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4°PAPER AS MULTIPLAS LINGUAGENS NA EDUCAÇÃO INFANTIL

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2
AS MULTIPLAS LINGUAGENS NA EDUCAÇÃO INFANTIL
 
 Acadêmicos
Gabriella Fernanda Wagner da Silva
Luciana Efigenio Anezi
Renata Paula Inácio Roda
Sandra Rodrigues Franco
Professora-Perpetua Dutra
Centro Universitário- Leonardo da Vinci-UNIASSELVI
Curso (Licenciatura em pedagogia) Turma (1251)
Novembro/2016
Este universo das linguagens ainda está por ser descoberto e melhor aproveitado pelos educadores. Quando falamos em linguagem é comum nos remetermos à linguagem verbal e escrita que, sem duvida, é fundamental para o desenvolvimento infantil, no entanto, algumas propostas pedagógicas acabam priorizando apenas em possibilidades. O trabalho destaca a importância da reflexão docente sobre como selecionar, entre tantas, as linguagens por meio das quais se pode conhecer melhor as crianças e dar-se a conhecer por elas. Acostumados a pensar na linguagem sempre associada à fala, os docentes ainda se surpreendem ao descobrir no desenho, na dramatização, no movimento, na linguagem corporal, gestual, musical e no próprio brincar algumas das maneiras pelas quais as crianças se expressam.
Palavra-chave: múltiplas linguagens. Praticas pedagógica. Educação infantil.
1. INTRODUÇÃO
Este trabalho tem como propósito refletir sobre as múltiplas linguagens e sua importância na educação infantil. Considera-se que a prática pedagógica nesta etapa da educação deve ser significativa para as crianças de zero a cinco anos e pautar-se na Perspectiva Histórico-Cultural. Na atualidade a educação infantil está adquirindo uma crescente importância perante os teóricos e também profissionais dessa área, os mesmos buscam possibilitar desenvolvimento integral das crianças, de forma significativa e para isso levam em consideração as contribuições e benefícios das múltiplas linguagens.
As múltiplas linguagens presentes nas atividades pedagógicas permitem ás crianças compartilhar observações, ideias e planos, revelam pensamentos, sentimentos, emoções e valores. Ao mesmo tempo, traduzem características da linguagem própria da criança como imaginação, a ludicidade, o simbolismo e a representação. Dai a importância de se trabalhar as múltiplas linguagens na educação infantil, pois possibilitam o desenvolvimento integral das crianças de forma significativa, representando uma riqueza de possibilidades.
Pensando na perspectiva que a Educação Infantil é a base solida para o desenvolvimento cognitivo, intelectual e social do ser humano percebemos a necessidade de uma educação de qualidade, que seja realizada de maneira clara e objetiva, visando sempre o desenvolvimento das crianças. Dessa maneira procuram-se maneiras criativas e que contemplem o objetivo principal, o de “formar” crianças com capacidade lógica e racional capazes de modificarem a realidade em que estão inseridas, de maneira plena e significativa, assim é que entendemos que alfabetizar não é só ensinar aprender a ler e escrever, na verdade é muito mais que isso, é auxiliar e preparar para o futuro.
Dessa forma que se pretende a utilização das múltiplas linguagens, como maneira interessante e criativa para se trabalhar no desenvolvimento do ensino-aprendizagem dessas pequenas crianças. Assim, através deste artigo mostraremos a importância de ter sido realizada à formação de professores com a temática das múltiplas linguagens.
2. AS MÚLTIPLAS LINGUAGENS NO DESENVOLVIMENTO INFANTIL
As crianças em seu terceiro e quatro anos de vida, gostam muito de brincar de faz-de-conta. É a linguagem do jogo simbólico que aguça sua imaginação, fantasia, vontade de descobrir e compreender o mundo. Segundo Santos:
Na brincadeira do faz-de-conta é onde a criança pode aprender muita coisa sobre o comportamento social. É representado o papel de mãe, pai, medico... que ela pode se colocar no lugar de outro, percebendo melhor cada papel que estes representam na sociedade e, assim compreender seu próprio comportamento. (SANTOS, 1999, p. 81-82).
