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534_Educação Ambiental e Ética

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Núcleo de Educação a Distância
UNIVERSIDADE METROPOLITANA DE SANTOS
Educação Ambiental e Ética / Educação Ambiental/ Fundamentos da Educação Ambiental
Créditos e Copyright
              
 
FRANÇA, Gilce.
              Educação Ambiental. Gilce França: Núcleo de Educação a Distância da UNIMES, 2016. (Material didático. Curso de Licenciatura em Ciências Biológicas).
             Modo de acesso: www.unimes.br
             1. Ensino a distância.  2. Ciências Biológicas.   3. Educação  I. Educação Ambiental
                                                                                             
CDD 333
Este curso foi concebido e produzido pela Unimes Virtual. Eventuais marcas aqui publicadas são pertencentes aos seus respectivos proprietários.
A Unimes Virtual terá o direito de utilizar qualquer material publicado neste curso oriunda da participação dos alunos, colaboradores, tutores e convidados, em qualquer forma de expressão, em qualquer meio, seja ou não para fins didáticos.
Copyright (c) Unimes Virtual
É proibida a reprodução total ou parcial deste curso, em qualquer mídia ou formato.
UNIVERSIDADE METROPOLITANA DE SANTOS
FACULDADE DE EDUCAÇÃO E CIÊNCIAS HUMANAS
PLANO DE ENSINO
CURSOS: Licenciatura em Ciências Biológicas; Licenciatura em Química; Tecnologia em Gestão Ambiental
COMPONENTE CURRICULAR: Educação Ambiental e Ética
CARGA HORÁRIA TOTAL: 80 / 40 horas
EMENTA:
A educação ambiental está integrada nas diversas disciplinas, e as experiências educativas têm como proposta melhorar a compreensão da natureza complexa, bem como do meio ambiente natural e antrópico para o desenvolvimento participativo na busca de soluções dos problemas ambientais. A educação ambiental e as relações étnico-raciais e os direitos humanos.
OBJETIVO GERAL:
A compreensão da complexidade ambiental e o desenvolvimento da responsabilidade e sensibilização ambiental.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS:
Unidade I - Ecossistemas
Conhecer os diversos ecossistemas e as fundamentais ações de conservação para garantir a riqueza de espécies, contribuindo para a redução das ameaças existentes sobre a biodiversidade.
Compreender a dinâmica e evolução dos ecossistemas necessários para que se atinja o manejo eficiente e sustentável da biodiversidade e dos recursos naturais.
Unidade II - Biodiversidade
Compreender as inter-relações entre o ambiente biótico e abiótico.
Compreender os diversos fatores que contribuem para a extinção das espécies brasileiras.
Unidade III - Ambiente Rural e Urbano
Compreender que o uso dos agrotóxicos contribui para a degradação ambiental.
Verificar as Alternativas para a Redução do Lixo Urbano.
Unidade IV - População
Compreender o crescimento desordenado e acelerado e suas ações que contribuem para uma série de mudanças no ambiente.
Relacionar as atividades econômicas indispensáveis para a sociedade moderna e sua contribuição para a geração dos impactos ambientais.
Unidade V - Educação Ambiental
Desenvolver a sensibilização em relação aos problemas ambientais locais.
Trabalhar a educação ambiental de forma interdisciplinar.
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO:
Unidade I - Ecossistemas
- Ecossistemas
- Amazônia e Mata Atlântica
- Caatinga e Pantanal
- Cerrados e Campos Sulinos
- Ecossistemas Costeiros ou Litorâneos
Unidade II - Biodiversidade
- Espécies Ameaçadas
- Riquezas Naturais
Unidade III - Ambiente Rural e Urbano
- Agrotóxicos
- Agrotóxicos: Males à natureza e perigos à saúde
- Cultivo sem Agrotóxicos
- Assoreamento, Desmatamento e Queimadas
Unidade IV - População
- Características do sócio ecossistemas urbano
- Recursos Hídricos
- Poluição
- Poluição do Ar
- População
- Superpopulação
- Planejamento Familiar
Unidade V - Educação Ambiental
- História da Educação Ambiental
- Educação Ambiental
- Características da Educação Ambiental
- As Atividades da Educação Ambiental
- A Educação Ambiental no Ensino Fundamental e Médio
- Agenda 21 e sua Importância na Educação Ambiental
- Agenda 21 Escolar
- Requisitos Básicos da Elaboração da Agenda 21 Escolar
- Texto complementar: Educação Ambiental para Índios: uma educação necessária?
- Acompanhamento dos Trabalhos da Agenda 21
- Conceitos usados em Educação Ambiental
- Os sistemas complexos na Educação Ambiental
- Desenvolvimento Socialmente Sustentável
- Os conceitos de Educação Ambiental tusados nos sócio-ecossistemas urbanos
- Texto complementar - Educação Ambiental: Um direito humano fundamental
- As técnicas para atividades da Educação Ambiental
BIBLIOGRAFIA BÁSICA:
ALBANUS, L. L. F. ; ZOUVI, C. L. ; Ecopedagogia: educação e meio ambiente. Curitiba: Intersaberes, 2012.
LUZZI, D. Educação e Meio Ambiente: uma relação intrínseca. Barueri, SP: Manole, 2012.
PHILIPPI JR, A. ; PELICIONI, M. C. F. Educação Ambiental e Sustentabilidade. Barueri, SP: Manole, 2014.
BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR:
BERTÉ, R. Gestão Socioambiental no Brasil. Curitiba: Intersaberes, 2012.
DIAS, G. F. Educação Ambiental: princípios e práticas. São Paulo: Gaia, 2004.
FHILIPPI JR, A. ; SAMPAIO, C. A. C. ; FERNANDES, V. Gestão de Natureza Pública e Sustentabilidade. Barueri, SP: Manole, 2012.
FHILIPPI JR, A. ; ROMÉRIO, M. A. ; BRUNA, G. C. Curso de Gestão Ambiental. Barueri, SP: Manole, 2004.
SÁNCHEZ, L. E. Avaliação de impacto ambiental: conceitos e métodos. Oficina de textos. São Paulo, 2008.
METODOLOGIA:
A disciplina está dividida em unidades temáticas que serão desenvolvidas por meio de recursos didáticos, como: material em formato de texto, vídeo aulas, fóruns e atividades individuais. O trabalho educativo se dará por sugestão de leitura de textos, indicação de pensadores, de sites, de atividades diversificadas, reflexivas, envolvendo o universo da relação dos estudantes, do professor e do processo ensino/aprendizagem.
AVALIAÇÃO:
A avaliação dos alunos é contínua, considerando-se o conteúdo desenvolvido e apoiado nos trabalhos e exercícios práticos propostos ao longo do curso, como forma de reflexão e aquisição de conhecimento dos conceitos trabalhados na parte teórica e prática e habilidades. Prevê ainda a realização de atividades em momentos específicos como fóruns, chats, tarefas, avaliações a distância e Prova Presencial, de acordo com a Portaria de Avaliação vigente.
Sumário
Aula 01_ Ecossistemas	10
Aula 02_ Ecossistemas brasileiros: Amazônia e Mata Atlântica	13
Aula 03_ Caatinga e Pantanal	18
Aula 04_ Cerrados e Campos Sulinos	24
Aula 05_ Ecossistemas Costeiros ou Litorâneos	28
Resumo _ Unidade I	31
Aula 06_ Espécies ameaçadas	33
Aula 07_ Riquezas Naturais	36
Aula 08_ Agrotóxico	39
Aula 09_ Agrotóxicos: Males à Natureza e Perigos à Saúde	42
Aula 10_ Cultivo sem agrotóxicos: educação ambiental e Organismos Geneticamente Modificados (OGM)	45
Resumo _ Unidade II	48
Aula 11_ Assoreamento, Desmatamento e Queimadas	49
Aula 12_ Características do Sócio-Ecossistemas Urbanos	52
Aula 13_ Recursos Hídricos	55
Aula 14_ Poluição	58
Aula 15_ Poluição do Ar	61
Resumo _ Unidade III	64
Aula 16_ População	66
Aula 17_ Superpopulação	69
Aula 18_ Planejamento Familiar	72
Aula 19_ História da Educação Ambiental	74
Aula 20_ Educação Ambiental (EA)	77
Resumo _ Unidade IV	80
Aula 21_ Característica da Educação Ambiental	82
Aula 22_ As Atividades da Educação Ambiental	84
Aula 23_ A Educação Ambiental no Ensino Fundamental e Médio	87
Aula 24_ Agenda 21 e sua Importância na Educação Ambiental	94
Aula 25_ Agenda 21 Escolar	96
Aula 26_ Requisitos Básicos da Elaboração da Agenda 21 Escolar	99
Aula 27_ Acompanhamento dos Trabalhos da Agenda 21	103
Aula 28_ Conceitos usados em Educação Ambiental (UNESCO, 1990)	106
Aula 29_ Os Sistemas Complexos na Educação Ambiental	108
Aula 30_ Desenvolvimento Socialmente Sustentável	111
Aula 31_ Os Conceitos de Educação Ambiental Tusados nos Sócio-Ecossistemas Urbanos	114
Resumo _ Unidade V	117
Aula32_ Educação Ambiental e Ética	118
Aula 01_ Ecossistemas
   
 Nesta primeira aula estudaremos alguns conceitos básicos que envolvem os estudos ecológicos. Acompanhe!
  
 O que a ecologia estuda?
 A preocupação da ecologia está em compreender as relações dos organismosou grupos de organismos, inclusive os humanos, com o seu ambiente. Como uma ciência estuda as inter-relações, entre os seres vivos e o meio ambiente; ou seja, estuda a estrutura e o funcionamento da natureza, considerando a humanidade parte dela.
 
 A interação
Este fenômeno dá-se por meio de um processo natural que ocorre no ambiente físico envolvendo energia e matéria. Nesse processo existe uma espécie de estrutura formada por ‘níveis’, onde em cada nível existem sistemas funcionais característicos, peculiares, que podem interagir ou interdepender, formando desse modo, um todo unificado. Seria como uma rede dinâmica de eventos. É esse todo unificado o que denominamos como ecossistema.
   
