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Legislação Penal Especial

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LEGISLAÇÃO PENAL ESPECIAL 
A U T O R: Hen r i q u e d e La r a Mo r a i s 
RESUMO 
Legislação Penal Especial 
H e n r i q u e d e L a r a M o r a i s 
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 Sumário 
Glossário de Siglas ........................................................................................................................................................................ 3 
Documentos de Identificação Pessoal – Lei 5.553/68 ................................................................................................................. 5 
Crimes Hediondos – Lei 8.072/90 ................................................................................................................................................ 6 
Juizados Especiais Criminais - Lei 9.099/95 ................................................................................................................................ 7 
Disposições Gerais ....................................................................................................................................................................................... 7 
Competência e dos Atos Processuais ........................................................................................................................................................ 7 
Procedimento Sumaríssimo....................................................................................................................................................................... 7 
Execução ..................................................................................................................................................................................................... 10 
Antitortura – Lei 9.455/97 ........................................................................................................................................................ 10 
Condutas e Penas ....................................................................................................................................................................................... 10 
Estatuto do Desarmamento – Lei 10.826/03 (Capítulo IV) ...................................................................................................... 11 
Dos Crimes e Das Penas ............................................................................................................................................................................. 11 
Lei de Drogas – Lei 11.343/06 .................................................................................................................................................... 13 
Disposições Preliminares ......................................................................................................................................................................... 13 
Prevenção do Uso, Atenção e Reinserção Social de Usuários e Dependentes ................................................................................... 13 
Repressão à Produção não Autorizada e ao Tráfico Ilícito de Drogas ................................................................................................ 13 
Lei das Organizações Criminosas – Lei 12.850/13 ................................................................................................................... 18 
Organização Criminosa ............................................................................................................................................................................ 18 
Investigação e Meios de Obtenção da Prova .......................................................................................................................................... 19 
Crimes de Abuso de Autoridade – Lei 13.869/19 ...................................................................................................................... 23 
Disposições Gerais ..................................................................................................................................................................................... 23 
Sujeito Ativo do Crime .............................................................................................................................................................................. 23 
Ação Penal ................................................................................................................................................................................................... 23 
Sanções, Condenação e Penas .................................................................................................................................................................. 24 
Condutas ..................................................................................................................................................................................................... 24 
Lei 12.037/09 – Identificação Criminal .................................................................................................................................... 27 
Identificação Civil ...................................................................................................................................................................................... 27 
Identificação Criminal .............................................................................................................................................................................. 27 
Lei 9.605/98 – Lei de Crimes Ambientais ................................................................................................................................. 30 
Apreensão do Produto e do Instrumento de Infração Adm. ou de Crime ......................................................................................... 30 
Dos Crimes Contra o Meio Ambiente ...................................................................................................................................................... 30 
Lei 8.069/90 – Estatuto da Criança e do Adolescente ............................................................................................................... 38 
Ato Infracional ........................................................................................................................................................................................... 38 
Medidas de Proteção .................................................................................................................................................................................. 38 
Medidas Sócio-Educativas ........................................................................................................................................................................ 39 
Direitos Individuais .................................................................................................................................................................................. 40 
Garantias Processuais ............................................................................................................................................................................... 40 
Remissão ..................................................................................................................................................................................................... 41 
Crimes (Legislação Penal e Processual Penal) ........................................................................................................................................ 41 
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Decretos 1.655/95 e 9.622/19 – Competências da PRF ............................................................................................................46 
Extra – Questões (TEC) ............................................................................................................................................................... 47 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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GLOSSÁRIO DE SIGLAS 
SIGLA SIGNIFICADO 
ADCT Ato das Disposições Constitucionais Transitórias 
ADM Administração / Administrativo / Administrador 
ADMD Administração Direta 
ADMI Administração Indireta 
ADMP Administração Pública 
ADMPF Administração Pública Federal 
ADMT Administração Tributária 
AMF Anexo de Metas Fiscais 
ARO Antecipação de Receita Orçamentária 
AUT Autarquia 
BRA Brasil 
C&T Ciência e Tecnologia 
CA Créditos Adicionais 
CASP Contabilidade Aplicada ao Setor Público 
CD Câmara dos Deputados 
CF Constituição Federal 
CMPOF Comissão Mista de Planos, Orçamentos Públicos e Fiscalização 
CN Congresso Nacional 
CS Capital Social ou Contribuições Sociais 
CTN Código Tributário Nacional 
DA Dívida Ativa 
DK e DC Despesa de Capital e Despesa Corrente, respectivamente 
DOCC Despesa Obrigatória de Caráter Continuado 
DP Defensoria Pública 
DRU Desvinculação das Receitas da União 
EC Emenda Constitucional 
EP/SEM Empresa Pública / Sociedade de Economia Mista 
FAT Fundo de Amparo ao Trabalhador 
FPE Fundo de Participação dos Estados e DF 
FPM Fundo de Participação dos Municípios 
FUNDEF Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério 
FUP Fundação Pública 
i.e. Id Est = "Isto é" (ou seja, em outras palavras...) 
LC Lei Complementar 
LDO Lei de Diretrizes Orçamentárias 
LET Legislação Tributária 
LO Lei Ordinária 
LOA Lei Orçamentária Anual 
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SIGLA SIGNIFICADO 
LOAS Lei Orgânica da Assistência Social 
LRF Lei de Responsabilidade Fiscal 
LTN Letras do Tesouro Nacional 
MP Ministério Público 
MPV Medida Provisória 
OF Orçamento Fiscal 
OI Orçamento de Investimento 
ORC Outras Receitas Correntes 
OS Orçamento da Seguridade Social 
P.A.R.T Program Assessment Rating Tool 
PAC Programa de Aceleração do Crescimento 
PCPR Prestação de Contas do Presidente da República 
PEC Proposta de Emenda Constitucional 
PGFN Procuradoria Geral da Fazenda Nacional 
PL Patrimônio Líquido / Projeto de Lei Ordinária 
PLC Projeto de Lei Complementar 
PLEN Plenário 
PPA Plano Plurianual 
PR Presidente / Presidência da República 
RAP Restos a Pagar 
RCL Receita Corrente Líquida 
RGF Relatório de Gestão Fiscal 
RGPS Regime Geral de Previdência Social 
RK Receita de Capital 
RPPS Regime Próprio de Previdência Social 
RREO Relatório Resumido da Execução Orçamentária 
SF Senado Federal 
SL Sessão Legislativa 
SOF Secretaria de Orçamento Federal 
STN Secretaria do Tesouro Nacional 
TC / TCM / TCE / TCU Tribunal de Contas (Municipal, Estadual e da União, respectivamente) 
TN Tesouro Nacional 
U, E, DF e M União, Estados, Distrito Federal e Municípios 
VPA Variações Patrimoniais Aumentativas 
VPD Variações Patrimoniais Diminutivas 
 
 
 
 
 
 
 
 
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DOCUMENTOS DE IDENTIFICAÇÃO PESSOAL – LEI 5.553/68 
Essa lei é bastante simples, e é composta por apenas 5 artigos. O mais importante aqui é que você entenda que o ILÍCITO tratado 
nela é a RETENÇÃO de qualquer documento de identificação pessoal, ainda que seja fotocópia autenticada. Esquematizando: 
A NENHUMA pessoa física/jurídica, de direito 
público/privado é lícito RETER 
 Qualquer documento de identificação pessoal, ainda que 
fotocópia autenticada 
Exceções 
1. Realização de determinado ato, por até 5 dias 
2. Ordem JUDICIAL 
3. Para entrada em locais públicos ou particulares 
(para anotação dos dados e devolução imediata) 
 
Documentos equiparados: 
• Comprovante de quitação com o serviço militar 
• Título de eleitor 
• Carteira profissional 
• Certidão de nascimento e de casamento 
• Comprovante de naturalização 
• Carteira de identidade de estrangeiro 
Qual a pena? A retenção ilegal constitui CONTRAVENÇÃO penal punível com prisão simples de 1-3 meses OU multa. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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CRIMES HEDIONDOS – LEI 8.072/90 
 
• São insuscetíveis de anistia, graça, indulto e fiança 
• Pena cumprida em regime inicialmente FECHADO [Declarado inconstitucional pelo STF, no ARE 1.052.700] 
• Prisão temporária terá prazo de 30 dias prorrogável por igual período em caso de extrema e comprovada necessidade 
• No caso de condenação, juiz decidirá se o réu poderá apelar em liberdade 
Atenção Depen! A União manterá estabelecimentos penais, de segurança máxima, destinados ao cumprimento de penas 
impostas a condenados de alta periculosidade, cuja permanência em presídios estaduais ponha em risco a ordem ou 
incolumidade pública. 
 
