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Resumo no livro: “ A linguagem das emoções” de Paul Ekman 
 
CAPÍTULO I 
Partindo de estudos interculturais de expressão facial o autor conduz suas ideias a respeito 
da natureza da emoção tomando como respaldo para suas afirmações as suas experiências 
científicas ou pesquisa de outros cientistas. A princípio a proposta era descobrir o que era 
universal e o que era culturalmente variável, a partir daí ele elaborou um projeto 
acreditando que as expressões e os gestos eram socialmente aprendidos e culturalmente 
variáveis (ideia contrária à de Charles Darwin). Provido dos recursos necessários para a 
efetuação do estudo deu início mostrando algumas fotografias para pessoas de cinco 
países — Chile, Argentina, Brasil, Japão e Estados Unidos — e pedindo para que 
julgassem a emoção exposta em cada expressão facial. A maioria das pessoas chegou a 
uma mesma conclusão, o que indicou que as expressões poderiam realmente ser 
universais. Em contrapartida Birdwhistell, escreveu que algo socialmente importante, tal 
como a expressão emocional, deve ser fruto do aprendizado e, dessa maneira, diferente 
em cada cultura o que o levou a criar a ideia de regras de exibição, sendo essas 
socialmente aprendidas e muitas vezes culturalmente diferentes a respeito do controle da 
expressão, de quem pode demonstrar que emoção para quem e de quando pode fazer isso. 
Após observações em diferentes culturas constatou que em particular eram exibidas 
expressões inatas e em público, expressões controladas. 
Devido a influência da mídia era preciso fazer um estudo com uma população mais 
isolada, foi onde partiu para a Nova Guiné procurando evidências para respaldar o que 
supunha, ou seja: ao menos algumas expressões faciais são universais. Fazendo o uso de 
retratos de expressões faciais e fotografias de algumas pessoas do povoado foi percebido 
que imediatamente eles entenderam as fotografias, e, aparentemente, não fez muita 
diferença a nacionalidade da pessoa, fore ou norte-americana. Ainda que houvesse 
dificuldades quanto a realização da tarefa (criação de uma história do contexto do que 
ocorreu antes e após a expressão descrita na imagem) não faltaram voluntários, e o 
resultado foi bastante pertinente. Voltando mais tarde a Nova Guiné mudou o método 
sendo pedido após a escuta de uma história que os voluntários escolhessem qual retrato 
de expressão facial mais condizia com o relato. Em poucas semanas, entrevistou mais de 
trezentas pessoas, cerca de 3% de indivíduos pertencentes a essa cultura, um número mais 
que suficiente para uma análise estatística. Os resultados foram muito bem definidos para 
felicidade, raiva, aversão e tristeza. Medo e surpresa não se distinguiram um do outro. 
Quando foi comunicado na conferência nacional anual de antropologia seus estudos, foi 
perceptível que muitos pesquisadores ficaram insatisfeitos e a melhor maneira de dissipar 
as dúvidas seria repetir todo o estudo em outra cultura isolada e pré-letrada, e o mais 
indicado era que outra pessoa fizesse isso, de preferência alguém que quisesse demonstrar 
seus erros. Feito isso os resultados reproduziram perfeitamente suas descobertas, até 
mesmo a incapacidade de diferenciar o medo e a surpresa. No entanto as críticas 
prosseguiram com relação a linguagem alegando que as emoções nas expressões não 
respaldam uma proposição universal, pois as palavras para cada emoção não apresentam 
traduções perfeitas. Apesar dos problemas de tradução, nunca houve um caso em que a 
maioria, em duas culturas, atribuísse uma emoção diferente à mesma expressão. Outra 
crítica desmereceu a sua pesquisa foi a alegação de que as situações estavam sendo 
resumidas á palavras únicas o que explicou dizendo que “ a emoção é um processo, um 
tipo específico de avaliação automática, influenciado por nosso passado evolucionista e 
pessoal, em que sentimos que algo importante para nosso bem-estar está acontecendo e 
um conjunto de mudanças fisiológicas e comportamentos emocionais influenciam a 
situação. As palavras são uma maneira de lidar com nossas emoções. Usamo-las quando 
nos emocionamos, mas não podemos reduzir a emoção a palavras. ” 
Por fim, suas descobertas interculturais impulsionaram investigações referentes a diversas 
outras perguntas a respeito de expressões faciais, sendo possíveis a expressão de mais de 
dez mil e além disso foram identificadas aquelas que, aparentemente, são mais centrais 
para as emoções. Ao escrever o primeiro atlas da face o autor utilizou o Sistema de 
Codificação da Ação Facial onde a verificação da natureza de determinado movimento 
feito por um músculo específico era feito com a introdução de uma agulha em sua face 
para estimular eletricamente e contrair o músculo, produzindo uma expressão. Esse 
sistema ajudou na detecção de mentiras através das micro expressões que são fonte 
importante de escapamento, revelando uma emoção que a pessoa está tentando ocultar, o 
que auxiliou o trabalho de profissionais como juízes, policiais, advogados, o FBI, a CIA, 
e órgãos similares no estudo de expressões faciais e emoções de espiões, assassinos, 
fraudadores, criminosos, líderes nacionais estrangeiros e outros. Assim como existem 
diferentes expressões para raiva, medo, aversão e tristeza, aparentemente há perfis 
diferentes de mudanças fisiológicas nos órgãos que geram sentimentos únicos para cada 
emoção e a ciência está determinando os padrões da atividade cerebral que são a base de 
cada emoção sendo uma das novas áreas de pesquisa em evidência a observação dos 
mecanismos cerebrais da emoção.

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