Através do jogo simbólico a criança inventa, imagina, representa e se expressa, podendo desempenhar vários papeis. É importante considerar que a literatura infantil exerce um papel fundamental na educação infantil, estimulando a linguagem escrita, oral, visual, simbólico (...).
Além disso, a leitura de historias para as crianças instiga a imaginação. “A leitura de historias pode ser uma forma de brincar com palavras e figuras e é uma atividade imediatamente prazerosa para crianças e adultos, além de proporcionar uma rica fonte para a imaginação”.
Na atualidade a educação infantil está adquirindo uma crescente importância perante os teóricos e também profissionais dessa área, os mesmos buscam possibilitar desenvolvimento integral das crianças, de forma significativa e para isso levam em consideração as contribuições e benefícios das múltiplas linguagens. De acordo com Oliveira (2002, p.228) o conceito de múltiplas linguagens se refere às diferentes linguagens presentes nas atividades pedagógicas que ³possibilitam às crianças trocar observações, ideias e plano. Ou seja, as múltiplas linguagens representam [...] sistemas de representação, essas linguagens estabelecem novos recursos de aprendizagem, pois se integram às funções psicológicas superiores e as transformam.
Trabalhar com as múltiplas linguagens em educação significa ajudar as crianças a perceber qualidades e características nem sempre evidentes, de modo mais profundo e significativo. Buscamos hoje uma visão de mundo em que prevaleça a crença na incompletude do saber, crença essa que nos impulsione e desafie na busca no conhecimento. Sabe-se também que, somente a partir da incerteza, pode-se ver sempre novos e diferentes ângulos e que é importante prestar-se atenção a tudo buscando “enxergar além”.
“ A Constituição da Infância Escrever sobre a infância e a educação infantil requer um volver histórico; a ideia de infância sofreu inúmeras mudanças de acordo com o modo de organização na vida dos homens. Se tomarmos a Idade Média como exemplo, poderemos perceber que a criança era vista como um “adulto em miniatura”, um ser que sabia menos. A infância nesta época, era vista como m estado de transição para ávida adulta. Pinto, em seus estudos sobre a infância faz o seguinte comentário: (...) a infância constitui uma realidade que começa a ganhar contornos a partir do século XVI e XVII (...) as mudanças de sensibilidade que se começa a verificar a partir do Renascimento tendem a definir a integração no mundo adulto cada vez para mais tarde, e a marcar, com fronteiras bem definidas, o tempo da infância, progressivamente ligado ao conceito de aprendizagem e de escolarização. Importa, 9051 no entanto, sublinhar que se tratou de um movimento extremante lento, inicialmente bastante circunscrito ás classes mais abastadas. (1997, p. 44).
 Na sociedade burguesa a criança passa a ser vista como um ser que precisava de cuidados específicos para a sua formação. As transformações sociais deram origem a essa sociedade, com uma nova organização familiar e escolar que se traduziu, também, em um novo sentido de infância. Segundo Kramer: “tal significação econômica da infância fundamenta o valor atribuído à criança nos vários domínios da realidade social”. 
A criança não tem, pois, um valor único, e não existe uma forma universalmente ideal de relação entre criança e adulto. “Tratar da criança em abstrato, sem levar em consideração as diferentes condições de vida, é dissimular a significação social da infância” (2001, p.23). O século XX, considerado o século das crianças foi marcado por uma nova compreensão de infância e de educação infantil, isso revela uma sociedade preocupada e consciente da importância deste nível de ensino. As mudanças sociais que vem ocorrendo, trazem uma nova visão de infância e de educação infantil por meio das palavras de Kramer podemos perceber que “A ideia de infância, como se pode concluir, não existiu sempre, e nem da mesma maneira. Ao contrário, ela aparece com a sociedade capitalista, urbano-industrial, na medida em que mudam a inserção e o papel social dacriança na comunidade” (2001 p.19); a noção de infância não é uma categoria natural, mas histórica e cultural; os conhecimentos produzidos acerca desta temática têm estreia ligação com o lugar social que a criança ocupa na relação com o outro. Esse lugar social tem mudado muito nas ultimas décadas. 