CR
IM
ES
 H
ED
IO
N
D
O
S
HOMICÍDIO
Por grupos de extermínio, ainda que por um só agente
Qualificado
LESÃO CORPORAL
Dolosa de natureza GRAVÍSSIMA
Seguida de morte, contra agentes de seg. pública e parentes até 3º grau
ROUBO
Circunstanciado pela restrição de liberdade da vítima
Com arma de fogo ou arma de fogo de uso restrito
Resultado lesão corporal grave ou morte
EXTORSÃO
Qualificada pela restrição de liberdade
Ocorrências de lesão corporal ou morte
Mediante sequestro e na forma qualificada
ESTUPRO e estupro de vulnerável
EPIDEMIA com resultado morte
FALSIFICAÇÃO, corrupção, adulteração ou alteração de produto p/ fins terapêuticos ou medicinais
FAVORECIMENTO da prostituição / expliração sexual de crianças, adolescentes ou vulneráveis
FURTO qualificado pelo emprego de explosivo ou análogo que cause perigo comum
GENOCÍDIO
POSSE ou PORTE ilegal de arma de fogo de uso proibido
COMÉRCIO ilegal de armas de fogo
TRÁFICO internacional de arma de fogo, acessório ou munição
ORGANIZAÇÃO CRIMINOSA, quando direcionado à prática de crime hediondo ou equiparado
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JUIZADOS ESPECIAIS CRIMINAIS - LEI 9.099/95 
DIS POS I ÇÕ ES G ER AI S 
 A Lei 9.099/95 não se aplica no âmbito da Justiça Militar 
Critérios | Princípios 
S O C E I 
Simplicidade Oralidade Celeridade 
Economia 
Processual 
Informalidade 
 
Juizado Especial Criminal: provido por juízes togados ou togados e leigos, tem competência para a conciliação, o julgamento 
e a execução das infrações penais de menor potencial ofensivo (IMPO), respeitadas as regras de conexão e continência. 
1) Aplicadas as regras de conexão e continência observar-se-ão a transação penal e a composição dos danos civis; 
2) IMPO contravenções e crimes com PENA MÁXIMA não superior a 2 anos, cumulada ou não com multa. 
STJ (HC 314.854/15): [...] deve ser levado em conta o somatório das penas máximascominadas aos delitos no caso de concurso 
material de crimes, caso em que, ultrapassado o limite de 2 anos, encaminha-se o feito para a Justiça Comum. 
CO MP ET ÊN CI A E DO S AT OS PR O CESS UAI S 
Despenca! A competência do Juizado será determinada pelo LUGAR em que foi praticada a infração penal. 
1) São públicos e poderão realizar-se em horário noturno e em qualquer dia da semana 
2) Registro escrito exclusivamente os atos havidos por essenciais 
3) Atos em audiência de instrução e julgamento poderão ser gravados em fita magnética 
4) A prática de atos em outras comarcas poderá ser solicitada por qualquer meio hábil de comunicação 
PR O CE DI MEN TO S U MA RÍSSI MO 
 
Objetivando, sempre que possível: 
• Reparação dos danos 
• Aplicação de pena não 
privativa de liberdade 
ATOS PROCESSUAIS 
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1 
 
A autoridade policial que tomar conhecimento da ocorrência lavrará Termo Circunstanciado (não 
há inquérito policial) e o encaminhará imediatamente ao Juizado, com o autor do fato e a vítima, 
providenciando-se as requisições dos exames periciais necessários. 
Ao autor que, após a lavratura do termo, for imediatamente encaminhado ao juizado ou assumir o 
compromisso de a ele comparecer, não se imporá prisão em flagrante, nem se exigirá fiança. 
Em caso de violência doméstica, o juiz PODERÁ determinar, como medida de cautela, seu 
afastamento do lar, domicílio ou local de convivência com a vítima. 
 
2 
Comp osição de Dan os Ci vis (con cili ação) 
1) Composição gera aceitação da proposta de aplicação imediata de pena NÃO privativa de liberdade 
2) Conciliação conduzida por juiz ou conciliador (auxiliar da Justiça, preferencialmente bacharel em Direito) 
3) Composição é reduzida a ESCRITO e homologada pelo juiz por sentença IRRECORRÍVEL 
4) A composição tem eficácia de título a ser executado no juízo civil competente 
5) AP privada ou pública condicionada: acordo acarreta RENÚNCIA ao direito de queixa ou representação 
6) E se não houver composição? É dada imediatamente ao ofendido a oportunidade de representar verbalmente. 
Contudo, a não representação não implica decadência, que ainda poderá ser exercida no prazo legal. 
Transação P en al [Despen ca] 
 
Qual a lógica da transação penal? É uma forma de “desburocratização” tornando a justiça mais célere. 
Assim, na AP pública incondicionada ou havendo representação, o MP poderá oferecer uma 
pena alternativa imediata (restritiva de direitos ou multa). 
 
Aceita a proposta pelo autor e seu defensor, ela será submetida à apreciação do Juiz. Se a proposta 
de multa for a única aplicável, Juiz pode reduzi-la até a metade. 
 Juiz acolhe a proposta do MP 
Juiz aplicará a pena restritiva de direitos ou multa, que não importará em reincidência, sendo 
registrada apenas para impedir novamente o mesmo benefício no prazo de 5 anos. 
o Da sentença cabe APELAÇÃO1 
o A sanção NÃO constará de certidão de antecedentes 
o A imposição de sanção NÃO tem efeitos civis (ação cabível deve ser proposta no juízo cível) 
STF (Súmula Vinculante 35): A homologação da transação penal NÃO FAZ coisa julgada 
material e, descumpridas suas cláusulas, retoma-se a situação anterior, possibilitando-se ao 
MP a continuidade da persecução penal mediante oferecimento de denúncia ou requisição de 
inquérito policial. 
 
NÃO SE ADMITIRÁ A PROPOSTA SE FICAR COMPROVADO 
× Agente beneficiado anteriormente, no prazo de 5 anos, por pena restritiva ou multa 
× Agente condenado criminalmente à pena privativa de liberdade, por sentença definitiva 
× NÃO indicarem os antecedentes, a conduta social e a personalidade do agente, bem como os 
motivos e as circunstâncias, ser necessária e suficiente à medida (CRITÉRIO SUBJETIVO) 
STJ (Súmula 536): A suspensão condicional do processo e a transação penal não se aplicam 
na hipótese de delitos sujeitos ao rito da Lei Maria da Penha. 
 
3 
Tanto a DENÚNCIA quanto a QUEIXA podem ser feitas ORALMENTE. Ela será reduzida a termo, e o acusado receberá 
uma cópia, que assim será considerado citado e cientificado da data para audiência de instrução e julgamento. 
• Se acusado não estiver presente, será CITADO conforme “quadro 4”, abaixo. 
• Se ofendido e responsável civil não estiverem presentes, eles serão INTIMADOS conforme “quadro 4”, abaixo. 
• Da rejeição da denúncia ou queixa cabe APELAÇÃO1 
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4 
CITAÇÃO 
 PESSOAL (nunca por edital!) 
 Feita no próprio juizado ou por mandado 
Acusado não encontrado? Juiz encaminha peças para 
Juízo comum para adoção do procedimento legal 
INTIMAÇÃO 
 Feita por correspondência com AR 
 Sendo necessário, por Oficial de Justiça 
 Ou ainda, por qualquer meio idôneo de comunicação 
Dos atos praticados em audiência considerar-se-ão 
desde logo cientes as partes, interessados e defensores. 
 
5 
Art. 80. Nenhum ato será adiado, determinando o Juiz, quando imprescindível, a condução coercitiva de quem deva 
comparecer [Cuidado!] 
A condução coercitiva foi declarada inconstitucional (não recepcionada pela CF/88) pelo STF nas ADPFs 395 e 
444. Um trecho do acórdão: “[...] incompatibilidade com a CF da condução coercitiva de investigados ou de réus 
para interrogatório, tendo em vista que o imputado não é legalmente obrigado a participar do ato”. 
6 
CONDIÇÕES PARA SUSPENSÃO CONDICIONAL DO PROCESSO 
1) Pena mínima igual ou INFERIOR a 1 ano 
2) Prazo de suspensão 2 a 4 anos 
3) Acusado não esteja sendo processado ou não tenha sido condenado por outro crime 
4) Requisitos que autorizariam a suspensão condicional da pena (art. 77, do CP) 
EFEITOS DA SUSPENSÃO 
• Não correrá a prescrição durante o prazo de suspensão 
• Expirado o prazo sem revogação, o Juiz declarará extinta a punibilidade 
JURISPRUDÊNCIAS COBRADAS 
STJ (Súmula 536): A suspensão condicional do processo e a transação penal não se aplicam na hipótese de 
delitos sujeitos ao rito da Lei Maria da Penha. 
STF (Súmula 723): Não se admite a suspensão condicional do processo por crime continuado, se a soma da pena 
mínima da infração mais grave com o aumento mínimo de um sexto for superior a um ano. 
STF (Súmula 696): Reunidos os pressupostos legais permissivos da suspensão condicional do processo, mas se 
recusando o promotor de justiça a propô-la, o juiz, dissentindo, remeterá a questão ao Procurador-Geral, 
aplicando-se por analogia o art. 28 do Código de Processo Penal. 
7 
Sentença: é dispensado o relatório e mencionará os elementos de convicção do Juiz. 
• Da sentença (condenatório / absolutória) cabe APELAÇÃO1 
• Havendo obscuridade, contradição ou omissão na decisão cabe EMBARGOS DE DECLARAÇÃO 
1 AP EL AÇÃO 
10 dias 
Para interpor o recurso 
Para recorrido responder 
 Julgamento 
• Turma composta de 3 Juízes do 1º grau 
• Partes intimadas da sessão de julgamento pela imprensa 
• Se sentença confirmada pelos próprios fundamentos, a súmula servirá de acórdão 
JURIS PR U DÊ N CIA S 
STJ (Súmula 203): NÃO CABE Recurso Especial (REsp) contra decisão proferida por órgão de segundo grau (acórdão) 
dos Juizados Especiais. 
STF (Súmula 640): É CABÍVEL Recurso Extraordinário (RE) contra decisão proferida por juiz de primeiro grau nas causas 
de alçada, ou por turma recursal de juizado especial cível e criminal. 
STJ (Súmula 376): Compete a turma recursal processar e julgar o mandado de segurança contra ato de juizado especial. 
 