 Ecossistema
O termo ecossistema é empregado para definir a existência das inter-relações existentes entre o meio biótico e o abiótico. Para a ecologia o ecossistema é uma unidade funcional básica (um todo), nos quais os elementos bióticos, e abióticos interagem entre si, de maneira equilibrada e harmônica.
 A existência de um ecossistema depende de luz solar, água e ar, que são exemplos de fatores abióticos. Já os elementos bióticos são os organismos produtores, consumidores e decompositores. As comunidades bióticas e abióticas são complementares para a existência do equilíbrio da vida na terra.
   
 
O equilíbrio do ecossistema
Nesta rede dinâmica de inter-relações há uma tendência para o estado de equilíbrio denominado htivos demonstram a capacidade de adaptar-se buscando manter seu organismo em equilíbrio em relação às variações ambientais. Ativam processos de autocontrole e de auto-regulação, que entram em ação quando há qualquer mudança, que ameace o comportamento do ecossistema. Para garantir o equilíbrio, o sistema de realimentação, aciona os processos homeostáticos.
   
 Os componentes do ecossistema:
a) Substâncias inorgânicas (C, N, CO2, H2O, etc) estão envolvidas nos ciclos de materiais;
b)  Compostos orgânicos (proteínas, hidratos de carbono, lipídios, etc) são eles que ligam o biótico e o abiótico;
c) Regime climático (temperatura e outros a fatores físicos);
d) Produtores: são os organismos autotróficos, em grande parte plantas verdes, capazes de elaborar alimentos a partir de substâncias inorgânicas simples;
e)  Macroconsumidores: são organismos heterotróficos, principalmente animais, que se alimentam de outros organismos ou matéria orgânica em partículas;
f)  Microconsumidores: são os organismos decompositores, sobretudo bactérias e fungos. Absorvem alguns dos produtos da decomposição e liberam nutrientes inorgânicos. São utilizados pelos produtores e pelas substâncias orgânicas já que eles podem proporcionar fontes de energia para outros componentes bióticos do sistema.
 O processo homeostático ocorre de maneira eficiente quando há modificações naturais não muito profundas nem demoradas, já as modificações artificiais impostas pelas atividades humanas, por serem muitas vezes violentas e continuadas, não permitem que este processo absorva tais mudanças.
   
 Exercícios
 
Assinale as alternativas corretas
 1) Quando falamos em interação entre comunidades bióticas e elementos abióticos estamos nos referindo:
a) Ao conceito de ecossistema
b) Aos compostos orgânicos
c) Ao regime climático
d) Aos produtores
   
 2) É um dos componentes dos ecossistemas:
a) Substâncias inorgânicas: proteínas, lipídios, etc.
b) Microconsumidores: organismos heterotróficos;
c) Regime climático: temperatura e outros fatores físicos.
d) Fatores bióticos e abióticos
   
3) O estado de equilíbrio do ecossistema chama-se:
a) Impacto ecológico
b) Homeostase
c) Componentes bióticos
d) Sistema de tratamento
   
4) O impacto ecológico do meio ocorre quando:
a) Há modificações naturais.
b) Quando há processos de autocontrole e auto-regulação.
c)  Quando há modificações artificiais impostas pelas atividades humanas.
d) Quando há absorção e decomposição de nutrientes inorgânicos.
    
 
 Terminamos nossa primeira aula conhecendo quais são os elementos que definem e regulam os ecossistemas, na próxima aula conheceremos os principais ecossistemas brasileiros. Até lá!
 
 Aula 02_ Ecossistemas brasileiros: Amazônia e Mata Atlântica
   
A aula de hoje irá tratar da Amazônia e da Mata Atlântica no território brasileiro. Aprenderemos as características da vegetação e os principais impactos ambientais. Boa aula!
 Os principais ecossistemas brasileiros são: Amazônia, Mata Atlântica, Caatinga, Pantanal, Cerrado, Costeiros ou Litorâneos e os Campos Sulinos.
    
 A Amazônia é considerada a maior floresta tropical do mundo. A sua área é igual à soma de 35% das áreas florestais de todo o planeta. Sua área abrange nove países da América do Sul que são: o Brasil, o Suriname, a Guiana Francesa, a Venezuela, Colômbia, a Bolívia, o Equador e o Peru.
 A área de ocorrência desse ecossistema se encontra entre os trópicos de câncer e o trópico de capricórnio, que é atravessado pelo do equador. Nas áreas próximas do trópico do equador, as florestas são mais densas (fechadas), já as áreas mais afastadas recebem menor quantidade de calor e chuva e por isso sua vegetação não é tão exuberante.
 Como ecossistema, a Amazônia possui o maior banco genético em biodiversidade do planeta. Quanto aos recursos hídricos nela estão contidos 1/5 da disponibilidade mundial de água doce, além de possuir recursos minerais ainda não contabilizados em sua totalidade. Os estados brasileiros onde se encontram os ecossistemas amazônicos são os estados da região norte – Amazonas, Acre, Amapá, Amazonas, Pará, Rondônia, Roraima e pequena parte dos estados da região centro-oeste: do Maranhão, Tocantins e Mato Grosso.
 Na floresta há uma grande variedade de ecossistemas, dentre os quais se destacam: matas de terra firme, florestas inundadas, várzeas, igapós, campos abertos e cerrados. Porém a maior parte da Amazônia possui uma formação vegetal latifoliada, ou seja, folhas largas e possui as seguintes características.
- Perene: permanentemente verde nunca perde as folhas.
- Heterogênea: constituída de várias espécies.
- Densa: fechada.
- Higrófila: várias espécies vivem em ambientes úmidos.
Como é um ecossistema que mantêm seu ciclo permanentemente equilibrado a partir de seus próprios nutrientes, a Amazônia é considerada um ecossistema auto-sustentável.
   
 Principais impactos ambientais
São apontados como principais impactos ambientais, as atividades provocadas pela ação humana na Amazônia, como as queimadas que são realizadas para a criação de pastos, os desmatamentos ilegais muitas vezes promovidos por madeireiros; a mineração irregular e o crescimento demográfico. O desmatamento é considerado o principal responsável pelo avanço e pela destruição desse ecossistema. Ele é promovido pela retirada de madeiras ou por queimadas. Essas áreas são cobiçadas principalmente para os grandes projetos agropecuários e mineradores. Os estados do Amazonas, do Pará e Roraima, por exemplo, deparam-se com os efeitos maléficos provocados pelo garimpo de ouro, pela forma de retirada da exploração dos recursos minerais, comprometendo o solo, poluindo os recursos hídricos e assoreando os rios.
Quanto ao impacto produzido pelo aumento da população ou crescimento demográfico, a principal causa apontada é a migração interna. Isto porque esse tipo de impacto implica na necessidade de produzir uma quantidade maior de alimentos, o que induz ao aumento da área agrícola e a consequência disso, ocasionando o desaparecimento da vegetação típica da região.
 
 
      
 Esse ecossistema originalmente estendia-se da faixa litorânea do Rio Grande Norte ao Rio Grande do Sul. A Mata Atlântica é apontada pelos estudiosos como o ecossistema que sofreu maior devastação com a industrialização e urbanização no Brasil. Estudos recentes demonstraram que mais de 90% desta área foi totalmente devastada restando menos de 10% da área original, por isso ela está na lista dos cinco ecossistemas do planeta apontados como ameaçados de extinção.
 Existem na Mata Atlântica, diversos ecossistemas com estruturas e composiçõesflorísticas diferenciadas. Isto ocorre em função não só da existência de solos diferentes, como também pela influência das características climáticas e dos tipos de relevos. A Mata Atlântica apresenta semelhanças com os ecossistemas amazônicos, quanto a sua formação vegetal latifoliada e suas as características em ser perene, heterogênea, densa, higrófila.
    
 Principais impactos ambientais
Os principais impactos ambientais históricos desse ecossistema são: a ocupação da faixa litorânea do território brasileiro para a agricultura e a criação de cidades. Esses dois fatores contribuíram para a destruição da mata original e os impactos ambientais decorrentes dessa situação são atualmente muito visíveis como a erosão e a contaminação dos solos, a poluição das águas fluviais, o assoreamento do leito dos rios, a poluição do ar. O processo de industrialização e o crescimento urbano desordenado, tanto no Nordeste como no Sudeste, agravaram a degradação do ecossistema.
   
 
   
 Exercícios 
Assinale as alternativas corretas:
1) Uma das características da formação vegetal latifoliada da Amazônia é ser:
a) Higrófila: constituída de várias espécies.
b) Perene: constituída de várias espécies.
c) Higrófila: várias espécies vivem em ambientes úmidos
d) Densa: não perde as folhas verdes
   
 2) Um sistema que se mantém com seus próprios nutrientes num ciclo permanente é:
a) Impacto ambiental irreversível
b) Um ciclo permanente.
c) Um ecossistema auto-sustentável
d) Uma floresta.
   
 3) São características dos ecossistemas amazônicos e Mata Atlântica:
a) A cobertura florestal;
b) Ser perene, heterogênea, densa e higrófila;
c) Apresentar erosão e contaminação;
d) O crescimento urbano e a poluição das águas fluviais.
   
 4) Uma avaliação ecológica do ecossistema Mata Atlântica pode constatar que o processo de industrialização contribuiu dentre outras coisas:
a) Para o crescimento urbano e qualidade de vida.
b) A utilização racional dos recursos hídricos.
c) Para o consumo ambientalmente responsável.
d) Agravar a degradação do ecossistema.
 
      
Nessa aula aprendemos sobre dois importantes ecossistemas brasileiros e os seus principais impactos ambientais. Na próxima aula aprenderemos sobre os ecossistemas da Caatinga e do Pantanal. Um forte abraço e até lá!
 
Aula 03_ Caatinga e Pantanal 
  
 Nessa aula trataremos de dois ecossistemas diferentes, porém de grande importância para o Brasil. Acompanhe-me e boa aula!
   