Nos anos 50 as crianças participavam ativamente da vida comunitária, pois tinha o direito a frequentar a rua, lugar de livre circulação na época (Kuhlmann Júnior, 1998, p.30). Na atualidade, a infância se tornou “um produto de consumo”, em torno dela se estruturam padrões de conduta, de entretenimento, de criação e de educação e mesmo de consumo (Silveira, 1997; Pereira E Jobim E Souza: Muniz, 1999).
· A LINGUAGEM ORAL NO DESENVOLVIMENTO DAS CRIANÇAS
A linguagem oral faz parte do cotidiano das crianças e dos adultos, logo, esta presente, na instituição de educação infantil e na vivencia das crianças com suas famílias. As crianças falam umas com as outras, os adultos se comunicam entre si e com as crianças, transmitem ideias, vontades, sentimentos.
 As crianças de o grupo 4 A estão desenvolvendo a linguagem oral. Para Piaget (1975 apud Luiz Zorzi, 1993 p.16) a criança passa por vários estágios de desenvolvimento. No estagio pré-operatório ou inteligência simbólica, ocorrera o aparecimento da linguagem e da brincadeira simbólica.
Vygostsk deixa claro a importância da mediação do outro no processo de aquisição da linguagem oral. Nesse sentido, o trabalho nas instituições de educação infantil devem caminhar para possibilitar o desenvolvimento dessa linguagem nas crianças. Procuramos estabelecer praticas como, conversas com as crianças durante os momentos de higiene, alimentação, as rodas, isto é, interagir de forma a tornar presentes na educação das crianças pequenas á linguagem oral. Quanto mais a criança puder falar em diferentes situações como contar historia, explicar uma brincadeira, solicitar ajuda, contar o que fez em casa mais ela ampliara sua capacidade comunicativa.
Por volta dos dois anos que a palavra começa a funcionar como signo (Kohl, 1995), esses é que possibilitam o inicio não só a comunicação, relação interpessoal, como também, a habilidade de narrar (Girardello,s.d.). O adulto oferece uma relevante contribuição ao desenvolvimento da competência narrativa, possibilitando assim, a interação verbal.
A linguagem é a mediação entre o sujeito e o ambiente. Toda a fala é interação social. Quanto mais enriquecemos a linguagem das crianças mãos tornaremos seu pensamento ágil, sensível e pleno.
· A LINGUAGEM AUDIVIOVISUAL: DIVERSÃO E EDUCAÇÃO
O recurso audiovisual na maioria das vezes tem uma linguagem temporal que é diferente da real. Anos correm em apenas um minuto. Também por meio da analise de produções audiovisuais que proporcionamos a educação do “olhar” do educando sobre as imagens, filmes, programas, documentários, fotos etc.
O recurso audiovisual possui uma linguagem própria que instiga uma interpretação de seus diversos aspectos e recursos, sejam eles, projetados nos sons, cores, personagens, cenários, roteiro etc. Ele é uma forma de diversão, no entanto, torna-se um meio importantíssimo no processo de educar e aprender, pois, é rico em informações, que prendem nossa atenção, devendo assim, ser analisado criticamente.
A necessidade de uma postura critica frente a produções audiovisuais é uma preocupação que deve vir de “berço”. Ensinar uma criança pequena a “ler” narrativas audiovisuais é responsabilidade inerente á educação infantil.
Entendemos que na educação infantil além do encantamento que a linguagem audiovisual proporciona, sobretudo, na exibição de desenhos animados, filmes ou clipes, como mencionamos em nosso registro, há uma serie de informações daquilo que os olhos não podem ver.
As imagens e o som do recurso audiovisual é suporte na compreensão do texto, traz a possibilidade de relação do que estão ouvindo com que estão vendo e “funcionam para as crianças como pistas para a recontagem de historias, possibilitando o desenvolvimento da narrativa e da fala letrada” (Nogueira,2003).
A linguagem audiovisual proporciona a ressignificação das imagens, a construção de novos textos, a busca pela curiosidade e atenção, a busca pelo” prazer visual do dialogo entre formas e as cores, em um constante exercício de leitura que tece as relações entre as lembranças: e trama final emerge um novo sentido”
· LINGUAGEM E EXPRESSÃO MUSICAL
A exploração do corpo e do movimento é possível de ser efetivada por meio da do ser humano, basta observar que, desde a mais tenra idade, a criança se sente atraída por ele e, sem dispor ainda de um código específico e socialmente aceito de comunicação, utiliza-se do mais primário meio de expressão: os sons que emite para informar sua mãe sobre suas necessidades básicas.
