,
Sharon Lloyd, Hennie Utter, jon Mandel, Rodney Pefkr, Brian Penrose, David Schmidtz, Ted Stolze, John Strernilau, ~MaryTjiattas, e Paul Vc~ice, J também gostaria de agradecer às pessoas que comentaram a proposta ou o penúltimo rascunho deste livro para Westview: Wavid Crocker, Thornas Pogge, james St-erba, e Jerem); Waldroil, Three people were particularly generokzs with their time and tho~zghcs,reaciing all or must of the xnmuscriyt, f owe a special debt of gratitude to Bonnie Fried-mailn, Thad ~Metz,and 1Vichael Peildlebury, No doubt there are many ways irrita which this could have beer1 a better book, perhaps especially if Iis-terled more carefully to those who discussed its ideas with me. Mas X shud-der para pensar no que poderia ter sido, sem a ajuda deles.
Finalmente9 agradecimentos adicionais são devidos a Bonnie Friedmann por viver com minha distração e me apoiar através dela, especialmente durante um emocionante final de nove montl-rs.
Todos os humanos são livres de chifres e iguais em dipzity dad I"Zghts, T h y are et~dowedwith rtrasrrrt ar~dC O ~ Z S C ~ d~ t~~ZdsCh~o ~ l dact towards orte atzother rn a spzrig nfbrotheri~ood,
-Universal	Cz~taratianof Direitos Humanos1
Este livro foca 0x3 assuntos de Justiça Social, Justiça Social corta a morai. natureza dos institutiotls que mediam as interações entre as pessoas. A justiça social, por assim dizer, pode ser mais restrita do que a justiça em si, por uma questão de simplicidade 1 deve usar o termo justiça como eq uivalente ao j~stice soczal. Na base, nossos deveres morais de justiça são dirigidos a outros filhos, mas esses deveres são geralmente cumpridos através de condutas dirigidas a instituições, tais como obedecer às regras institucionais existentes, desafiá-las, ou defender e auxiliar a estruturação de novas instituições que promoverão interações justas. Por exemplo, embora um dever de justiça para com os outros envolva protegê-los de atos criminosos e prender o malfeitor, este dever é cumprido através do pagamento de impostos para apoiar a justiça e o sistema judicial e através da cooperação com a polícia11 e as investigações judiciais. Normalmente não exige que os cidadãos policiem as ruas. Os deveres da justiça fazem parte da moralit!, não a barraca por nenhum meio. Os deveres morais para com os outros não são institucionais e são mediados por eles. Por exemplo, um dever de dizer a verdade pode ser, e de costume é, satisfeito sem qualquer referência a regras insti-tucionais.
Este livro é particularmente focadoem assuntos de justiça internacional - no que diz respeito à justificação, conteúdo e requisitos práticos dos deveres de justiça para com os não-compatriotas. As discussões sobre estes assuntos são da competência da província de filosofia política e moral. A justiça é, no entanto, um conceito jurídico, bem como filosófico. Alguns escritores sobre justiça internacional estão preocupados em fazer argumentos jurídicos sobre a existência, interpretação e conseqüências das regras que governam as instituições existentes e os pat-terns de interação internacional. Embora qualquer distinção entre abordagens moral e jurídica da justiça possa ser controversa, uma maneira de pensar sobre isso é que a primeira abstrai das exigências institucionais existentes e desenvolve um relato dos deveres que as pessoas devem uns aos outros, considerando a natureza da própria justiça; enquanto a segunda busca uma compreensão adequada das práticas e instituições existentes, esforçando-se para entender o que as regras que as governam implicam sobre a obrigação de uma pessoa.2
Como uma abordagem filosófica da questão da justiça internacional, este livro tenta responder perguntas como: Qual é a justificativa para os direitos hu-man? Que deveres de justiça temos para com as pessoas de outros países? Qual é a justificativa e o limite da soberania do Estado? Quando, se alguma vez, as guerras são justificadas?
A relação entre as conclusões filosóficas a estas questões e o tratamento jurídico de questões semelhantes é importante. Uma posição na jurisprudência contemporânea, conhecida como positivismo legal, sustenta que a lei pode ser conhecida sem uma avaliação sobre se ela é justa.3 Ronald Dworkin rejeita esta posição, em parte, mantendo que certos princípios morais fazem parte da lei mesmo antes de serem expressos em prisões ou estatutos legais.4 Uma abordagem filosófica para a justiça pode complementar o positivismo legal, fornecendo um relato do que a lei deve ser. Também pode complementar a abordagem Dworkinian, fornecendo uma justificativa dos princípios que putativamente fazem parte da base do direito. Seja como um relato do que a lei deve ser ou como uma justificativa do que ela é, há uma compensação prática para o relato filosófico da justiça. Portanto, ela pode ser utilizada como uma introdução aos capítulos subseqüentes para considerar algumas questões relacionadas à natureza do direito internacional.
ESTATISMO E COSMOPOLITISMO
NO DIREITO INTERNACIONAL CONTEMPORÂNEO
Os tratados, incluindo os documentos legais das Nações Unidas (ONU), são uma fonte importante do direito internacional. Este corpo de direito inclui a Carta da ONU, que rege as relações entre todos os Estados membros, bem como vários convênios que regem as relações entre os Estados signatários. Dentro destes documentos, existe uma tensão significativa sobre o direito próprio e último
preocupação com o direito internacional. Uma concepção da base do direito internacional leva-a a basear-se no princípio da autodeterminação e do respeito pela soberania e igualdade de todos os Estados. Esta visão sustenta que a ONU procura acima de tudo proteger os interesses dos Estados como órgãos corporativos e procura em particular impedi-los de interferências indesejadas por outros Estados, 1 caXI esta visão estatal,
Os dois parágrafos seguintes do artigo 2 da Carta das Nações Unidas parecem ser expressões de estatismo:
214): Os membros da A11 se abstêm em suas relações internacionais da ameaça ou uso da força contra a integridade territorial e a independência política de qualquer estado, ou em qualquer situação inconsistente com os 1)urposes t>f as Nações Unidas". 217'): Nada contido na presente Carta autorizará as Nações Unidas a intervirem em lxatters wfiicfi são essencialmente witli~ no dontestis j~trisdic-tion de qualquer estado t>r exigirá que os Membros submetam tais assuntos a settte-rncnt sob a Carta prescrlt; mas o princípio tliis não deve ser aplicado nem preludicc tficc tficc de medidas alorcelnent sob Czhapter VIIX.6
O parágrafo 2(4) identifica a integridade territorial e a independência política como dois interesses principais dos Estados, que não são expressos como interesses indiretos de pessoas, mas como interesses dos Estados, que a Carta neste para-gráfico procura desvendar da usurpação unilateral por outros Estados, o parágrafo 2("7 procura proteger certos assuntos "essencialmente com a dornestic juris-diction" contra a interferência coletiva da ONU, Mais uma vez, parece que são os interesses dos Estados3 que estão sendo protegidos.7
A aplicação do parágrafo 214) protegeu os Estados contra a interferência de outros e, assim, deu-lhes ampla licença para perseguir as metas da política nacional7 da maneira considerada adequada por seus líderes. Uma consequência disto é que as pessoas que procuram mudar a "ordem incernai" de seu estado podem não receber ajuda de outros estados, enquanto que o estado que resiste à mudança pode receber ajuda se assim o desejar. Assim, o parágrafo tem sido a base fc~rcondenação do que são consideradas ameaças indiretas ou usos da força por outros estados, tais como a assistência ativa ou o incentivo à luta civil ou a bandos armados em outros países. Qn 27 de novembro, $948,a Assembléia Gefieral condenou 121 bancos, a Bulgária e a Iugoslávia por ajudar a guerrilha comunista grega.8
Embora terceiros não ajudem os movimentos revogatórios dentro de outros países, esses países, sendo soberanos, podem legitimamente usar a força para suprimir tais movimentos.9 Este é o significado da linguagem "em suas relações internacionais". O uso da força internamente não é questionado; não haveria então uma condenação simbólica de terceiros que ajudaram ou encorajaram ativamente os Estados em suas lutas internas. A União Soviética procurou justificar sua intervenção na Hungria em 1956 com a alegação de que estava intervindo na inrvitação do governo húngaro. A União Soviética
Os Estados defenderam sua intervenção na República Dominicana em 28 de abril de 196,5, alegando uma "ameaça à vida de seus cidadãos e um pedido de assistência por parte das autoridades do Doininican que ainda lutam para manter ou morrer". O efeito líquido é um viés em favor dos arranjos estatais existentes. Assim, os princípios jurídicos internacionais estatais têm implicações conservadoras.