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EXE CU ÇÃO 
 
 
ANTITORTURA – LEI 9.455/97 
CO N DUT AS E PEN AS 
 
 
1 
Efeitos da condenação: 
• PERDA do cargo, emprego ou função pública 
• Interdição para exercício de cargo, emprego ou função pelo DOBRO da pena aplicada 
• Início do cumprimento da pena em regime FECHADO 
Aplica-se o disposto na lei AINDA QUE crime cometido fora do território nacional, contra brasileiro ou em 
local sob jurisdição brasileira. 
2 
 Mesma Pena quem submete pessoa presa ou sujeita a medida de segurança a sofrimento físico ou mental, por 
intermédio da prática de ato não previsto em lei ou não resultante de medida legal. 
 Omissão aquele que se omite em face dessas condutas, quando tinha o dever de evitá-las ou apurá-las, incorre na 
pena de detenção de 1-4 anos. 
Aumento de pena de 1/6 a 1/3: 
1. Cometido por agente público 
2. Contra criança, gestante, PCD, adolescente ou maior de 60 anos 
3. Mediante sequestro 
Pena de 4-10 anos: se resulta lesão corporal de natureza grave ou gravíssima 
Penal de 8-16 anos: se resulta morte 
 
 
 
 
PENA
MULTA
(exclusivamente)
Pagamento na Secretaria do Juizado. Efetuado, o
Juiz declara extinta punibilidade, determinando
que não conste dos registros criminais
Privativas de liberdade e restritivas 
de direitos, ou de multa cumulada 
Processada perante órgão competente
CONDUTAS
CONSTRANGER com emprego de violência ou grave ameaça,
causando sofrimento físico ou mental:
1) Com fim de obter informação, declaração ou confissão
2) Para provocar ação ou omissão de natureza criminosa
3) Em razão de discriminação racial ou religosa
SUBMETER alguém, sob sua guarda, poder ou autoridade,
com emprego de violência ou grave ameaça, a intenso
sofrimento físico ou mental, como forma de aplicar castigo
pessoal ou medida de caráter preventivo
RECLUSÃO
2-8 anos
Inafiançável e insuscetível 
de graça ou anistia
Não efetuado pagamento, 
converte-se em... 
1 
2 
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ESTATUTO DO DESARMAMENTO – LEI 10.826/03 (CAPÍTULO IV) 
DO S CR IM ES E DA S P ENA S 
O “Pacote Anticrime” trouxe diversas novidades aqui! Portanto, muita atenção. Importante ressaltar que não coloquei as 
penas, pois seria algo a mais para você se preocupar, com custo-benefício baixíssimo. 
 
CRIME CONDUTA E PENA OBSERVAÇÃO 
POSSE irregular de arma 
de fogo de uso permitido 
Art. 12. POSSUIR ou MANTER sob sua guarda arma 
de fogo, acessório ou munição, de uso PERMITIDO, 
em desacordo com determinação legal ou 
regulamentar, no interior de sua residência ou 
dependência desta, ou, ainda no seu local de trabalho, 
desde que seja o titular ou o responsável legal do 
estabelecimento ou empresa. 
– 
PORTE ilegal de arma de 
fogo de uso permitido 
Art. 14. PORTAR, deter, adquirir, fornecer, receber, ter 
em depósito, transportar, ceder, ainda que 
gratuitamente, emprestar, remeter, empregar, manter 
sob guarda ou ocultar arma de fogo, acessório ou 
munição, de uso PERMITIDO, sem autorização e em 
desacordo com determinação legal ou regulamentar: 
Cuidado! 
Na lei o crime é inafiançável, contudo, 
o STF declarou inconstitucional (ADI 
3.112). Logo o crime é AFIANÇÁVEL. 
POSSE ou PORTE ilegal 
de arma de fogo de uso 
RESTRITO 
Art. 16. POSSUIR, deter, PORTAR, adquirir, fornecer, 
receber, ter em depósito, transportar, ceder, ainda que 
gratuitamente, emprestar, remeter, empregar, manter 
sob sua guarda ou ocultar arma de fogo, acessório ou 
munição de uso RESTRITO, sem autorização e em 
desacordo com a lei ou regulamentar 
Nas mesmas penas incorre quem: 
1. SUPRIMIR ou ALTERAR marca, nº 
ou qualquer sinal de identificação de 
arma de fogo ou artefato 
 
2. MODIFICAR as características de 
arma de fogo, de forma a torná-la 
equivalente a arma de fogo de uso 
proibido ou restrito ou para fins de 
dificultar ou de qualquer modo 
induzir a erro autoridade policial, 
perito ou juiz 
 
3. Possuir, detiver, fabricar ou empregar 
artefato explosivo ou incendiário, 
sem autorização ou em desacordo 
com a lei ou regulamento 
 
4. Portar, possuir, adquirir, transportar 
ou fornecer arma de fogo com 
numeração, marca ou qualquer outro 
sinal de identificação raspado, 
suprimido ou adulterado 
 
5. Vender, entregar ou fornecer, ainda 
que gratuitamente, arma de fogo, 
acessório, munição ou explosivo a 
criança ou adolescente 
 
6. Produzir, recarregar ou reciclar, sem 
autorização legal, ou adulterar, de 
qualquer forma, munição ou 
explosivo. 
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CRIME CONDUTA E PENA OBSERVAÇÃO 
DISPARO de arma de 
fogo 
Art. 15. DISPARAR arma de fogo ou acionar munição 
em lugar habitado ou em suas adjacências, em via 
pública ou em direção a ela, desde que essa conduta 
não tenha como finalidade a prática de outro crime: 
Cuidado! 
Na lei o crime é inafiançável, contudo, o 
STF declarou inconstitucional (ADI 
3.112). Logo o crime é AFIANÇÁVEL. 
OMISSÃO de cautela 
Art. 13. DEIXAR DE OBSERVAR as cautelas 
necessárias para impedir que menor de 18 anos ou 
pessoa portadora de deficiência mental se apodere 
de arma de fogo que esteja sob sua posse ou que seja 
de sua propriedade. 
Mesmas penas incorre o proprietário 
ou diretor responsável de empresa de 
segurança e transporte de valores que 
deixarem de registrar ocorrência 
policial e de comunicar à PF perda, 
furto, roubo ou outras formas de 
extravio de arma de fogo, acessório ou 
munição que estejam sob sua guarda, 
nas primeiras 24h depois do fato. 
COMÉRCIO ilegal de 
arma de fogo 
CRIME HEDIONDO 
Art. 17. Adquirir, alugar, receber, transportar, 
conduzir, ocultar, ter em depósito, desmontar, montar, 
remontar, adulterar, vender, expor à venda, ou de 
qualquer forma utilizar, em proveito próprio ou 
alheio, no exercício de atividade comercial ou 
industrial, arma de fogo, acessório ou munição, sem 
autorização ou em desacordo com determinação legal 
ou regulamentar. 
Equipara-se à atividade comercial ou 
industrial qualquer forma de prestação 
de serviços, fabricação ou comércio 
irregular ou clandestino, inclusive o 
exercido em residência [ARMA CASEIRA] 
Mesma pena: quem vende ou entrega 
arma de fogo, acessório ou munição, 
sem autorização ou em desacordo com 
a determinação legal ou regulamentar, 
a agente policial disfarçado, quando 
presentes elementos probatórios 
razoáveis de conduta criminal 
preexistente. 
TRÁFICO internacional 
de arma de fogo 
CRIME HEDIONDO 
Art. 18. IMPORTAR, EXPORTAR, favorecer a entrada 
ou saída do território nacional, a qualquer título, de 
arma de fogo, acessório ou munição, sem autorização 
da autoridade competente. 
Incorre na mesma pena quem vende ou 
entrega arma de fogo, acessório ou 
munição, em operação de importação, 
sem autorização da autoridade 
competente, a agente policial 
disfarçado, quando presentes 
elementos probatórios razoáveis de 
conduta criminal preexistente. 
Muita Atenção! O PORTE ou a POSSE de arma de uso PROIBIDO é agora tratado como crime HEDIONDO, portanto 
inafiançável (art. 1º, parágrafo único, II, da Lei 8.072/90) 
AU MENT O DA PEN A 
Novidade Pacote Anticrime! Pena aumentada da METADE se... 
 Art. 14 Art. 15 Art. 16 Art. 17 Art.18 
Arma, acessório ou munição de uso PROIBIDO ou RESTRITO NÃO NÃO NÃO SIM SIM 
Integrantes de empresas de seg. privada / transporte de valores 
SIM SIM SIM SIM SIM 
Praticado por aqueles que possuem o porte funcional 
Integrantes de entidades desportistasAgente reincidente específico em crimes dessa natureza 
 