  
O termo Caatinga é originário do tupi-guarani e significa mata branca. Esta área ocupa 11% do território brasileiro e representa 6,93% do território nacional. Considerado o principal ecossistema existente na Região Nordeste, predomina no Sertão e engloba mais de 70% dessa região estendendo-se pelos estados do Maranhão, Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Sergipe, Bahia e Minas Gerais.
O clima da caatinga é semiárido. A ocorrência de poucas chuvas é responsável por período de secas, que trazem consequências para alguns rios que se tornam intermitentes – temporários -, como também para o tipo de vegetação - sem folhas. É uma área com o menor índice pluviométrico. Nos curtos períodos das chuvas as folhagens das plantas voltam a brotar. Entretanto a Caatinga apresenta uma grande variedade de paisagens, com uma riqueza endêmica e biológica. Devido ao seu clima tropical e semiárido, a Caatinga sofre pela ausência de água e sua vegetação possui características xerofíticas. Existe também uma grande quantidade de plantas espinhosas, entremeadas de outras espécies como as bromeliáceas e as cactáceas.
 O tipo de vegetação da Caatinga enquadra-se nas formações arbustivas; ou seja, pequenas árvores e arbustos de pequeno e médio porte de forma espaçada com a presença de cactáceas.
 A vegetação desse ecossistema adaptou-se à escassez de água, por isso perdem as folhas e como consequência há uma diminuição da evaporação. Outra característica adaptativa dessa vegetação são suas raízes ramificadas e profundas que buscam a água no período das chuvas. Já os solos são áridos, e pedregosos.
   
 Principais impactos ambientais
Os principais impactos ambientais sofridos pela Caatinga são decorrentes da extração de madeira, da monocultura da cana-de-açúcar e da pecuária. Historicamente a origem desses impactos está nas atividades promovidas pelos grandes proprietários de terra que promoveram a exploração econômica do Sertão nordestino.
 Esses grandes latifundiários são responsabilizados pela degradação dessa área, pois suas atividades contribuem para o desmatamento da vegetação original; serve-se do monopólio do uso dos açudes para conseguirem irrigar suas terras, especialmente com as águas do Rio São Francisco, não obedecendo às regras de proteção ao meio ambiente. Os impactos devastadores dessas intervenções é o surgimento da salinização do solo e do assoreamento dos reservatórios, provocando dessa forma um acelerado processo de desertificação dessa região.
 Para o ecossistema, o desmatamento e as queimadas - práticas ainda comuns no preparo da terra para a agropecuária -, além de destruir a cobertura vegetal, prejudicam a existência de populações da fauna silvestre, da qualidade da água, do equilíbrio climático e a ‘saúde’ do solo.
   
   
 Esse ecossistema está localizado na região Centro-Oeste, ocupando áreas do estado do Mato Grosso e do Mato Grosso do Sul.
 A região do Pantanal apresenta uma diversidade de ecossistemas aquáticos e semi-aquáticos. Ali se encontra uma reunião total das espécies de quase todos os ecossistemas do território brasileiro (cerrados, florestas, caatinga). No Pantanal, seus ecossistemas estão cobertos predominantemente por vegetações abertas, ou seja, os chamados campos limpos e campos sujos, os cerrados e os cerradões. Esses tipos são principalmente determinados por fatores do solo e do clima. A área inundável do Pantanal representa uma das regiões úmidas mais importantes do continente sul americano. Há planícies de baixa, de média de e alta inundação e são nesses ambientes, que ocorrem inundações periodicamente, onde há uma alta produtividade biológica, uma grande densidade e uma fauna com grande diversidade.
 O Fundo Mundial para a Natureza ou WWF (ONG ambientalista, com sede na Suíça) chama a atenção para a situação, onde 80% da vegetação original, já não existe e a depredação desse ecossistema compromete uma das reservas mais importantes de água doce do planeta e o equilíbrio climático, além do que essa área é responsável pela estabilização do clima no continente.
   
Principais impactos ambientais
 Historicamente as atividades econômicas no Pantanal somente foram possíveis devido à conquista e o aniquilamento dos índios guatós e guaicurus promovidas por sertanistas. Foi desse modo que se implantou a pecuária na planície inundável. Essa atividade se transformou em uma economia permanente e estável, passando a representar um papel importante no abastecimento de carne bovina tanto para outros estados brasileiros como para outros países. Podemos listar como atividades impactantes sobre o ecossistema do Pantanal: a agropecuária predatória; o garimpo de ouro e diamantes; a caça e a pesca predatória; a construção de rodovias e hidroelétricas sem qualquer responsabilidade e consciência ecológica e o turismo irresponsável.
 Dentre as consequências da agropecuária predatória, podemos citar o desmatamento de extensas áreas do planalto e as queimadas. Essas ações são realizadas para a implantação das lavouras de soja, de arroz, e das pastagens. As formas de manejo das lavouras, por exemplo, resultaram, dentre outros fatores, na erosão de solos e no aumento importante da carga de partículas sedimentáveis dos vários rios existentes nessa região, agravando também o problema da contaminação desses rios com fertilizantes e biocidas.
 O garimpo, por sua vez, foi o responsável pelo assoreamento e contaminação dos rios e córregos, com mercúrio, comprometendo com isso a produtividade biológica. Quanto ao processo de crescimento populacional, enquanto as cidades pantaneirasnão apresentaram um significativo número de crescimento, as cidades do planalto, apresentaram um acelerado padrão do crescimento urbano. Esse crescimento populacional é apontado como uma das causas dos impactos ambientais devido à falta de um planejamento para uma infraestrutura adequada. Assim, com o crescimento acelerado de algumas cidades, surgem problemas causados por esgotos domésticos ou pelas indústrias que poluem os cursos d’água da bacia hidrográfica. A urbanização e a industrialização causaram grandes impactos ambientais no Pantanal, podemos citar, por exemplo, a construção de hidrovias (Paraguai-Paraná), aeroportos, e rodovias.
 O turismo também é uma atividade econômica apontado como um dos mais importantes fatores dos danos e impactos ambientais, como por exemplo, a necessidade de construção de estradas. No pantanal o ecoturismo mal planejado, - aquele que apenas busca lucros, sem responsabilidade social ou consciência ecológica -, participa como um fator de impacto ambiental de extrema importante.
  
Exercícios
   
 Assinale as alternativas corretas:
1) A vegetação da Caatinga (sem folhas) é uma adaptação devido:
a) A riqueza biológica
b) Aos solos áridos
c) Proteção contra a escassez de água.
d) Aos rios intermitentes
   
2) São apontados como um dos grandes responsáveis pela depredação do ecossistema da Caatinga:
a) O assoreamento dos rios
b) A monocultura da cana-de-açúcar.
c) As águas do rio São Francisco
d) Os proprietários de grandes áreas de terra - os latifundiários.
     
 3) Os ecossistemas encontrados na região do Pantanal são:
a) Cerrados e cerradões.
b) Ecossistemas terrestres, aquáticos e semi-aquáticos.
c) Campos limpos e campos sujos.
d) Planícies de baixa, média e alta inundação.
   
 4) O turismo e o ecoturismo são apontados como uma das atividades que contribui para os impactos diretos sobre o Pantanal. Isto se deve ao fato de:
a) Não haver um planejamento responsável.
b) Da existência das comunidades indígenas.
c) Haver uma produtividade biológica.
d) Ter havido um crescimento populacional.
 
   
Nessa aula aprendemos sobre os ecossistemas que ocorrem na Caatinga e no Pantanal, como também vimos sobre os principais impactos ambientais e ameaças a esses dois grandes ecossistemas brasileiros. Na próxima aula iremos conhecer o Cerrado e os Campos sulinos que também são encontrados no território brasileiro.
Até lá!
 
Aula 04_ Cerrados e Campos Sulinos
   
 Na aula de hoje estudaremos dois ecossistemas encontrados no território brasileiro. O cerrado e os campos sulinos. Boa aula!
   
 Esse ecossistema é considerado o segundo mais extenso do território brasileiro (o ecossistema amazônico é o primeiro). Ele ocupa as regiões dos estados do Nordeste, do Centro-Oeste e do Sudeste. As áreas periféricas do Cerrado ou ecótonos são transições com os biomas Mata Atlântica, Amazônia e a Caatinga.
 O ecossistema do Cerrado originalmente ocupava aproximadamente 25% do território brasileiro.
 A formação vegetal desse ecossistema está associada ao clima tropical, com períodos - de três a sete meses – com baixa ou nenhuma ocorrência pluviométrica. A consequência desse comportamento climático é o aparecimento de uma vegetação adaptada para sobreviver a essas condições. A formação vegetal desse ecossistema apresenta no estrato superior, árvores de pequeno porte com forma retorcida e arbustos, que no período seco, perdem suas folhas para evitar a evaporação; já no estrato inferior há uma vegetação rasteira e rala composta por gramíneas. Quanto aos tipos de relevo desse ecossistema encontram-se depressões, planaltos e chapadas sedimentares (Chapada dos Guimarães - Mato Grosso).
 
Principais impactos ambientais
 Podemos apontar como responsáveis pelos impactos causados pela intervenção humana no Cerrado, a expansão agropecuária, a agricultura extensiva da soja, do arroz e do trigo, a mineração depredatória (garimpos), construção de rodovias e o surgimento de cidades - Brasília e Goiânia. Devido a uma urbanização mal planejada e sem uma infraestrutura adequada, essas cidades se tornam importantes para a contribuição no processo de depredação ambiental e redução desse ecossistema, que atualmente encontra-se fragmentado em pequenas manchas distribuídas nos estados brasileiros onde são encontrados.
 Impactos ambientais causados pelo deslocamento da fronteira agrícola, desmatamentos, queimadas, utilização de fertilizantes químicos e agrotóxicos, resultaram em assoreamento, voçorocas e envenenamento dos ecossistemas, comprometendo uma das principais reservas de água doce do planeta.
     
 Esse ecossistema é também denominado como “pampa”, expressão de origem indígena para “região plana”.
   