O parágrafo 214) não impõe uma barra absoluta contra a inter-venção unilateral, Parece que a intervenção unilateral tlzat não viola a integridade territorial e a independência política de um Estado e isso é consistente com os pprrrrrposcs da ONU, Portanto, ele pode não ser inteiramente co1i-servador em seu efeito. É uma questão de controvérsia entre os advogados internacionais, no entanto, se interveções unilaterais para promover a justiça seriam permitidas pelo parágrafo 2(4) . H
O parágrafo 2(7)parece permitir intervenções coletivas que ou não afetam as questões essencialmente com a jurisdição dornestica de um estado ou que são exigidas pelo Capítulo VII, À luz da referência ao Capítulo VZI, o para-gráfico 2f7) é indiscutivelmente mais permissivo de intervenções do que o 2(4j). A seção mais relevante no Capítulo VII é o Artigo 39, que permite que o Conselho da Fez-Rity autorize medidas no caso de "qualquer" ameaça à paz, violação da paz ou ato de agressão'yin para "manter ou restaurar a paz e a segurança internacional"'q o debate sobre a legalidade de intervenções unilaterais sob o parágrafo 2(4) é paralelo a um debate sobre a extensão da licença de intervenção coletiva para proinotar a injustiça sob o parágrafo 2(7) . Este paragraplz não licencia diretamente intervenções para promover a justiça. l 3 Entretanto, o que está autorizado são efktrts coletivos para restabelecer a paz e a segurança internacional que têm o efeito de promover o jrrs-tice, tais como a Resolução 940 do Conselho de Segurança sobre o Haiti em 1994". De qualquer forma, parece que o parágrafo 2j7) não justificaria uma intervenção para promover a justiça se a in~rriationalpeace e a segurança não estivessemem risco,l-5
A Declaração de Princípios do Direito Internacional Relativo ao Relacionamento Amigável e à Cooperação entre os Estados em Conformidade com a Carta das Nações Unidas foi adotada em 1970 como uma elaboração dos princípios de yrinci-ples do cllarter, Em contraste com os parágrafos 2(4) e 2(7), a declaração estabelece uma barra absoluta contra a intervenção: "NoState ou grupo de Estados tem o direito de intervir, direta ou indiretamente, por qualquer razão que seja, nos assuntos internos ou externos dos Estados otl-rer". Esta é uma expressão inequívoca do estatismo,
As Nações Unidas surgiram no final do Secorid World VV;1r quando a consciência do mundo ficou horrorizada com as práticas genocidas do regime nazista. Qualquer compromisso consistente com um estatismo irrestrito teria tornado a ONU impotente contra injustiças semelhantes na fu-tura. De fato, o período pós-guerra também testemunhou a explosão de uma concepção muito d i h r e n t e da base da l a w a w internacional como uma variedade de estados-méritos que afirmavam um compromisso com os direitos humanos internacionais.
De acordo com estes princípios, as reivindicações dos indivíduos constituem a base das obrigações legais internacionais, Esta visão é às vezes chamada de "cosmopolitismo".
A Carta das Nações Unidas expressa uma perspectiva cosmopolita em vários pontos. O preâmbulo reafirma "o contundente nos direitos humanos fundamentais, na dignidade e valor da pessoa humana, na igualdade de direitos de homens e mulheres","O artigo 55 do Wrti-cle 55 compromete a ONU a promover "o respeito universal e a observância dos direitos humanos e liberdades fundamentais para todos, sem distinção de raça, sexo, larguagem ou religião"."qVr~r~rtigo56 expressa o compromisso de "tomar medidas conjuntas e separadas". . para a realização dos propósitos estabelecidos no artigo 55". IXE-ou seja como for, o conteúdo deste compromisso cosmopolita com os direitos humanos na carta não é especificado. A Declaração Universal dos Direitos Humanos11 adotada pela Assembléia Geral da ONU preenche consideravelmente este conteúdo, proclamando os direitos de pífaro, liberdade, segurança da pessoa, reconhecimento como pessoa perante a lei, propriedade da propriedade? liberdade de expressão, reunião, associação aizd e liberdade da escravidão e da tortura", O status da declaração, entretanto, é menos que uma lei de trc;.aty,l{J embora haja sorne det3ate sobre se ela sobe ao nível do direito internacional custumário após mais de cinqüenta anos de existência.21
O Pacto Internacional sobre Direitos Econômicos, Sociais e Culturais e o Pacto Internacional de Ri@ts Civis e Políticos oferecem interpretações do compromisso da Carta com os direitos humanos que têm a força da lei do tratado a m o x seus signatários. Protegidos pelo primeiro pacto são os direitos ao trabalho em condições mais favoráveis, ao comércio de bens, ao gozo dos mais altos padrões de saúde física e mental e à educação primária obrigatória.22 O segundo pacto protege os direitos à vida, à liberdade, à segurança da pessoa, ao reconhecimento como pessoa perante a lei, à propriedade, à liberdade de expressão, de reunião9 e associação e à liberdade da escravidão e da tortura.23
Como indicado anteriormente na ctm conexão com a colztroversy que envolve os inlylicatiorzs dos parágrafos 2(4) e 2(7), há um debate jurídico considerável sobre como conciliar as proclamações estatais sobre soberania com as cosmopolitas sobre direitos humanos, ambas existentes no direito inrternacional contemporâneo. Este livro não toma partido nas questões jurídicas, mas procura, ao invés disso, uma defesa plzilosoghicai e uma extensão da concepção cosmopolita de justiça. Pelas razões mencionadas acima, o sucesso da defesa desta perspectiva irá apoiar os esforços dos advogados internacionais em defender o direito cosmopo!itanisrr7 , fornecendo uma justificação moral para sua orientação legal. Da mesma forma, complementará o trabalho empírico na ciência política e nas relações internacionais, fornecendo a base para uma avaliação moral dos eventos e tendências que estudam. Por fim, em estudos de política, há implicações importantes deste relato sobre o que deve ser Jane para cumprir1 os deveres de justiça ao rtoi~compatriotr;.
O capítulo 2 trata de questões LIPfoundational na justificativa da justiça cosrrtopolitana, eu defendo uma versão do cosmopolitismo que atrai fortemente o construtivismo po-lítico de John Rawls, o próprio Rawls, entretanto, não é cos-mopolita. Assim, 1 encontro-me na posição pouco invejável de ter de arregaçar as mangas de Rawls contra Rawls, Capítulo 3 tenta chegar a um relato geral da relação entre os deveres de justiça devidos aos compatriotas e àqueles que se casam com nômades, É preciso tratar de questões de imigração e protecionismo econômico para mostrar a aplicação da perspectiva desprovida de preconceitos. O capítulo 4 apresenta um relato dos deveres da justiça distributiva global igualitária e aplica o relato a uma análise do imperialismo, e a questões como o cancelamento da dívida internacional e a assunção dos custos do aquecimento global. Cl-zaprer 5 diviende um relato cosmopolita de soberania e intervenção justificada e olha para o exemplo do em-bargo contra o Iraque. O capítulo 6 argumenta que os cosmopolitas podem conciliar o direito à autodeterminação nacional e até mesmo à secessão. O capítulo 7 desmente o relato cosmopolita de uma guerra justa contra um relato rival estatita, bem como os desafios reaIstas e pacifistas poéticos, e aplica o accotmt a
a Guerra do Golfo e tl-re Kosovo W ~ PFinafl~,.Ctlapter, 8 conclui com algumas breves especulações sobre os requisitos institucionais de uma ordem mundial igualitária e oferece razões para esperar por tal ordem.
DOIS
Ikcslitzul filósofos IZOW mast eZtC~t"rwork withi~tKawlss theur3~ou
ex/?/irzilzwh?~~mt .
-- Nazickl robusto-t
Um dos princípios fundamentais do cosrnopalitanismo que procuro defender é que os deveres da justiça têm alcance global. John Rawls desenvolveu a teoria da justiça na sociedade doméstica que 1 considera convincente em termos gerais, Esta teoria é caracterizada por dois princípios de justiça que exigem tanto o respeito aos direitos civis e dexnocráticos quanto a limitação das desigualdades na Qissri-hution de recursos, Respeito aos direitos civis e democráticos exige um regime político de democracia corzstitucional* A implicação dos limites das desigualdades socioeconômicas é um debate muito importante entre os fal'tawers de Rawls, O próprio Rawls afirma que o regime político não deve ser "dirigido pelos interesses de grandes concentrações de econômios privados e de empresas p ~ w m velado conhecimento público frornado e quase inteiramente livre de responsabilidade", z Atingir este e outros desideratos de igualdade, ele acredita, exigiria novamente ou um regime que permitisse direitos de propriedade em propriedades produtivas, mas que limitasse sua transferência - especialmente em herança nanskrs - ou um regime socialista de mercado.'
