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FUTEBOL E FUTSAL APS: MODELO DE JOGO E PROCESSO DE ENSINO NO FUTEBOL – PRINCÍPIOS GLOBAIS E ESPECÍFICOS Podemos definir como um modelo de jogo, a maneira de representação de um objeto ou uma situação que é mais complexa e rica do que esse modelo, em quaisquer modalidades de representação (segundo Geymonat & Giorello – 1992, citado por Garganta – 1996). De acordo com Bota & Colibaba-Evulet – 2001, definem modelo como construção ou representação física, lógica ou matemática estrutural de um objeto, fenómeno ou processo. No que lhe diz respeito, Epstein – 1986, mencionado por Pinto & Garganta – 1996, aponta modelo como uma representação, sendo que extraem da complexidade do real alguns fatores que são alheios e classificados como pertinentes, ou seja, com significado. Visto que Ramos – 2009, aponta modelo como uma representação simbólica de uma entidade e/ou evento, composto por elementos peculiares, que facilite ou realce a identificação e reconhecimento do todo e/ou partes integrantes em uma relação mútua. De acordo com Pinto & Garganta – 1996, no domínio do futebol, refere-se em elaborar e adotar modelos cognitivos de jogo e treino, que tenham como função providenciar representações dos sistemas (jogo, treino, preparação) que sobressaem as propriedades desses sistemas que se deseja conhecer, em perdas de outras propriedades consideradas menos importantes. Segundo os mesmos autores, o modelo de jogo compreende-se como um ponto de referência e não como um modelo a atingir sua plenitude. De acordo com Garganta – 1996, o jogo apresenta continuamente traços de referência, que uma vez fundamentados permitem idealizar os modelos domínios, as exigências de esforço colocadas aos jogadores em jogo. Seguindo a mesma linha de pensamento Pinto & Garganta – 1996 afirmam, assim como o Queiroz – 1986, que o modelo de jogo, apenas terá sucesso, se construído a partir da observação e caraterização do jogo das equipes mais expressivas da modalidade, tendo desta forma em conta o modelo de jogo mais avançado, adicionando o que for necessário em consideração as caraterísticas morfofuncionais e socioculturais dos nossos atletas, bem como outro aspecto importante do jogo, as condições climatéricas preeminentes. O modelo de jogo é um alicerçado em três vertentes fundamentais, de acordo com o pensamento de Castelo – 1996, que tinha os mesmos pensamentos que os autores mencionados anteriormente. Segundo Castelo – 1996, as vertentes são as seguintes: • Conceção do jogo por parte do treinador com suas perspectivas e ideias. • Análise das suas particularidades e potencialidades dos jogadores que constituem a equipe. • Das tendências evolutivas, no presente e no futuro do jogo de futebol. Então podemos concluir que, o modelo de jogo determina as linhas de orientação geral e singularidade da organização de uma equipe. Ou seja, a idéia de jogo do treinador é um aspeto decisivo para organização da equipe de futebol, mas se o treinador souber claramente como deseja que a equipe e seus jogadores se comportem, todo processo de treinamento e de jogo serão bem estruturados, organizado e controlado (Oliveira – 2003). O modelo de jogo deve ser o elemento orientador para o processo de treinamento e jogo de uma equipe, segundo Vilar – 2008, não sofrendo alterações na dinâmica da competição, exceto se o adversário estiver em superioridade numérica e determinando não somente o exercício de treino, mas também o perfil de competências do jogador. De acordo com Bota & Colibaba-Evulet – 2001, este modelo do jogo deve ser elaborado com as seguintes componentes abaixo: • Tática • Técnica • Capacidade física • Capacidade psíquica • Conhecimento teórico (este sendo construído e posteriormente reparado mediante à cada performance atingida pelos jogadores anteriormente). Segundo Bota & Colibaba-Evulet (2001), este modelo do jogo propriamente dito (original) deve ser construído com as seguintes componentes (subsistemas): tática, técnica, capacidade física, capacidade psíquica e conhecimento teórico, sendo que este deve ser construído e posteriormente corrigido em função das performances alcançadas pelos jogadores no período anterior. Porém Caldeira – 2013 determina como modelo de jogo, um conjunto de idéias que o treinador se refere a maneira de jogar com sua equipe, nas possíveis vantagens táticas com o intuito de vencer. Segundo Caldeira – 2013, precisa ser uma representação que esteja sempre em processo de evolução. O autor acrescenta que a experiencia e capacidade intelectual de um treinador, são fundamentais para evolução do modelo de jogo da sua equipe. Afinal, não há como implementar um modelo de jogo, se o treinador não domina esse aspecto com propriedade. Segundo Vilar – 2008, modelo de jogo se constitui em um conjunto de regras heurísticas de comportamentos que guiam as decisões dos jogadores ao decorrer do jogo. O objetivo deste modelo de jogo é criar a comunicação com a equipe, assim estabelecendo uma ligação entre os jogadores para que favoreça a melhor avaliação comportamental de jogo. Sendo assim, Castelo – 1996 e Oliveira – 2003, afirmam que é essencial para um treinador conhecer bem seus jogadores, pois definir o conceito do modelo de jogo para equipe, é o primeiro passo para formação de qualidade desportiva, definindo quais jogadores formarão a equipe em suas bases. Proporcionando ao treinador traçar adaptações, afim de construir uma equipe que possa alcançar os objetivos traçados. Baseado nessas reflexões, podemos dizer que o modelo de jogo adotado precisará destacar e potencializar as melhores características e capacidades dos jogadores, afim de minimizar déficit que possuam, mas sempre buscando assumir uma postura de evolução tanto individual quanto coletiva (Oliveira – 2003). Conforme Ramos – 2009, o modelo de jogo pode ter características estruturais de uma equipe, suas funções desenvolvidas, níveis de qualidade e ritmo como imprime o jogo. Assim dividi-se o modelo de jogo em: Real: Relativo à equipe com caraterísticas efetivas apresentadas. Evoluído: Representa equipes no nível superior, no grupo das que podemos designar pela “alta qualidade”, sendo uma de referência como objetivo máximo a ser alcançado. Adaptado: Que corresponde a possibilidade em alcançar com os recursos disponíveis, mas tendo como alvo próximo ou distante os modelos específicos evoluídos. Representativo: Geralmente corresponde a uma equipe de referência com bom rendimento, mas de modo que abrange qualquer uma que “represente” um padrão a possuir em conta para o um trabalho real.
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