 Por meio de seus movimentos corporais, tem-se um indicativo claro: ela percebe e identifica a fonte geradora de sons, sua localização, bem como as características intrínsecas deles. É interessante observar a grande influência que a música exerce sobre a criança. Assim sendo, os jogos ritmados, próprios dos primeiros anos, devem ser trabalhados e incentivados.
 Como acontece com a linguagem, cada civilização, cada grupo social, tem sua expressão própria e, ao educador, antes de transmitir sua própria cultura musical, cabe pesquisar o universo musical ao qual a criança pertence, encorajando atividades relacionadas com a descoberta e com a criação de novas formas de expressão por meio da música.
É tarefa da educação musical, desenvolver na criança o hábito de escutar atentamente e ser um apreciador musical consciente. O desafio é o de planejar atividades que envolvam músicas de diferentes povos, de diferentes épocas, de diferentes formas, de diferentes compositores, e oportunizar o acesso a vários gêneros musicais, porém com um bom padrão de qualidade (rítmicos, textura, cor e formas musicais). 
Por exemplo: músicas como “Trenzinho do caipira”, de Villa Lobos; “Aquarela”, de Toquinho; “Suíte Quebra-Nozes”, de Tchaikovsky; “Danúbio Azul”, de Strauss; “As quatro estações”, de Vivaldi; “Flauta Mágica”, de Mozart; “Pastoral”, de Beethoven; “The Aightofthebumblebee”, de Rinsky-Rorsakov; “A casa”, de Vinícius de Moraes; “Canção da América”, de Milton Nascimento; “Tico-tico no fubá”, de Zequinha de Abreu; “Cirandas”, de Villa Lobos; cantigas de ninar, parlendas, entre tantas outras, o que constitui uma maneira de oportunizar/propiciar o contato com diferentes culturas, entre elas, a cultura indígena, a afro, a alemã, a italiana, a polonesa, etc.
Educar musicalmente é promover atividades em que haja a audição, a produção e a fruição dos sons, sejam eles musicais ou não para com eles interagir a fim de expressar-se e comunicar-se. Estes encaminhamentos servem como ponto de partida e são ideias a serem questionadas e enriquecidas pelas vivencias em sala de aula, por meio do: ouvir/perceber/analisar, reproduzir, utilizar, reelaborar. 
Na educação auditiva, a receptividade sensorial é expressa por meio de diversas formas, como: movimentos, gestos, linguagem, entre outras e evolui de forma muito significativa nos primeiros anos da criança. Pela percepção auditiva se propõe a descobrir os interesses musicais, a conhecer outros ritmos e a desenvolver sua capacidade expressiva, favorecendo, dessa forma, sua capacidade imaginativa e criativa, por meio do trabalho criador.
Para que esse trabalho criador se concretize, é necessária a utilização e a valorização da música em sua totalidade de som e forma. Com os elementos e aspectos que a integram, exercitam-se a atenção e a memória, as percepções auditivas e a coordenação motora. Assim, torna-se imprescindível o uso de materiais alternativos e da banda rítmica, os quais devem ser explorados com as crianças. Para que a criança surda usufrua dessa mesma educação musical, faz-se necessário adequar o ambiente para que ela possa sentir as vibrações dos ritmos musicais.
Não é possível falar de corpo e de movimento e não situar a dança como uma forma de linguagemque promove a comunicação da pessoa consigo mesma, com os outros e com o meio. Desde pequena, a criança descobre as infinitas possibilidades de moldar o seu corpo a seus folguedos diários, nos quais utiliza a marcha, os saltitos, grandes saltos, giros, corridas, quedas, rolamentos, entre outros.