Esta denominação, no entanto, corresponde somente a um dos tipos de campo, encontrado no extremo sul do território brasileiro no Rio Grande do Sul. Nas áreas de transição estão os campos do alto da serra, onde há o predomínio de araucárias e os campos com a fisionomia semelhantes a savana. Quanto à formação vegetal ela está associada ao clima subtropical, com estações do ano bem definidas. Há o predomínio de vegetação herbácea (gramíneas). São raras a ocorrências de árvores e arbustos, que aparecem isoladas. Devido a essa característica as árvores da vegetação campestre mostram aparente uniformidade, apresentando nos topos mais planos uma espécie de tapete herbáceo baixo e ralo. Pobre em espécies, torna-se mais densa e rica nas encostas. A fauna desse ecossistema apresenta pouca variedade, ocorrendo à presença de pequenos roedores.
   
Principais impactos ambientais
Os principais impactos ambientais desse ecossistema estão diretamente ligados à agropecuária, as queimadas e a desertificação. As atividades econômicas desenvolvidas nessa área como as culturas de arroz, milho, trigo e soja, às vezes associadas à criação de gado bovino e ovino, contribuem para a gradativa diminuição da fertilidade dos solos. Demonstrando que as técnicas de manejo adotadas são inadequadas as condições desses campos. Outro resultado impactante dessas condições é a ocorrência da erosão, da compactação e da perda de matéria orgânica.
  
 Exercícios
   
Assinale as alternativas corretas:
1) O termo ecótonos designa:
a) O cerradão
b)  As chamadas áreas periféricas, que são transições como os biomas Amazônia, Mata Atlântica e Caatinga.
c) A altura e a biomassa vegetal
d) O clima tropical
   
2) O ecossistema Cerrado está reduzido a pequenas manchas distribuídas pelos estados brasileiros. Como principais impactos causadores dessa situação pode-se apontar:
a) A vegetação composta por pequenas árvores retorcidas.
b) O uso de agrotóxicos e fertilizantes.
c) O desmatamento e o assoreamento
d) A expansão agropecuária, a agricultura extensiva, os garimpos, a construção de rodovias e de cidades como Brasília e Goiânia.
   
3) Os campos sulinos encontrados na região sul do Brasil, são conhe-cidos também por:
a) Savana
b) Região plana
c) Pampas
d) Encostas
   
 4) Como resultado das atividades humanas, os principais impactos ambientais nesse ecossistema são:
a) O assoreamento e a salinização do solo
b) As queimadas, a agropecuária e a desertificação.
c) Erosão e a fertilidade do solo
d) Perda de matéria orgânica
 
  Nessa aula aprendemos sobre mais dois importantes ecossistemas brasileiros e os principais impactos ambientais. Na próxima aula aprenderemos sobre os ecossistemas Costeiros ou Litorâneos. Um forte abraço e até lá!
 
 
Aula 05_ Ecossistemas Costeiros ou Litorâneos
   
Nessa aula trataremos dos diferentes ecossistemas pertencentes às áreas costeiras.
   
 Costeiros ou litorâneos
A costa litorânea do território brasileiro possui aproximadamente 8 mil quilômetros. Os ecossistemas que aparecem nessa área possuem duas formações vegetais: os manguezais e a vegetação das dunas e praias. Nas zonas de transição entre o rio e o mar encontram-se os estuários, área importante para a reprodução das espécies de peixes, crustáceos, dentre outros.
   
 Manguezais
Esse ecossistema apresenta características interessantes, por exemplo, não apresentamuma vegetação variada, mas nele encontra-se uma grande quantidade de matéria orgânica, o que favorece a presença de peixes, crustáceos e aves.
Devido a sua localização – ponto de encontro entre águas de rios e do mar, o solo é salino e possui vegetais higrófilos e halófilos. A vegetação típica do mangue é denominada pneumatóforo e apresentam raízes aéreas, pois dessa forma absorvem o ar atmosférico.
 Os mangues são classificados a partir das características das espécies vegetais predominantes nele, que são: o mangue-vermelho (Rizophora mangue); o mangue-preto (Aricenia schaueriana); e o mangue-branco (La-guncularia rarenosa).
   
 Vegetação de dunas e praias: restinga
A vegetação encontrada nesse ecossistema é do tipo herbácea (capim-da praia, salsa da praia, e capim-da-areia), e arbustivas – árvores encontra-das espaçadas de baixo porte. Os areais costeiros são ecossistemas de transição entre o ambiente marinho e o terrestre, funcionam como uma barreira natural ou ecológica contra a influência do mar sobre os ecossistemas do interior do continente. São importantes para a preservação da salinidade e da qualidade das águas, fundamentais para a vida e consequentemente o equilíbrio desses ecossistemas.
 Os costões rochosos são outras ocorrências características dos ecossistemas costeiros brasileiro. Eles são afloramentos de rochas localizados na linha do mar, estando sujeitos à ação das marés, das correntes marinhas e dos ventos e por esse motivo apresentam diferentes configurações.
 Esses costões rochosos são considerados uma extensão do ambiente marinho, pois a maioria dos organismos que ali habitam, estão mais relacionados ao ambiente marítimo do que o ambiente terrestre. Nos ecossistemas costões rochosos, encontra-se uma complexa e rica comunidade biológica. Seu substrato rígido permite a fixação de larvas de diferentes espécies de invertebrados.
   
 Principais impactos ambientais
Os ecossistemas costeiros estão altamente devastados, principalmente pelas intervenções das atividades humanas.
 Para se ter uma ideia do tamanho do impacto causado pelas ações humanas, imagine que metade da população brasileira – aproximadamente 70 milhões de pessoas - está fixada em uma faixa aproximada a duzentos quilômetros do mar, em locais em que muitas vezes, não existe uma infraestrutura urbana adequada. Devido a essa situação há uma carência de serviços urbanos básicos – esgoto, saneamento, etc., responsáveis pela contaminação desse ecossistema brasileiro.
 Além das questões da infraestrutura urbana há também fatores gerados pelas grandes cidades litorâneas, que possuem complexos industriais que atuam nas áreas petroquímicas, químicas e de celulose, que sem dúvida são responsáveis pelo grande impacto causado no meio ambiente que cerca essas regiões. Como podemos observar a zona costeira apresenta situações que necessitam de medidas urgentes de ações preventivas e corretivas, que exigem um planejamento, gestão responsável e consciência ecológica na exploração do seu potencial econômico, pois somente desse modo é possível atingir os padrões de sustentabilidade para estes ecossistemas.
    
 Exercícios
  
Assinale as alternativas corretas
   
 1) Os vegetais halófilos e higrófilos são encontrados:
a) Nos rios
b) Nos manguezais
c) Nas dunas
d) Nas praias
   
 2) Um solo halófilo é:
a) Um solo salgado
b) Um solo doce
c) Um solo arenoso
d) Um solo pedegroso
   
3) Os padrões de sustentabilidade para a zona costeira exige:
a) Padronização
b) Planejamento e gestão responsáveis e com consciência ecológica
c) Devastação
d) Sustentação
  
 
Nessa aula falamos sobre os ecossistemas costeiros e os principais impactos ambientais que os afetam. Na próxima aula trataremos de espécies ameaçadas de extinção e o impacto que isto poderá causar no meio ambiente. Até lá!
 
Resumo _ Unidade I
 Nessa unidade aprendemos os conceitos usados nos estudos ecológicos e definimos o que é ecossistema e os elementos que o regulam. Definimos e diferenciamos os principais ecossistemas brasileiros e apresentamos os principais impactos ambientais que os afetam.
 Vimos que a destruição ou fragmentação de habitats são responsáveis pela extinção de muitas espécies animais e vegetais, causando desequilíbrio de ecossistemas. Apresentamos e classificamos os recursos naturais quanto ao seu uso e disponibilidade no meio ambiente.
 
 
Referências Bibliográficas
 
BRAGA, B; HESPANHOL. I.; CONEJO, J. G. L.; MIERZWA, J. C.; SPENCER, M.; PORTO. M.; NUCCI. N.; JULIANO, N.; EIGER, S . Introdução à enge-nharia ambiental: o desafio do desenvolvimento sustentável. 2º ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2005.
CAMARGO, N. J. Geografia. Editora Didática Paulista. São Paulo: 2000.
COELHO, RMP. Fundamentos de Ecologia. 2º ed. Rio Grande do Sul: 2006, 252p.
ODUM, E. Ecologia. Editora Guanabara Koogan. Rio de Janeiro: 1988, 434p.
RICKLIFS, RE. A economia da natureza. 5º ed. Rio de Janeiro: 2003, 498p.
 
 
  
 Glossário
Abiótico: é o componente não vivo do meio ambiente. Inclui as condições físicas e químicas do meio.
 Autótrofos: seres vivos, como as planta que produzem seu próprio ali-mento à custa de energia solar, do CO2 do ar e da água do solo. Palavra originada do grego autos = próprio + trophos= nutrir.
Ecótono: região de transição entre dois ecossistemas diferentes ou entre duas comunidades.
Habitat: ambiente que oferece um conjunto de condições favoráveis para o desenvolvimento, a sobrevivência e a reprodução de determinados organismos. O ecossistema, ou parte dele, nos quais vive um determinado organismo, são seu habitat. O habitat constituiu a totalidade do ambiente do organismo. Cada espécie necessita de determinado tipo de habitat porque tem um determinado nicho ecológico.
Homeostase: capacidade de adaptação que um ser vivo apresenta no intuito de manter o seu organismo equilibrado em relação às variações ambientais.
Impacto Ambiental: qualquer alteração das propriedades físico-químicas e biológicas do meio ambiente, causada por qualquer forma de matéria ou energia, resultante das atividades humanas que, direta ou indiretamente, afetam a saúde, a segurança e o bem estar da população, as atividades sociais e econômicas, a biota, as condições estéticas e sanitárias do meio ambiente.
ONGs: sigla de organizações não governamentais. São movimentos da sociedade civil, independentes, que atuam nas áreas sociais, culturais, ecológicas, dentre outras.
Xerofíticas: vegetal que vive em ambiente seco e apresenta adaptação xeromorfas, próprio de região áridas ou com longo período de estiagem.
Xeromorfas: vegetal que apresenta adaptação estruturais e funcionais que minimizam a perda de água por evaporação.
 