Preparado exclusivamente para JOAO PAULO CARDOSO XAVIER | CPF: 00739336274
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LEI DE DROGAS – LEI 11.343/06 
DIS POS I ÇÕ ES P R ELI MIN AR ES 
A Lei 11.343/06: 
1. Institui o Sistema Nacional de Políticas Públicas sobre Drogas - Sisnad; 
2. Prescreve medidas para prevenção do uso indevido, atenção e reinserção social de usuários e dependentes de drogas; 
3. Estabelece normas para repressão à produção não autorizada e ao tráfico ilícito de drogas; 
4. Define crimes. 
O que são drogas? Substâncias ou os produtos capazes de causar dependência, assim especificados em lei ou relacionados 
em listas atualizadas periodicamente pelo Poder Executivo da União 
PR EVE N ÇÃ O DO US O , AT EN ÇÃO E R EINS E R ÇÃ O SO CI AL DE US UÁ RIOS E DE PEN DE NTES 
CRIM ES E P EN AS 
Quem adquirir, guardar, tiver em depósito, transportar ou trouxer consigo, para CONSUMO PESSOAL1, drogas sem 
autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar será submetido às seguintes penas: 
1. ADVERTÊNCIA sobre os efeitos das drogas 
2. PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS à comunidade2 
3. MEDIDA EDUCATIVA de comparecimento a programa educativo 
Caso o agente se recuse, injustificadamente, ao cumprimento das medidas acima, o JUIZ pode submetê-lo 
sucessivamente à “admoestação (advertência) verbal” e “multa”. 
Às mesmas medidas submete-se quem, para seu consumo pessoal, semeia, cultiva ou colhe plantas destinadas à 
preparação de pequena quantidade de substância ou produto capaz de causar dependência física ou psíquica. 
1 Para determinar se a droga se destinava a consumo pessoal, o JUIZ atenderá à natureza e à quantidade da substância, 
ao local e às condições em que se desenvolveu a ação, às circunstâncias sociais e pessoais, bem como à conduta e aos 
antecedentes do agente. 
2 A prestação de serviços à comunidade será cumprida em programas comunitários, entidades educacionais ou 
assistenciais, hospitais, estabelecimentos congêneres, públicos ou privados sem fins lucrativos, que se ocupem, 
preferencialmente, da prevenção do consumo ou da recuperação de usuários e dependentes de drogas. 
RE PR ESS ÃO À PR O DUÇÃO N ÃO AUT OR IZ A DA E AO TR ÁFI CO I LÍ CIT O DE DR OGAS 
PL ANT A ÇÕ ES E AP R EENS ÕE S DE DR OGAS 
 
Plantações Ilícitas 
Serão imediatamente destruídas pelo DELEGADO, 
independente de autorização judicial. 
As glebas cultivadas (“fazendas”) com 
plantação serão expropriadas. 
X 
 
Drogas Apreendidas 
Apreensão SEM prisão em flagrante: incineração 
máximo 30 dias, sem autorização judicial. 
Apreensão COM prisão em flagrante: incineração pelo 
Delegado, na presença do MP, em 15 dias, com 
autorização judicial. 
 
 
 
D
ES
PE
N
CA
 
Prazo máximo de 5 meses 
(reincidência: 10 meses) 
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CRIM ES 
TRÁFI CO E E QUI PA R A DOS (A RT. 33 ) 
Atenção! Decore todo o esquema abaixo. Ele é, de longe, o mais cobrado! 
 
Tráfico de Menor Potencial Ofensivo (§3º): OFERECER droga, eventualmente e sem objetivo de lucro, a pessoa de seu 
relacionamento, para juntos a consumirem. 
 
 
Art. 33 caput + §1
Importar, exportar, remeter, preparar, produzir, fabricar, adquirir, vender, expor à venda, oferecer, ter em
depósito, transportar, trazer consigo, guardar, prescrever, ministrar, entregar a consumo ou
fornecer DROGAS , AINDA QUE GRATUITAMENTE, sem autorização ou em desacordo com determinação
legal ou regulamentar | STJ (Info 531): esse crime absorve aquele previsto no art. 34.
Importa, exporta, remete, produz, fabrica, adquire, vende, expõe à venda, oferece, fornece, tem em depósito,
transporta, traz consigo ou guarda, AINDA QUE GRATUITAMENTE, s/ autorização ou desacordo lei ou
regulamento, matéria-prima, insumo ou químico destinado à preparação de drogas.
STJ (CC 172.464/20): a conduta de transportar folhas de coca melhor se amolda a este tipo penal.
Semeia, cultiva ou faz a colheita, sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou
regulamentar, de PLANTAS que se constituam em matéria-prima p/ preparação de drogas
Utiliza LOCAL ou BEM de qualquer natureza de que tem a propriedade, posse, administração, guarda ou
vigilância, ou consente que outrem dele se utilize , AINDA QUE GRATUITAMENTE, sem autorização ou em
desacordo com determinação legal ou regulamentar, para o tráfico ilícito de drogas
VENDE ou ENTREGA drogas ou MP, insumo ou produto químico destinado à preparação de drogas, sem
autorização ou em desacordo com a determinação legal ou regulamentar, a agente policial DISFARÇADO ,
quando presentes elementos probatórios razoáveis de conduta criminal preexistente.
Reclusão de 5-15
anos + Multa
Tráfico Privilegiado (↓): penas poderão ser reduzidas de 1/6 a 2/3, desde que:
1) Agente primário
2) Bons antecedentes
3) Não se dedique às atividades criminosas
4) Não integre Orcrim
*STF não reconhece mais o caráter hediondo do tráfico de drogas privilegiado
*Diminuição aplicável ainda que o tráfico seja internacional e a quantiade seja grande
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DEM AIS CRI MES (A R TS. 3 4 A 39 ) 
Dentro os demais crimes previstos, os mais cobrados são os constantes nos arts. 34, 35, 36 e 38. 
Maquinário 
para o Tráfico 
(Art. 34) 
Fabricar, adquirir, utilizar, transportar, oferecer, vender, distribuir, entregar a qualquer título, possuir, 
guardar ou fornecer, AINDA QUE GRATUITAMENTE, maquinário, aparelho, instrumento ou qualquer 
objeto destinado à fabricação, preparação, produção ou transformação de drogas, sem autorização ou em 
desacordo com determinação legal ou regulamentar. 
Pena: reclusão 3-10 anos + multa 
Associação para 
o Tráfico 
(Art. 35) 
ASSOCIAREM-SE 2+ pessoas para o fim de praticar, reiteradamente ou não, qualquer dos crimes 
previstos: 
• Art. 33, caput (tráfico) 
• Art. 33, § 1º (equiparados ao tráfico) 
• Art. 34 (financiamento para o tráfico) 
Pena: reclusão 3-10 anos + multa 
Financiamento 
para o Tráfico 
(Art. 36) 
FINANCIAR ou CUSTEAR a prática de qualquer dos crimes previstos: 
• Art. 33, caput (tráfico) 
• Art. 33, § 1º (equiparados ao tráfico) 
• Art. 34 (financiamento para o tráfico) 
Pena: reclusão 8-20 anos + multa 
Prescrição de 
Drogas sem 
Comando Legal 
(Art. 38) 
PRESCREVER ou MINISTRAR, culposamente, drogas, sem que delas necessite o paciente, ou fazê-lo em 
doses excessivas ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar. 
Pena: reclusão 6 meses – 2 anos + multa 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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SOB RE AS PE NAS 
 
PE
N
A
S
AUMENTO
As penas previstas nos arts. 33 a 37 são AUMENTADAS de 1/6 a 2/3
1) Transnacionalidade do delito1
2) Tráfico entre Estados da Federação ou entre estes e o DF2
3) Agente se prevalece de função pública ou no desempenho de poder
familiar, guarda, vigilância
4) Nas dependências ou imediações de presídios, escolas, hospitais,
transporte público, quartéis, etc - STJ, HC 528.851/20: não se aplica a igrejas.
5) Praticado com violência, grave ameaça, emprego de arma de foto ou
intimidação
6) Prática envolverou visar a atingir criança ou adolescente
7) Agente financiar ou custear a prática do crime
1STJ (Súmula 607): [...] se configura com a prova da destinação internacional
das drogas, ainda que não consumada a transposição de fronteiras.
2STJ (Súmula 587): [...] é desnecessária a efetiva transposição de fronteiras
entre estados, sendo suficiente a demonstração inequívoca da INTENÇÃO
de realizar o tráfico interestadual.
REDUÇÃO
Colaboração VOLUNTÁRIA com investigação ou processo ciminal na
identificação dos demais co-autores / partícipes e na recuperação total ou
parcial do produto terá PENA REDUZIDA de 1/3 a 2/3
FIXAÇÃO
Quais os critérios levados em conta?
1) Natureza da substância
2) Quantidade1 da substância
3) Personalidade do agente
4) Conduta social do agente
1STF (RHC 122.684/14): a natureza e a quantidade da droga NÃO podem ser
utilizadas para aumentar a pena-base do réu E também para afastar o tráfico
privilegiado ou para, reconhecendo-se o direito ao benefício, conceder ao réu
uma menor redução de pena. Haveria, nesse caso, bis in idem.
ISENÇÃO
É isento de pena o agente que, em razão da dependência, ou sob o efeito,
proveniente de caso fortuito ou força maior, de droga, era, ao tempo da ação
ou da omissão, qualquer que tenha sido a infração penal praticada,
INTEIRAMENTE INCAPAZ de entender o caráter ilícito do fato ou de
determinar-se de acordo com esse entendimento.
BENEFÍCIOS
Crimes dos arts. 33, caput e §1º e 33 a 37
São inafiançáveis e insucvetíveis de sursis, graça, indulto, anistia e
LIBERDADE PROVISÓRIA, VEDADA a conversão de suas penas em
restritivas de direitos.
Muito Cuidado!
A LEI ainda fala da impossibilidade de liberdade provisória. Contudo, o STF
(HC 104.339, ratificada pela Resolução nº 5/2012 do Senado), decidiu pela
inconstitucionalidade dessa vedação.
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INVES TIGA ÇÃ O 
 
