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UNIVERSIDADE ESTADUAL DA PARAÍBA - UEPB CENTRO DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIA CURSO: Farmácia DISC: Química Analítica PROFª: Márcia Izabel Cirne França SOLUÇÕES AQUOSAS DE SUBSTÂNCIAS INORGÂNICAS SOLUÇÃO: Produto homogêneo obtido quando se dissolve uma substância (soluto) num solvente (água). As substâncias se classificam em dois grandes grupos quando se faz passar uma corrente elétrica através de suas soluções: ELETRÓLITOS: conduzem a corrente elétrica, sofrem alterações químicas e comumente são substâncias inorgânicas. NÃO-ELETRÓLITOS: Não conduzem a corrente elétrica, não sofrem alterações químicas e comumente são substâncias orgânicas. ELETRÓLISE Transformações químicas observadas pela passagem da corrente elétrica através de uma solução eletrolítica. Os fenômenos que ocorrem durante a eletrólise podem ser estudados na célula eletrolítica, conforme mostra a Figura abaixo: 1- A solução eletrolítica é colocada num recipiente no qual são imersos dois eletrodos. Ânodo (+) - - - + + + Cátodo (-) Fonte de corrente (Bateria) 2- Liga-se uma fonte de corrente contínua, estabelecendo-se uma ddp. 3- Há condução da corrente elétrica através da migração dos íons para seus respectivos eletrodos. 4- As reações químicas que ocorrem durante a eletrólise podem ser observadas nas proximidades dos eletrodos. 5- Durante a condução eletrolítica, ocorre uma oxidação no ânodo e uma redução no cátodo. PROPRIEDADES DAS SOLUÇÕES AQUOSAS (PROPRIEDADES COLIGATIVAS) O senso comum nos diz que a adição de um soluto a um líquido puro deve provocar modificações das propriedades do líquido, pois as forças moleculares se alteram ou desaparecem. Na realidade, esta é a razão de se prepararem algumas soluções. Por ex: a adição de fluido de radiador à água de resfriamento do motor de um carro dificulta a ebulição da água e, nos climas muito frios, a sua congelação. Certas propriedades físicas das soluções diluídas dependem mais do número de partículas do soluto existente na solução do que de sua composição química. São elas: Diminuição da pressão de vapor Elevação do ponto de ebulição Diminuição do ponto de congelamento Variação da pressão osmótica Pode-se afirmar que quantidades iguais de solução com números iguais de partículas atingirão pressões osmóticas idênticas e terão o mesmo efeito sobre a diminuição da pressão de vapor, a diminuição do ponto de congelamento e a elevação do ponto de ebulição. Portanto, quantificando esses valores, pode-se determinar o número de partículas presentes na solução. Resumindo para soluções aquosas: • EBULIOSCOPIA: 1 mol de qualquer partícula dissolvido em 1 kg de água aumenta seu ponto de ebulição em 0,52 oc. 1 mol de partículas PE = 0,52 • CRIOSCOPIA: 1 mol de qualquer partícula dissolvido em 1 kg de água diminui seu ponto de congelamento em 1,86 oc. 1 mol de partículas PC = -1,86 TEORIA DA DISSOCIAÇÃO ELETROLÍTICA TEORIA DE ARRHENIUS Moléculas dos eletrólitos, quando em solução aquosa, dissociam-se em cátions e ânions, que conduzem a corrente elétrica. O processo é reversível O grau de dissociação varia de acordo com o grau de diluição Diluição Dissociação (Quanto maior a diluição, maior a probabilidade de formar íons) Exs: HCl H+ + Cl- MgSO4 Mg++ + SO42- GRAU DE DISSOCIAÇÃO () Representa a quantidade de moléculas efetivamente dissociadas na solução. De acordo com Arrhenius, o grau de dissociação mede a força do eletrólito. = Nº de moléc. dissociadas 0 < <1 Nº total de moléc. Se = 0: Não há dissociação Não-eletrólito Se = 1: Dissociação total Eletrólito forte em solução diluída Determinação do grau de dissociação (): 1. Método Crioscópico ou Ebulioscópico Esse método baseia-se na diminuição do ponto de congelamento ou na elevação do ponto de ebulição, respectivamente. Coeficiente de Van’t Hoff (i): i = (exp) Onde i é calculado experimentalmente, i > 1. (teor) pode ser criométrico ou ebuliométrico i indica o número médio de partículas formadas por uma molécula