Aula 06_ Espécies ameaçadas
 
 Nessa aula aprenderemos que o desmatamento, a caça predatória e a devastação do meio ambiente colocam várias espécies brasileiras em risco de extinção.
Um dos danos mais severos promovidos pela falta de consciência ecológica é a extinção da diversidade biológica, que ocorre em uma velocidade preocupante. Isto porque essa é uma situação irreversível, onde muitas espécies animais e vegetais são extintas antes mesmo de terem sido documentadas e pesquisadas. É importante ressaltar que há um processo natural de extinção e surgimento de espécies, entretanto o aumento das populações humanas está acelerando esse processo.
  
Segundo o IBAMA as maiores ameaças às espécies brasileiras em risco de extinção são:
· A exploração exagerada das espécies para uso humano;
· Fragmentação e perda de habitats;
· Poluição e degradação dos ecossistemas;
· Introdução de espécies exóticas;
· Aumento da ocorrência de doenças.
   
As consequências dessas ameaças possuem um papel importante nos processos de extinção, pois contribuem para a diminuição do número de indivíduos, e com isso compromete a variabilidade genética das populações. As espécies que apresentam um baixo número de indivíduos são classificadas como espécies raras. Segundo a definição da IUCN (União Internacional para a Conservação da Natureza) espécie rara á aquela com pequenas populaçõesem nível mundial, localizadas uma área geográfica ou habitat, restritos e com distribuição pouco esparsa.
 Essas espécies são usadas nos estudos para a conservação e preservação das espécies por possuírem hábitos peculiares, além do que indicam aspectos ecológicos importantes.
   
Na relação abaixo estão algumas espécies brasileiras apontadas pelo IBAMA como ameaçadas em extinção:
    
    
E importante salientar que esses animais e plantas possuem grande importância para a homeostase dos ecossistemas nos quais habitam e, além disso, podem ser úteis na pesquisa de vacinas que auxiliam no tratamento de doenças. 
     
 Exercícios
   
Assinale as alternativas corretas:
1) Pode-se afirmar que o desaparecimento de algumas espécies brasileiras...:
a) Implica no desenvolvimento das populações humanas.
b) Implica na perda da biodiversidade.
c) Implica no tempo evolutivo.
d) Implica sobre a poluição e as espécies exóticas.
   
 2) O aumento do consumo humano acelera o processo de extinção de animais na medida que:
a) Há um aumento da exploração das espécies para ouso humano
b) Há uma consciência ecológica do consumidor
c) Há um crescimento no número de indivíduos
d) Há um aumento da ocorrência de doenças
    
3) “A espécie rara é aquela com pequenas populações em nível mundial ...”. Essa é uma definição dada pela...
a) UNESCO
b) IUCN (União Internacional para a Conservação da Natureza)
c) OMS
d) ICOM
  
 4) O conhecimento dos hábitos peculiares das espécies raras é utilizado para:
a) Determinar aspectos ecológicos
b) Estudar sobre a conservação das espécies
c) Classificar os aspectos ecológicos
d) Identificar o tipo de poluição das fábricas
  
Terminamos nossa aula conhecendo algumas das espécies brasileiras em risco de extinção e os impactos que esse efeito causa sobre os ambientes, na próxima aula classificaremos o uso das riquezas naturais.
 
Aula 07_ Riquezas Naturais
 Nessa aula definiremos o uso das riquezas naturais conceituadas nos estudos ecológicos como recursos naturais e a sua classificação quanto à disposição no meio ambiente.
 Boa aula!
   
O modelo econômico capitalista é responsável pela cultura do acúmulo de riqueza, da exploração indiscriminada dos recursos naturais, do consumo exagerado e desnecessário. As consequências de tal forma de pensar e agir são eventos graves de impactos ambientais e a degradação dos recursos naturais.
   
Recursos naturais
Por recurso natural entende-se qualquer elemento do qual os organismos, as populações e os ecossistemas necessitam para sua manutenção. Os estudos ecológicos apontam para uma relação entre os recursos naturais, a tecnologia e a economia. Os processos tecnológicos são necessários para a exploração e uso desses recursos. Para a economia, algo é considerado recurso natural na medida em que sua exploração é economicamente viável.
 Os recursos naturais estão classificados em dois grandes grupos: os recursos renováveis e os não-renováveis. No primeiro grupo estão aqueles que, depois de serem usados, ficam disponíveis novamente devido aos ciclos de renovações; exemplos desses recursos são: a água, a biomassa, o ar e a energia eólica. No segundo grupo estão aqueles que, quando usados não podem ser reaproveitados. Nesse grupo é possível identificar duas classes de recursos: os minerais não-energéticos: fósforo, cálcio, entre outros, e os minerais energéticos: combustíveis fósseis e urânio. Porém há situações nas quais o recurso renovável passa a ser não-renovável, isto ocorre quando a taxa de utilização supera a máxima capacidade de sustentação de um sistema, surgindo desse modo a degradação ambiental.
Seguindo esse raciocínio é possível entender porque o modelo de desenvolvimento econômico no qual o consumo e o lucro a qualquer custo são extremamente incentivados é responsabilizado pelo atual processo de degradação ambiental e social.
O ciclo de degradação que se instala desse modelo envolve, por exemplo, a questão do lucro a qualquer custo, que para alcançá-lo incentiva o consumo desenfreado; que por sua vez exige uma produção crescente e para isso o consumo é estimulado por todos os meios, especialmente pela mídia, quando especialistas, criam e difundem ideias e valores de necessidades supérfluas e desnecessárias, incitando as pessoas a desejarem algo que às vezes não é essencial para a sua vida. Esse modelo de produção e o consumo geram uma grande pressão sobre os recursos naturais, por exemplo, no consumo da água, de energia elétrica, dos combustíveis fósseis, de madeiras, etc., causando mais degradação ambiental.
 Atualmente não há como negar que essa degradação tem reflexos na perda da qualidade de vida de todas as classes sociais, demonstrada nas condições inadequadas de moradia, na poluição do ar e da água, na destruição de habitats naturais, nas mudanças climáticas, na produção de grandes quantidades de lixo etc. Essas intervenções desastrosas nos processos naturais que sustentam a vida no planeta, promovem graves e profundas crises sócio-ambientais, econômicas e políticas, em todo o planeta.
  
 Exercícios
   
Assinale as alternativas corretas
1) Para que algo seja considerado uma riqueza natural, é necessário que:
a) Seja responsavelmente consumido
b) A sua exploração seja economicamente viável
c) Promova a destruição de habitats naturais.
d) Cause degradação ambiental
   
 2) Os recursos renováveis são aqueles que ficam disponíveis devido aos ciclos renováveis. São exemplos de recursos não-renováveis.
a) Água, biomassa, o ar, a energia eólica.
b) Tecnologia e economia
c) Combustíveis fósseis e urânio
d) O ciclo permanente e o meio ambiente
   
3) Os recursos não-renováveis são aqueles que, quando utilizados não podem ser reaproveitados. São exemplos de recursos renováveis.
a) Combustíveis fósseis
b) A economia e o meio ambiente
c) O consumo e a produção
d) Água, biomassa, o ar, a energia eólica.
   
 4) A crescente produção e o aumento do consumo contribuem para:
a) Melhor qualidade de vida
b) A sustentabilidade da economia brasileira
c) Causa mais degradação ambiental
d) Contribui para a erosão
  
Chegamos ao fim da nossa última aula, nessa unidade, definindo o uso dos recursos naturais e a sua disposição no meio ambiente, na próxima unidade trataremos dos aspectos que envolvem o meio rural. Um forte abraço e até lá!
 
Aula 08_ Agrotóxico
   
 Nessa primeira aula da II unidade vamos conhecer os danos causados pelo uso intensivo dos agrotóxicos, tanto ao meio ambiente quanto na saúde de todos nós. Boa aula!
   
O que são agrotóxicos?
São substâncias químicas – pesticidas herbicidas e adubos químicos -utilizadas na agricultura e nas pastagens com o objetivo de preservá-los da ação de insetos, pequenos animais, ou substâncias nocivas. O uso dessas substâncias na agricultura agride de forma violenta à natureza, podendo contaminar os solos e atingir o lençol freático, rios e lagos. O consumo dos produtos tratados com agrotóxicos causa sérios danos à saúde, tanto dos trabalhadores rurais quanto dos consumidores.
 Uma das soluções apontadas por pesquisadores é a substituição de fertilizantes químicos, por adubos orgânicos, além de proporem o controle biológico das pragas. Este controle é feito introduzindo na lavoura, predadores naturais, abolindo desse modo os pesticidas e os herbicidas.
   
Histórico
 Os agrotóxicos foram criados na tentativa de defender a agricultura contra pragas que atacam as plantações. O uso de agrotóxicos teve inicio na década de 20 do século passado, mas começaram a serem usados em escala mundial após a segunda grande Guerra Mundial. Porém o uso dos agrotóxicos não ficou restrito às lavouras. Alguns deles serviram também como arma química nas guerras da Coréia e do Vietnã, promovidas pelos EUA, que usou o Agente Laranja para dizimar milhares de soldados e civis.
 Apesar dos efeitos mortais causado por esses produtos, muitos países da África, da Ásia e da América Latina por terem na agricultura a base principal de sustentação econômica, sofreram fortes pressões de organismos financiadores internacionais para adquiriressas substâncias químicas, que alegavam que os agrotóxicos garantiriam a produção de alimentos para combater a fome.Ao aceitar esse argumento o Brasil tornou-se um dos maiores consumidores de agrotóxicos do mundo. O uso em larga escala na agricultura brasileira ocorreu a partir da década de 1970, chegando a gastar, anualmente, cerca de 2,5 bilhões de dólares nessas compras. O mais grave é que no Brasil por muito tempo, pouco ou nada se fez para controlar os impactos sobre a saúde dos produtores e consumidores desses alimentos impregnados por essas substâncias.
 Atualmente produtores e consumidores já possuem informações sobre os danos à saúde e as ameaças dessas substâncias para o meio ambiente.
 
