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Justiça e Utilitarismo

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CENTRO UNIVERSITÁRIO JORGE AMADO - UNIJORGE
CURSO DE DIREITO
IZABELA GAMA MENESES E TARCISIO SOUSA SANTOS
JUSTIÇA E UTILITARISMO.
Salvador
2020
IZABELA GAMA MENESES E TARCISIO SOUSA SANTOS
JUSTIÇA E UTILITARISMO.
Artigo apresentado como requisito para AV3 na disciplina de Filosofia do Direito no Curso de Direito do Centro Universitário Jorge Amado - Unijorge.
Professor: Daniel Lins
Salvador- BA
2020
 
JUSTIÇA E UTILITARISMO
Izabela Gama Meneses e Tarcísio Sousa Santos
RESUMO: 
O presente artigo visa analisar como o utilitarismo se insere no conceito de justiça nos tempos atuais, o seu surgimento, os percussores desta filosofia, e seus principais nomes que contribuíram para a construção do utilitarismo e seu engajamento na sociedade. Fundado por Bentham e Mill, na Inglaterra em meados no século XVIII, o “utilitarismo” consiste em uma doutrina ética que estabelece que tudo que cometemos consiste em uma ação moral, e não no método que algo foi praticado. Busca também explicar o verdadeiro viés de entendimento dos teóricos Bentham e Mill, fundadores deste conceito. 
Palavras-chave: Justiça; Utilitarismo; Stuart Mill; Jeremy Bentham; Sociedade.
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO..................................................................................................2 
2. CONCEITO DE JUSTIÇA..............................................................................2
3. CONCEITO DE UTILITARISMO................................................................3
4. JEREMY BENTHAM......................................................................................4
5. JOHN STUART MILL......................................................................................5
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS..........................................................................6
7. REFERENCIAS...........................................................................................7
1. INTRODUÇÃO
O presente artigo tem como objetivo principal analisar o conceito de utilitarismo no âmbito da justiça, especificando o seu surgimento, os principais nomes que compartilharam da ideia utilitarista e a sua repercussão dentro da sociedade.
A motivação para abordagem da temática em questão se deu justamente pelo fato de que esta filosofia sofreu e sofre uma má interpretação, desta maneira reunimos explicações dos teóricos responsáveis por este conceito, e aqueles que perpetuaram de maneira positiva o seu entendimento.
Atualmente o utilitarismo está inserido no conceito de “consequencialismo”, conceito este reformado em 1958 por Anscombe. O utilitarismo foi reformado justamente para deixar mais claro a principal ideia da teoria, pois esta buscava a explicação de suas condutas relacionadas com as consequências desta.
A princípio será trazido o conceito de justiça e utilitarismo. Posteriormente, será abordado breves considerações sobre os fundadores desta teoria, e seus reformadores e percussores desta temática.
Cabe salientar que para realização do presente trabalho, fora utilizada pesquisas bibliográficas, em que foi abordado os estudos de doutrinadores, bem como os métodos de exploração do conteúdo, em que foram pesquisadas informações em livros e artigos científicos que tratam da temática em epígrafe. 
2. CONCEITO DE JUSTIÇA
O conceito de justiça está inserido em várias vertentes, entre elas; o Direito, a Ética, a Moral, a Religião e a Filosofia. Trata-se de um conceito abstrato, tendo em vista a sua aplicação e relevância a partir da cultura e historicidade de determinada sociedade, buscando sempre a razoabilidade e imparcialidade da matéria em relação aos interesses de grupos sociais e o Estado.
Em uma esteira mais técnica, podemos nos referir a justiça como: o acesso de terceiros ao judiciário em razão de lesão ou ameaça de lesão aos seus direitos. Porem este também poderá ser efetivado através das próprias relações sociais.
O conceito de justiça na história é traçado em varias fases com diferentes posicionamentos de grandes filósofos, como por exemplo Aristóteles que descreve a justiça como: “igualdade proporcional: tratamento igual entre os iguais, e desigual entre os desiguais, na proporção de sua desigualdade.” 
Seguido por um processo evolutivo, chegamos ao conceito de justiça no Juspositivismo moderno, encabeçado por Hans Kelsen, este explica a justiça como um conceito abstrato, que não pode ser entendido cientificamente. O conceito de justiça variaria de caso em caso, sendo subjetivo e dependente do desenvolvimento de cada situação.
As teorias existentes sobre justiça são: a justiça como equidade, e a justiça como bem-estar social. Dentro dessas teorias existem diversas perspectivas. No âmbito da justiça como equidade temos as perspectivas: utilitarista, liberal por John Rawls, a libertaria, e a comunitarista. Já na seara de justiça como bem-estar social encontram-se as perspectivas: igualitária por Dworkin, a econômica por Posner, e a capacitaria por Sen.
Como vimos no discorrer deste texto, dentro da filosofia diversos teóricos tem a sua concepção de justiça. No utilitarismo, justiça consiste em entender que toda ação humana estará visando o prazer e a felicidade, desta forma, toda e qualquer conduta será justa se estes estiverem visando o bem estar social.
3. CONCEITO DE UTILITARISMO