A visão cosmopoIitana que defendo sustenta o conteúdo de tl-rat tl-re de tl-re acima mencionados princípios sl-rould se aplicam globalmente, Rawls discorda. Ele defende uma teoria de justiça internacional que requer respeito a um conjunto mínimo de direitos hu-man, mas não requer nem democracia constituinte nem limites para a so-
Neste capítulo X deve ser argumentada a justificação dos princípios da justiça internacional - a lei dos povos - que Rawls em-ptoys i r ~A Lei dos Povos deixa h u r ~ um direito em uma base rmcertain e que suas razões para excluir os requisitos da democracia constitucional e as limitações sobre as condições socioeconômicas são pouco convincentes. 1 deve defender uma justificativa alternativa que amplie os requisitos de justiça globalmente para incluir requisitos de democracia constitucional e limitações da sc~cioeconômica,
Explicarei ao Rawls" cconstrucdon da lei dos povos e mostrarei a inadequação de sua recusa em inclinar princípiosdemocráticos e igualitários. Identificarei também princípios alternativos que estão entre os elementos da concepção cosmopolita de justiça. Defenderei um procedimento alternativo de construção, que se baseia no respeito às pessoas e esbanja os princípios alterrtacivos anteriormente idetltificados, e defenderei que, com a defesa da universalidade da concepção democrática das pessoas e dos princípios que delas derivam, finalmente J argumentará que o relato deste capítulo, e não o de RawIs, é coerente com o valor do toleraeiort. O re-sultado, espero, estabelecerá a concepção cosmopolita da justiça como supe-rior a Rawls" [lei dos povos.
Rawls dá sua justificativa ao yrir-rciplesof justice politicrll cu~zstructivism. 1º Lilieralismo Político Ize desenvolve um procedimento construtivista para as sociedades domésticas que envolve a modelagem de uma concepção de pessoas de acordo com valores que são supostamente inerentes ao traditioi~,TTlll~concepção democrática é usado em um procedimento, chamado de posição original, que coloca um véu de ignorância por filhos para que eles não saibam nada sobre suas afiliadas, raça, etnia, sexo ou gênero; suas concepções do bem; ou sua posição dentro da sociedade" Ao colocar de lado o conhecimento que poderia servir de base para o preconceito na tomada de decisões, a posição original é projetada para ser modelo. nossas convicções sobre a justiça: Que tipos ideais de pessoas neste cenário ideal se estabelecem como princípios de justiça é uma indicação confiável do que a justiça exige de nós aqui e aqui. h Os princípios de justiça derivados deste procedimento devem ser políticos ou livres, ou seja, não derivam exclusivamente de qualquer uma das muitas doutrinas morais, filosóficas e teológicas abrangentes que os cidadãos ousam. c>d>democracias liberais". Rawis prefere um csnceptian político de justiça porque ele oferece a oportunidade de um consentimento mais amplo aos princípios de ]us-tice, resultando em maior estabilidade para a ordem tl-re baseada neles.
É útil para a construção da lei irhe de k o ~ p i e swith the one in Poljtial Liberakm, No Politiml liberalismo a posição original é dita a
A forma de expressão é a de "rationaf", em virtude da plena busca de seus representantes por seus interesses. Enquanto isso, o véu do ignomínimo xnodelismo tranquiliza, impedindo decisões baseadas em aventuras conhecidas sobre os outros. A posição original em A Lei de Epopéia é estabelecida em um inanner análogo, exceto que sentados atrás do véu da ignorância estão os representantes dos povos e não as pessoas.8 Por povos Rawls aparentemente significa estados motivados por uma concepção de justiça com um cidadão em possessão de simpatias com o povo,~awls"suse of ~POPIC' S i s melhor entendidos como parte de seu ideal de justiça internacional, Ele está, em outras palavras, assumindo que os estados obedecem aos princípios de ~ustiça, e em ordem- para sinalizar que ele usa o termo povos. Isto explica porque, ao discutir os estados que não cumprem, ele volta a termos como estados fora-da-lei.10
O véu da ignorância impede que os representantes dos povos fiquem a conhecer o tamanho ou a população de seu território, seu nível de desenvolvimento econômico, ou a extensão de seus recursos naturais. Eles podem supor que existem condições favoráveis à democracia" e que os povos têm interesse em preservar seu território tão úmido1 quanto a segurança e a proteção de sua população~,IWowever, seu interesse fundacional está em sua concepção de justiça,"
Jtrstzfication of Huma~zRights de Rawis
A primeira etapa do processo de Rawls sobre a lei tl-re dos povos é a construção de uma teoria ideal na qual a conformidade universal é afirmada. A construção prossegue em duas etapas: A primeira é uma construção que se aplica, com uma advertência significativa (ver a seção sobre o Eg~litarianismo neste capítulo), às relações entre os povos liberais; a segunda expande as relações para incluir certos não-liberais bem ordenados, ou o que Rawfs chama de hierarquização decente dos povos, Os oito princípios que Rawls sugere que os representantes de geoplasias liberais concordariam na primeira etapa da posição de origem são
( 1 ) Os povos são livres e independentes, e seus libertados e indefesos devem ser respeitados por outros povos,
(2)Os povos devem observar tratados e compromissos.
(3)Os povos são iguais e são partes dos acordos que os vinculam.
(4)Os povos observam o dever de não-intervenção.
(Sj Peoples tem o direito de autodefesa, mas não de provocar fc~rrea-sons de guerra além da autodefesa,
(6)Os povos estão a l-ronor huxnan direitos.
(7)Os povos devem observar certas restrições específicas sobre a conduta da vva r,
(8)Os povos têm o dever de ajudar outros povos que vivem em condições impenetráveis que os impeçam de ter um regime político e social justo ou decente.14
Rawls observa que uma lei completa dos povos pode ter que incluir certos prir-rciples que não estão incluídos nesta lista e que certairlr qualificatio~~say - ply to these principles. O argumento para esta lista é um tanto esquemático, hut é baseado na suposição de tl-re equt~lityof geoples.16 Com base nisso, o utilitarismo clássico ou médio é ridicularizado porque ele sancionaria benefícios para alguns povos às custas de outros. Esta suposição pode subscrever a justificativa dos princípios j l j até ( Sj, butit é menos útil em compreender por que os princípios (6) até (8) são incluídos, A justificativa de (6) é de particular importância, pois tem o papel que desempenha na limitação da soberania
Deixe a%considerar uma possível justificativa de (6). Na posição original, os repreensivos dos povos estão perseguindo os interesses racionais dos povos que representam sob as restrições do véu da ignorância, o que os impede de conhecer os detalhes particulares desses povos. Por que tais representantes incluiriam uma exigência de que os direitos de l-r~~~management sejam respeitados? Os direitos de Hu-man não seriam assegurados pela assunção da igualdade dos peo-pies, já que o primeiro protege os interesses das pessoas e o segundo coadjuva o status dos povos, A igualdade dos povos só é violada se &ere for um respeito desigual pelos órgãos corporativos, não pelas pessoas. Os povos podem ser re-espeitados como iguais, apesar de alguns serem violadores dos direitos de cada filho. Entretanto9 , o interesse futuro que os representantes dos povos gostariam de assegurar na posição original é a concepção de justiça de seus povos. Como o respeito aos direitos humanos é um compromisso das instituições políricas dos povos liberais, todos os representantes dos povos liberais poderiam
a g e e que	é do interesse de seus povos, A cogência desta linha de
o raciocínio depende do sentido de distinguir os povos dos Estados, uma vez que, segundo Rawis, os Estados não têm interesse na justiça-17
1. A ausência notável entre esses oito princípios é uma ausência que requer democracia constituinte, Se a defesa RawlsBn acima faz sentido, a saber3 que os povos liberais têm interesse em incluir seus compromissos políticos morais nos princípios da internatio~~aljustiça, então, pré-suxivelmente, eles incluiriam também o seguinte princípio:
0. As instituições da constitutioilgemeilgemeilts são para honrar as instituições da constitutioilgemeilgemeilgemeilgemeilts.
A fim de evitar as limitações do uso do termo povos "Rawis", subtituo aqui o termo polil.ical arrawrazents, que pode incluir instituições regionais e globais como instituições estatais. Portanto, (91 não estipula se a justiça global permite, exige ou proscreve a orga-nização política na forma de estados, os representantes dos povos liberais incluiriam (9) pela razão sairte (presumida) que eles incluem (C;): Faz parte da concepção de justiça dos povos representados pelos partidos porque os tlzese são povos liberais; e esta concepção de justiça é o interesse fundamental dos povos que os partidos buscam defender. Assim, os povos não precisam de nenhuma forma confiar em seus condiscípulos, incluindo (6)ou (9) . Além disso, como a casca da soberania que protege os assuntos internos do Estado já foi trespassada por (61), invocar a soberania como razão, longe de incluir (9), é improvável que seja convincente. É digno de nota que incluir (9) traria a lei dos povos mais de acordo com o que é, na interpretação de Thornas Franck, o g e ~ ~ e rdirecional da atual lei internacional, "Não é mais discutível que as Nações Unidas não podem mais exercer pressão agai1rst gov-administrações tl-rat oprimindo seus próprios povos por racismo flagrante, negações de autodeterminação e supressão da liberdade de expressão, Essa ladainha está sendo aumentada por novos pecados: recusas de permitir eleições comprovadamente livres ou de implementar seus recursos."l~
Em defesa do o~rtissiori de Rawls, uma resposta maldosa é que, como ele faz muito da noção de uma paz dernocrática, o lg deve incluir os direitos dexnocráticos entre os direitos humanos l-ronorados em (6). Ele admite que uma paz demo-crática exige que os princípios da democracia constitucional sejam observados pelos animais de estimação (assim como certos princípios de distribuição).
