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Laís Molina – Med 102 Anatomia Microscópica e Embriologia Clínica (Histo II) – Profs. Isabele e Thaís 
 O sistema endócrino consiste em glândulas sem ductos, grupos distintos de 
células dentro de certos órgãos do corpo, e células endócrinas isoladas no 
revestimento epitelial dos sistemas digestivo e respiratório. 
 
 As glândulas endócrinas são ricamente vascularizadas, de modo que seus 
produtos de secreção possam ser liberados nos delicados espaços do tecido 
conjuntivo entre as células e leitos capilares, a partir dos quais entram na corrente 
sanguínea. 
 
 As glândulas endócrinas incluem a hipófise, a tireoide, as paratireoides, as 
suprarrenais e o corpo pineal. 
 
 As glândulas exócrinas, diferentemente das glândulas endócrinas (que não 
possuem ductos), lançam suas secreções em um sistema de ductos e exercem 
apenas efeitos locais. 
 
 Glândula Hipófise 
 
 A hipófise é uma glândula endócrina que produz diversos hormônios que são 
responsáveis pela regulação do crescimento, da reprodução e do 
metabolismo. 
 
 Possui duas subdivisões que se desenvolvem de origens embrionárias 
diferentes: 
 
1- A adeno-hipófise, que se desenvolve de uma evaginação do ectoderma 
oral (bolsa de Rathke) que reveste a cavidade oral primitiva 
(estomodeu). 
 
2- A neuro-hipófise, que se desenvolve do neuroectoderma como uma 
evaginação do diencéfalo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
OBS: Ambas são unidas e encapsuladas em uma glândula única. 
Entretanto, como possuem origens embrionárias diferentes, seus 
constituintes celulares e funções também se diferem. 
 
Laís Molina – Med 102 Anatomia Microscópica e Embriologia Clínica (Histo II) – Profs. Isabele e Thaís 
 A hipófise encontra-se abaixo do hipotálamo do encéfalo, ao qual está 
conectada estendendo-se inferiormente a partir do diencéfalo. Assenta-se na 
fossa hipofisária, onde é recoberta por uma porção da dura-máter chamada 
de diafragma da sela. 
 
 Está conectada ao encéfalo através de vias nervosas; também possui um 
rico suprimento vascular a partir de vasos que suprem o encéfalo. 
 
 Dentro de cada subdivisão da hipófise estão localizadas várias regiões 
contendo células especializadas que liberam diferentes hormônios. São elas: 
 
 Adeno-hipófise (hipófise anterior): 
- Pars distalis 
- Pars intermedia 
- Pars tuberalis 
 
 Neuro-hipófise (hipófise posterior): 
- Eminência mediana 
- Infundíbulo 
- Pars nervosa 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Histologia da Hipófise 
 
 
 
 
 
Pars distalis = lobo anterior 
Pars intermedia + pars nervosa = 
lobo posterior 
Pars tuberalis = manguito ao redor da 
haste do infundíbulo 
 
OBS: Entre os lobos anterior e posterior estão remanescentes 
das bolsas de Rathke (células epiteliais), os quais envolvem um 
colóide amorfo. 
 
Laís Molina – Med 102 Anatomia Microscópica e Embriologia Clínica (Histo II) – Profs. Isabele e Thaís 
 Adeno-hipófise: 
 
 A adeno-hipófise, também chamada de hipófise anterior, se desenvolve a 
partir da bolsa de Rathke, um divertículo do ectoderma oral. 
 
 Consiste na pars distalis, pars intermedia e pars tuberalis. 
 
 
 Pars Distalis 
 
o É coberta por uma cápsula fibrosa. 
 
o É composta de cordões de células parenquimatosas que são rodeadas por 
fibras reticulares. Essas fibras também envolvem os grandes capilares 
fenestrados do plexo capilar secundário. 
 
o Um escasso tecido conjuntivo se encontra ao redor das artérias 
hipofisárias e das veias portas. 
 
o O revestimento endotelial dos capilares é fenestrado, o que facilita a 
difusão de fatores liberados para as células parenquimatosas e fornece 
sítios de entrada para as secreções liberadas. 
 
o As células parenquimatosas que têm uma afinidade por corantes são 
chamadas de cromófilas, enquanto aquelas que não têm afinidade por 
corantes são chamadas cromófobas. 
 