Em que alimentos podem ser encontrados agrotóxicos?
 Os agrotóxicos podem ser encontrados em vegetais - verduras, legumes, frutas e grãos -, açúcar, café e mel; nos alimentos de origem animal - leite, ovos, carnes e frangos -, que são contaminados quando o animal se alimenta de água ou ração contaminada. Importante ressaltar que o uso de agrotóxico promove um efeito acumulativo ao longo da cadeia alimentar, provocando um efeito chamado bioacumulativo, que é o aumento das concentrações de substâncias nocivas de acordo com o aumento do nível nutricional.
  
Exercícios
   
 Assinale a alternativa correta:
 1) As substâncias químicas chamadas de agrotóxicos são:
a) Herbicidas, pesticidas e adubos químicos
b) Produtos agrícolas e substâncias nocivas
c) Pragas em plantações
d) Herbicidas, produtos agrícolas e substâncias nocivas.
   
2) Os agrotóxicos foram criados na tentativa de defender a agricultura contra as pragas que atacam as plantações. Por outro lado, os agrotóxicos que foram criados para defender a agricultura também serviram como arma química. Um exemplo desse uso segundo o texto foi:
a) O Agente Laranja na Guerra do Golfo Pérsico que dizimou milhares de soldados e civis
b) Agente Laranja nas guerras da Coréia e do Vietnã que dizimou milhares de soldados e civis.
c) O Agente Laranja na guerra das Malvinas que dizimou milhares de soldados e civis
d) O Agente Laranja na guerra do Iraque que dizimou milhares de soldados e civis
   
 3) Apesar dos efeitos mortais causados por esses produtos, muitos países inclusive o Brasil, por possuírem a agricultura como base de sustentação da econômica sofreram fortes pressões de organismos financiadores internacionais para adquirir essas substâncias químicas. Segundo o texto os financiadores internacionais convenciam àqueles países a utilizarem os agrotóxicos. Segundo eles:
a) Os agrotóxicos garantiriam a produção de alimentos para combater a fome.
b) O presidente seria reconhecido como salvador da pátria.
c) O custo de vida não seria alto
d) A população teria mais saúde.
    
4) Atualmente os agrotóxicos podem ser encontrados:
a) Somente em grãos.
b) Vegetais, açúcar, café e mel; alimentos de origem animal (leite, ovos, carnes e frangos) ingeridos quando o animal se alimenta de água ou ração contaminadas.
c) Somente nos alimentos de origem animal
d) Somente nos alimentos de origem vegetal
  
Nessa aula aprendemos o que são agrotóxicos e os males causados pelo seu uso. Na próxima aula definiremos quais são esses males causados a natureza e a saúde. Até lá!
 
 
Aula 09_ Agrotóxicos: Males à Natureza e Perigos à Saúde
   
Nessa aula será apresentada a influência existente entre o uso do agrotóxico, a consciência ecológica e à saúde. Pesquisas mostram que o uso intensivo de agrotóxicos é responsável pela degradação do solo, da água, da flora e da fauna e em alguns casos de forma irreversível.
 Para o meio ambiente as consequências são os desequilíbrios biológicos e ecológicos. Isto porque o uso de agrotóxicos é responsável pela perda da biodiversidade, extinção de espécies, degradação ambiental e a qualidade de vida. 
Para a saúde da população, o consumo de produtos com agrotóxicos compromete a qualidade de vida, pois a saúde é afetada podendo provocar três tipos de intoxicação: a aguda, a sub-aguda e a crônica. Na intoxicação aguda, os sintomas surgem rapidamente; quando há intoxicação sub-aguda, os sintomas vão aparecendo gradativamente, como dor de cabeça, dor de estômago e sonolência. Já na intoxicação crônica, os sintomas podem surgir após meses ou anos de exposição. Nesses casos podem surgir paralisias e outras doenças como o câncer. Alguns fatores negativos que contribuem para o uso e o consumo indiscriminado de produtos com agrotóxicos são: a propaganda massiva, o receio dos produtores de perder a produtividade da safra e a ideia disseminada do “fruto grande e bonito é o que vende”, etc. Há também a intoxicação sofrida pelos trabalhadores rurais que não utilizam equipamentos de proteção e não possuem informações dos riscos à sua saúde.
   
 Controle dos produtos
No Brasil a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), é o órgão fiscalizador dos produtos que usam agrotóxicos. Uma das medidas adotadas em relação ao controle do uso e do consumo de produtos como pesticidas é a obrigatoriedade da apresentação no rótulo, da cor correspondente à classe de sua toxicidade:
     
 Exemplo
 
    
Cuidados com o uso dos agrotóxicos
Ao comprar um produto agrotóxico é importante observar qual o grupo químico a que pertencem o produto e o seu grau de toxicidade para o ser humano. Deve-se ler atentamente as recomendações sobre a maneira de manipular, de misturar, de aplicar, de armazenar e como deve ser feito o descarte das embalagens. Os cuidados especiais que os trabalhadores devem tomar é utilizar luvas para proteger as mãos, os braços e os pés com calçado, usar máscaras respiratórias e roupas adequadas.
  
 Exercícios
 
Assinale as alternativas corretas
1) É correto afirmar que o uso intensivo dos agrotóxicos contribui para:
a) A produção de alimentos saudáveis
b) Uma melhor qualidade de vida
c) Beneficia o planeta
d) Promove desequilíbrios biológicos e ecológicos
    
 2) Como um dos efeitos trágicos do uso dos agrotóxicos pode-se apontar:
a) As mudanças climáticas
b) A poluição do ar
c) O aumento do buraco de ozônio
d) A perda da biodiversidade, a degradação ambiental, a extinção de espécies.
   
3) “Fruto grande e bonito”, para alcançar essa meta os agricultores recorrem:
a) À pesquisa científica
b) A empréstimos bancários
c) Ao uso intensivo de agrotóxico
d) Ao financiamento do governo.
   
 4) No Brasil os produtos com pesticidas apresentam no rótulo a classe de sua toxidade. Sendo assim está correto o seguinte rótulo.
a) Classe II – faixa verde – medianamente tóxico
b) Classe I – faixa vermelha – pouco tóxico
c) Classe IV – faixa verde – pouco tóxico
d) Classe III – faixa azul – extremamente tóxico
 
 
Vimos na aula de hoje, quais são os males causados pelo uso de agrotóxicos nas populações humanas e no meio ambiente. Na próxima aula apresentaremos alternativas para produção de alimentos sem o uso de agrotóxicos.
 Um forte abraço e até lá!
 
Aula 10_ Cultivo sem agrotóxicos: educação ambiental e Organismos Geneticamente Modificados (OGM)
   
Nessa aula apresentaremos as alternativas positivas e negativas para o cultivo sem o uso de agrotóxicos. Veja que interessante!
    
Cultivo sem agrotóxicos: educação ambiental
Atualmente existem os chamados núcleos de agricultura natural ou orgânica, que surgiram como alternativa ao modelo das monoculturas, que somente levam em conta a produtividade, mesmo que comprometa a saúde dos lavradores e dos consumidores. Os produtos orgânicos (sem agrotóxicos) estão ganhando espaço cada vez mais junto aos consumidores, que podem encontrar esses produtos em supermercados, feiras e outros locais. Os produtos orgânicos geralmente possuem um tamanho menor e levam um tempo maior para serem produzidos e colhidos.
 A Lei nº 10.831, sancionada em 28/11/2003, trata-se sobre a organização da produção, a certificação e comercialização da produção agrícola orgânica.
 Há atualmente uma consciência ecológica por parte dos consumidores, que insatisfeitos e conscientes dos problemas ambientais e sociais promovidos pelo uso de agrotóxicos,exigem cada vez mais alimentos fabricados e armazenados sem agrotóxicos, promovem dessa forma a valoração das culturas orgânicas.
 O lado negativo da agricultura orgânica é que o cultivo acontece de forma primitiva, isso compromete a produção, pois não atende a demanda para a população mundial, encarecendo os produtos. Há também a questão do controle da qualidade dos adubos orgânicos usados na cultura de verduras. Eles podem conter bactérias potencialmente prejudiciais, por isso com os vegetais é necessária uma desinfecção rigorosa; já os alimentos produzidos por hidroponia podem conter metais em níveis acima dos ideais.
    
Organismos Geneticamente Modificados (OGM)
A maioria dos alimentos da nossa dieta alimentar sofreu algum tipo de manipulação genética. A procura pelo melhoramento de sementes não é um processo tão recente. Na antiguidade os agricultores já buscavam encontrar soluções para obter sementes das melhores plantas, buscando um aumento na produtividade. Atualmente existem as modificações genéticas a partir da manipulação no DNA e posterior introdução desse DNA manipulado no genoma vegetal, resultando em sementes transgênicas. Essas modificações não ocorrem sob condições naturais.
 Esse recurso é feito pela transferência de genes que permite resistência a herbicidas, vírus, fungos, bactérias e insetos ou melhoram a qualidade dos alimentos, sob o ponto de vista nutricional. A fitorremediação é uma tecnologia que também pode ser utilizado na indústria farmacêutica, para produzir anticorpos e vacinas. Todos esses argumentos são usados como fator positivo na produção desses organismos, especialmente no que diz respeito à resistência aos herbicidas, por isso a agricultura faz uso intensivo desses compostos. Opiniões contrárias, que apontam os aspectos negativos, dizem respeito às consequências do uso das toxinas por afetarem as populações de insetos não-alvos. Isto ocorre devido ao pólen de plantas geneticamente modificadas serem detectados a vários quilômetros de distância de sua origem. Isso dificultaria a manutenção de culturas livres de transgênicos como também aos genes marcadores, responsáveis pela resistência a antibióticos e poderiam ser transferidos para bactérias.
 Estudiosos afirmam que há transgênicos bons e ruins, sendo assim é necessário que cada um deles possa ser analisado quanto às suas vantagens, às suas desvantagens e à sua contribuição para a qualidade de vida no planeta. Porém a sociedade só estará apta a decidir sobre seus usos se estiver suficientemente informada sobre o que significa essa tecnologia para a população e para o meio ambiente.
    