O problema com este ponto de vista é que Rawis defende que povos decentes e hierárquicos também honrarão (6). Embora os povos hierárquicos decadentes tenham um estrato básico denominado hierarquia cunsultatiotz21 , eles não estão comprometidos com direitos dexnocráticos. Além do mais, os direitos humanos a que se comprometem são mínimos: os direitos à vida, à liberdade (por exemplo, liberdade para a escravidão e liberdade de consciência), e a igualdade furtiva (ou seja, que casos semelhantes sejam tratados de forma semelhante)," &~s, há nt->razo para ler um ct>mnnitme.tltto direitos democráticos em ( B ) . Isto, aliás, sugere que RawIs se vê confrontado com um dilema. Ou ele deve distinguir entre a ordem internacional exigida pela lei de tl-re dos povos m d que exigia a paz democrática, ou ele deve exigir mais de ( 4 ) e assim excluir sociedades históricas decentes do acordo. Pois se (6) não excluir os direitos democráticos, não há razão para supor que seja possível uma paz democrática entre os estados lexicais e os estados hierárquicos decentes, se (6) incluir direitos democráticos, então as sociedades hierárquicas decentes não a honrarão. Presumivelmente, Rawls desejaria resolver este dilernma em favor da manutenção de um rninixnal in-terpretação de (61, mas isto, então, exige a capacidade qliestlon da lei dos povos para sustentar uma ordem internacional pacífica,
Egalitarismo
Uma segunda ausência da lista "Rawis" levanta outras dificuldades. Os oito princípios incluem nenhum compromisso com uma substancial igualdade sócio-econômica. O princípio (8) estabelece um requisito mínimo de que um povo seja assistido ~ z pto o nível econômico necessário para realizar a lei dos povos-em pmtkular até poder ta insthute regimes que respeitem os direitos humanos". No entanto, não req~tirea compromisso além desta mini-mum como está contida na justiça como fairx~ess-Rawls teoria de justiça para a sociedade Qoxnestic, Por que renunciar ao raciocínio analágico ao que parece estar por trás da inclusão de: ( 6 )exigem um compromisso-metlt mais profundo com o igualitarismo?
Observei anteriormente que as partes na posição original representam povos liberais, mas com uma ressalva significativa. A ressalva é que, mesmo no primeiro passo, Rawls não exige que os povos liberais representados tenham uma co~rtradição ao forte igualitarismo contido na justiça como justiça, Para ser representado no primeiro passo da construção, um povo deve estar comprometido com (a) direitos e liberdades constitucionais básicos, (b)a prioridade desses direitos sobre as reivindicações do bem geral e dos valores perfeccionistas, e
1. Uma distribuição de bens primários (incluindo riqueza e renda) suficiente para que as pessoas façam uso inteligente e eficaz de seus direitos e lii~erties.2" Rawls leva a ixnpiração igualitária de tl-re fatmitment mais substancial do que muitas democracias liberais atualmente exigem, Ele leva a exigir igualdade justa de oportunidades na educação, uma distribuição decente de renda, socievida ao empregador de último recurso, cuidados básicos de saúde para todos os cidadãos, e financiamento público de eleições". Um povo não precisa se comprometer, no entanto, com o princípio de igualdade mais subtailcial contido na justiça como justiça: o princípio da diferença, de que as desigualdades sócio-ecorrómicas sejam o maior benefício para os membros privilegiados da sociedade civil.26
Isto sugere o ft> Ilt)asa duas perguntas. Por que Rawls rey~zire entre os povos liberais apenas um igualitarismo mais fraco do que o princípio da diferença? Por que o tawls dos povos contém uma exigência de justiça distributiva igualitária mais forte do que (g), o que seria consistente com o igualitarismo (embora mais fraco do que o princípio da diferença) que Rawls acha que a libexrrlisxn requer?
As respostas satishing a estes yuestions não são dadas por Rawls. O primeiro q~zestion é significativo porque Rawls se refere a mostrar desconsideração pelo que os leitores acham que está entre os mais importantes cumplicidades da justiça como justiça, ou seja, um relato que as mulheres se comprometem com a liberdade individual e a igualdade substancial jiri a forma do princípio da diferença). O mais próximo de uma explicação na Lei dos Povos é de tirar o fôlego: "Cada um destes liheralismos endossa as idéias não ambíguas de cidadãos como hec e iguala as pessoas e3 da sociedade como uma justa
sistema de cooperação ao longo do tempo. No entanto, como as idéias podem ser interpretadas de várias maneiras, obtemos diferentes formulações dos princípios de ~ustiça e diferentes conterits da razão pública". A Argbtmennd Political Liberal-km, no entanto, é precisamente para resolver "idéias profundamente contestadas sobre l-row os valores de liberdade e igualdade são melhor expressos nos direitos e liberdades básicas dos cidadãos, de modo a dar a axlswer os claixns tanto da liberdade como da equai-idade."l8 Ele defende que os princípios que incluem a igualdade justa de oportunidades e o princípio da dilatação são "mais apropriados do que outros princípios familiares de justiça à idéia de cidadãos democráticos vistos como pessoas livres e iguais,"23 111 ki Theor)i oJftrstice, Rawls refere-se à concepção de eqllaiity h a t inclui estes dois princípios como "eqüidade democrática,""". Presur~ablyth is is beca~zsejust as the conceptio~~~~ of democratic citizenship abstracts from a person's social and natural advatltages for the purpose sf establishir~gpolitical rights, so tlre principles of democratic equality ahstract from these advantages for the purpose of establishi~~gsocic->eco-nomic rights.
Em "O l,aw dos Povos", a palestra de 1993 que precedeu o livro de mesmo nome, Rawls oferece uma razão diferente para não ~ q ~ r i r i r i liberalng peoples para observar o princípio da diferença. "Estas características não são necessárias na construção de uma lei razoável dos povos, e ao não assumi-las nossa conta tem o Seater generalitjr,""l Esta razão é dada sem qualquer tipo de justificativa para que o generalip deva triunfar sobre o j~zstice distributivo, vale a pena considerar quão plausível tal raciocínio seria a nível doméstico. Suponhamos que Rawls argumentou que os princípios de justiça dos Estados Unidos encolhem > exigem respeito pela liberdade individual, mas incluem apenas compromissos mínimos para a igualdade socieconômica, porque tais princípios teriam maior generalidade e teriam uma aceitação mais ampla do que aqueles: exigindo uma co~~rnitment mais forte para a igualdade*, presumo que a seguinte resposta seria adequada: Uma teoria de justiça deveria incluir um relato daquilo a que as pessoas têm direito, não aquilo a que muitas pessoas acreditam que as pessoas têm direito. É simplesmente irrelevante, ao considerar a plausibilidade de um relato de justiça, perguntar como é provável que as pessoas aceitem esse relato. Se estaé uma resposta plausível a nível doméstico, 1 não vejo razão para acreditar que não seja também a nível global.
A segunda questão levantada acima perguntou por que a lei tl-re dos povos não contém uma exigência de justiça distributiva igualitária mais forte do que (8) que seria colapsante com o igualitarismo (embora mais fraco do que o princípio da diferença) que Rawfs tl-rinks liheralisrn exige. Rawfs não percebe que a razão pela qual os representantes dos povos liberais incluiriam uma exigência stroElger é a mesma razão (presumida) que eles incluem ( 6 )e deveriam incluir (9)-namely, tal exigência é parte da concepção de justiça que os povos iiheralisrn são supostos a ele mais interessados em proteger,
Aithougl-2 uma discussão completa sobre este assunto não será realizada até o Capítulo 4, as considerações ahove sugerem que (8) devem ser substituídas pelo seguinte:
(8") Os arranjos políticos devem honrar os princípios da justiça distributiva egali-tariana substancial.
incluindo ambos (8") e (9), está de acordo com o presunção de que, para que a coerção estatal seja empregada de acordo com a injustiça, os estados devem aderir aos princípios de base que tratam os indivíduos como pessoas livres e iguais. Como no fc~rmulationof (91, a formulação de (8") não prejudica a questão do whetller, os arranjos políticos devem ser globais ou podem ser meramente instituições estatais,
justiça ou Expediência
Como Rawls representa os povos e não todas as pessoas do mundo na posição original, sua justificativa de princípios que exigem respeito a cada filho é tensa, Para fazer c> n!y povos, e não pessoas, o abjeto direto da justiça inrternatiorzal obscurece o fato de que dentro dos regimes podem existir relações de coerção injusta. Rawls afirma, "Nenhum povo tem o direito à autodeterminação, ou um direito à secessão, às custas de subjugar um outro povoOm"3 Ele cita como exarnplemente a ab-rogação do direito de secessão da Soutl-23right americano porque perpetuou instituições de escravidão.3 O que se esperava que Rawls dissesse era que o direito à autodeterminação não pode ser exercido às custas de subjugar pessoas. Presumivelmente9 l-re não quereria permitir a autodeterminação baseada na subjugação de um grupo de pessoas que não se elevou ao status de peões, Oi>qualquer que seja, porque seus princípios de justiça internacional, mesmo no primeiro passo, se concentram em órgãos corporativos - isto é, pessoas - e não pessoas, ele tem dificuldade de captar o respeito das pessoas.