 As células cromófilas são subdivididas em acidófilas e basófilas, as 
quais constituem as células secretoras da pars distalis. 
 
 Células Cromófilas: 
 
 Os grânulos de secreção dessas células têm afinidade por corantes 
histológicos: aqueles que se coram em vermelho-alaranjado com 
corantes ácidos e aqueles que se coram em azul com corantes 
básicos. 
 
 Células Acidófilas 
 
- São as células mais abundantes da pars distalis. 
 
- Seus grânulos são grandes e coram-se de vermelho-alaranjado com 
eosina. 
 
- Possuem duas variedades, os somatotrofos e os mamotrofos. 
 
 
 
Laís Molina – Med 102 Anatomia Microscópica e Embriologia Clínica (Histo II) – Profs. Isabele e Thaís 
 Somatotrofos: 
 
 Têm núcleo central, um aparelho de Golgi moderado, mitocôndrias 
pequenas em forma de bastão, um abundante REG e numerosos 
grânulos de secreção. 
 
 Secretam a somatotrofina (hormônio do crescimento). Assim, são 
estimuladas pelo SRH e inibidas pela somatostatina. A 
somatotrofina tem efeito generalizado de aumentar as taxas 
metabólicas das células. 
 
 Mamotrofos: 
 
 Estão arranjados como células individuais. 
 
 São poligonais e pequenas. 
 
 Têm a população ordinária de organelas. Contudo, durante a lactação, 
as organelas aumentam e o aparelho de Golgi pode se tornar tão 
grande quanto o núcleo. 
 
 Podem ser distinguidas pelos seus grandes grânulos de secreção, 
formados pela fusão de grânulos menores que são liberados pela rede 
trans-Golgi. Estes grânulos fundidos contêm o hormônio prolactina, o 
qual promove o desenvolvimento das glândulas mamárias durante a 
gravidez, assim como a lactação após o nascimento. A liberação de 
prolactina é estimulada pelo fator liberador de prolactina (PRH) e 
pela ocitocina, e é inibida pelo PIF. 
 
 
 Células Basófilas: 
 
- Se coram de azul com corantes básicos. 
 
- Estão geralmente localizados na periferia da pars distalis. 
 
- Possuem três variedades, os corticotrofos, os tireotrofos e os 
gonadotrofos. 
 
 Corticotrofos: 
 
 Estão dispersos por toda a pars distalis. 
 
 São de formato arredondado a ovoide, cada um com um núcleo 
excêntrico e com relativamente poucas organelas, 
 
 Secretam o hormônio adrenocorticotrófico (ACTH) e o hormônio 
lipotrófico (LPH). A secreção é estimulada pelo CRH. O ACTH 
 
Laís Molina – Med 102 Anatomia Microscópica e Embriologia Clínica (Histo II) – Profs. Isabele e Thaís 
estimula as células do córtex das suprarrenais a liberarem seus 
produtos de secreção. 
 
 Tireotrofos: 
 
 Estão mais profundamente situados nos cordões de células 
parenquimatosas a uma certa distância dos capilares fenestrados. 
 
 Podem ser distinguidas pelos seus grânulos de secreção pequenos, os 
quais contêm TSH. A secreção é estimulada pelo TRH e inibida pela 
presença de T3 e T4 no sangue. 
 
 Gonadotrofos: 
 
 Células arredondadas, que têm um aparelho de Golgi desenvolvido e 
abundantes REG e mitocôndrias. 
 
 Situados próximo aos capilares. 
 
 Secretam FSH e LH. O LH estimula a produção de hormônio esteroide 
pelas células intersticiais dos testículos. A secreção é estimulada pelo 
LHRH e é inibida por diversos hormônios que são produzidos 
pelos ovários e testículos. 
 
 
 Células Cromófobas: 
 
 Grupo de células que são fracamente coradas. 
 
 Possuem menos citoplasma. 
 
 Podem representar células-tronco não específicas ou células 
cromófilas parcialmente desgranuladas. 
 