 
1 Para lavratura do APF é suficiente laudo de constatação da natureza e quantidade da droga, firmado por perito oficial (que pode participar da elaboração do laudo definitivo) ou, na falta deste, por pessoa idônea 
INQU ÉRI TO PO LI CI AL (IP ) 
Prazo de conclusão do IP 
30 dias 
Se indiciado PRESO 
90 dias 
Se indiciado SOLTO 
Prazos podem ser duplicados pelo Juiz, ouvido o MP, mediante pedido do delegado. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1 
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LEI DAS ORGANIZAÇÕES CRIMINOSAS – LEI 12.850/13 
ORG ANIZ AÇÃO CRI MINO SA 
ORCRIM 
(conceito) 
1 Associação de 4 ou mais pessoas 
2 Estrutura ordenada e divisão de tarefas, ainda que informalmente 
3 Objetivo de obter vantagem mediante prática de infrações penais (= crimes ou contravenções) 
4 Infrações penais com penas MÁXIMAS superiores a 4 anos ou de caráter transnacional 
 
 
[★] Presença de Func. Público 
• Juiz pode determinar afastamento cautelar, sem prejuízo da remuneração 
• A condenação transitada em julgado acarreta: perda do cargo ou mandato eletivo + interdição por 8 anos 
[★★] Liderança armada ou que tenha arma à disposição devem iniciar cumprimento em presídios de segurança máxima 
 
O condenado expressamente em sentença por integrar organização criminosa ou por crime praticado por meio de organização 
criminosa não poderá progredir de regime de cumprimento de pena ou obter livramento condicional ou outros benefícios 
prisionais se houver elementos probatórios que indiquem a manutenção do vínculo associativo. 
 
 
 
NÃO CONFUDA! 
Associação Criminosa: Associarem-se 3 ou mais pessoas, para o fim específico de cometer crimes. 
Pena: reclusão 1-3 anos (aumenta-se ½ se associação armada ou c/ participação de criança ou adolescente) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Promover, constituir, financiar
ou integrar, pessoalmente ou por
interposta pessoa, ORCRIM
Reclusão 3-8 anos + 
multa
MESMA PENA
quem imepde ou
embaraça investigação
que envolva ORCRIM
Aumento de Pena
↑1/2
Se na ORCRIM há emprego de
arma de fogo
↑1/6 a 2/3
1 - Parc. criança ou adolescente
2 - Concurso Func. Público [★]
3 - Produto destina ao exterior
4 - Conexão c/ outras Orcrims
5 - Transnacionalidade
Agravamento de pena
quem exerce comando
da Orcrim, ainda que
não pratique atos de
execução [★★]
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INVES TIGA ÇÃ O E M EIOS DE OBT EN ÇÃO DA P RO VA 
 
CO L AB OR AÇÃO PR E MIA DA 
 
O tópico de Colaboração Premiada foi MUITO, mas MUITO alterado (e ampliado) pelo Pacote Anticrime. 
Portanto, tenha extremo cuidado com o esquema e as informações abaixo! 
PR O CE DI MEN TOS 
 
 
1 
Posposta: instruída com procuração do interessado com poderes específicos OU firmada pessoalmente E seu 
advogado ou defensor público. 
 Instruída c/ anexos e fatos adequadamente descritos, suas circunstâncias, as provas e elementos de corroboração 
 Conflito de interesses ou colaborador hipossuficiente: celebrante solicita outro advogado ou defensor público 
Meios de Obtenção 
da Prova
Colaboração Premiada | Muita Atenção
Ação Controlada
Acesso a registros telefônicos e dados cadastrais, eleitorais ou 
comerciais
Afastamento de Sigilo financeiro, bancário e fiscal
Infiltração por policiais
Cooperação entre órgãos e instituições federais, estaduais, 
distritais e municipais
Captação 
Ambiental
Interceptação 
Telefônica
Em QUALQUER FASE 
da persecução penal...
LICITAÇÃO p/ contratação de serviços 
técnicos, aquisição e locação de 
equipamentos para obtenção de provas 
pode ser DISPENSADA, sem necessidade 
da publicação no diário oficial. 
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2 
En vol vidos 
Investigado e seu defensor X Delegado de Polícia, com manifestação do MP 
Investigado ou acusado e seu defensor X Ministério Público 
 Atenção! Juiz não participa das negociações. 
Recebimen to da Propos ta 
Demarca o início das negociações e constitui também marco de confidencialidade. 
Configura-se violação de sigilo e quebra da confiança e da boa-fé a DIVULGAÇÃO de tais tratativas iniciais ou 
de documento que as formalize, até o levantamento de sigilo por decisão judicial. 
Sus pens ão das In ves tigações 
O recebimento de proposta para análise ou o Termo de Confidencialidade NÃO IMPLICA, por si só, a SUSPENSÃO DA 
INVESTIGAÇÃO, ressalvado acordo em contrário quanto à propositura de medidas processuais penais cautelares e 
assecuratórias, bem como medidas processuais cíveis admitidas pela legislação processual civil em vigor. 
Negoci ações 
 ATENÇÃO NENHUMA tratativa sobre colaboração premiada deve ser realizada sem a presença de advogado 
constituído ou defensor público. 
 ATENÇÃO Nos depoimentos que prestar, o colaborador RENUNCIARÁ, na presença de seu defensor, ao direito ao 
silêncio e estará sujeito ao compromisso legal de dizer a verdade. 
3 
O acordo de colaboração premiada é negócio jurídico processual e MEIO DE OBTENÇÃO DE PROVA, que pressupõe 
utilidade e interesse públicos. 
Acordo pode ser precedido de instrução, caso haja necessidade de identificação ou complementação de seu 
objeto, dos fatos narrados, sua definição jurídica, relevância, utilidade e interesse público.Rescis ão do Acordo 
1. Colaborador cesse o envolvimento em conduta ilícita relacionada ao objeto da colaboração 
2. Omissão DOLOSA sobre os fatos objeto da colaboração – ele deve narrar TODOS os fatos para os quais concorreu 
Con teúdo do T er mo de Acordo 
Deve ser por escrito e conter: 
1. Relato da colaboração e possíveis resultados 
2. Especificação das medidas de proteção ao colaborador e família, se for o caso 
3. Condições da proposta do MP ou Delegado 
4. Declaração de aceitação do colaborador e defensor 
5. Assinatura do MP ou Delegado + colaborador e defensor 
Publici dade do Acor do 
O acordo de colaboração premiada e os depoimentos do colaborador serão mantidos em SIGILO até o recebimento da 
denúncia ou da queixa-crime, sendo vedado ao magistrado decidir por sua publicidade em qualquer hipótese. 
Retr ar ação 
É POSSÍVEL a retratação do acordo, caso em que as provas autoincriminatórias produzidas pelo colaborador NÃO 
PODERÃO ser utilizadas exclusivamente em seu desfavor. 
“CELEBRANTES” 
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4 
Asp ectos a ser em an alis ados n a homol ogação 
1. VOLUNTARIEDADE da manifestação de vontade, em especial se colaborador está ou esteve sob medidas cautelares 
2. Regularidade e legalidade 
3. Adequação dos benefícios pactuados [.........] 
4. Adequação dos resultados [.......] 
Distribuição do pedido de homologação: será SIGILOSO, contendo apenas infos que não identifiquem o colaborador e seu 
objeto. As infos pormenorizadas serão posteriormente dirigidas ao juiz “sorteado”. Prazo para homologar = 48h. 
São nulas de pleno direito as previsões de renúncia ao direito de impugnar a decisão homologatória. 
Acesso aos autos: RESTRITO ao Juiz, ao MP e ao Delegado. O defensor poderá te acesso aos elementos de prova que digam 
respeito ao direito de defesa, precedido de autorização judicial, salvo os referentes às diligências em andamento. 
BEN EFÍ CIOS DA COL AB OR A ÇÃ O PR EMI ADA 
O juiz poderá A REQUERIMENTO DAS PARTES, conceder: 
• Perdão judicial1 
• Reduzir em até 2/3 a pena privativa de liberdade 
• Substituir por restritiva de direitos 
 
1MP a qualquer tempo e delegado nos autos do IP, com manifestação do MP poderão requerer ou representar ao juiz pela 
concessão de perdão judicial ao colaborador, mesmo que não previsto na proposta inicial. 
 