 Exercícios
   
Assinale as alternativas corretas:
1) Uma das diferenças existentes entre a proposta alternativa de agricultura orgânica e o modelo das monoculturas com agrotóxicos é:
a) A primeira não usa agrotóxicos e a segunda privilegia a produtividade a custa da saúde dos lavradores e dos consumidores.
b) A primeira privilegia a produtividade à custa da saúde dos lavradores e dos consumidores, e a segunda não usa agrotóxicos.
c) A primeira disponibiliza seus produtos em supermercados e a segunda em feira livre
d) A primeira é utópica e a segunda é real.
    
2) Os produtos orgânicos em geral:
a) Apresentam-se sempre bonitos e vistosos
b) Apenas hortaliças.
c) Abusivos quanto ao uso de agrotóxicos.
d) De menor tamanho e levam mais tempo para serem produzidos e colhidos.
   
 3) Consumidores não satisfeitos e cientes dos problemas ambientais e sociais que o consumo de alimentos possa conter resíduos tóxicos estão exigindo que:
a) Maior produção de alimentos
b) A produção de alimentos sem agrotóxicos, promovendo o valor das culturas orgânicas.
c) A produção de alimentos a qualquer custo
d) A produção ambientalmente responsável somente de hortaliças
  
Nessa aula vimos algumas alternativas para o cultivo sem agrotóxicos e os aspectos contrários e favoráveis a sua produção, na próxima aula definiremos assoreamento, desmatamentos e queimadas.
 
Resumo _ Unidade II
   
Conceituamos o que são e quais são os males causados pelo uso dos agrotóxicos, quais são as formas de intoxicação e quais são os maiores prejudicados pelo seu uso intensivo. Apresentamos algumas alternativas para o cultivo sem agrotóxicos e os aspectos contrários e favoráveis a essas práticas.
 Definimos os processos de assoreamento, desmatamento e queimada e os impactos causados pela sua presença natural ou não no meio ambiente.
 
Referências Bibliográficas
 CAMARGO, N. J. Geografia. Editora Didática Paulista. São Paulo: 2000.
COELHO, RMP. Fundamentos de Ecologia. 2º ed. Rio Grande do Sul: 2006, 252p.
ODUM, E. Ecologia. Editora Guanabara Koogan. Rio de Janeiro: 1988, 434p.
RICKLIFS, RE. A economia da natureza. 5º ed. Rio de Janeiro: 2003, 498p.
 Glossário
Biosfera: sistema único formado pela atmosfera (troposfera), crosta ter-restre (litosfera), água (hidrosfera) e mais todas as formas de vida. É o conjunto de todos os ecossistemas do planeta.
Fitorremediação: é uma tecnologia utilizada para lidar com uma grande variedade de contaminantes, como metais pesados, selênio e diferentes compostos orgânicos, em que são utilizadas nas plantas para absorver esses compostos retirando-os do solo.
Hidroponia: cultura de plantas feita em meio aquoso provido de nutrientes inorgânicos.
Metais pesados: metais como o cobre, zinco, cádmio, níquel e chumbo, os quais são comumente utilizados na indústria e podem, se presentes em elevadas concentrações, retardar ou inibir o processo biológico aeróbico ou anaeróbico e ser tóxico aos organismos vivos.
Aula 11_ Assoreamento, Desmatamento e Queimadas
    
 Nessa aula conceituaremos os processos de assoreamento, desmatamentos e queimadas e as implicações ambientais que os cercam. Bom estudo!
    
O que é assoreamento?
O assoreamento é a obstrução por sedimentos, areia ou detritos quaisquer, de um estuário, rio, ou canal. São consequências dos processos erosivos, que podem ser causados pelas águas, ventos, processos químicos, antrópicos e físicos, que desagregam os solos e rochas formando sedimentos que são transportados por correntezas. O assoreamento não chega a estagnar um rio, mas pode mudar drasticamente o seu rumo. Esse processo não é um fenômeno moderno é tão velho quanto o planeta, ele é parte do ciclo de vida da terra. Nestes bilhões de anos, sedimentos foram transportados nas direções dos mares, assoreando os rios e seus canais, formando extensas planícies, deltas e preenchendo o fundo dos oceanos.
 Apesar desse processo ser um comportamento natural, as preocupações atuais são devido a constatação de que as atividades humanas estão acelerando esse processo, por meio do desmatamento e das emissões de gases.
    
Desmatamentos e queimadas
 As queimadas tornam-se preocupantes porque elas são responsáveis pela queima da biomassa. Elas ocorrem por razões naturais ou por iniciativa humana. O fogo além de queimar florestas tropicais derrubadas, também é usado em roças, em savanas naturais, como o cerrado, e nas pastagens, comprometendo o equilíbrio de ecossistemas.
 O desmatamento por sua vez, instala um ciclo de degradação dos ecossistemas. Ele é responsável direto pela redução dos habitats das espécies de plantas e animais, deixando as regiões mais susceptíveis às queimadas e ao efeito de borda, alterando os ciclos de água e de energia, o que induz ao aumento de temperatura do ar e a diminuição das chuvas. Substituir florestas por pastagens altera profundamente o equilíbrio ecológico de microrregiões, pois seus efeitos são exportados para todo o ecossistema.
 Para o equilíbrio climático e biogeoquímico do planeta as emissões de queimadas possuem vários efeitos, além do CO2, as emissões de metano (CH4) e N2O (óxido nitroso), são fatores que contribuem no aumento do efeito estufa. O transporte dessas emissões para regiões distantes das fontes emissoras tendem a produzir alterações nos ciclos biogeoquímicos naturais e na dinâmica de nutrientes tanto nas regiões emissoras, quanto nas regiões receptoras. Além dos impactos sobre abiota marinha, isto porque os produtos das queimadas reduzem a radiação solar na superfície oceânica.
  
Exercícios
   
 Assinale as alternativas corretas
1) Pode-se afirmar que o assoreamento:
a) É um fenômeno que tem sua origem com a revolução industrial
b)  Não é um fenômeno moderno, é um processo é tão antigo quanto a terra; é considerado parte do ciclo de vida do planeta.
c) Ocorre somente nos países industrializados
d) Ocorre somente nos países em desenvolvimento.
   
 2) Se o assoreamento é um fenômeno inerente à formação do planeta, ele está sendo alvo de preocupações dos atuais pesquisadores, porquê.....:
a) Está promovendo migrações
b) Poderá afetar o consumo
c) As atividades humanas estão acelerando o assoreamento.
d) Está afetando o desenvolvimento econômico mundial.
   
 3) O assoreamento se configura como um fenômeno composto por:
a) Matéria e energia
b) Processos erosivos, químicos, antrópicos e físicos
c) Substâncias físicas e químicas
d) Estados sólido, líquido e gasoso.
    
 4) Pode-se afirmar que os danos causados pelo assoreamento aos rios....:
a) Causa a ‘morte’ de rios.
b) Aumentam o volume de água
c) Não chegam a estagnar um rio, mas pode mudar drasticamente seu rumo.
d) Não ameaça o curso do rio.
   
Chegamos ao final dessa aula e da unidade conhecendo alguns dos impactos que afetam o meio rural, na próxima unidade abordaremos temas como lixo, água, poluição, superpopulação e planejamento familiar que são aspectos importantes no meio urbano. Um forte abraço e até lá!
 
Aula 12_ Características do Sócio-Ecossistemas Urbanos
Nessa aula vamos apresentar um dos problemas existentes no meio urbano, o lixo e os aspectos que envolvem o sucesso das propostas de reciclagem.
   
Lixo
 Atualmente o volume de lixo produzido é um dos maiores problemas urbanos da atualidade, consequência do desenvolvimento acelerado das cidades.
 No Brasil, são enterradas diariamente toneladas de lixo. Pesquisas realizadas pela Associação Brasileira de Engenharia Sanitária (Abes) mostram que 59% das cidades não possuem destino final para o lixo. Já o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), concluiu que o destino do lixo no país é ficar a céu aberto em 76% dos casos, contribuindo para a degradação ambiental.
A solução para este problema depende de vários fatores, como por exemplo, a reeducação das pessoas, no sentido de incentivar a separação do material que irão descartar. Porém não adianta estimular a população a fazer a seleção de seu lixo, se não for implementada uma estrutura para o recolhimento e encaminhamento desses resíduos que foi primariamente separado. Incentivar contribuições voluntárias e aumentar o número de postos de coleta seletiva como também incentivar a reciclagem e a redução da quantidade de lixo, pode ser uma saída para diminuir a quantidade de lixo produzido, que representa uma economia dos recursos naturais e energéticos. Para solucionar o problema do lixo deve haver uma cooperação entre governos, as indústrias e os consumidores. As alternativas propostas para essa situação envolvem os cidadãos e ações governamentais. Os cidadãos como consumidores podem reduzir o consumo e reutilizar, por exemplo, as embalagens. Quanto às ações governamentais, poderiam criar e estabelecer programas educativos e metas nacionais para a reciclagem.
     
 
Como organizar uma coleta seletiva de lixo
Organizar uma coleta seletiva de lixo exige educação e consciência sobre a importância dessa atitude tanto para a comunidade quanto para o bem estar das pessoas. Um exemplo é a criação de um projeto para divulgar os benefícios da coleta seletiva de lixo, que envolva toda uma comunidade. Professores, empresários, políticos, donas de casa, cidadãos locais, dentre outros, podem contribuir promovendo eventos, publicações, etc. divulgando os efeitos benéficos da coleta seletiva do lixo. Promover reuniões, seminários, debates com autoridades locais, nas escolas e associações de bairro, apresentando programas que foram ou são bem sucedidos; promover visitas a centros de reciclagem e de indústrias que utilizem esses materiais; organizar atividades em escolas, - feiras de reciclagem, jogos e concursos de redações, fotografias e desenhos sobre o tema, são exemplos para concretizar ações para a coleta seletiva do lixo.
   
 Exercícios
  
Assinale a alternativa correta: 
1) A solução para o problema do lixo depende dentre outras medidas:
a) Da impressão de rótulos coloridos
b) A reeducar os consumidores sobre maneiras de tratar e descartar o lixo doméstico
c) Da aplicação de multas
d) Incentivar os moradores a colorir as cestas de lixo.
   
