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Cw2 - Ciências Morfofuncionais dos Sistemas Digestório, Endócrino e Renal

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Cw2 - Ciências Morfofuncionais dos Sistemas Digestório, Endócrino e Renal
Nesta webaula, compreenderemos a constituição da estrutura anatômica e histológica do tubo digestório.
Estrutura anatômica
A digestão começa na boca e tem a função de comunicação e fala, mastigação dos alimentos e função sensorial como a gustação, textura, temperatura e sede. No que se refere à língua, esta apresenta algumas partes. A seguir, conheça cada uma delas.
Porção ventral (parte inferior)
A porção da língua rica em tecido conjuntivo na camada submucosa é a ventral.
· Não há papilas linguais na parte de baixo da língua; ela é revestida por membrana mucosa que aloja, no centro, o frênulo da língua.
· A parte mais acima da língua, denominada faringe, não apresenta papilas gustativas visíveis.
Porção dorsal (parte superior)
Na porção dorsal da língua estão as papilas linguais e gustativas, além dos botões gustativos.
· Com essas papilas reconhecemos os gostos dos alimentos ou das substâncias que colocamos na boca.
· Com os botões gustativos, estruturas organizadas com células sensoriais e fibras nervosas receptoras de nervos cranianos, os estímulos gustativos são enviados ao cérebro.
Porção dorsal (parte superior)
Estrutura histológica
A estrutura histológica do tubo digestório é constituída em camadas:
Camada mucosa
A camada mucosa é formada por epitélio de revestimento, lâmina própria e camada muscular da mucosa.
Camada submucosa
A camada submucosa é formada por tecido conjuntivo.
 
Camada muscular
A camada muscular é formada por camadas circular e longitudinal de músculo liso.
Camada serosa
A camada serosa é formada por tecido conjuntivo fino e epitélio delgado.
Esôfago
O esôfago é um tubo muscular que se estende do esfíncter superior esofágico até a junção esôfago-estômago. 
   
· Constituição anatômica: É constituído de músculo liso e estriado com função de conduzir o alimento da cavidade oral ao estômago, através de movimentos peristálticos.
 
· Constituição histológica : Na constituição histológica, o esôfago é formado por camada mucosa, com epitélio pavimentoso estratificado não queratinizado apoiado em uma lâmina própria; por camada muscular, que produz muco protegendo a região; por camada submucosa, constituída de tecido conjuntivo; e camada serosa, isto é, uma camada delgada.
· Esfíncteres: São estruturas formadas de fibras musculares circulares que controlam a abertura e o fechamento do esôfago, evitando o retorno do ácido do estômago (refluxo gastresofágico).
Estômago
Após o esôfago, o alimento chega no estômago, um órgão em forma de bolsa situado entre o esôfago e o duodeno, logo abaixo do diafragma do lado esquerdo do abdômen. 
· Função do estômago
Favorecer a digestão de substâncias na presença de ácido e enzimas digestivas (suco gástrico), em que, por contrações musculares, transforma a massa de alimento em quimo.
· Histologia da parede gástrica
Envolve a camada mucosa, na qual há o epitélio e a lâmina própria com glândulas tubulares, a camada muscular da mucosa, constituída por três camadas (oblíqua, circular e longitudinal), a camada submucosa, preenchida por tecido conjuntivo e vasos sanguíneos, e, por fim, mais internamente, a camada serosa.
· Histologia geral da mucosa gástrica
Envolve epitélio cilíndrico simples, com invaginações, que são fossetas gástricas, para dentro da lâmina própria. Ainda na lâmina própria da mucosa gástrica há as glândulas cárdicas (porção inicial do estômago), glândulas fúndicas (gástricas), glândulas pilóricas. 
Saiba mais:
· As células mucosas são células secretoras de muco.
· As células parietais são células que produzem o ácido clorídrico (HCl) e o fator intrínseco. Sua forma é arredondada, com característica de célula eosinófila e núcleos esféricos.