 
Se a colaboração for POSTERIOR à sentença, a pena poderá ser reduzida até a metade OU será admitida a 
progressão de regime ainda que ausentes os requisitos objetivos. 
DENÚN CIA DO MP 
Prazo para oferecer denúncia pode ser SUSPENSO por 6 meses, prorrogáveis por igual período, para que sejam cumpridas as 
medidas de colaboração – SUSPENDE-SE também o prazo prescricional. 
MP pode DEIXAR DE OFERECER se a proposta de acordo referir-se à infração de cuja existência NÃO tenha prévio 
conhecimento e o colaborador: 
• Não for líder de Orcrim 
• For o primeiro a prestar efetiva colaboração 
OUT ROS PO NTOS R E LEV ANT ES 
1. Em todas as fases, réu DELATADO deve manifestar-se APÓS o decurso do prazo concedido ao réu que o DELATOU. 
2. NENHUMA das seguintes medidas será decretada ou proferida com fundamento apenas nas declarações do colaborador: 
• Medidas cautelares reais ou pessoais; 
• Recebimento de denúncia ou queixa-crime; 
• Sentença condenatória. 
O que se espera de uma colaboração premiada? 
1. IDENTIFICAÇÃO dos demais coautores e partícipes da Orcrim e das infrações penais por eles praticadas; 
2. A revelação da ESTRUTURA HIERÁRQUICA e da divisão de tarefas da Orcrim; 
3. PREVENÇÃO de infrações penais decorrentes das atividades da Orcrim; 
4. RECUPERAÇÃO total ou parcial do produto ou do proveito das infrações penais praticadas pela Orcrim; 
5. LOCALIZAÇÃO de eventual vítima com a sua integridade física preservada. 
Deve levar em conta a personalidade do colaborador, a 
natureza, as circunstâncias, a gravidade e a repercussão 
social do fato e a eficácia da colaboração. 
Preparado exclusivamente para JOAO PAULO CARDOSO XAVIER | CPF: 00739336274
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INFI LT RA ÇÃO DE A GENT ES 
 
O Pacote Anticrime trouxe a figura da “Infiltração Virtual” que trata da infiltração em ambientes como redes 
sociais, Whatsapp, fóruns de internet, etc. Sempre que tiver o “ícone” IV , saiba que se trata de uma regra específica 
dela! As demais regras são válidas para quaisquer tipos, inclusive a virtual. 
Dica! Em questões que tratam da infiltração, a palavra é SIGILO. A ideia é que o agente se infiltre sem que seja identificado, pois 
correrá sérios riscos (basta lembrar dos filmes de Hollywood). Questões que vão de encontro com essa lógica estarão erradas! 
 
PREMISSAS Indícios de infração penal, E prova não puder ser produzida por outro meio. 
FORMA 
1) Representada pelo Delegado 
2) Requerida pelo MP, após manifestação técnica do Delegado 
AUTORIZAÇÃO circunstanciada, motivada e sigilosa do JUIZ. No caso da representação do Delegado, 
o Juiz deve ouvir o MP antes de decidir. 
PRAZO 
Até 6 meses, renováveis desde que necessário. 
 IV prazo não pode exceder 720 dias. 
RELATÓRIO 
1. PARCIAL: no curso do IP delegado pode requerer e MP requisitar, a qualquer tempo, relatório de atividades 
 IV o juiz também poderá requisitar relatório a qualquer momento. 
2. FINAL: findo o prazo apresenta-se relatório circunstanciado ao JUIZ que imediatamente cientifica o MP 
 IV o relatório deve ser acompanhado de todos os atos praticados e dados colhidos, assegurada a 
preservação da identidade do agente e a intimidade dos envolvidos. 
AGENTE 
INFILTRADO 
NÃO comete crime / não é punido pelos atos praticados durante a infiltração, DESDE QUE guarde 
proporcionalidade com a FINALIDADE da investigação, respondendo pelos EXCESSOS praticados. 
 IV os órgãos de registro e cadastro público poderão incluir, por requisição de autoridade judicial, 
informações necessárias à efetividade da identidade fictícia criada (EX: criar um passaporte “falso”). 
Havendo indícios de que o agente sofre risco iminente, a operação será sustada por requisição do MP ou pelo 
delegado, dando ciência imediata ao MP a à autoridade judicial 
AÇÃO CO NTR OL A DA 
Ação Controlada: retarda a intervenção policial ou administrativa para que a medida legal se concretize em momento mais 
eficaz à formação de provas e obtenção de informações. 
 Retardamento deve ser previamente comunicado, de forma sigilosa, ao juiz 
 Até o término das diligências, acesso aos autos fica restrito ao juiz, ao MP e ao delegado 
ACES SO A REGI STR O S, DA DOS CA DAST R AIS , DO CUM ENTO S E IN FO RM AÇÕ ES 
Delegado e MP têm acesso, independentemente de autorização judicial, apenas aos dados cadastrais que informem 
exclusivamente qualificação pessoal, filiação e o endereço. 
• Empresas de transporte devem guardar registros de reservas e viagens por 5 anos 
• Concessionárias de telefonia (fixa e móvel) também devem manter registros por 5 anos 
 
 
 
 
 
 
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CRIMES DE ABUSO DE AUTORIDADE – LEI 13.869/19 
DIS POS I ÇÕ ES G ER AI S 
Crime Funcional: o abuso é caracterizado quando o agente está no exercício de suas funções ou a pretexto de exercê-las. 
Crime de Hermenêutica: NÃO configura o abuso a divergência na interpretação de lei ou na avaliação de fatos e provas. 
Dolo Específico: o crime de abuso de autoridade somentese caracteriza quando o agente tem FINALIDADE ESPECÍFICA de 
prejudicar outrem ou beneficiar a si mesmo ou a terceiro, OU, ainda, por mero capricho ou satisfação pessoal. 
SUJEIT O ATIV O DO CRIM E 
 
 
1Todo aquele que exerce, ainda que transitoriamente ou sem remuneração, por eleição, nomeação, designação, contratação ou 
qualquer outra forma de investidura ou vínculo, mandato, cargo, emprego ou função. 
AÇÃO PEN AL 
 
1Trata-se da decadência imprópria, pois não ocorre extinção da punibilidade. Assim, ainda há a possibilidade de o MP 
ingressar com a AP (claro, observando-se o prazo prescricional do crime). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
QUALQUER
agente público1
Servidor ou não
Adm. Direta, 
Indireta e 
Fundacional
Qualquer dos 
poderes da U, E, 
DF, M e Território
AÇÃO 
PENAL
REGRA
Pública INCONDICIONADA 
Privada SUBSIDIÁRIA da Pública
(pública não intentada no prazo legal)
Ministério Público
- Aditar a queixa, repudiá-la e oferecer denúncia 
substitutiva
- Intervir em todos termos do processo
- Fornecer elementos de prova
- Interpor recurso
- Retomar ação como parte principal (a todo 
tempo, ccaso haja negligência do querelante)
Prazo p/ Ação Privada (decadência1): 6 meses, 
contados do fim do prazo p/ oferecer denúncia.
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SAN ÇÕES , CO N DEN A ÇÃO E PEN AS 
 
1 
Despenca! 
1. As sanções civis, penais e administrativas PODERÃO CUMULAR-SE, sendo INDEPENDENTES ENTRE SI. 
2. A sentença penal que reconhece excludente de ilicitude faz coisa julgada em âmbito civil e adm-disciplinar. 
3. Absolvição ou condenação CRIMINAL, negando ou confirmando a AUTORIA ou EXISTÊNCIA DO FATO não 
podem ser questionadas na no âmbito civil ou administrativo. 
Pegadinha clássica! Afirmar que ausência de prova na esfera penal interfere nas demais esferas [FALSO]. 
2 Cuidado! Não confunda efeito da condenação (efeito extrapenal) com pena. Assim, a perda do cargo, por exemplo, NÃO é uma pena, mas um EFEITO EXTRAPENAL. 
3 Cuidado! São condicionados à REINCIDÊNCIA em crime de abuso de autoridade e NÃO são automáticos, devendo ser declarados motivadamente na sentença. 
CO N DUT AS 
• Não há crime com pena de reclusão, apenas detenção (portanto, não há regime fechado) 
• Não há hipóteses de aumento de pena (qualificado) 
• Não há delação premiada 
• Só há penas de 1-4 anos ou 6m a 2 anos. Assim, é possível aplicação da transação penal, prevista na Lei 9099 
Infelizmente não há muito para onde fugir. São diversas condutas tipificadas. Minha sugestão é que você não tente 
decorá-las. Será um esforço imenso com um benefício não tão grande assim. Vez ou outra dê uma passada aqui e leia as 
condutas, mas sem se preocupar em excesso. 
 
 
 