 
 
 Células Folículo-estreladas: 
 
 São não-secretoras. 
 
 Têm longos filamentos que formam junções comunicantes com 
outras células desse tipo. 
 
 
 
 
 
 
Laís Molina – Med 102 Anatomia Microscópica e Embriologia Clínica (Histo II) – Profs. Isabele e Thaís 
 Pars Intermedia 
 
o É caracterizada por muitos cistos revestidos por células cuboides 
contendo colóide (cistos de Rathke), os quais são remanescentes do 
ectoderma da bolsa de Rathkeevaginada. 
 
o Sua zona intermediária às vezes contém cordões de células basófilas 
ao longo das redes de capilares. 
 
o As células basófilas sintetizam o pró-hormônio pró-opimelanocortina 
(POMC), o qual sofre uma clivagem pós-traducional para formar 
substâncias, como o hormônio estimulante de melanócitos α (alfa). 
 
 
 Pars Tuberalis 
 
o Envolve a haste do infundíbulo da neuro-hipófise, mas frequentemente 
está ausente em sua porção posterior. 
 
o A pars tuberalis e o infundíbulo formam o pedículo hipofisário. 
 
o Finas camadas do tecido conjuntivo semelhante ao que constitui a pia-
aracnoide separam a pars tuberalis da haste infundibular. 
 
o É altamente vascularizada por artérias e pelo sistema porta hipofisário, 
ao longo do qual se dispõem cordões longitudinais de células epiteliais 
cuboides colunares baixas. 
 
o O citoplasma dessas células contém pequenos grânulos densos, gotículas 
lipídicas, gotículas de colóide entremeadas e glicogênio. 
 
o Algumas células apresentam grânulos de secreção que possivelmente 
contêm FSH e LH. 
 
 
 
 Neuro-hipófise: 
 
 A neuro-hipófise, também chamada de hipófise posterior, se desenvolve a 
partir de uma evaginação do hipotálamo. 
 
 É dividida em eminência mediana, infundíbulo (continuação do hipotálamo) e 
pars nervosa. 
 
 
 
 
 
 
Laís Molina – Med 102 Anatomia Microscópica e Embriologia Clínica (Histo II) – Profs. Isabele e Thaís 
 Trato hipotalâmico-hipofisário 
 
o Axônios amielínicos das células neurossecretoras, cujos corpos celulares 
residem nos núcleos supra-óptico e paraventricular do hipotálamo, 
entram na neuro-hipófise para terminar nas imediações dos capilares. 
Estes axônios formam o trato hipotalâmico-hipofisário e constituem a 
maior parte da neuro-hipófise. 
 
o As células neurossecretoras dos núcleos supra-óptico e paraventricular 
sintetizam dois hormônios: a vasopressina (ADH) e a ocitocina. Uma 
proteína transportadora, a neurofisina, também produzida pelas células 
destes núcleos, se liga a cada um destes hormônios à medida que eles 
viajam ao longo dos axônios até a neuro-hipófise, onde são liberados na 
corrente sanguínea pelos terminais axônicos. 
 
o Os axônios são sustentados por células similares à neuroglia, conhecidas 
como pituicitos. 
 
 
 
 
 Pars Nervosa 
 
o Tecnicamente, a pars nervosa não é um glândula endócrina. As 
terminações distais dos axônios do trato hipotalâmico-hipofisário 
terminam na pars nervosa e armazenem as neurossecreções produzidas 
pelos seus corpos celulares localizados no hipotálamo. Até que os 
neurônios associados a neurofisina alcancem a pars nervosa da hipófise, 
os hormônios tornam-se maduros e são clivados de seus precursores. 
 
o Existem dilatações nos axônios, chamadas de corpos de Herring, os quais 
representam acúmulos de grânulos de neurossecreção ao longo do 
comprimento dos axônios. Em resposta ao estímulo nervoso, os 
conteúdos desses grânulos são liberados no espaço perivascular próximo 
dos capilares fenestrados do plexo capilar. 
 
o Os pituicitos são simulares às células da neuroglia e ajudam a sustentar 
os axônios da pars nervosa, formando uma bainha ao seu redor, assim 
como ao redor de suas terminações. 
 