· As células principais produzem o pepsinogênio, que na presença do HCl produz a pepsina. Sua constituição é de natureza basofílica.
Ainda na região gástrica encontram-se as células G produtoras de gastrina, que estão envolvidas na secreção de pepsinogênio e na estimulação da motilidade e do esvaziamento gástrico.
Como ocorre a secreção de ácido gástrico?
Fase cefálica;
A secreção de ácido gástrico inicia-se na fase cefálica, ou seja, no momento em que se visualiza o alimento tem-se a estimulação da secreção ácida gástrica.
Fase gástrica;
Já a fase gástrica ocorre no estômago, onde a distensão da mucosa gástrica ou a presença de proteínas estimulam a secreção de gastrina.
Intestino delgado
No intestino delgado acontece a neutralização do alimento ácido que vem do estômago através da liberação de bile e do suco pancreático atuantes na digestão.
· Histologia do intestino delgado
A histologia do intestino delgado é composta de camada mucosa, submucosa, muscular (longitudinal e circular) e camada serosa.
· Principal característica da histologia do intestino delgado
Trata-se das vilosidades que aumentam a superfície de contato e, consequentemente, a absorção de nutrientes, aproveitando da melhor forma o conteúdo absorvido para o organismo.
Por fim, vale acrescentar que a inervação do intestino, assim como o restante dos órgãos do trato gastrintestinal, tem um sistema nervoso próprio (sistema nervoso entérico), considerado um verdadeiro “cérebro” na região abdominal, pois existem muitos neurônios que produzem neurotransmissores e hormônios. Essas substâncias funcionariam independentemente, no entanto, encontram-se conectadas aos estímulos do sistema nervoso periférico (simpático e parassimpático). Assim, o sistema nervoso periférico está em contato com os neurônios entéricos presentes no intestino. 
Ciências Morfofuncionais dos Sistemas Digestório, Endócrino e Renal - Unidade 2 - Seção 1
Nesta webaula, compreenderemos a constituição e o desenvolvimento embrionário do sistema digestório, bem como a estrutura anatômica, histológica e fisiológica da boca.
Desenvolvimento embrionário
O tubo digestório é formado a partir da endoderme, sendo dividido em: intestino anterior, intestino médio e intestino posterior. Após rompimento da membrana bucal por meio do estomodeu, há a formação da boca. Quanto ao ânus, este é formado pelo rompimento da membrana cloacal por meio do proctodeu. Do intestino anterior temos a formação do esôfago, do estômago e dos intestinos. Já no que se refere às glândulas salivares, estas têm sua origem por meio de brotamentos endodérmicos junto com a mesoderme circundante ao longo do tubo digestivo. A partir disso, temos também a formação do fígado e do pâncreas.
Boca
Porção inicial do tubo digestório, seguida do esôfago, estômago, intestino e ânus. Internamente, a boca é revestida por células pavimentosas estratificadas, não queratinizadas.
• Lábios e bochechas com epitélio oral não queratinizado
Os lábios e as bochechas com epitélio oral não queratinizado auxiliam na mastigação, participando da digestão mecânica dos alimentos.
• Palato duro e palato mole
Na porção superior, o palato duro e o palato mole formam o “céu da boca”.
• Dentes
Os dentes, 32 no adulto com a dentição completa, apresentam uma coroa coberta por esmalte e estão fixos nos alvéolos dentários. 
• Alvéolo e ligamento periodontal
O alvéolo é a cavidade óssea que acomoda o dente, já o ligamento periodontal, tecido conjuntivo denso, suspende o dente dentro do alvéolo. 
• Língua
No interior da cavidade bucal a língua é formada por músculo estriado esquelético, envolvido por mucosa, fibras musculares em feixes, dividida em raiz, ápice e dorso.
Superfície anterior da língua
Na superfície anterior da língua, são encontradas as seguintes papilas gustativas: filiformes, fungiformes, valadas e foliadas, relacionadas com a identificação dos sabores.