SANÇÕES
PENAL
Penas
Privativas de liberdade
Na lei só há previsão de DETENÇÃO
Restritivas de Direitos - aplicadas 
autônoma ou cumulativamente:
1) Prestação de serviço
2) Suspensão do exercício do cargo, 
função ou mandato por 1-6 meses, com
perda dos vencimentos e vantagens
Efeitos da 
condenação
Obrigação de INDENIZAR. Juiz fixa na 
sentença valor mín, a requerimento do 
ofendido
INABILITAÇÃO para o exercício de 
cargo, mandato ou função pública, por 
1 a 5 anos
PERDA do cargo, do mandato ou da 
função pública 
CIVIL
ADM.
2 
1 
3 
Substituível 
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PEN A DE 1 A 4 ANOS E MUL TA 
Art. 9º Decretar medida de privação da liberdade em manifesta desconformidade com as hipóteses legais. 
Parágrafo único. Incorre na mesma pena a autoridade judiciária que, dentro de prazo razoável, deixar de: 
I - relaxar a prisão manifestamente ilegal; 
II - substituir a preventiva por cautelar diversa ou de conceder liberdade provisória, quando manifestamente cabível; 
III - deferir liminar ou ordem de habeas corpus, quando manifestamente cabível. 
Art. 10. Decretar a condução coercitiva de testemunha ou investigado manifestamente descabida ou sem prévia intimação 
de comparecimento ao juízo. 
Art. 13. Constranger o preso ou o detento, mediante violência, grave ameaça ou redução de sua capacidade de resistência, a. 
I - exibir-se ou ter seu corpo ou parte dele exibido à curiosidade pública; 
II - submeter-se a situação vexatória ou a constrangimento não autorizado em lei; 
III - produzir prova contra si mesmo ou contra terceiro. 
Art. 15. Constranger a depor, sob ameaça de prisão, pessoa que, em razão de função, ministério, ofício ou profissão, deva 
guardar segredo ou resguardar sigilo. 
Parágrafo único. Incorre na mesma pena quem prossegue com o interrogatório: 
I - de pessoa que tenha decidido exercer o direito ao silêncio; ou 
II - de pessoa que tenha optado por ser assistida por advogado ou defensor público, sem a presença de seu patrono. 
Art. 19. Impedir ou retardar, injustificadamente, o envio de pleito de preso à autoridade judiciária competente para a 
apreciação da legalidade de sua prisão ou das circunstâncias de sua custódia. 
Parágrafo único. Incorre na mesma pena o magistrado que, ciente do impedimento ou da demora, deixa de tomar as 
providências tendentes a saná-lo ou, não sendo competente para decidir sobre a prisão, deixa de enviar o pedido à autoridade 
judiciária que o seja. 
Art. 21. Manter presos de ambos os sexos na mesma cela ou espaço de confinamento. 
Parágrafo único. Incorre na mesma pena quem mantém, na mesma cela, criança ou adolescente na companhia de maior de 
idade ou em ambiente inadequado, observado o ECA. 
Art. 22. Invadir ou adentrar, clandestina ou astuciosamente, ou à revelia da vontade do ocupante, imóvel alheio ou suas 
dependências, ou nele permanecer nas mesmas condições, sem determinação judicial ou fora das condições legais. 
§ 1º Incorre na mesma pena, na forma prevista no caput deste artigo, quem: 
I - coage alguém, mediante violência ou grave ameaça, a franquear-lhe o acesso a imóvel ou suas dependências; 
III - cumpre mandado de busca e apreensão domiciliar após as 21h ou antes das 5h. 
§ 2º Não haverá crime se o ingresso for para prestar socorro, ou quando houver fundados indícios que indiquem a 
necessidade do ingresso em razão de situação de flagrante delito ou de desastre. 
Art. 23. Inovar artificiosamente, no curso de diligência, de investigação ou de processo, o estado de lugar, de coisa ou de 
pessoa, com o fim de eximir-se de responsabilidade ou de responsabilizar criminalmente alguém ou agravar-lhe a 
responsabilidade. 
Parágrafo único. Incorre na mesma pena quem pratica a conduta com o intuito de: 
I - eximir-se de responsabilidade civil ou administrativa por excesso praticado no curso de diligência; 
II - omitir dados ou informações ou divulgar dados ou informações incompletos para desviar o curso da investigação, da 
diligência ou do processo. 
Art. 24. Constranger, sob violência ou grave ameaça, funcionário ou empregado de instituição hospitalar pública ou privada 
a admitir para tratamento pessoa cujo óbito já tenha ocorrido, com o fim de alterar local ou momento de crime, prejudicando 
sua apuração. Aplica-se também a pena correspondente à violência. 
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Art. 25. Proceder à obtenção de prova, em procedimento de investigação ou fiscalização, por meio manifestamente ilícito. 
Parágrafo único. Incorre na mesma pena quem faz uso de prova, em desfavor do investigado ou fiscalizado,com prévio 
conhecimento de sua ilicitude. 
Art. 28. Divulgar gravação ou trecho de gravação sem relação com a prova que se pretenda produzir, expondo a intimidade 
ou a vida privada ou ferindo a honra ou a imagem do investigado ou acusado. 
Art. 30. Dar início ou proceder à persecução penal, civil ou administrativa sem justa causa fundamentada ou contra quem 
sabe inocente. 
Art. 36. Decretar, em processo judicial, a indisponibilidade de ativos financeiros em quantia que extrapole exacerbadamente 
o valor estimado para a satisfação da dívida da parte e, ante a demonstração, pela parte, da excessividade da medida, deixar 
de corrigi-la. 
PEN A DE 6 ME SES A 2 AN OS E MUL TA 
Art. 12. Deixar injustificadamente de comunicar prisão em flagrante à autoridade judiciária no prazo legal. 
Parágrafo único. Incorre na mesma pena quem: 
I - deixa de comunicar, imediatamente, a execução de prisão temporária ou preventiva à autoridade judiciária que a decretou; 
II - deixa de comunicar, imediatamente, a prisão e o local onde se encontra à sua família ou à pessoa por ela indicada; 
III - deixa de entregar ao preso, no prazo de 24 horas, a nota de culpa, assinada pela autoridade, com o motivo da prisão e os 
nomes do condutor e das testemunhas; 
IV - prolonga a execução de pena privativa de liberdade, de prisão temporária, de prisão preventiva, de medida de segurança 
ou de internação, deixando, sem motivo justo e excepcionalíssimo, de executar o alvará de soltura imediatamente após 
recebido ou de promover a soltura do preso quando esgotado o prazo judicial ou legal. 
Art. 16. Deixar de identificar-se ou identificar-se falsamente ao preso por ocasião de sua captura ou quando deva fazê-lo 
durante sua detenção ou prisão. 
Parágrafo único. Incorre na mesma pena quem, como responsável por interrogatório em sede de procedimento 
investigatório de infração penal, deixa de identificar-se ao preso ou atribui a si mesmo falsa identidade, cargo ou função. 
Art. 18. Submeter o preso a interrogatório policial durante o período de repouso noturno, salvo se capturado em flagrante 
delito ou se ele, devidamente assistido, consentir em prestar declarações. 
Art. 20. Impedir, sem justa causa, a entrevista pessoal e reservada do preso com seu advogado. 
Parágrafo único. Incorre na mesma pena quem impede o preso, o réu solto ou o investigado de entrevistar-se pessoal e 
reservadamente com seu advogado ou defensor, por prazo razoável, antes de audiência judicial, e de sentar-se ao seu lado e 
com ele comunicar-se durante a audiência, salvo no curso de interrogatório ou no caso de audiência realizada por 
videoconferência. 
Art. 27. Requisitar instauração ou instaurar procedimento investigatório de infração penal ou administrativa, em desfavor 
de alguém, à falta de qualquer indício da prática de crime, de ilícito funcional ou de infração administrativa. 
Parágrafo único. Não há crime quando se tratar de sindicância ou investigação preliminar sumária, devidamente justificada. 
Art. 29. Prestar informação falsa sobre procedimento judicial, policial, fiscal ou administrativo com o fim de prejudicar 
interesse de investigado. 
Art. 31. Estender injustificadamente a investigação, procrastinando-a em prejuízo do investigado ou fiscalizado. 
Parágrafo único. Incorre na mesma pena quem, inexistindo prazo para execução ou conclusão de procedimento, o estende 
de forma imotivada, procrastinando-o em prejuízo do investigado ou do fiscalizado. 
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Art. 32. Negar ao interessado, seu defensor ou advogado acesso aos autos de investigação preliminar, ao termo 
circunstanciado, ao inquérito ou a qualquer outro procedimento investigatório de infração penal, civil ou administrativa, 
assim como impedir a obtenção de cópias, ressalvado o acesso a peças relativas a diligências em curso, ou que indiquem a 
realização de diligências futuras, cujo sigilo seja imprescindível. 
Art. 33. Exigir informação ou cumprimento de obrigação, inclusive o dever de fazer ou de não fazer, sem expresso amparo 
legal. 
Parágrafo único. Incorre na mesma pena quem se utiliza de cargo ou função pública ou invoca a condição de agente público 
para se eximir de obrigação legal ou para obter vantagem ou privilégio indevido. 
Art. 37. Demorar demasiada e injustificadamente no exame de processo de que tenha requerido vista em órgão colegiado, 
com o intuito de procrastinar seu andamento ou retardar o julgamento. 
Art. 38. Antecipar o responsável pelas investigações, por meio de comunicação, inclusive rede social, atribuição de culpa, 
antes de concluídas as apurações e formalizada a acusação. 
LEI 12.037/09 – IDENTIFICAÇÃO CRIMINAL 
IDENTI FI CAÇÃO CI V IL 
 
Carteira de 
Identidade 
 
Carteira de 
Trabalho 
 
Carteira 
Profissional 
 
Passaporte 
 
Carteira 
Funcional 
 
Outro Doc. 
Público que 
permita 
identificação 
Para as finalidades desta Lei, equiparam-se aos documentos de identificação civis os documentos de identificação 
militares. 
IDENTI FI CAÇÃO CRI MIN AL 
O civilmente identificado NÃO SERÁ submetido a identificação criminal, SALVO nos casos previstos nesta Lei. 
 