Fundada no século XVIII, pelos filósofos Jeremy Bentham e Stuart Mill, o utilitarismo consiste em uma corrente filosófica que entende que; toda ação humana busca uma finalidade, finalidade esta que está diretamente ligada a ideia de prazer e felicidade, focando sempre na utilidade de cada ato. 
O utilitarismo busca uma explicação cientifica e psicológica para ações humanas, explicando que seres sencientes (aqueles com capacidade de sentir sensações e obter sentimentos) vão buscar sempre o prazer ao invés da dor, por esta razão a investigação desta filosofia é feita através dos pontos morais e éticos da utilidade das condutas. Porém, não podemos nos abster a essas meras conceituações, pois assim seriamos levados a fazer um pré julgamento desta teoria como muitos pensadores assim fizeram. A má interpretação da filosofia utilitarista rendeu diversos inimigos deste entendimento, por esta razão explicitaremos a seguir a definição mais técnica acerca da teoria.
A filosofia utilitarista busca sempre a benevolência de todos os seres, visando a empatia de todos os envolvidos em determinado evento de conduta, levando a busca comum de bem estar social. Em sua obra intitulada “Utilitarismo”, Mill busca deixar claro que deverá sempre haver reciprocidade entre interesses próprios e das demais pessoas. Podemos usar como exemplificação os Direitos prima facie, como por exemplo; direito a vida, liberdade e propriedade, ou seja, direitos básicos inerentes aos seres humanos. Tais direitos são analisados de forma diferente quando valores mais importantes também estão em tela, como no caso do direito a propriedade, que em caso de urgência poderá ser violado visando o bem comum, ou seja, a benevolência do ato buscando o bem estar comum é visto como uma atitude de qualidade que visará a felicidade geral, sendo assim, o fim justifica os meios.
4. JEREMY BENTHAM
Um dos últimos iluministas na construção de um sistema moral de filosofia, Bentham, que também foi jurista, economista, e filosofo, nasceu em 15 de fevereiro de 1748, na Inglaterra. Faleceu em 6 de junho de 1832, também na Inglaterra. Compartilhando dos mesmos pensamentos de filósofos como; John Locke, Thomas Hobbes, e Adam Smith. Jeremy liderou um grupo de radicais filósofos que buscava reformas politicas e sociais, inclusive lutava por uma nova Constituição para o país, o que foi alcançado no ano de sua morte. Vejamos a seguir a conceituação de Utilitarismo para Jeremy Bentham (OS PENSADORES, 1979, p. 75):
A primeira lei de natureza, para Bentham, consistiria em buscar o prazer e evitar a dor, sendo necessário para alcançar tal escopo que a felicidadepessoal fosse alcançada pela felicidade alheia. (…) A solução para encontrar a cooperação entre os homens, ele a aponta na e identificação de interesses, factível através da atividade legislativa do governo.
Toda base da doutrina de Bentham, buscou uma aplicabilidade prática, levando a entender que a legislação deveria ser pautada nos princípios naturais dos seres humanos. Levando sempre em consideração o prazer, o castigo, e as recompensas como válvula propulsora das condutas humanas.
5. JOHN STUART MILL
Nascido na Inglaterra, em 20 de maio de 1806 e falecido no mesmo local, em 8 de maio de 1873, John Stuart Mill foi um filosofo e economista, considerado o mais influente filosofo do século XIX, contribuiu de maneira direta para a ideia utilitarista de Bentham. A única diferença do entendimento de ambos, era que, para Mill, a felicidade tinha conceito diferente. Para Bentham, o prazer e a felicidade baseavam-se no racionalismo, na concepção de Mill, estes não se resumiam apenas a racionalidade, mas também ao romantismo.
Uma das principais frases deste filosofo sobre o utilitarismo foi: “As ações são corretas na medida em que tendem a promover a felicidade, erradas na medida em que tendem a promover o reverso da felicidade.” (A FEW WORDS ON NON-INTERVENTION, 1859)
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Desta forma concluímos que o Utilitarismo é a escolha do que é certo ou errado, não levando em consideração a virtude de cada ser, mas tão somente a sua conduta, justificando os seus atos através daquilo que lhe traz prazer e felicidade, e na tentativa constante de fugir daquilo que lhe trouxer dor ou castigos. 
O utilitarismo teve grande reflexo nas decisões coletivas, pois estas com o advento da teoria, buscaram se direcionar ao bem estar de toda uma sociedade. Toda base desta teoria está fixada em eliminar os males que permeiam o âmbito social, começando pelo sofrimento.
É mister afirmar que a teoria utilitarista não busca um conceito de felicidade individual, mas sim a finalidade de gerar a maior amplitude possível na multiplicação da felicidade.
Buscando a maior efetividade da justiça, esta teoria trouxe também demandas para o Estado, ficando este responsável em garantir subsistência mínima para os cidadãos, e buscando a promoção de igualdade entre estes.
7. REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS 
1. BENTHAM, Jeremy. Os pensadores. São Paulo: Abril Cultural, 1979 p.65
2. MILL, John Stuart. O utilitarismo. São Paulo: Iluminuras, 2000. Tradução de: The utilitarism. p.49
3. PORFíRIO, Francisco. "Utilitarismo"; Brasil Escola. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/filosofia/utilitarismo.htm. Acesso em 26 de outubro de 2020.
4. 	GUISÁN, Esperanza. Utilitarismo, justiça e felicidade. In: PELUSO, Luiz Alberto (Org.). Ética e utilitarismo. Campinas: Editora Alínea, 1998, p. 131-141.
5. MILL, Stuart. A few words on non-intervention, 1859.

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