Raiz da língua
Mais atrás, na raiz da língua estão as tonsilas linguais que, juntamente com as amigdalas e as adenoides, formam uma barreira de proteção contra microorganismos devido à existência de nódulos linfáticos na região. 
• Anel linfático de Waldeyer
Ao conjunto de tecido linfoide localizado na cavidade oral onde encontra-se tonsilasfaríngea, palatina e lingual, encontra-se anel linfático de Waldeyer.
· Este anel protege a entrada dos tubos digestivo e respiratório formando um sistema de defesa do organismo contra agentes nocivos do meio externo.
• Amígdalas (órgãos linfoides)
As amígdalas são órgãos linfoides e seu contato com os antígenos ocorre por meio de seu sistema de criptas, que apresenta linfócitos T. Esses linfócitos, após sensibilização, migram para o interior do órgão quando, então, interagem com linfócitos B para a produzir imunoglobulinas.
Funções do trato digestório
Agora, no que se refere às principais funções do trato digestório, estas são denominadas:
- Digestão
- Absorção de nutrientes
A secreção salivar na cavidade bucal é realizada por três pares de glândulas:
Parótidas
As glândulas parótidas são compostas por células serosas que apresentam uma secreção aquosa, rica em íons e enzimas.
Sublinguais e submandibulares
As glândulas submandibulares e sublinguais são conhecidas como glândulas mistas, que secretam tanto íons e enzimas de forma líquida quanto muco ou proteínas conhecidas como mucinas, atuando na lubrificação do alimento.
Quanto às funções da saliva, estas incluem:
• A digestão de amido (amilase salivar) e dos lipídios (lipase) pela ação das enzimas salivares. 
• A atuação na diluição e no tamponamento do alimento ingerido e na lubrificação deste, que favorecerá seu caminho pelo esôfago.
Por fim, é interessante lembrar que as glândulas salivares são controladas pelo sistema nervoso autônomo (SNA), cujas fibras se originam no tronco cerebral. Devido a essa inervação e controle neural das glândulas salivares, quando ocorrem lesões nos nervos faciais e glossofaríngeo, pode aparecer a xerostomia, que é a sensação de "boca seca". Assim, o sistema nervoso parassimpático (SNP), ao liberar acetilcolina, estimula toda a inervação das três glândulas salivares, gerando uma secreção fluídica rica em água, íons, eletrólitos e muco.
Ciências Morfofuncionais dos Sistemas Digestório, Endócrino e Renal - Unidade 2 - Seção 3
Nesta webaula, compreenderemos a constituição da estrutura anatômica e histológica do intestino grosso e algumas patologias que afetam o trato digestório.
Anatomia do intestino grosso
· O que é? O intestino grosso é um órgão de secagem e armazenamento, pois o quimo vem do intestino delgado de forma líquida. Nele grande parte da água e dos sais é absorvida determinando a consistência do bolo fecal, com uma rica flora bacteriana.
· Composição: A região do intestino grosso é formada por cólon (ascendente, transverso, descendente), ceco, apêndice e reto.
· Função: Eliminar resíduos alimentares não digeríveis e compostos que restaram pelas fezes, armazenando-as antes da defecação. 
1. Caminho do quimo até o cólon
Até que o quimo chegue ao cólon ele é isento de microorganismos, pois eles são destruídos por enzimas bactericidas na saliva, também a ação do ácido no estômago, o agente germicida mais potente do trato digestório.
2. Função do quimo no cólon
No cólon, o quimo serve de alimento para as bactérias presentes na flora intestinal fisiológica. Desta surgem substâncias, como a vitamina K, que é produzida pela degradação de fibras vegetais por bactérias do intestino. Além disso, nesta região são formadas gases, sendo o bolo fecal composto por fibras vegetais, que ainda não foram digeridas, e bactérias.
3. Evacuação
Enquanto o quimo passa pelo trajeto dos cólons, a água é reabsorvida e o bolo fecal torna-se mais sólido até chegar ao reto e à região do ânus. Dessa forma, quanto mais tempo demorar para evacuar, mais água será retirada do bolo fecal e mais difícil será a evacuação.