 Os pituicitos contêm glândulas lipídicas, pigmentos de 
lipocromo e filamentos intermediários. Possuem também 
numerosos prolongamentos citoplasmáticos que entram em 
contato uns com os outros formando junções comunicantes. 
 
 
Resumidamente: Os axônios de células neurossecretoras dos núcleos 
hipotalâmicos supra-óptico e paraventricular se estendem para a hipófise 
posterior, formando o trato hipotalâmico-hipofisário. 
 
 
Laís Molina – Med 102 Anatomia Microscópica e Embriologia Clínica (Histo II) – Profs. Isabele e Thaís 
 Glândula Tireoide 
 
 A glândula tireoide encontra-se imediatamente abaixo da laringe, anterior à 
junção das cartilagens tireoide e cricoide. 
 
 É composta de um lobo direito e um lobo esquerdo que estão conectados na 
linha média por um istmo. Em algumas pessoas, pode haver um lobo 
piramidal, que, ascende a partir do lado esquerdo; é um remanescente 
embrionário. 
 
 A tireoide é envolvida por uma cápsula de tecido conjuntivo denso não 
modelado derivada da fáscia cervical profunda. Septos derivados dessa 
cápsula subdividem a glândula em lóbulos. 
 
 A glândula tireoide armazena seu produto de secreção no lúmen de 
folículos, diferentemente das demais glândulas que o armazenam dentro 
das células parenquimatosas. 
 
 Os folículos são compostos de um epitélio cubico simples envolvendo um 
lúmen preenchido por um colóide central. Cada folículo pode armazenar o 
suprimento hormonal de várias semanas dentro do colóide. 
 
 Os hormônios T3 e T4 são armazenados no colóide, o qual é constituído por 
uma grande glicoproteína de secreção chamada de tireoglobulina, a qual 
representa o precursor dos hormônios. Quando os hormônios estão prestes 
a serem liberados, a tireoglobulina é endocitada pelas células do 
revestimento folicular e os hormônios são clivados por proteases 
lisossômicas. 
 
 Os septos de tecido conjuntivo derivados da cápsula invadem o parênquima 
e promovem uma via de sustentação e condução para vasos sanguíneos, 
vasos linfáticos e fibras nervosas. 
 
 Elementos de tecido conjuntivo, compostos principalmente de fibras 
reticulares e contendo um rico plexo capilar, circundam cada folículo, mas 
estão separados das células foliculares e parafoliculares por uma 
lâmina basal. 
 
 Ocasionalmente, as células foliculares de folículos adjacentes podem vir a 
entrar em contato umas com as outras e romper a continuidade da lâmina 
basal. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Laís Molina – Med 102 Anatomia Microscópica e Embriologia Clínica (Histo II) – Profs. Isabele e Thaís 
 Células Foliculares (células principais): 
 
 As células foliculares têm um núcleo ovoide a arredondado com dois 
nucléolos e citoplasma basófilo. 
 
 Têm formato que varia do pavimentoso ao colunar baixo e tornam-se 
mais altas quando estimuladas. 
 
 Frequentemente, seu REG está distendido e apresenta zonas que são 
livres de ribossomos. 
 
 Possuem numerosos lisossomos localizados na região apical, 
mitocôndrias em formato de bastão, um aparelho de Golgi supranuclear e 
numerosos microvilos curtos que se estendem para dentro do colóide. 
 
 O iodeto é essencial para a síntese dos hormônios T3 e T4. A iodação dos 
resíduos de tirosina ocorre nos folículos na interface célula folicular-
colóide. Dessa forma, as células foliculares secretam hormônios 
devidamente iodados, o T3 e T4, que aumentam as taxas do 
metabolismo basal. 
 
 Durante uma grande demanda por hormônios, as células foliculares 
estendem pseudópodos para dentro dos folículos de modo a envolver e 
absorver gotículas de colóide. 
 
 Quando a demanda pelos hormônios diminui, a quantidade de colóide no 
lúmen do folículo aumenta. 
 