 A Educação Infantil, por meio de um trabalho consciente com a dança, poderá construir inúmeras possibilidades de expressão corporal, escolhendo músicas e técnicas para introduzir exercícios corporais com a finalidade de trabalhar os diferentes segmentos corporais para, posteriormente, utilizar formas mais elaboradas por meio de exercícios de elevar e baixar, circundar, torcer, alongar, contrair e relaxar. A realização desse trabalho pauta-se na condução prazerosa, possibilitando o desenvolvimento da desenvoltura, respeitando a sua condição física, por meio do movimento da dança criativa, da consciência rítmica e da expressão de forma livre e dirigida.
· LINGUAGEM ORAL: FALAR E OUVIR
 A fala é uma forma de representação construída socialmente. É um aprendizado que permite ao homem comunicar-se e interagir, o qual vai se desenvolvendo desde o nascimento. Imitar os sons do bebê, mudando a entonação da voz, e esperar por uma “resposta” dele, mostrando-lhe, nesse processo, novos sons, é de fundamental importância para que ele perceba que está sendo ouvido, pois quando compreende que os sons por ele emitidos podem chamar a atenção, procurará fazê-los cada vez mais.
 É certo que, quanto mais a criança se comunica, mais desenvolve a sua linguagem.
Portanto, é fundamental que os adultos se comuniquem conversando, cantando, contando histórias, escutando e repetindo os sons produzidos pelas crianças, nomeando partes de seu corpo e objetos.
Fica claro que a comunicação entre as pessoas é a primeira função da fala e, portanto, deve estar presente na prática da Educação Infantil, pois a apropriação do conhecimento pressupõe a interação humana, por meio da qual ocorre a troca de ideias, valores e opiniões. A internalização dos significados partilhados com outros homens também contribui para a constituição da subjetividade.
No processo ensino-aprendizagem é o educador que estabelece a relação entre a fala da criança e o conhecimento, por meio dos processos de mediação. Observa-se que no esforço de resolver uma situação-problema, a criança balbucia ou sussurra para organizar seu pensamento. Essa fala, oralmente manifestada, aos poucos vai sendo interiorizada, dando lugar à fala interior, pois quando a criança fala em voz alta para si mesma, ela organiza o seu pensamento e planeja sua ação, produzindo estratégias de ação intencional.
Ao educador compete criar contextos de interação em que a criança sinta-se segura para falar e, ao mesmo tempo, aprenda a ouvir os colegas. É importante marcar a relevância do ouvir, pois a linguagem oral se explicita na relação com o outro: falar – ouvir. Portanto, assim como no estímulo à fala, deve-se destinar tempo e atenção ao ouvir. As crianças precisam ser ensinadas a prestar atenção na fala do outro, na narração de histórias, nos relatos realizados. Porém, se as crianças não forem orientadas a ouvir e instigadas a reproduzir detalhes de histórias ouvidas, por exemplo, dificilmente aprenderão a fazê-lo por si sós.
 A clareza do educador em relação a essa responsabilidade fará com que a prática de ler histórias, comumente deixadas para os últimos minutos do dia de trabalho, seja revista e modificada. Esse trabalho pode ser realizado por meio de brincadeiras, como o telefone sem fio, e estratégias que possibilitem às crianças reproduzir situações do seu cotidiano, nas quais o discurso oral e a necessidade de ouvir com atenção se façam presentes, como as cerimônias religiosas, entre outras.
3. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Compreendemos com estudo feito nesta formação sobre as múltiplas linguagens, que as soluções ocorrem devido às necessidades. E que desta forma deve ser entendido, como formas facilitadoras do aprendizado, não desconsiderando a importância da forma “tradicional” do ensinar a ler e escrever, mas como uma nova atitude que venha a contribuir e contribui no desenvolver desse ensinar. E desse entendimento que nos é sabido que todo esse trabalho de alfabetização é feito por etapas, assim não podendo pular fases.
Dessa forma que as múltiplas linguagens devem ser entendidas como formas pertinentes de se trabalhar dentro da sala de aula da educação infantil, mas que é necessário saber como utilizar as mesmas, perceber também que percorre esse caminho com as múltiplas linguagens facilita a interação professor-aluno e aluno-aluno.
Por isso que educar é uma tarefa exigente e demorada, principalmente quando se trata da educação de crianças e requer dos professores que procurem sempre estarem se aperfeiçoando, pois é um processo que o professor passa a conhecer melhor as crianças.