A omissão de (g*) e (3) traz à tona uma preocupação com a coerção injusta do Estado. Por que, então, ele não os inclui? Sua expianação em "A Lei de koples", citada acima, para incluir os representantes de povos que não manipulam o princípio da dil'ferência é reveladora. Ele está preocupado que os princípios decorrentes de uma posição original que incluía representantes onipresentes de povos liberais igualitários excluam a possível concordância de muitos povos que não são nem calitários nem liberais. Em outras palavras, ele adapta o primeiro passo para produzir um resultado que seria aceitável no segundo passo.
No segundo passo do teor ideal); Rawls tenta estender a Lei dos povos para incluir popfes hierárquicos decentes. Estes são povos que não esperam nem a justiça distributiva igualitária nem um conjunto de direitos civis e dexno-cráticos. As seguintes características delineiam a classe dos povos hierárquicos decentes: Eles são não agressivos; aceitam um conjunto mínimo de
Os direitos de l-rurnan incluem apenas os direitos de pífaro, liberdade e o mesmo tratamento que outros na mesma condição; eles impõem deveres c>suas citi-zens a pursrte a commtrn g o d , hut estes não são percebidos como opressivos; e, finalmente, seus juízes e outros representantes acreditam sinceramente que a lei preserva o comum g<>od.34
Representantes de: povos decentes e hierárquicos concordariam com princípios ( l ) até (8 ) pelas mesmas razões que os representantes das sociedades liberais dernoc-ráticas. Os princípios (1)até (5) seguem o pressuposto da igualdade dos povos; e os princípios (6)embora (8)col~formam à cammitmex-tcs da moral po-lítica dos povos hierárquicos decentes. Os princípios (8") e (91, é claro, não seriam aceitáveis para os representantes dos povos hierárquicos decentes. Isto parece explicar porque Rawis não os inclui no primeiro passo da posição original. Eu quero que os princípios dos povos liberais sejam agradáveis para os povos hierarquizados e ricos decentes. Em outras palavras, ele sacrifica a justiça plena para obter um acordo mais amplo. Ao fazer isso, ele negligencia a liminar de Kant para não avançar uma moralidade política que seja adaptada às preocupações do homem-estado, "1" pode de fato ixnaginar um politz'cidn moral, ou seja, soxneone que convive com os princípios da conveniência política de tal forma que possa coexistir com a moralidade; mas 1 não pode imaginar uma rtzoralijt política, i.e. aquele que modela a l-ris rnoraiity para se adequar à l-ris própria vantagem como estadista"3 O objetivo da moralidade política encolhe> não deve estabelecer princípios que os líderes de regimes injustos provavelmente aceitarão, ou seja, aqueles aos quais os cidadãos podem responsabilizá-los.36
Estas são boas razões para acreditar que a existência de pessoas com uma hierarquia decente é impossível. Para um, existe um problema conceitual. Se Rawls está certo de que uma paz democrática requer pessoas liberais, igualitárias e demcráticas,'7 é impossível conversar com povos hierárquicos decentes poderia ser um partido para uma paz democrática, existe também um prablexn prático. A afirmação de que uma sociedade pode ser não-democrática e pode, iegalmente, enktrce uma concepção do bem sem que uma parte da população a considere opressiva e irrealista, Bruce Ackerman caracteriza muito bem o problema:
O fato é que nenhuma das "hierarquias bem ordenadas" de Ravvls estará livre de ~~ativos que são eles mesmos inspirados por idéias liberais de liberdade e igualdade, Tltere não é nenhum naticmo Zs-larnic sem uma mulher que insista em ridlcs iguais; nenhum C:o~~fucianscxiety ou um homem que nega, a necessidade de dcferencc. s vezes esses liberais estarão em minoria em suas terras nativas; mas dada a forma como Ravvfs define uma hierarquia "wefl-or-dered", é até possível que os liberais nativos rnidlc sejam uma rnajcjrity.38
Se as pessoas decentes e hierárquicas são impc>ssihle5 então é ainda mais problemático - alguns Rawis alfaiate o resultado do primeiro passo para igualar o resultado do segundo.
Rawls afirma que o procedimento de co~~strutivismo é alterável de acordo com o assunto que está tratando. A estrutura do procedimento é uma função da estrutura da estrutura social que o procedimento está decidindo.
1 acrescente que ao desenvolver uma concepção de justiça para a estrutura básica do direito dos povos, um r iiideed para qualquer assunto, constructivisln não vê a variação no número de pecjple sozinha como contabilizando os casos de prir~eiplesin diflrrcnt sem aprovação. . . . Ao contrário, é a estrutura distinta da estrutura social, e a finalidade e o papel de suas várias partes e como elas se encaixam, que exprime a existência de tlifferetlt priacil3tes para diferentes kir~cfsof subjcctr.39
Rawls dá a passagem da col~sideração para uma construção cosmopolita da lei dos povos, uma construção que incluiria na posição original não representações dos povos, mas representações de pessoas atf do wurld.40 Tal construção ~rouICtallow os interesses das pessoas a serem di-representados e, portanto, asseguraria o respeito fc~rpersons entre seus princípios resultantes. A Rawls rejeita este procedimento pelas seguintes razões:
Por este motivo, a política externa de um povo liberal - cuja elaboração é uma preocupação da Ltr - será a de agir de forma gradual para moldar todas as sociedades naturais, porém liberais, em uma direção liberal, até que todas as sociedades sejam tiberais (no caso ideal), mas esta política externa simplesmente ~ SU M I C S Que somente uma sociedade liberal democrática pode ser aceitável. Com a tentativa de trabalhar com uma lei liberal razoável para os povos, nós podemos limitar a liberdade de expressão de pessoas que não são liberais, A possibilidade de um posttiorl original global não mostra isso, e nós não podemos m~lcrcliyassume tt.41
Esta rejeição não é convincente, O procedimento cosmopolitarr não se baseia no pressuposto de que as sociedades devem respeitar os direitos civis e democráticos e os princípios da justiça distributiva igualitária, qualquer inore que não seja a consrrução da justiça, pois a justiça se baseia nisso, Se há um compromisso com estes princípios, é porque eles são derivados do procedimento. Existe, como sempre, uma diferença fundamental entre a Lei dos Povos de Rawls e o pc~sição original casmopoiano, enquanto que a de Rawis se baseia na assunção de respeito pelas pessoas", a cosmopolita se baseia na assunção de respeito pelas pessoas. Se é a implicação do respeito às pessoas que queremos trabalhar, o caminho mais direto para isso é um procedimento que leva diretamente em conta os interesses das pessoas.
Consideremos ainda, tt-ren, a construção cosmopolita que coloca os repre-sentativos das pessoas em uma posição original global, Rawls supõe que o realismo requer uma construção que não ponha em questão o
O sistema estadual internacional.43 A perda de notlzing se perde ao conceder-lhe que, supostamente, as pessoas representadas como cidadãos de estados sem fazer nenhum fr~rtherassurnptiol~sobre as condições de soberania dos estados ou a conveniência de outras instituições políticas. De fato, mais do que ter uma segunda posição original para a justiça internacional, a única construção de cornideração de um urso mais velho pode servir a ambos os propósitos". Os representantes na construção atual não saberiam de que estado os cidadãos representados habitam, bem como o caráter do estado, o território9 e o tamanho da população, e também seriam igno-rant das várias características naturais e sociais das pessoas que representam. A constância cosmopojitana inverte a prioridade da construção Rawlss; os interesses das pessoas são representados diretamente e os interesses das pessoas jurídicas são representados indiretamente9 , na medida em que servem aos interesses de seus cidadãos.
Pode ser objetado que tal constructioi-r parece permitir um conhecimento excessivo por trás do véu. fn tlrrat particnlar tlrrat pessoas são conhecidas por serem citi-zens de estados pode ser tlzz pensado para ser uojusificado. Se este fosse o caso, então nossa escolha poderia ser entre a construção Rnwlsss e uma construção que represente todas as pessoas do mundo, caso em que o cosmopolitismo optaria por esta última, Entretanto, se as posições originais da Teoria R de jzasfice e LiberaEismo Político - que emprega representantes de cidadãos de um estado - forem justificadas, então esta construção que utiliza a ferrugem s m e re re reentativa também será,
Na c<-~smopolitância-construção, a posição original situa representantes livres e eqrraf de pessoas consideradas razoáveis e racionais. Os representantes de pessoas que se consideram razoáveis e racionais se preocupariam muito menos com os interesses dos peões e muito mais com a atenção e a capacidade das pessoas de perseguir suas próprias concepções de boa vida dentro de um sistema justo de cooperação. Eles desejariam que a ordem sombria, que pode i n c l ~ ~ dstate e outras instituições políticas, refletisse esta preocupação,
Se a única forma de impedir as pessoas racionais de viver de acordo com seus conceitos razoáveis de boa vida fosse através da violação de seus direitos humanos, então a racionalidade e a razão ditariam a renúncia ao poder de intervenção uma vez que os direitos humanos tivessem sido assegurados, Uma proibição contra a intervenção nos assuntos do Estado seria uma escolha irracional na ausência de garantias do tipo que os princípios (g* ) e (9) oferecem, Na ausência de qualquer conhecimento de quais cidadãos do Estado ela representa, e dos arranjos políticos e políticos do Estado, o representante das pessoas gostaria de ter garantias de que os indivíduos podem livremente prosseguir sua re...
