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Identificando uma apendicite na emergência... Obs: Ahh Luisa, mas é fácil, além da dor na região periumbilical que o paciente estará sentido, faz lá logo o sinal de Blumberg e se der positivo, manda para o cirurgião e fim. Não é bem assim meus caros amigos, mas vamos entender para que a gente possa fazer um diagnóstico fechado para o nosso paciente... Primeiro que, apendicite deve ser lembrada em todo e qualquer quadro de abdome agudo, é fato. Além de ser a causa mais comum e pode ocorrer em qualquer idade, principalmente na segunda e na terceira década de vida. Mas quais são mesmo as manifestações clínicas? · Iniciar com dor abdominal vaga, geralmente periumbilical · Anorexia · Náuseas A dor migra para força ilíaca direita, após cerca de 12 a 24 horas localizando se no ponto de mcburney. Ao exame físico: · Temperatura em torno de 38° · Sensibilidade a palpação no ponto de Mcburney · Peristalse esta geralmente diminuída · E podemos realizar sinais de abdômen agudo, como sinal de Blumberg (detalho em outro resumo). O diagnostico é basicamente CLÍNICO, mas vamos entender melhor os exames complementares: Achados laboratoriais: O mais frequente é a presença de leucocitose leve e/ou desvio à esquerda, que ocorre em 80% dos pacientes (sensibilidade de 80%, especificidade de 55%). Importante notar que os níveis de leucócitos são maiores quanto pior o quadro de apendicite: · apendicite aguda: 14.500 ± 7.300 leucócitos/microL; · apendicite gangrenosa: 17.100 ± 3.900 leucócitos/microL; · apendicite perfurada: 17.900 ± 2.100 leucócitos/microL. Tomografia: É o exame complementar mais utilizado para diagnóstico da apendicite aguda e altamente eficaz e precisa. O exame deve ser feito com contraste venoso, o contraste oral e retal não é indicado. Quais os achados sugestivos? Primeiro vamos ver ele normal: pequenininho Apendicite: · Diâmetro maior que 6-7 mm Nota a diferença? Mais 1 imagem então: · espessamento da parede em lesão alvo outros sinais ocorrem na evolução do quadro inflamatório: · Barramento da gordura periapendicular · Edema · fluído peritoneal · abscesso periapendicular · ausência de contraste do apêndice Ultrassonografia: É o exame muito bom também. Sinais sugestivos: · diâmetro anterior posterior > 6-7mm · Espessamento da parede e estrutura luminal não compreensível · presença de aprendecolito · Alteração do fluxo vascular apendicular · aumento na gordura periapendicular Radiografia: serve para quase nada, não perca esse tempo. E o tratamento na emergência, Luisa? Pois bem, apendicite é tratamento cirúrgico, outro fato. Mas podemos ter algumas condutas na emergência sim. · Uma reposição hidroeletrolítica é suficiente Mas vou um pouco além Porém, antes da cirurgia vai iniciar antibiótico: 1. Para apêndice não perfuradas, uma dose única pré-operatória de antibiótico reduz as infecções pós-operatórias da ferida e a formação de abscessos intra-abdominal. 2. para apendicites perfuradas ou gangrenosas, continuamos com antibióticos intravenosos no pós-operatório até que o paciente não apresente mais febre Quais antibióticos podemos usar? · Cefoxitina com aminoglicosídeo ou cefalosporina de 3 geração. E depois.... CIRURGIAAAAAA Luisa Krejci
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