         Em meio há todas estas ideias que podemos amadurecer e concluir através desta experiência da realização deste estudo desta formação, é que podemos ter a certeza que não podemos achar que com estes meios facilitadores iremos modificar a realidade de todos, mas podemos ter a certeza que o essencial será transformado. E desta forma procuramos sempre querer modificar com qualidade a educação das crianças.
        Compreendemos que enriquecemos nosso conhecimento, que passou de prévio para enraizado no nosso “ser” professor. Percebemos que com este estudo facilitaremos nosso trabalho e tornaremos muito mais prazeroso e mais eficaz, pois facilitar o ensino dos mesmos, não é poupar a complexidade do desenvolver do aprendizado das crianças, mas do apoio para tornar este caminho mais compreensivo e edificador. 
As crianças a todo o momento esta fazendo uso da linguagem, “tudo” é linguagem. Trabalhar as múltiplas linguagens na educação infantil significa contribuir nos aspectos cognitivos, psicomotores, afetivos e sociais. Profere respeito á motricidade infantil, a fala e a oralidade, a representação e a escrita.
As situações de aprendizagens propostas na educação infantil quando voltadas á consideração das múltiplas linguagens se atem de forma efetiva das necessidades das crianças, pois elas são a base do desenvolvimento das crianças. Ao mesmo tempo, criam um mundo de encantamento, interações, sentimentos, possibilidades e aprendizagens. 
Não é educação que tanto almejamos, é a educação de qualidade que tanto almejamos e que pode estar sendo ofertado ás crianças que frequentam as escolas de educação infantil creche e pré-escola.
 Assim entendemos que atividades significativas têm seu valor, produzem efeitos no desenvolver das crianças. Atividades de expressão como o desenho, a pintura, a brincadeira de faz-de-conta, a dança, a poesia, e apropria fala são todas atividades que devem ser consideradas como produtivas e instrumento cultural complexo na vida das crianças. Dessa forma quanto mais cedo a criança for introduzida nessas praticas mais fácil terá entrosamento com seu desenvolvimento cognitivo.
O trabalho pedagógico deve buscar as múltiplas linguagens sendo elas os jogos de imitação, diálogos com as crianças, linguagem corporal dança e teatro, representar algo usando o desenho, a modelagem e leituras de histórias onde as crianças possam interpretar o que ouviram, enfim o movimento – o ato de brincar. Ao longo deste trabalho foi possível destacar, portanto, a importância em propiciar as crianças situações de jogos e brincadeiras para que se apropriem de forma lúdica de conhecimentos diversos. A Educação Infantil é o espaço onde a criança recebe toda a atenção que merece pelos professores e educadores.
O espaço é elemento fundamental para a vivência nessa abordagem pedagógica dos diferentes planos, o solo é o que apresenta maior oportunidade de relação espontânea da criança na dimensão da amplitude da liberdade de expressão corporal, comumente representada pela intensa variedade de jogos de movimento. Para ampliar a qualidade das relações entre criança e ambiente, Lapierre, sugere o uso de diferentes materiaisque possibilitem as crianças a variar qualitativamente as suas interações através de jogos e brinquedos individuais e coletivos de intensa criatividade.
4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS
JUNQUEIRA, Gabriel de Andrade Filho. Linguagens geradoras: seleção e articulação de conteúdos em educação infantil: Porto Alegre: Mediação, 2005.
ANGOTTI, Maristela. Educação Infantil: para que, para quem e por quê? Campinas SP. Alínea, 2006.
MELLO, SUELY AMARAL e FARIA ANA LUCIA GOULART orgs. Linguagens infantis: outras formas de leitura. – Campinas, SP: autores associados, 2009. -(Coleção Polemica do nosso tempo, n.91).
 PINAZZA, MONICA A. (19997). A pré-escola paulista a luz das idéias de Pestalozzi e Froebel: memória reconstituída a partir de periódicos oficiais. Tese (doutorado) – Faculdade de Educação, São Paulo. USP.
OLIVEIRA, Z.M.R. Educação infantil: fundamentos e métodos. São Paulo: Cortez, 2005. PINTO, M (1997) A infância como construção social.

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