4. Movimentos na região do cólon
Os movimentos realizados na região do cólon são lentos e conhecidos como movimentos de mistura, amassamento e compactação das fezes (haustrações), sendo lubrificado por muco produzido pelas cristas de criptas de Lieberkuhn. No final, temos a propulsão de expulsão, que é o ato e o desejo de defecar. 
5. Atuação do sistema nervoso parassimpático
Quando as fezes vão se acumulando na região do reto, existem regiões mais sensíveis que têm barorreceptores que desencadeiam as ondas peristálticas e um reflexo neural medular, que, por meio de nervos pélvicos, tem a atuação do sistema nervoso parassimpático liberando acetilcolina e estimulando a região.
6. Fatores que aceleram o movimento do intestino grosso
Em síntese, o sistema nervoso autônomo e seu componente parassimpático (SNP), ao liberar acetilcolina, gastrina e colecistocinina, aceleram o movimento do intestino grosso. A partir disso, após a alimentação, temos a vontade de defecar.
Histologia do intestino grosso
· Composição: No intestino grosso, a camada mucosa não contém pregas (exceto no reto) e não contém vilosidades. Já no que se refere às criptas intestinais (Lieberkuhn), estas são longas e caracterizadas por terem células caliciformes e outras que liberam muco.
· Funções: 
O Intestino grosso exerce as funções de:
- Absorção de água.
- Fermentação.
- Formação de massa fecal.
- Produção de muco.
· Camadas do tubo digestório
A estrutura histológica do tubo digestório é constituída em camadas que perpassam o intestino grosso:
Camada mucosa
A mucosa é constituída por um epitélio de revestimento, apoiado sobre uma lâmina própria de tecido conjuntivo frouxo ricamente vascularizado e por uma camada fina de tecido muscular liso, denominada muscular da mucosa. 
Camada submucosa
A submucosa é formada por tecido conjuntivo denso irregular com gânglios nervosos e numerosos vasos sanguíneos de médio calibre, linfáticos e nervos, que se ramificam pela mucosa e pela camada muscular.
Camada muscular
A muscular está organizada em duas camadas de músculo liso. A camada mais interna é formada por células musculares lisas dispostas ao redor do lúmen (camada circular); na camada mais externa, as células musculares se distribuem ao longo do comprimento do tubo (camada longitudinal) e, quando contraídas, reduzem o comprimento do tubo digestório.
Camada serosa
A serosa é formada de tecido conjuntivo em continuidade com os tecidos adjacentes. Nas regiões do tubo digestório suspensas pelo mesentério, a adventícia é coberta por um epitélio pavimentoso simples (mesotélio), formando então a membrana serosa ou o peritônio visceral.
Patologias que afetam o trato digestório
Por fim, para terminarmos os estudos desta webaula, apresentaremos algumas patologias que afetam o trato digestório.
Pirose
A pirose é uma dor que reflete a regurgitação do conteúdo gástrico para dentro do esôfago inferior, dando a sensação de queimação. Para evitar essa situação, exige-se do esôfago que uma onda de contração peristáltica responda à deglutição, distensão esofagiana, ou ao relaxamento do esfíncter esofágico após o reflexo de deglutição.
Eructação
A eructação é quando há a dificuldade de digestão ou indigestão, acompanhada de distensão abdominal, eructação (arrotos), náuseas ou azia. Em síntese, essa patologia trata-se dos barulhos ou arrotos decorrentes da dificuldade de digestão. Além disso, pode ser sinal de refluxo gastroesofágico ou gastrite, sendo ainda o primeiro sintoma da úlcera péptica (estômago ou duodeno) e até do câncer.
Fratulência
A flatulência é a expulsão de ar pela região anal que pode ser ruidosa, ou não, e um cheiro fétido. Tem origem nos gases ingeridos com a alimentação e, em menor parte, naqueles acumulados durante a digestão, ou na decomposição dos resíduos orgânicos dentro do intestino. A intensificação de sintomas acontece em pessoas ansiosas, que falam ao comer ou que comem muito rápido, ou ainda em pessoas que sofrem de parasitoses intestinais.