concepções sondáveis da boa vida ou que os indivíduos podem lutar contra as circunstancias sociais que tornam essa busca impossível - e que em tal luta eles podem, com um artigo, solicitar uma ajuda razoável. Assim, o respeito aos direitos humanos, a governança democrática e os princípios da justiça distributiva egahtariana são condições individualmente necessárias que proíbem, de longe, todas as fazendas de irrtervenção. Em conjunto, elas podem não ser suficientes para impedir a intervenção, já que os efeitos externos de outras políticas nacionais também podem ser uma preocupação,
A atual restrição justificaria os princípios (6), (g"), e (9). O que é mc-> re,principle (6)seria expandido para incluir h r mais do que os direitos humanos mínimos que Rawls Listas. Por exemplo, &hind the véu da ignorância, representantes de pessoas escolheriam proibições contra tortura, prisão arbitrária, detenção, exílio e discri~ninação. Em adição a estes, os direitos básicos de segurança e as liberdades básicas também seriam escolhidos.4" Por uma questão de clareza, eu distingo Rawls ( 4 ) de ( G ; " ) , o que exige que os arranjos políticos l-ronur um conjunto expandido de direitos humanos como delineado, por exemplo, na Declaração Universal dos Direitos Humanos.
Para que um relato de justiça seja cosmopolita, ele deve se basear em concepções que são de âmbito ~zniversalin. O procedimento construtivista que a seção anterior desincentivou envolve a modelagem de uma concepção de pessoas extraída da tradição de cidadania democrática. RawIs argumenta que esta concepção de pessoas é política em parte porque se baseia em uma concepção de cidadania implícita na tradição democrática e não em doutrinas metafísicas". Com base nisso, Raiwls cor~ exclui, "a justiça como justiça é substantiva, ... na serise que ela brota e pertence à tradição do pensamento liberal e à conlmunidade maior da cultura política das sociedades democráticas". Ela não é então devidamente formal e verdadeiramente universal""," Se a concepção de pessoas empregadas pelo cosmopolita construe-tivisrn é meramente um artefato político-cuf turat da tradição democrática, o relato de uma luxúria baseada nelas não é genuinamente global!
Acredito que a avaliação de RawlsS da falta de generalidade do princípio de justiça derivado de um procedimento político construtivista que modela concepções de pessoas extraídas da tradição democrática é injustificada. Rawfs emprega a concepção democrática de pessoas em seu corrstructivismo para que os princípios de justiça derivados delas sejam aceitáveis nas sociedades demo-cráticas, tornando-as assim mais estáveis, se distinguirmos entre duas propriedades dos princípios de justiça derivados pela política...
cal construtivismo - inexperientemente, sua aceitabilidade para com a tl-rose que, por sua vez, se justifica, pois é a batsis para evitar a injustificada co~zclusic11z.48
A Concepção Denlocrática e a Autoconcepção das Pessoas
O cosrrtopolitan constructiorz pode ser objetio~zablebecause the demo-cratic conception of persons rnay not correspond with a person" self-con-conceptioil-many tradicional moral, political, and religious views hold that people are not all free and equal,
Um problema com esta objeção é que o apelo às concepções empíricas convencionais de império - as concepções de pessoa e cidadania não decidem a conveniência de empregar uma determinada concepção moral de pessoas, A dem~)cratIcconcepção de pessoas é um ideal moral que é usado para vir a ser um entendimento mais claro dos nossos requisitos de ratos ~usticerequisitos de nós. Envolve uma psicologia rnoral que explica por que as pessoas são pensadas pelos democratas para libertar e igualar, Cen-eralmente falando, os ideais morais não são invalidados se as pessoas não os subscrevem explicitamente.Para exatxnple, simplesmente porque alguém acredita que um tratamento especial não é merecido não implica que 1 am sob nt->obliga-ção de oferecer esse tratamento. Este exemplo, espero, é sugestivo de algo que é importante ter em mente nas discussões sobre a "imposição" de concepções democráticas de pessoas, Para tratar alguém como igualdade demacrática, é necessário tratar essa pessoa ;I$ digno de maior respeito do que a cultura hierárquica tradicional permite,
Em Politicarl Libemlkm Rawfs distingue entre três pontos de vista:49 o dos partidos na posição original, dos cidadãos em uma sociedade bem ordenada e de nós. O primeiro é uma psicologia artificial tl-rat serve como um dispositivo para a construção da justiça. O segundo é um ideal que ele poderia (mas ainda não é) realizado no mundo. O terceiro é a perspectiva (nossa perspectiva) a partir da qual os recursos do arco de construção a serem avaliados. O objetivo do modelo de Rawl-sian não é representar as autoconcepções individuais e pontuais ou a concepção metafísica do eu que se afirma pela tradição a que pertencem, mas sim o modelo de valores d-re que o arco implícito no funcionamento das democracias.s0
Uma exposição de uma concepção policial de justiça tem dois sábios. O primeiro estabelece os princípios da justiça como livres, baseando-os em concepções políticas e não abrangentes de pessoas, O segundo desenvolve uma contagem da estabilidade da concepção, que envolve apelar para um consenso sobreposto.ji Uma preocupação apropriada ao segundo s t a g é que nem todos nós - ou seja, não um11 dos povos do mundo - teremos positivamente como resultado da csnstrução, porque é o resultado de valores modeladores
que não compartilhamos todos, Que nem todos avaliarão positivamente os princípios da justiça não contesta a adequação da construção civil na primeira etapa. A estabilidade que é gerada pela sobreposição de corredores exige uma concepção política de justiça que seja coerente com as concepções políticas de cidadania e sociedade sob condições ideais, não necessariamente con-cepções cwrentemente mantidas.
Xn Liberalismo Político Rawls reconhece que nem todos os cidadãos de um Estado na tradição democrática liberal aceitarão os dois princípios de ~usticethat que são colzstruídos a partir da posição original. Muitas pessoas vão se dar ao luxo de fazê-lo por causa de serem irracionais. Tais cidadãos desejam impor a outros suas próprias doutrinas de milho-pré-liberais, ou a doutrina abrangente que esses cidadãos-izens seguem é irracional e não se sobrepõe o suficiente aos princípios de justiça para permitir que eles possam afirmar ambos, Em qualquer caso, os partidos à posição original do liberalismo político estariam todos mais preocupados em assegurar tais características dos dois princípios de justiça como o esquema completo das liberdades, se soubessem que no mundo real havia peões irracionais que migram tentando subverter as liberdades individuais.52 Por isso, a preocupação com o estágio dois sobre a autoconcepção das pessoas e a resuitiqidade da aceitação, não antecipa a construção no estágio um.
Jtrstificando a Concepção Democrática de Pessoas
O construtivismo político de Rawls emprega uma concepção de pessoas como uma postura de dois interesses morafistas da mais alta ordem. Um deles é o mais inrerente em desenvolver e exercer racionalmente o poder de formar, revisar e perseguir uma concepção do bem". A segunda é o interesse em desenvolver e exercer o poder de aplicar e agir de acordo com termos justos de cooperação publicamente reconhecidos.54 As pessoas são iguais na medida em que têm os dois poderes morais a um grau mínimo necessário para serem membros plenamente cooperantes da sociedade55 A defesa da concepção democrática de pessoas envolve, entre outras coisas, uma defesa dos dois interesses morais de ordem superior.
Considere primeiro a alegação de que as pessoas têm um interesse moral da mais alta ordem no desenvolvimento das capacidades de fmatiorz racional, revisão e busca de uma concepção de bem, Afl pessoas tlecessarity valoriza sua concepção do bem, uma vez que esta concepção é o hasis para estabelecer o que é de valor na vida.56 Qualquer pessoa que tem uma concepção do bem tem interesse na capacidade de tê-lo, já que a capacidade de tl-re é uma condição necessária da concepção de tl-re, Nós valorizamos necessariamente a capacidade que nos permite ter uma concepção do que é valioso, De fato, o interesse na capacidade de ter uma concepção de tl-re bem é mais fundamental do que o interesse na concepção de tl-re bem que nós temos, já que o hrmer torna esta última possível, De acordo com este argumento, o interesse é objetivo arz. Uma pessoa tem um
interesse na capacidade de ter uma concepção da gaod mesmo que ela não pense (como presumivelmente ela muitas vezes não faz) sobre a capacidade e reconheça seu interesse nela.