 
 
 
Hipóteses de 
identificação 
criminal do 
civilmente 
identificado
Documento apresentar rasura ou tiver indício de falsificação
Documento apresentado for insuficiente para identificar cabalmente o indiciado
Indiciado portar documentos de identidade distintos, com informações conflitantes entre si
Constar de registros policiais o uso de outros nomes ou diferentes qualificações
Estado de conservação ou a distância temporal ou da localidade da expedição do documento
apresentado impossibilite a completa identificação dos caracteres essenciais
Identificação criminal for essencial às investigações policiais, segundo despacho da autoridade
JUDICIÁRIA competente, que decidirá DE OFÍCIO ou mediante REPRESENTAÇÃO da autoridade
policial, do MP ou da defesa
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A autoridade encarregada tomará as providências para evitar o constrangimento do identificado. A identificação criminal: 
INCLUI PODERÁ INCLUIR 
 
Processo 
Datiloscópico 
 
Processo 
Fotográfico1 
 
 
Coleta de material biológico para 
obtenção do perfil genético 
VEDADO mencionar a identificação criminal do indiciado em atestados de antecedentes OU em informações não 
destinadas ao juízo criminal, ANTES do trânsito em julgado da sentença condenatória. 
1 Remoção da Identificação Fotográfica: 
× Não oferecimento da denúncia 
× Rejeição da denúncia 
× Absolvição 
BAN CO DE DA DOS DE P ER FIS GEN ÉTI CO S 
Serão gerenciados por unidades oficiais de perícias criminais. As informações genéticas NÃO PODERÃO revelar traços 
somáticos ou comportamentais das pessoas, EXCETO: 
 Determinação genética de gênero 
 Genoma humano 
 Dados genéticos 
 
EXCLUSÃO dos perfis genéticos dos bancos de dados ocorrerá: 
× No caso de ABSOLVIÇÃO 
× No caso de CONDENAÇÃO, mediante requerimento, após 20 anos do cumprimento da pena. 
BAN CO N A CI ONA L M ULTI BIO MÉT RI CO E DE IM P RESS ÕES DIG ITAIS – B NMI D 
 
Muita Atenção! Tema novo, introduzido pelo Pacote Anticrime (Lei 13.964/19). Não tenho dúvidas que esse 
tópico será objeto de cobrança. 
OBE TIVO 
 
Armazenar dados de registros biométricos, de impressões digitais e, quando possível, de íris, face e voz, para 
subsidiar investigações criminais federais, estaduais ou distritais. 
PODERÃO ser colhidos os registros biométricos, de impressões digitais, de íris, face e voz dos presos 
provisóriosou definitivos quando não tiverem sido extraídos por ocasião da identificação criminal. 
GEST ÃO 
 
O BNMID foi criado no âmbito do Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), sendo sua formação, gestão e 
acesso regulamentados em ato do Poder Executivo Federal. 
 
 
Os dados terão caráter SIGILOSO. O uso ou permissão de uso 
dessas informações para fins diversos gera responsabilidade 
civil, penal e administrativa. 
NOVIDADE PACOTE ANTICRIME 
FACULTADO ao indiciado / réu requerer, APÓS arquivamento 
definitivo do inquérito ou trânsito em julgado da sentença, DESDE QUE 
apresente provas de sua identificação civil. 
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USO DOS DA DOS 
A autoridade policial e o MP poderão REQUERER ao juiz, no caso de inquérito ou ação penal instaurados, o acesso ao BNMID. 
 
Os dados terão CARÁTER SIGILOSO, e aquele que permitir ou promover sua utilização para fins diversos dos 
previstos nesta Lei ou em decisão judicial responderá civil, penal e administrativamente. 
 
É VEDADA a comercialização, total ou parcial, da base de dados do BNMID 
INTEG RA ÇÃ O 
 
Poderão integrar o BNMID, ou com ele interoperar, os dados de registros constantes em quaisquer bancos de 
dados geridos por órgãos dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário das esferas federal, estadual e distrital, 
inclusive pelo TSE e pelos Institutos de Identificação Civil. 
Integração: no caso de bancos de dados de identificação de natureza civil, administrativa ou eleitoral, a integração ou o 
compartilhamento será limitado às impressões digitais e às informações necessárias para identificação do seu titular. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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LEI 9.605/98 – LEI DE CRIMES AMBIENTAIS 
AP RE ENS ÃO DO PR O DU TO E DO INST RU MENT O DE IN FRAÇÃO ADM. OU DE CRI M E 
Verificada a infração, serão APREENDIDOS seus produtos e instrumentos, lavrando-se os respectivos AUTOS. 
 
Animais 
 
Serão PRIORITARIAMENTE libertados em seu habitat 
Se inviável / não recomendável, serão entregues a zoológicos, fundações e assemelhadas. 
Enquanto não entregues, o órgão atuante zelará pelo bem-estar físico, acondicionamento 
e transporte dos animais. 
Produtos Perecíveis ou 
Madeira 
 
AVALIADOS e DOADOS a instituições científicas, hospitalares, penais e outras beneficentes 
Produtos e subprodutos 
da fauna não perecíveis 
 
Serão DESTRUÍDOS ou DOADOS a instituições científicas, culturais ou educacionais 
Instrumentos 
 
VENDIDOS, garantida a sua descaracterização por meio da reciclagem 
DO S CR IM ES CO NTR A O M EIO A MBI ENT E 
HIS TÓ RI CO DE COB RAN ÇA 
Esse é o maior e mais importante tópico dentro da Lei 9.605/98. É um tópico totalmente “decoreba”, mas infelizmente não há 
para onde fugir. Simplifiquei ao máximo, sem prejuízo à essência do conteúdo. 
Ainda assim, caso você esteja sem tempo, preparei o pequeno esquema abaixo para que você utilize como guia, com o percentual 
de cobrança nos últimos 10 anos. Dê atenção ao que importa! 
 
 
 
 
Crimes Contra o 
Meio Ambiente
Crimes Contra 
a Fauna
42%
Crime Contra a 
Flora
22%
Poluição e 
Outros Crimes
17%
Crimes Contra o 
Ordenamento Urbano e 
o Patrimônio Cultural
10%
Crimes Contra a 
Adm. Ambiental
9%
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DO S CR IM ES CO NTR A A FA UNA 
CONDUTA OBSERVAÇÃO 
 
DESPENCA 
Art. 29. Matar, perseguir, caçar, apanhar, 
utilizar espécimes da fauna silvestre1, nativos 
ou em rota migratória, SEM a devida 
permissão, licença ou autorização, ou em 
desacordo com a obtida. 
Atenção! As disposições não se aplicam aos 
atos de pesca. 
Pena 
Detenção de 6 meses a 1 ano + multa 
Incorre nas MESMAS penas 
1. Quem modifica, danifica ou destrói ninho, abrigo ou criadouro natural; 
 
2. Quem impede a procriação da fauna, sem licença, autorização ou em 
desacordo com a obtida; 
 
3. Quem vende, expõe à venda, exporta ou adquire, guarda, tem em 
cativeiro ou depósito, utiliza ou transporta ovos, larvas ou espécimes 
da fauna silvestre, nativa ou em rota migratória, bem como produtos e 
objetos dela oriundos, provenientes de criadouros não autorizados ou 
sem a devida permissão, licença ou autorização. 
Isenção de pena 
No caso de guarda doméstica de espécie silvestre NÃO considerada 
ameaçada de extinção, PODE o juiz, considerando as circunstâncias, 
DEIXAR de aplicar a pena. 
AUMENTO de pena pela METADE 
1. Em período proibido à caça; 
2. Durante a noite; 
3. Com abuso de licença; 
4. Em unidade de conservação; 
5. Contra espécie rara ou considerada ameaçada de extinção, ainda que 
somente no local da infração; 
 
6. Com emprego de métodos ou instrumentos capazes de provocar 
destruição em massa. 
AUMENTO de pena até o TRIPLO 
Se o crime decorre do exercício de caça profissional. 
Art. 30. EXPORTAR para o exterior peles e 
couros de anfíbios e répteis em bruto, sem a 
autorização. 
Pena 
Reclusão de 1 a 3 anos + multa 
Art. 31. INTRODUZIR espécime animal no 
País, sem parecer técnico oficial favorável e 
licença expedida por autoridade competente. 
Pena 
Detenção de 3 meses a 1 ano + multa 
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CONDUTA OBSERVAÇÃO 
Art. 32. PRATICAR ato de abuso, maus-tratos, 
ferir ou mutilar animais silvestres, 
domésticos ou domesticados, nativos ou 
exóticos. 
Pena 
Detenção de 3 meses a 1 ano + multa 
Atenção! Novidade 2020: quando se tratar de cão ou gato, a pena 
será de reclusão, de 2-5 anos + multa + proibição da guarda. 
Incorre nas MESMAS penas 
Quem realiza experiência dolorosa ou cruel em animal vivo, ainda que 
para fins didáticos ou científicos, quando existirem recursos alternativos. 
AUMENTO de pena de 1/6 a 1/3 
Se ocorre morte do animal. 
Art. 33. PROVOCAR, pela emissão de efluentes 
ou carreamento de materiais, o perecimento 
de espécimes da fauna AQUÁTICA existentes 
em rios, lagos, açudes, lagoas, baías ou águas 
jurisdicionais brasileiras. 
 
Pena 
Detenção de 1-3 anos OU multa, OU ambas cumulativamente 
Incorre nas MESMAS penas 
1. Quem causa degradação em viveiros, açudes ou estações de 
aquicultura de domínio público 
 
2. Quem explora campos naturais de invertebrados aquáticos e algas, 
sem licença, permissão ou autorização 
 
3. Quem fundeia embarcações ou lança detritos sobre bancos de 
moluscos ou corais, devidamente demarcados em carta náutica 
Art. 34. PESCAR em período no qual a pesca 
seja proibida ou em lugares interditados por 
órgão competente. 
Pena 
Detenção de 1-3 anos OU multa, OU ambas cumulativamente 
Incorre nas MESMAS penas 
1. Pesca espécies que devam ser preservadas ou espécimes com tamanhos 
inferiores aos permitidos 
 
2. Pesca quantidades superiores às permitidas, ou mediante a utilização 
de aparelhos, petrechos, técnicas e métodos não permitidos 
 
3. Transporta, comercializa, beneficia ou industrializa espécimes 
provenientes da coleta, apanha e pesca proibidas 
Art. 35. PESCAR mediante a utilização de: 
 Explosivos ou subst. c/ efeito semelhante 
 
 Substâncias tóxicas

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