Síndrome de Zollinger–Ellison
A síndrome de Zollinger–Ellison é uma patologia endócrina caracterizada por aumento na secreção do hormônio gastrina, fazendo com que o estômago produza ácido clorídrico em excesso. Uma das consequências da acidez aumentada é a formação de úlceras pépticas (gástrica e duodenal) na maioria das pessoas. Geralmente, essa patologia é causada por um tumor (gastrinoma) que apareceno duodeno ou no pâncreas.
Dessa forma, concluímos nossas reflexões acerca do intestino grosso, passando pela sua formação anatômica e histológica, além de conhecer algumas patologias presentes no trato intestinal.
Ciências Morfofuncionais dos Sistemas Digestório, Endócrino e Renal - Unidade 2 - Seção 4
Diferentes patologias podem afetar o trato gastrointestinal e, com elas, passamos a ter dificuldade para manter um equilíbrio orgânico que não confira consequências para o funcionamento de células, tecidos e órgãos do trato digestório. A diarreia é uma forma de evacuação rápida, com fezes em estado líquido, além de ser um dos focos de estudo desta webaula.
· Nesse sentido, conheceremos quais são os medicamentos utilizados na diarreia, os antissecretores e supressores da motilidade e os antiácidos, protetores da mucosa e envolvidos na terapêutica para Helicobacter pylori.
Compreensão da etiologia da doença
Antes de estudarmos a respeito dos medicamentos, é necessário, primeiramente, buscar o entendimento da etiologia da doença para que, assim, o tratamento seja facilitado. 
Diarreia
• Causas
As causas podem envolver carga osmótica do intestino, secreção aumentada de água e eletrólitos, liberação plasmática de proteínas e líquidos da mucosa ou alterações da motilidade intestinal, com aceleração do trânsito intestinal ou redução da absorção de líquidos. 
· Em síntese, um ou mais processos podem estar envolvidos na patologia da diarreia resultando em maior perda de água pelo organismo. 
• Tratamento
O tratamento farmacológico da diarreia está ligado às pessoas que apresentam sintomas persistentes e bastante significativos. 
• Medicamentos
A seguir, conheça alguns medicamentos utilizados para o tratamento da diarreia.
Carboximetilcelulose (CMC)
Esse medicamento é um agente coloide que absorve água e aumenta o volume fecal, usado na diarreia branda e síndrome do intestino irritável. Como mecanismo de ação, ele atua como géis, modificando a consistência e viscosidade das fezes. 
Bismuto
Trata a conhecida diarreia do viajante; quando a pessoa apresenta sintomas devido às alterações na alimentação diária, usa-se esta medicação. Além disso, fala-se em efeitos anti-inflamatórios, antissecretórios e até antibióticos contra o Helicobacter pylori causadora de úlceras.
Probióticos
Causam alterações na flora intestinal necessária para a saúde, podendo ter origem devido ao uso de medicamentos e antibióticos que costumam "varrer" essa flora comensal. Em seguida, faz-se necessário a reposição desta flora.
 
Antissecretores e supressores da motilidade
Além dos medicamentos apresentados anteriormente, existem outros considerados antissecretores e supressores da motilidade. A seguir, conheça dois deles.
Opioides
Atuam em diferentes mecanismos e, principalmente, nos receptores opioides presentes nos nervos entéricos, nas células epiteliais e nos músculos. Esses medicamentos alteram a motilidade, secreção intestinal e absorção intestinal. 
Somatostatina
Inibe a diarreia secretora grave devido a tumores localizados no pâncreas e no trato gastrointestinal que secretam hormônios. O mecanismo deste fármaco envolve a inibição da secreção de serotonina, gastrina, peptídeo vasoativo intestinal, insulina e secretina.
Antiácidos, protetores da mucosa e envolvidos na terapêutica para Helicobacter pylori
Os medicamentos envolvidos na inibição ou bloqueio da secreção ácida envolve os antiácidos e protetores da mucosa gástrica. 