 Células Parafoliculares (células claras / células C): 
 
 As células parafoliculares são células palidamente coradas, encontradas 
isoladas ou em agregados por entre as células foliculares, mas não 
alcançam o lúmen dos folículos. 
 
 Têm um núcleo arredondado, quantidades moderadas de REG, 
mitocôndrias alongadas, um aparelho de Golgi bem desenvolvido e 
grânulos de secreção densos e pequenos localizados no citoplasma basal. 
 
 Estes grânulos de secreção contêm calcitonina, um hormônio que inibe 
a reabsorção óssea pelos osteoclastos, reduzindo deste modo as 
concentrações de cálcio no sangue. Quando os níveis circulantes de cálcio 
estão altos, a liberação de calcitonina é estimulada. 
 
 
 
 
 
Laís Molina – Med 102 Anatomia Microscópica e Embriologia Clínica (Histo II) – Profs. Isabele e Thaís 
 Glândulas Paratireoides 
 
 As glândulas paratireoides, geralmente em número de quatro, estão 
localizadasna superfície posterior da glândula tireoide, em seus polos 
superior e inferior. 
 
 Cada uma das glândulas está envolvida por sua própria cápsula delgada de 
tecido conjuntivo, que entra na glândula como septos, acompanhados por 
vasos sanguíneos, linfáticos e nervos. 
 
 Os septos servem principalmente para sustentar o parênquima, o qual 
consiste em cordões e aglomerados de células epiteliais circundadas 
por fibras reticulares, que também suportam o parênquima e uma rica 
rede capilar. 
 
 Produzem o hormônio PTH, o qual atua nos ossos, rins e intestinos, 
mantendo concentrações de cálcio adequadas no sangue e no fluido 
intersticial. 
 
 Desenvolvem-se a partir das terceiras e quartas bolsas faríngeas durante a 
embriogênese. As glândulas paratireoides que se desenvolvem das terceiras 
bolsas faríngeas descem com o timo para se tornarem as glândulas 
paratireoides inferiores, enquanto as glândulas que se desenvolvem das 
quartas bolsas faríngeas descem apenas por uma curta distância e se 
tornam as glândulas paratireoides superiores. 
 
 As glândulas crescem lentamente e alcançam o tamanho no adulto com 
cerda de 20 anos de idade. 
 
 Têm formato ovoide. 
 
 O parênquima das glândulas paratireoides é composto de dois tipos 
celulares, as células principais e as células oxífilas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Laís Molina – Med 102 Anatomia Microscópica e Embriologia Clínica (Histo II) – Profs. Isabele e Thaís 
 Células Principais: 
 
 São células levemente eosinófilas. 
 
 Contêm grânulos de pigmento lipofuscina que estão dispersos por todo o 
citoplasma. 
 
 Pequenos grânulos densos, originados do aparelho de Golgi e que se 
deslocam para a periferia da célula, representam os grânulos de secreção 
e contêm o paratormônio (PTH). 
 
 Essas células contêm um aparelho de Golgi justanuclear, mitocôndrias 
alongadas e REG abundante. 
 
 Algumas células apresentam aparelho de Golgi menor, escassos grânulos 
de secreção e grandes quantidades de glicogênio; considera-se que estas 
células estejam em uma fase inativa. 
 
 Ocasionalmente, desmossomas unem células principais adjacentes, e um 
único cílio pode se estender para o espaço intercelular. 
 
 O precursor do PTH, o pré-pró-paratormônio, é sintetizado à medida 
que é transportado para o lúmen do REG para formar o pró-
paratormônio e um polipeptídeo. Quando alcança o aparelho de Golgi, o 
pró-paratormônio é novamente clivado em PTH e em um pequeno 
polipeptídeo. O hormônio é acondicionado em grânulos de secreção e 
liberado na superfície celular por exocitose. 
 
 Células Oxífilas: 
 
 Acredita-se que as células oxífilas representem fases inativas de um tipo 
celular único, com as células principais sendo a fase secretora ativa. 
 
 São células menos numerosas, grandes e se coram mais intensamente 
com a eosina. 
 
 Aparecem em grupos e como células isoladas. 
 
