Prévia do material em texto
Fenômenos de Transporte Transferência de Massa Difusão de Eletrólitos em Soluções Líquidas Diluídas ------------------------------------------------------------------------------------- Qual a idéia? Sabemos que os eletrólitos constituem- se de uma solução composta de solvente, normalmente H2O, na qual um determinado composto decompõe-se em íons. Quer um exemplo? Quando a gente dissolve o sal de cozinha na água, não temos o mecanismo de difusão presente e SIM a dissolução do sal em Na+ e Cl-, cátion e ânion, respectivamente. É importante saber que esses íons na solução irão fluir na mesma direção como se fossem moléculas independentes. Portanto, a velocidade dos íons na solução são maiores do que a molécula do sal que os originou, e isso é comprovado pela teoria de Stokes- Einstein. O que é importante é que você saiba que a velocidade dos íons está associada tanto com o potencial químico quanto com o potencial eletrostático: v i=ui(−∇ μi+z i∇ E) ui=mobilidade do í on μi=Potencial quí mico E=Potencial eletrostá tico z i=valência do í on O termo gradiente do potencial químico pode ser substituído pela força motriz: F=−∇ μA E a Força Motriz é dada pela equação: F=−( kTx A )∇ x A Assim, nós podemos multiplicar a equação logo acima pela concentração da solução (Ci) e substituir o resultado na equação da velocidade: v iC i=(ui kT )(−∇ C i+C i zikT ∇ E) O termo destacado de vermelho é chamado de Coeficiente de Difusão Iônica (Di), e o termo em verde é o Fluxo Iônico (Ji): J i≡v iC i Di≡ui Kt Agora podemos deduzir que o Fluxo Iônico é fruto do movimento browniano (representado por kT) do íon i com influência tanto pela diferença de concentração iônica quanto pela diferença de potencial eletrostático. E lembrado que o movimento browniano é decorrente das colisões das moléculas do solvente (água) com os íons: J i=Di(−∇ C i+C i z ikT ∇ E) Aqui vai uma tabelinha com os valores de Di para alguns íons na água a 25° ≥ Di para soluções líquidas Diluídas Uma quantidade de sal, ao dissociar-se totalmente, irá gerar quantidades de íons proporcionais ao módulo da sua valência: princípio da eletroneutralidade. A relação entre as concentrações do sal e dos íons advém de: C A= C1 |z2| = C2 |z1| Portanto, em se tratando de solução diluída em termos do fluxo: J A= J 1 |z2| = J2 |z1| A relação acima indica que o movimento relativo entre os íons e a solução é igual, assim como a velocidade, independentemente da diferença de tamanho entre eles: J1=D1(−∇ C1+|z1|C1kT ∇ E) J2=D2(−∇ C2+|z2|C2kT ∇ E) Nós multiplicamos a equação de J1 por z1 e a equação de J2 por z2, arrumamos os resultados e depois de várias manipulações algébricas chegamos na equação que representa o fluxo do sal em solução líquida diluída (JÁ): J A=−[(|z1|+|z2|)D1D2(|z1|D 1+|z2|D2)]∇ CA O termo roxo entre colchetes é o termo referente ao Coeficiente de Difusão (DAo ¿ em solução diluída, do eletrólito A│Z2│ B│Z1│. DA o =[ (|z1|+|z2|)D 1D2(|z1|D 1+|z2|D2) ] Diluição Infinita ∞ Em diluição infinita, uma única molécula de soluto está completamente cercada por solvente. Esta situação fornece a medida do maior grau de não idealidade de uma mistura e é a mais difícil de ser predita. Para calcular o Coeficiente de Difusão do eletrólito em diluição infinita levamos em conta um parâmetro chamado de Condutividade Equivalente Iônica Limite (λi) e a temperatura (T): DA o=8,931 x 10−10T( λ1 λ2λ1+λ2)(|z1|+|z2||z1||z2| ) É importante saber que os valores de λi são tabelados a 25° e podem ser encontrados no livro Fundamentos da Transferência de Massa de Marco Aurélio Cremasco. E quando não estivermos trabalhando com Temperatura igual a 25°, podemos fazer a correção de através da seguinte equação: λ¿=λ i25°C+a (T−25)+b (T−25 ) 2+c (T−25)3 Os valores das constantes a, b e c também são tabelados e estão no livro de referência.