• Úlcera causada por H. pylori
Quando a úlcera é causada por H. pylori, o tratamento acontece com o uso de antibióticos junto aos inibidores da bomba de prótons. Os resultados com o tratamento de antibióticos são melhores na presença dos inibidores da bomba de prótons, pois esses medicamentos (omeprazol ou lanzoprazol) aumentam o pH gástrico e melhoram a estabilidade e absorção dos antibióticos. 
• Doença do refluxo gastroesofágico
Na doença do refluxo gastroesofágico ocorre uma distensão gástrica que pressiona o esfíncter esofagiano inferior, reduzindo o peristaltismo da região. O conteúdo gástrico vai para a região do esôfago lesando a mucosa. Os medicamentos mais usados são omeprazol, cimetidina, antiácidos, por exemplo, sais de alumínio (Al3+) e magnésio (Mg2+).
• Constipação intestinal
Os laxativos são fármacos utilizados no tratamento da constipação intestinal devido à inexistência de contração propagada no cólon, associado com o aumento ou a diminuição de contrações segmentadas. A seguir, conheça quais são os laxativos mais comuns.
Laxativos de massa
Os laxativos de massa absorvem quantidade significativa de água aumentando a massa fecal e os movimentos peristálticos, e distendendo o cólon. São exemplos de laxativos formadores de massa: sena, bisacodil, lactulose, docusato, sulfato de magnésio, dantron e picossulfato de sódio. Para este caso, as fibras também são importantes, já que elas absorvem a água e promovem o crescimento bacteriano. 
Laxativos osmóticos
Os laxativos osmóticos são fracamente absorvidos, aumentam o volume dos intestinos por mecanismos de osmose como resultado do aumento da motilidade peristáltica. Por exemplo, a lactulose, um medicamento utilizado, passa para o cólon e é degrada por bactérias em ácido láctico e acético, as quais, por sua vez, aumentam o volume e diminuem o pH. 
Laxativos estimulantes
Os laxativos estimulantes trabalham no sistema nervoso entérico, enquanto os emolientes fecais aumentam a secreção de líquido intestinal. Os estimulantes de contato ou laxantes irritantes não devem ser administrados por muito tempo, pois podem causar uma deterioração da função do cólon. 
• Casos de enjoo, náusea e vômito
Os antieméticos são fármacos utilizados para evitar o enjoo, a náusea e, consequentemente, o vômito. 
A náusea, que pode preceder o vômito ou ocorrer de forma isolada, vem acompanhada de distúrbio vasomotor. Este, por sua vez, provoca palidez, sudorese e relaxamento do esôfago e dos músculos abdominais, aumentando a tensão naqueles presentes na região gastroesofágica. 
Função do sistema digestório
O sistema digestório por parte da náusea e do vômito tem a função de remover os conteúdos do trato digestório superior, principalmente aqueles considerados tóxicos ao intestino. Além disso, esse reflexo pode resultar em um ou vários estímulos, por exemplo:
• Estímulo dos receptores do intestino.
• Estímulos de quimiorreceptores.
Principais motivos de enjoo
Os principais motivos de enjoo podem ser irritação gastrointestinal, enjoo pelo movimento, perturbações hormonais, patologia intracraniana, distúrbios metabólicos, fatores psicogênicos, dispepsia nervosa, anorexia nervosa, bulimia, quimioterapia e dor (por exemplo, dor somática ou cardíaca). 
Controle da náusea e do vômito
O controle da náusea e do vômito envolve a utilização de drogas que trabalham no reflexo emético, por exemplo, antagonistas dos receptores de serotonina, de dopamina, de receptores muscarínicos e histaminérgicos, além de sedativos e fenotiazinas que respondem a um bloqueio multireceptor.
Assim, terminamos os estudos desta webaula. Com ela, aprendemos diversas patologias e os medicamentos utilizados para cada uma delas, com foco, sobretudo, no tratamento da diarreia.

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