 Possuem mais mitocôndrias, e aparelho de Golgi e REG pequenos. 
 
 O glicogênio também está localizado no citosol e está circundado por 
mitocôndrias. 
 
 
 
 
 
Laís Molina – Med 102 Anatomia Microscópica e Embriologia Clínica (Histo II) – Profs. Isabele e Thaís 
 Glândulas Suprarrenais (Adrenais) 
 
 As glândulas suprarrenais estão localizadas nos polos superiores dos rins e 
estão imersas em tecido adiposo. 
 
 O parênquima da glândula está dividido em duas regiões: o córtex 
suprarrenal e a medula suprarrenal, as quais possuem origem 
embriológica diferente. 
 
 O córtex suprarrenal, derivado do mesoderma, produz um grupo de 
hormônios chamados corticosteroides, os quais são sintetizados a 
partir do colesterol. A secreção destes hormônios, incluindo o cortisol 
e a corticosterona, é regulada pelo ACTH, um hormônio secretado 
pela pars distalis da adeno-hipófise. 
 
 A medula suprarrenal, derivada das cristas neurais, está 
funcionalmente relacionada e regulada pelo sistema nervoso 
simpático. Produz os hormônios epinefrina (adrenalina) e 
norepinefrina (noradrenalina). 
 
 As glândulas suprarrenais estão envolvidas por uma camada de tecido 
conjuntivo que contém uma quantidade elevada de tecido adiposo. 
 
 Cada glândula tem uma espessa cápsula de tecido conjuntivo que envia 
septos para o parênquima da glândula, acompanhados de vasos sanguíneos 
e nervos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Laís Molina – Med 102 Anatomia Microscópica e Embriologia Clínica (Histo II) – Profs. Isabele e Thaís 
 Córtex Suprarrenal: 
 
o O córtex suprarrenal contém células parenquimatosas que sintetizam e 
secretam vários hormônios esteroides sem armazená-los. 
 
o O córtex é subdividido histologicamente em três zonas concêntricas, da 
cápsula para dentro, caracterizadas como zona glomerulosa, zona 
fasciculada e zona reticulada. 
 
o As três classes dos hormônios corticosteroides (mineralocorticoides, 
glicocorticoides e andrógenos) são sintetizadas a partir do 
colesterol, que é captado do sangue e armazenado esterificado em 
gotículas lipídicas no citoplasma das células corticais. 
 
 Quando as células corticais são estimuladas, o colesterol é 
liberado e usado para a síntese de hormônios no REL por 
enzimas que estão localizadas nele e nas mitocôndrias. 
 
 Os produtos intermediários dos hormônios vão sendo 
sintetizados e transferidos entre o REL e as mitocôndrias até 
que o hormônio final seja produzido. 
 
 Zona Glomerulosa: 
 
 É o anel concêntrico externo de células parenquimatosas localizadas 
imediatamente abaixo da cápsula da suprarrenal. 
 
 As pequenas células de formato cuboide a cilíndrico que compõem esta 
zona estão arranjadas em cordões ou agrupamentos arredondados. 
 
 Os núcleos dessas pequenas células possuem de um a dois nucléolos, e 
seu citoplasma acidófilo contém um REL abundante e extenso, curtas 
mitocôndrias com cristas tubulares, um aparelho de Golgi bem 
desenvolvido, abundante REG e ribossomas livres. Algumas gotículas 
lipídicas também estão presentes pelo citoplasma. 
 
 Desmossomas ocasionais e pequenas junções comunicantes unem as 
células umas às outras, e algumas células possuem curtos microvilos. 
 
 As células parenquimatosas da zona glomerulosa sintetizam e secretem 
mineralocorticoides, principalmente aldosterona e alguma 
desoxicorticosterona. A síntese desses hormônios é estimulada pela 
angiotensina II e pelo ACTH, necessários à existência normal das células 
da zona glomerulosa. 
 
 Os mineralocorticoides atuam no controle do equilíbrio de fluidos e de 
eletrólitos no corpo, por afetar a função dos túbulos contorcidos distais 
nos rins. 
 