Interligação entre i e : Considerando um eletrólito que se dissocia formando n partículas, cujo grau de dissociação é : 1 moléc. n partículas n = no. de íons por molécula 1 - n partículas Então, o número médio total de partículas (i) é a soma dos íons formados e das moléculas não dissociadas i = 1 - + n i - 1 = n - = i - 1 n - 1 2. Método da Condutividade ou da Condutância Elétrica O método da condutividade baseia-se na medida da condutividade da solução eletrolítica que depende dos íons dissociados em solução, o qual está ligado ao grau de dissociação. Condutividade molar Kohlrausch das soluções aquosas de eletrólitos aumenta com a diluição até um valor máximo ( ou0 ) C C = Condutividade a uma concentração. C Em concordância com a Teoria de Arrhenius, o aumento da provém do aumento do α, sendo que o valor limite corresponde a dissociação completa. ELETRÓLITOS FORTES Se dissociam quase completamente, mesmo em diluições relativamente pequenas. ELETRÓLITOS FRACOS Começa a se dissociar em concentração muito baixa, apresenta considerável variação no . TEORIA MODERNA DOS ELETRÓLITOS FORTES Teoria de Arrhenius: Aplicada sem grandes desvios a eletrólitos fracos Pouco adequada para eletrólitos fortes Os eletrólitos fortes são constituídos por íons no estado sólido, então não se pode dizer que na dissolução ocorre dissociação das moléculas em íons, como foi sugerido por Arrhenius. PROBLEMA: De acordo com a Teoria moderna dos eletrólitos fortes, não se esperava variações na condutividade molar, pois o número de íons na solução de um eletrólito forte é constante. Como então explicar que a condutividade molar dos eletrólitos fortes sofre variações em soluções concentradas?? Uma explicação foi proposta pela Teoria Moderna em 1923 por Debye e Huckel, é a chamada Teoria da atração interiônica. Ao se aplicar uma ddp migração dos íons para seus eletrodos RETARDAMENTO EFEITO ELETROFORÉTICO Baseia-se no fato de íon irá se mover contra uma corrente de íons de carga oposta EFEITO ASSIMÉTRICO Resulta da quebra de simetria de cargas em torno do íon em questão. CONCLUSÃO: As mudanças da conditividade elétrica em função da diluição não pode ser atribuídas a mudanças no grau de dissociação, como observou Arrhenius, mas sim a forças de atração interiônicas existentes na solução. EQUILÍBRIO QUÍMICO - LEI DA AÇÃO DAS MASSAS “Todas as reações químicas são reversíveis” A + B C + D Lei da ação das massas (Guldberg e Waage, 1867): “A velocidade de uma reação química a uma temperatura constante é proporcional ao produto das concentrações das substâncias reagentes” v1 = k1 x [A] x [B] e v2 = k2 x [C] x [D] No equilíbrio v1 =v2 K BxA DxC k k 2 1 K é a constante de equilíbrio da reação, K é função apenas da temperatura e da pressão Generalizando para reações mais complexas: aA + bB + cC + .... lL + mM + nN ... ... ... xCxBxA xNxMxL K cba nml ATIVIDADE E COEFICIENTE DE ATIVIDADE Na Lei da ação das massas, foi visto que K é independente das concentrações das substâncias, porém esse fato só é válido para soluções diluídas, sendo incorreto para soluções concentradas. ATIVIDADE Novo conceito termodinâmico introduzido por Lewis aA = fA x [A]A atividade (a) é uma medida de concentração que leva em consideração as forças eletrostáticas entre os íons existentes na solução. Seja a reação: A + B C + D A constante de equilíbrio é dada por: BAxff DCxff BfAf DfCf aa aa K BA DC BA DC BA DC .. .. ... ... . . Coeficiente de atividade (fA): Varia complexamente com a concentração Seu valor depende de todos os íons que estão presentes na solução FORÇA IÔNICA (I) Lewis e Randall (1921) É a semi-soma dos produtos das concentrações de cada íon multiplicado pelo quadrado de sua carga 2. 2 1 ii zcI Correlação entre a força iônica da solução (I) e o coeficiente de atividade (f i): Izf ii 2509,0log OBS: Em soluções diluídas de eletrólitos fracos, as diferenças entre atividade e concentração praticamente são inexistentes, ou seja, o coeficiente de atividade é 1.
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