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PROCESSOS GRUPAIS - DINÂMICA DE GRUPO - FICHA-convertido

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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ 
CURSO DE GRADUAÇÃO EM PSICOLOGIA 
 
 
PROCESSOS GRUPAIS – CAMPUS SANTA CRUZ 
APRESENTAÇÃO DA DINÂMICA: TEIA DO ENVOLVIMENTO 
 
 
DANIELE CRISTINE DO N. A. NOVAES – 201801007896 
ELIZÂNGELA DANIELE CRUZ CORRÊA – 201902265769 
EMELLE DE PONTES BOTELHO OUVERNEY - 201802209735 
THAIS EVANGELISTA – 201503393186 
VIVIANE LIMA DE PAULA DIAS - 201804057827 
 
 
 
Criação/Apresentação de uma dinâmica de grupo 
apresentado à Disciplina de Processos Grupais da 
Universidade Estácio de Sá como requisito 
parcial à obtenção de nota da Av2 no curso de 
graduação em Psicologia. Polo Santa Cruz / Rio 
de Janeiro. 
 
Professor: Vilson Sérgio de Carvalho. 
 
 
 
 
 
Rio de Janeiro / RJ 
Junho/2021 
 
 
Dinâmica da Teia do Envolvimento 
 
A dinâmica da teia do envolvimento trata-se de um exercício bastante utilizado para a 
apresentação pessoal de grupos, tanto em sala de aula quanto em treinamentos, entre outras 
situações. Por ser uma dinâmica de apresentação pessoal, a teia do envolvimento geralmente é 
aplicada em grupos ou equipes que possuam como membros pessoas que possam se conhecer 
e, conseqüentemente promovam um relacionamento interpessoal e desenvolvam sua 
autoconfiança. É uma ótima dinâmica para ser desenvolvida no primeiro dia de trabalho, para 
integrar equipes e até mesmo pode ser usada em encontros de jovens e reuniões por ser 
considerada uma dinâmica bastante divertida. 
 
Ficha da Dinâmica de Grupo 
 
Equipe: 
Apresentação dos alunos em seu primeiro dia de aula. (30 integrantes). 
Título: 
Dinâmica da Teia do Envolvimento 
Assunto: 
 Apresentação pessoal da turma da disciplina de Introdução à Psicologia do curso de 
Psicologia no horário de 19:00, localizado na Universidade Estácio de Sá, campus Santa 
Cruz. 
Objetivos: 
Apresentar as pessoas da turma, promover o relacionamento interpessoal, desenvolver a 
autoconfiança da turma, promover a interação entre os alunos e melhorar a comunicação de 
modo a gerar estudos e aprendizados em equipe. 
Regras e procedimentos: 
Com um rolo de barbante em mãos, o mediador prepara um lugar (sala de aula) no qual todos 
os integrantes do grupo possam se posicionar em um grande círculo. Para dar início a 
dinâmica, o facilitador precisa pegar a ponta do barbante e amarrá-la em seu dedo indicador. 
Então, o facilitador se volta para o restante da turma, dizendo o seu nome e fazendo uma 
apresentação pessoal. Diga o seu nome, qual a sua formação, com o que você trabalha, 
alguma informação que você considera importante sobre sua vida pessoal, como um hobby, a 
sua comida preferida ou qualquer outra coisa que sentir vontade para compartilhar com 
 
 
aquelas pessoas. É interessante também informar o que te levou a escolher este curso e 
suas expectativas sobre ele. 
Ao terminar sua apresentação, jogue o rolo de barbante para qualquer outra pessoa da turma e 
incentive-a a, também, amarrar o cordão em seu dedo indicador e a fazer uma apresentação 
pessoal, da mesma forma como o facilitador fez a sua. E quando essa pessoa terminar de se 
apresentar, peça que ela jogue o rolo de barbante para outra. A seguinte deverá fazer a mesma 
coisa, amarrar o barbante no dedo e se apresentar. 
Quando todos tiverem terminado suas apresentações, o barbante terá formado uma grande teia 
no meio do círculo formado pelos integrantes da turma. Dessa forma, peça para que todo 
mundo olhe e observe o emaranhado de conexões formadas. 
Em seguida, peça para que a última pessoa a se apresentar desenrole o barbante de seu dedo e 
devolva o rolo para quem havia lhe jogado anteriormente, na primeira etapa da dinâmica. Ao 
fazer isso, ela deverá repetir o nome da pessoa e o que foi apresentado sobre a vida dela. 
É importante que o aplicador da dinâmica, peça para que os membros do grupo repitam da 
maneira mais fiel possível o que a pessoa anterior havia falado. Se por acaso, a pessoa não se 
lembrar ou tiver muita dificuldade, será permitido que os colegas do grupo ajudem. 
A Dinâmica da Teia deve prosseguir nessa sistemática até que o rolo retorne para as mãos do 
facilitador. Na sua vez, você precisará apresentar à turma a última pessoa que falou. 
 