Laís Molina – Med 102 Anatomia Microscópica e Embriologia Clínica (Histo II) – Profs. Isabele e Thaís 
 Zona Fasciculada: 
 
 É uma camada concêntrica intermediária de células no córtex da 
suprarrenal, a maior camada do córtex. 
 
 Essa zona contém capilares fenestrados arranjados longitudinalmente 
entre colunas de células parenquimatosas. 
 
 As células poliédricas nesta camada são maiores e estão arranjadas em 
colunas radiais, com espessura de uma ou duas camadas de células 
levemente acidófilas. 
 
 Como essas células possuem muitas gotículas lipídicas no seu 
citoplasma, que são extraídas durante o processo histológico, tais 
aparecem vacuolizadas e são chamadas de espongiócitos. 
 
 Os espongiócitos têm mitocôndrias esféricas com cristas tubulares 
e vesiculares, uma extensa rede de REL, algum REG, lisossomos e 
grânulos do pigmento lipofuscina. 
 
 As células da zona fasciculada sintetizam e secretam os hormônios 
glicocorticoides, sendo eles o cortisol e a corticosterona. A síntese 
desses hormônios é estimulada pelo ACTH. Esses hormônios controlam o 
metabolismo de carboidratos, gorduras e proteínas. 
 
 Zona Reticulada: 
 
 É a camada mais interna do córtex suprarrenal. 
 
 As células, de citoplasmaacidófilo intensamente corado, estão arranjadas 
em cordões anastomosados. Elas são similares aos espongiócitos da zona 
fasciculada, mas são menores e possuem menos gotas lipídicas. 
 
 Várias células próximas da medula suprarrenal são escuras, com 
citoplasma elétron-denso e núcleo picnótico, o que sugere que essa zona 
contém células parenquimatosas degeneradas. 
 
 As células da zona reticulada sintetizam e secretam andrógenos, 
principalmente deidroepiandrosterona e alguma androstenediona. 
Adicionalmente, estas células podem sintetizar e secretar pequenas 
quantidades de glicocorticoides. A secreção desses hormônios é 
estimulada pelo ACTH. 
 
 
 
Laís Molina – Med 102 Anatomia Microscópica e Embriologia Clínica (Histo II) – Profs. Isabele e Thaís 
 Medula Suprarrenal: 
 
o É a porção central da glândula, sendo totalmente revestida pelo córtex 
suprarrenal. 
 
o Desenvolve-se a partir de células das cristas neurais. 
 
o Compreende duas populações de células parenquimatosas: células 
cromafins, que produzem as catecolaminas (adrenalina e 
noradrenalina), e células ganglionares simpáticas, as quais estão 
dispersas por todo o tecido conjuntivo da medula. 
 
 Células Cromafins: 
 
 São grandes células epitelióides, arranjadas em grupamentos ou em 
cordões arredondados curtos. 
 
 Contêm grânulos que se coram intensamente com sais de cromo com um 
tom marrom, o que indica que estas células contêm catecolaminas, 
transmissores produzidos por células pós-ganglionares do sistema 
nervoso simpático. Assim, a medula da adrenalina suprarrenal funciona 
como um gânglio simpático modificado, alojando células pós-
ganglionares simpáticas que perderam os dendritos e os axônios. 
 
 As catecolaminas sintetizadas pelas células cromafins são os 
transmissores simpáticos epinefrina e norepinefrina. Ambos são 
secretados em resposta à estimulação por nervos esplâncnicos pré-
ganglionares simpáticos (colinérgicos). 
 
 Cada célula cromafim tem a capacidade de produzir tanto adrenalina 
quanto noradrenalina e armazená-las em vesículas de secreção. 
 
 Há dois tipos de células cromafins: aquelas que produzem e armazenam 
adrenalina, e aquelas que produzem e armazenam noradrenalina. Os 
grânulos das células que estocam noradrenalina possuem um centro 
elétron-denso e excêntrico limitado pela membrana do grânulo, enquanto 
os grânulos das células cromafins que armazenam adrenalina são mais 
homogêneos e menos densos. 
 
 Os grânulos remanescentes são compostos por trifosfato de 
adenosina, encefalinas, e proteínas solúveis chamadas 
cromograninas.

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