Ao valorizarmos nossa concepção do bem, consideramos que ela é correta ou verdadeira. Não o valorizaríamos se acreditássemos que está fundamentalmente equivocado, já que somos falíveis e podemos estar nos enganando sobre o que é verdadeiramente de valor, também temos interesse na capacidade de revisar racionalmente nossa concepção do bem. A causa desta capacidade é direcionada para erradicar o erro; em nossa concepção do que é mais valioso na vida, nosso interesse nesta capacidade é do maior valor. Nós não valorizaríamos nossa concepção do bem se não acreditássemos
mas a capacidade de revisar a racionalização de nosso conceito de: o bem dado à nossa falibilidade - é maior do que o conceito particular...
o bem que temos a qualquer momento, porque esta capacidade]só nos dá qualquer garantia de que nossa concepção particular do bem está correta. Mais uma vez, este é um interesse objetivo, seu valor deriva do valor que uma pessoa coloca na colcepção do bem, mas não depende de seu reconhecimento.
Há, é claro, muitas pessoas que estão tão comprometidas com sua concepção do bem que acreditam que o erro é impossível. Essas pessoas estão erradas, não necessariamente em ratos que acreditam ser gaod, mas em sua crença de que são infalíveis, Qualquer pessoa que tenha um relato objetivo do bem, um relato que distinga entre o que é g r d e o que se acredita ser bom, deve estar aberta à possibilidade de erro na crença, Qualquer pessoa que tenha uma concepção subjetiva do bem deve aceitar que o subjetivismo pode estar errado, já que todos os persorzs são falíveis e valorizam ter a concepção correta do bem, todas as pessoas têm um interesse de ordem I-direito na capacidade de revisar racionalmente sua concepção.
Considere em seguida a alegação de que as pessoas têm um interesse da mais alta ordem na capacidade de aplicar e agir de acordo com termos justos de cooperação reconhecidos publicamente, Geralmente as concepções abrangentes do bem contêm alguma concepção do bem social, responsabilidade social ou justiça. Tal concepção dá a alguém um interesse moral em viver sob uma justa arrailgeme.tlt, uma vez que se tem interesse no que é bom e o bem social é uma parte do bem geral. A maioria das concepções de justiça não inclui o interesse na capacidade de aplicar e agir de acordo com os termos de operação cc-livre reconhecidos publicamente, mas o fato de eles estabelecerem um ba-sis h r um interesse em justiça é suficiente para este interesse particular sob condições de corr-tingente tl-rat atualmente existe globt~lly.
Estas condições contingentes podem ser caracterizadas como fc->llows:S7
1, Existe uma escassez moderada de ressurgências,
2 , existe um pluralismo razoável de concepções comp~hensivemorais,
1. Pode-se justificar a crença moral de que não se pode convencer outras pessoas razoáveis e racionais de, e vice-versa.
O primeiro estabelece a necessidade de um princípio distributivo, uma vez que não há recursos suficientes para satisfazer a todos" quer, o segundo indica que é provável que haja discordância sobre qual deve ser o princípio se aqueles que o discutem procederem com base no conceito de bem social contidodentro das concepções abrangentes do bem, O terceiro establiese que o desacordo mencionado no segundo pode não ser resolvido de forma racional, apesar do fato de que pode haver uma verdade sobre o assunto, AI - embora o terceiro fale de crenças morais, de fato a condição tl-re não é pecu-liar a teorização moral, mas talvez seja mais pronunciada lá. Por exemplo, dois cientistas olhando para a mesma ambigüidade de evidências: cada um deles pode ser justificado tirando diferentes conclusões factuais, dependendo de como eles pesam diferentes fatores. Isto não significa que não haja nenhum fato dos mattes. Xt significa apenas que pessoas racionais podem discordar sobre o que são os fatos. Além disso, as pessoas podem discordar sobre o peso relacional que se refere a dois valores diferentes -hr exemplo, o peso relativo dos valores de honestidade e lealdade na amizade,
Se alguém tem uma concepção de justiça, então tem o maior interesse na capacidade de aplicar e agir em termos justos de csop-eração reconhecidos publicamente, dado que acima de três condições contingentes. Qualquer pessoa l-ras an i n t e ~ s no social got~d, ou justiça, em virtude da escassez moderada e de ter um interesse em um csnceptian% maior do bem do qual o jrrs-tice é parte. Este interesse é frt~strated por viver em circunstâncias injustas. À luz da condição 2, qualquer concepção de justiça derivada unicamente do corzceptiol pré-escolar do milho de outro murcha potencialmente em desacordo com uma" concepção semeada, Se este fosse o caso, lembrando a condição 3, poderia não ser racionalmente justificável de dentro da concepção campreensiva de alguém. Como cada pessoa é ameaçada pelo que parece ser a imposição dos princípios do ~znjust, cada l-ras interesse em estabelecer princípios que ela possa aceitar, Se um conjunto de princípios é reconhecido publicamente, isto implica que há um amplo acordo público que satisfaz os interesses de cada pessoa para viver sem ser por acordos justos. O interesse em tais princípios é da mais alta ordem, no sentido de que ele supera um interesse que o orre pode ter na concepção p~~rsuingasectar-ian de justiça sob condições em que outros façam o mesmo, uma vez que as condições ttzese representam a ameaça credível que um rnay acaba vivendo sob o que se considera ser um arremedo injusto.
Este tinteiro existe mesmo que não se reconheça, por exemplo, pode-se erroneamente rejeitar a condição 3, caso em que se pode acreditar que o interesse da justiça está em uma concepção sectária de justiça que não é justificável para outros que têm concepções cssrtprebensivas razoáveis do bem. Xn
Neste caso, a pessoa está enganada quanto ao seu interesse pela justiça porque está enganada quanto à condição 3. Em outras palavras, c>ne9sinteresse em uma concepção de justiça reconhecida publicamente é objetivo sob as três condições contingentes observadas.
Há uma segunda defnição de um interesse em termos de cooperação pública e justa e reconhecida, Dada a falibilidade humana, qualquer relato de justiça é errado. Portanto, é importante que os princípios da ~ustiça do tipo que pode ser amplamente escrutinada para tc-, eilsure sua verdade, uma vez que tc-, forçar as pessoas a obedecerem a princípios falsos (isto é, moralmente errados) é odioso. Tal exame deve ser público, pois se for limitado, digamos, a um conselho daqueles com uma concepção particular e abrangente, pode fazer afirmações falsas.58
Se alguém tem um interesse objetivo em uma concepção de justiça reconhecida publicamente, então tem um interesse objetivo na capacidade de aplicá-la e agir sobre ela, Uma concepção de justiça não é meramente uma idéia teórica, ela é inerentemente um guia de ação. Por isso, sob as três condições contingentes observadas anteriormente, que caracterizam nossa condição global, temos um critério objetivo para aplicar e agir de acordo com termos justos de cooperação.
Caracterizando o N a t ~ r eof the jtrstificatiun
O resultado das argúcias anteriores em busca dos dois interesses morais da mais alta ordem pode ser colocado de pelo menos duas maneiras: pode-se concluir que é verdade que as pessoas têm interesses morais da mais alta ordem na capacidade de racionalmente h r m , revisar e perseguir uma concepção de tl-re bem e de aplicar e agir de acordo com termos de cooperação justos reconhecidos publicamente. Alternativamente, uma conclusão confiável conclui que é racional desenvolver e manter estas capacidades, embora duas conclusões possam ser diferentes para aqueles com convicções metaéticas diferentes, não vejo uma diferença significativa entre elas, pois estas reivindicações parecem ser mutuamente implicantes, se alguém tem um interesse, se alguém tem um ceritus paribus, é racional buscá-lo; e o que é racional purgar é um" interesse, como se aceita a possibilidade de interesses morais, além dos prudenciais..
Se os argumentos anteriores em defesa das duas ordens l-righest são sólidos, então a concepção de pessoas usadas no construtivismo político é, pelo menos em parte, verdadeira. Se a concepção de pessoas é verdadeira, então seu uso não pode ser obtido como sendo paroquial e de aplicação limitada, Se é verdade que as pessoas têm esses interesses, então o fato de que a concepção de pessoas tem origem no adion democrático não pode ser cortada como razão para não aplicá-la em nenhum lugar.
No entanto, a concepção de pessoas pode permanecer política em três sentidos importantes para Rawls: Xt está de acordo com a concepção de cidadania im...
O que é preciso fazer é negar qualquer concepção de bem que seja re-sonsável e abrangente; e, é somente para fazer um comentário sobre a moralidade políticafVf: Rawls é correto ao fazer essas três clarividências em Pslitz'caE Libemlisnz a respeito da concepção de pessoas, não há razão para pensar que qualquer uma das três propriedades políticas da concepção tenha mudado como resultado da justificativa que eu provei para a concepção". A primeira e a terceira permaneceriam verdadeiras desde que a concepção tenha origem na tradição democrática e seja aplicada apenas a questões de justiça, O secolld permanece verdadeiro para que Itmg como a concepção de pessoas possa ser afim de dentro de uma concepção razoável e abrangente do bem. Não vejo razão para pensar que, como agora foi apresentado um argumento para justificar a concepção, ela não pode mais ser afirmada a partir da mesma concepção abrangente que já havia sido provada anteriormente. Portanto, ao apoiar a universalidade da concepção de pessoas que serve como base para os princípios da justiça cosmopolita, não sacrificamos a adequação dos princípios da justiça para ser objeto de um consenso sobreposto,
O Trlrth dos Princípios de Justiça
Eu tenho argumentado que o construtivismo cosmopolita poderia ser defendido contra a carga de yarochiaiismo, dando uma explicação de como a concepção de pessoas que ele emprega pode ser considerada verdadeira e, portanto, universalmente aplicável. Pois pareceria estranho dizer que os princípios de justiça apropriadamente derivados firc~ma verdadeira concepção de pessoas não são, em si mesmos, verdadeiros porque estão sujeitos ao valor de verdade. Rawls, l-rowever, afirma que os princípios de justiça como justiça são racionais, mas não rrue.61 Ele parece pensar que o dano político seria feito afirmando que os prir-rcípios da justiça são verdadeiros, ao invés de re-sondáveis. Presumivelmente, isto se deve ao fato de que tal afirmação da verdade pode entrar em conflito com alguma concepção reast>nable abrangente, Se ele estiver certo a respeito disso, isso forneceria a base fc~ ra desafio para a pwition que argüi nas seções anteriores insohr, pois indicaria conseqüências políticas deletérias c>f a posição.