Número mínimo/máximo de pessoas: 
2 até 30 pessoas. 
Tempo: 
Uma média de tempo gasto para essa atividade, em um grupo de 30 integrantes – por exemplo 
– é de 80 a 90 minutos. 
Ambiente: 
Sala de aula grande, ventilada, silenciosa e reservada. 
Material: 
1 Rolo de barbante. 
Observações gerais: 
É importante deixar os participantes livres para compartilhar as informações que considerar 
importantes; 
Observar se os participantes estão se integrando, se estão atentos e se têm facilidade 
para se expressar. 
 
 
 
Referencial Teórico: 
 
Psiquiatra suíço-argentino PichonRivière (1907-1977) foi também um estudioso dos grupos. 
Ele desenvolveu uma nova abordagem, que resultou nos chamados grupos operativos. Para 
ele, o grupo é um conjunto restrito de pessoas, que, ligadas por constantes de tempo e espaço 
e articuladas por sua mútua representação interna, propõe-se, explícita ou implicitamente, a 
uma tarefa, que constitui sua finalidade. No entanto, não basta que haja um objetivo comum 
ou que tenha como finalidade uma tarefa, é preciso que essas pessoas façam parte de uma 
estrutura dinâmica chamada vínculo. Por exemplo, as pessoas que estão em uma sala de 
espera de um cinema estão reunidas no mesmo espaço durante o mesmo tempo, com o mesmo 
objetivo, mas não se constituem em um grupo. Há a necessidade de se vincularem e 
interagirem na busca de um objetivo comum, por isso, os princípios organizadores do grupo 
são o vínculo e a tarefa. A teoria do vínculo, portanto, parte do pressuposto de que o homem 
se revela e se estrutura por meio da ação, ou seja, do desempenho de papéis e do 
estabelecimento de vínculos. 
Para PichonRivière, vínculo é “[...] a maneira particular pela qual cada indivíduo se relaciona 
com outro ou outros, criando uma estrutura particular a cada caso e a cada momento” 
(PICHÓN-RIVIÉRE, 1998, p. 3). É, assim, uma estrutura dinâmica, movida por motivações 
psicológicas, que rege todas as relações humanas. Identificamos se o vínculo foi estabelecido, 
quando: não somos internalizados pelo outro e a internalizamos também. Não ocorre uma 
mútua representação interna; não há indiferença e o esquecimento deixam de existir na 
relação, passamos a pensar, a falar, a nos referir, a lembrar, a nos identificar, a refletir, a nos 
interessar, a nos complementar, a nos irritar, a competir, a discordar, a invejar, a admirar, a 
sonhar com o outro ou com o grupo. 
Tarefa, outro princípio organizador de grupo é um conceito que diz respeito ao modo pelo 
qual cada integrante do grupo interage a partir de suas próprias necessidades. Necessidades, 
que para Pichon-Rivière constituem-se em um pólo norteador de conduta: o processo de 
compartilhar necessidades em torno de objetivos comuns constitui a tarefa grupal. Nesse 
processo, emergem obstáculos de diversas naturezas: diferenças e necessidades pessoais e 
transferenciais, diferenças de conceitos e marcos referenciais e do conhecimento formal 
propriamente dito. Num primeiro momento do funcionamento do grupo, há um bloqueio da 
atividade grupal em função das fantasias básicas universais do grupo as quais induzem à 
utilização de posturas defensivas que dificultam as mudanças de opinião. Nos momentos 
iniciais, quando o grupo parte para a execução da tarefa, é necessário que as ansiedades sejam 
 
 
explicitadas e resolvidas para, a partir daí, ocorrer a identificação e o estabelecimento do 
vínculo, configurando-se a relação grupal. Para PichonRivière, um grupo opera melhor 
quando há em seu conjunto de pessoas pertinência, afiliação, centramento na tarefa, empatia, 
comunicação, cooperação e aprendizagem. A pertinência pode ser vista como a qualidade da 
intervenção de cada um no grupo; a afiliaçãoé a intensidade do envolvimento do indivíduo no 
grupo; o centramento na tarefa é o eixo principal da cooperação, refere-se ao grau de 
interação com que um participante mantém o vínculo com o trabalho a ser efetuado, e avalia a 
dispersão e a realização de esforço útil do indivíduo; a empatia é o modo como o grupo pode 
ganhar força para operar cada vez mais significativamente; a comunicação é essencial para 
que haja entrosamento; a cooperação é o modo pelo qual o trabalho ganha qualidade e 
operatividade; a aprendizagem é o resultado do trabalho e deve ser essencialmente 
colaborativa. 
 
 
 
 
REFERÊNCIA: 
 
PICHÓN-RIVIÉRE, Enrique. Teoria do vínculo. São Paulo: Martins Fontes, 1998.

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