1. e lugar onde Rawls s t a ~ seu w o r about~ afirmando a verdade de: os princípios da justeza é a passagem que se abre:
A vantagem de permanecer dentro do i s razoável que pode haver apenas uma verdadeira doutrina abrangente, embora, como vimos, qualquer outra razoável, Uma vez que aceitamos o fato deque o pluralismo razoável é uma condição permanente para a cultura pública sob restrições livres, a idéia do rcasonaMc é um fato morc.
capaz, como parte da base da justificação pública para um regimento constitucional, da idéia de verdade moral. Manter uma concepção de politicat como verdadeira, e somente por essa razão a única base adequada da razão pública, é exc;fusiva, mesmo secar-ian, e assim susceptível de fomentar a divisão política.6".
O raciocínio nesta passagem é, no entanto, falacioso. Ela passa de uma concepção política de justiça como verdadeira para uma concepção abrangente e particular como verdadeira. Se uma determinada concepção abrangente fosse reconhecida como verdadeira, então outras concepções conflitantes por implicação seriam tomadas como falsas. A verdade dos princípios da justiça não implica na verdade de qualquer concepção abrangente na qual ela tenha sido afirmada.
Considere três maneiras possíveis para que uma concepção abrangente possa fornecer uma base para a afirmação de uma concepção política de justiça, Primeiro, alguns dos princípios da concepção abrangente*^ podem implicar os princípios da justiça, Segundo, os princípios de uma concepção abrangente podem simplesmente ser consistentes com os princípios da justiça. Terceiro, alguns dos princípios da concepção compreensiva podem parecer contradizer os princípios de justiça, mas a concepção tem os recursos para que os princípios de justiça se sobreponham à aplicação de seus próprios princípios. Por exemplo, o princípio da utilidade pode estar em conflito com a tomada a sério dos direitos, mas um utilitarista pode argumentar que a estratégia mais feliz r ~ a x i - a de dimensionamento sob tl-re circunstâncias apropriadas requer seguir princípios ap-parentemente não utilitários, O utilitarista pode aceitar a grande virtude po-lítica dos princípios de justiça em condições únicas de cooperação social laica com base no respeito mútuo, e isto pode receber um justificatiotl utilitariail,b?
Em cada um desses três casos, a verdade r dos princípios de justiça Qaes não implica a verdade r da concepção abrangente dentro da qual ela foi afirmada. Tomemos o caso em que a concepção abrangente envolve os princípios de justiça: Se os !últimos são verdadeiros, não se pode dizer que os primeiros são, Alegar o contrário é corromper a falácia de afirmar a conseqüência Nem a verdade dos princípios de justiça implicaria a verdade da concepção com-preensiva que os afirma no caso em que os princípios de justiça são meramente coerentes com, ou mesmo parecem estar em contradição com, alguns dos princípios da concepção abrangente.
Rawls pode ter uma preocupação diferente com o terceiro caso* Se os princípios de justiça forem considerados verdadeiros, isto talvez lalsifique aquelas concepções abrangentes que parecem contradizer, Isto depende da forma como os princípios são afirmados dentro da coi~prekensiveconcepção. J supõe que mesmo que os princípios da ~ustiça sejam considerados razoáveis, ao invés de verdadeiros, eles não podem ser afirmados a partir de uma concepção compreensiva e não modificada com o que eles representam em uma relação de contradição. Para
isto envolveria os leigos das doutrinas abrangentes em acreditar
o que - de acordo com suas concepções abrangentes - eles levam a ser falsos. Pelo contrário; qualquer conflito entre os princípios da justiça e a concepção abrangente deve ser resolvido de forma soxne, os utilitários podem seguir o exemplo de idwickss sobre a moralidade do senso comum e tomar os dois princípios da justiça como axiomas intermediários da teoria utilitária,b"~awls acredita que é possível para alguém afirmar os princípios da justiça tomados como razoáveis, mesmo que eles se mantenham em contradição com o tc-i certas co~nições dessa pessoa", uma colcepção razoável e abrangente do gaod." Não é óbvio porque deveria ser mais difícil encontrar os recursos dentro de uma concepção abrangente para aceitar os princípios de justiça como verdadeiros em vez de razoáveis, nos casos em que os princípios se encontram em csntradictian ap-parent csntradictian a certos incitamentos das concepções abrangentes. Em outras palavras, se Rawls está certo de que é possível conciliar tais princípios com princípios considerados razoáveis, também deve ser possível conciliá-los com aqueles considerados verdadeiros.
Tomando os dois princípios da justiça como verdadeiros, não é necessário comprometer-se com uma meta-ética particular de verdade moral, embora alguns construtivistas tenham desvendado tais teorias,66 a construtivisrn de Raiwls não é ineta-ética, e ele quer, com razão, que os princípios da justiça sejam compatíveis com quaisquer teorias meta-éticas. Dizer que os princípios de justiça são verdadeiros não é mais do que dizer que eles derivam apropriadamente de verdadeiros conceitos de persolls. fn outras palavras, afirmar que eles são verdadeiros não é diferente de simplesmente afirma-los". Talvez a preocupação de Rawls seja que tomar os princípios como verdadeiros contradiz aquelas teorias meta-éticas que rejeitam a morai. verdade, se é o ceticismo, niilismo ou subjetivismo que Rawls deseja apaziguar, ele nunca o diz. Dado seus argumentos de que os princípios rnorai estabelecidos pelo construtivismo político são objetivos, embora sejam verdadeiras, é duvidoso que os seguidores de tais pontos de vista concordem com o construtivismo político, mesmo que este negue a verdade de seu produto.
Se os princípios de justiça são verdadeiros ou não, não muda seu caráter político nas três selises importantes para a Rawls. Eles estão de acordo com a concepção de cidadania implícita no constitucionalismo democrático, não exigem a negação de qualquer concepção razoável e abrangente do bem, e são empregados apenas para fazer um ponto de vista sobre a moralidade política.
Uma teoria de justiça internacional fc~undedon respeito pelas pessoas deve irrompe o valor da tolerância. Rawls parece acreditar que uma exigência...
Os regimes de ratos-da-terra estão comprometidos com princípios (G"), (g"), e (9) violariam o princípio da tolerância", TThTh me parece um misui~derstai~d-ing do que o banheiro requer, Em qualquer caso, está em csntradição ao relato de tolerância que é desenvolvido em Political Liberalkm, Rawls" claim &out the demands of toierance in Tbc. A lei de Peopbs está errada, ex-cabana ex-cabana pela constrição que ele emprega.
No Politkal Lz'beralism, a tolerância exige uma concepção política de justiça livre, que não se justifique apenas por referência a qualquer colisão com-preensão particular do bem, Isto é necessário porque há uma variedade de concepções compreensivas razoáveis do bem, Assim, não é em geral irracional afirmar qualquer uma das várias doutrinas compreensivas razoáveis, Nós retificamos que nossos próprios dc~ctrinehas, e não podemos ter, para as pessoas em geral, nenhuma reivindicação especial sobre elas além de sua própria visão de seus méritos."Não seria razoável que o Estado endossasse qualquer concepção particu-lar abrangente da boa vida, uma vez que isso sugeriria que todas as outras eram falsas e que não existem fundamentos finais não controversos sobre os quais basear tais alegações de verdade. Se o Estado endossasse qualquer doutrina abrangente em particular, não poderia manter isto sem ser opressivo - isto é, sem colocar exigências irracionais àqueles
O que se exige é um conjunto de princípios de justiça que não exijam para a justificação de herdeiros qualquer concepção pilito-prejudicial do bem exclusivamente e que possa ser afirmada fmm dentro de qualquer co~npreensivedoctrina razoável". Entretanto, a razão não exige tratamento igual - doutrinas cox-preensivas muito pouco razoáveis. Nos casos em que as doutrinas de sucção ou de sucção conduzem a injustiças, as próprias doutrinas podem ter que ser negadas.72 No que diz respeito às ações individuais, a justiça define os limites de tolerância,
linha de raciocínio análoga a esta é desenvolvida por Will Kymlicka em uma discussão sobre o valor da cultura.

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