2) Para efetivo tratamento do lixo urbano é fundamental:
a) A existência de uma estrutura para o recolhimento e encaminhamento do lixo que foi separado.
b) Em programas de reciclagem
c) Na construção de mais aterros
d) No aluguel de terrenos em cidades vizinhas para servir de aterro.
     
 3) a reciclagem atua na redução da quantidade de lixo, por isso ela representa:
a) A solução para a alta taxa de lixo
b) Uma baixa no consumo
c) Uma economia de recursos naturais e energéticos.
d) Uma superprodução de latinhas de alumínio.
    
4) Quanto à reciclagem, ela é uma das alternativas para o cidadão consciente. Já o estabelecimento de metas nacionais de reciclagem e programas educacionais, devem fazer parte de:
a) Compromissos de ONGs
b) Programas e ações governamentais
c) Projetos sociais
d) Projetos ambientais
 
Nessa aula podemos observar que a atual gestão do lixo no meio urbano não ocorre de forma sustentável e verificamos quais são as formas para garantir o sucesso da reciclagem, na próxima aula abordaremos o uso dos recursos hídricos.
   
Aula 13_ Recursos Hídricos 
 
 Nessa aula apresentaremos aspectos da gestão não sustentável dos recursos hídricos no meio urbano. A atual situação dos recursos hídricos é preocupante, cerca de 26 países enfrentam problemas com a escassez de água. Previsões sombrias dizem que esse recurso natural poderá ser causa de muitas guerras no século XXI. As causas que poderiam levar a essa situação, estariam relacionadas com a explosão demográfica, o consumo irresponsável, poluição, uso doméstico, industrial e agrícola da água, o uso indevido do solo e o desmatamento, poderia causar à supervalorização da água devido a sua escassez, o que poderia gerar sangrentos conflitos entre os países.
   
Recurso natural: Água
A água é o recurso natural vital para a vida. Na sociedade contemporânea, com a explosão demográfica – no início desse século a população mundial chegou a aproximadamente 80 bilhões de habitantes – houve também o aumento do consumo e da exploração irresponsável desse recurso. Anteriormente a água era pensada como um recurso abundante e renovável, e por isso era utilizada como fonte de despejo de resíduos e consumida com desperdício, atualmente após a constatação de que a água também pode se um recurso finito há uma preocupação por uma gestão sustentável.
 Algumas das intervenções humanas apontadas como responsáveis pela gestão não sustentável da água são: as construções de barragens, pois elas alteram o curso das águas dos rios; o bombeamento de águas do lençol subterrâneo através de poços artesianos, que podem resultar no esgotamento do potencial de água disponível, dentre outras.
Buscando uma gestão sustentável o governo brasileiro criou a Lei 9.433/97 que trata da Política Nacional de Recursos Hídricos por ocasião da assinatura da Agenda 21, instituindo o Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos, cujo objetivo é “assegurar à atual e às futuras gerações a necessária disponibilidade de água, em padrões de qualidade adequados aos respectivos usos”. O gerenciamento das águas envolve diversos e conflitantes interesses, por isso é necessário integrar as comunidades nas ações, assim como democratizar as informações sobre as questões que envolvem o uso e o consumo racional da água, formando consciências críticas sobre a atual problemática ambiental.
 Tal formação de consciência envolve uma compreensão profundasobre o meio ambiente em suas múltiplas e complexas relações em um contexto no qual se encontram aspectos ecológicos, psicológicos, legais, políticos, sociais, econômicos, científicos, culturais e éticos. Nessa perspectiva tanto a comunidade quanto as autoridades locais poderão contribuir para a efetivação de ações com o objetivo de resolver problemas e buscar soluções.
    
Uso de água nas grandes cidades
O uso das bacias hidrográficas tem uma relação importante com a ocupação urbana. Devido a alta concentração populacional, há mais consumo, mais esgotos domésticos e efluentes industriais, todas essas condições favorecem uma demanda maior por recursos hídricos. No espaço urbano a falta de saneamento é um problema grave que deve ser solucionado, pois, a sua inexistência pode transformar a água em um problema de saúde pública, especialmente nas áreas de baixa renda, onde há péssimas condições de moradia e áreas que sofrem com as inundações e as frequentes enchentes.
A localização dos depósitos de lixo também são outro aspecto importante que deve ser levado em conta para um gerenciamento sustentável da água, pois os depósitos a céu aberto tendem a contaminar o lençol freático, comprometendo a qualidade de vida.
   
Uso da água na agricultura
 A agricultura é responsável pelo uso e desperdício de grande volume da água. O desperdiço maior ocorre quando a irrigação é realizada de maneira ineficiente, pois grandes quantidades de água são perdidas pelo processo de evaporação, a consequência disto é a salinização do solo. 
   
 
Nessa aula vimos que a escassez e o desperdício desse recurso natural poderá ser fonte de muitos problemas aos seres humanos e ao meio ambiente, caso não seja criado uma política nacional para sua gestão. Na próxima aula definiremos poluição.
 Um forte abraço e até lá!
 
Aula 14_ Poluição 
 
    Nesta aula aprenderemos o que é poluição, como ela é classificada, e as formas para controlá-la.
 
O que é poluição?
A palavra poluição tem sua origem no latim pollutione que significa ‘sujar’. Atualmente esse termo extrapola seu significado original para designar toda alteração indesejável nas características biológicas, físicas, ou químicas do solo, ar, e da água. Essas modificações tendem a afetar prejudicialmente a qualidade da vida humana e das demais espécies, coloca em risco a saúde, o patrimônio natural e cultural por deteriorar as matérias-primas, dentre outros.
   
 Classificação da poluição
 Classifica-se a poluição de acordo com o ambiente e os poluentes. Há dois tipos básicos de poluentes, os não degradáveis e os biodegradáveis. Os poluentes não degradáveis são os produtos e substâncias que se degradam muito lentamente no ambiente natural ou não. Exemplos desses materiais são: os sais de mercúrio, embalagens de plástico e de alumínio, o DDT, entre outros. Esses poluentes além de terem um efeito acumulativo são também amplificados biologicamente, isto ocorre quando se deslocam nos ciclos biogeoquímicos e ao longo das cadeias alimentares, combinando-se frequentemente no ambiente com outros compostos produzem toxinas adicionais.
 Os poluentes biodegradáveis são aqueles que podem ser rapidamente decompostos por processos naturais por uma combinação de tratamentos mecânicos e biológicos em estações de tratamento, ou de depuração de resíduos. Os problemas com esse tipo de poluição ocorrem quando a entrada no ambiente excede a capacidade de decomposição, um exemplo dessa situação é o esgoto doméstico.
    
 Controle dos resíduos
A população urbana concentra seus resíduos (lixos) próximos aos rios, utilizando-os como esgotos, entendendo que não terão custo algum, entretanto, essa opção tornou-se insustentável, gerando grande quantidade de resíduo. A opção para o controle de resíduos está no uso de aterros sanitários terraplanados. Quando concebidos de maneira correta e funcionando eficazmente para a eliminação de resíduos sólidos, é uma forma sustentável para distribuição e controle.
   
Pesquisadores apontam três comportamentos adotados no tratamento dos materiais residuais, são eles:
· Os materiais residuais são lançados sem tratamento no ambiente apropriado mais próximo; ou seja, no ar, no solo, em poços, nos rios, nos lagos, ou no oceano;
· Os materiais são depositados e tratados em uma área - ecossistemas seminaturais -, construída de tratamento de resíduos - lagoas de oxidação, florestas irrigadas por aspersão ou aterros sanitários. Esses ecossistemas semiartificiais fazem a maior parte do trabalho da decomposição e da reciclagem;
· Os materiais são tratados em sistemas artificiais de regeneração químico-mecânica.
   
Indústrias e municípios, que buscam uma gestão sustentável, devem investir em formas de tratamento de resíduos degradáveis e em depósitos de resíduos venenosos - resíduos radioativos, ácidos, etc.-, para que eles não entrem em contato com o ambiente geral.
  
Exercícios
   
 Assinale a alternativa correta:
1) A poluição é classificada de acordo com:
a) Os recursos hídricos
b) A população
c) O ambiente e os poluentes
d) O solo
   
2) Podemos citar como poluentes não degradáveis:
a) Embalagens de alumínio, os sais de mercúrio, e o DDT.
b) A água e o solo
c) O solo e o ar
d) A cadeia alimentar
   
 3) Os efeitos dos poluentes não degradáveis são biologicamente amplificados porque:
a) Se deslocam da terra para o oceano
b) Se deslocam nos ciclos biogeoquímicos e ao longo das cadeias alimentares.
c) Se deslocam da terra para o oceano
d) Se deslocam dos rios para a terra
   
4) Os problemas com a poluição do tipo biodegradável acontecem quando:
a) As indústrias e as cidades os aterros terraplanados.
b) Os resíduos industriais ficam ou situados no meio de áreas naturais
c) Há o aumento do calor, ou da poluição térmica.
d) A entrada no ambiente excede a capacidade de decomposição ou de dispersão
 
Nessa aula definimos os tipos de poluição e vimos algumas alternativas para o correto acondicionamento ou descarte de resíduos no meio ambiente, na próxima aula trataremos da poluição do ar. Até lá!
 
Aula 15_ Poluição do Ar 
Nessa aula observaremos os impactos causados ao meio ambiente por meio da poluição do ar. Boa aula!
    
Os poluentes emitidos no ar sem tratamento são responsáveis pelas concentrações de poluentes que se formam sobre as grandes cidades, durante as inversões de temperatura. Esse fenômeno ocorre quando o ar retido sob a camada superior quente impede o movimento de ascensão dos poluentes. Essas concentrações de poluentes reagem no ambiente produzindo uma poluição adicional que quando combinados, tendem a dar origem a novas e muitas vezes mais tóxicas substâncias, conhecidas por ‘smog fotoquímico’. Essas substâncias secundárias provocam problemas aos seres humanos e são também extremamente tóxicas para as plantas. O ozônio aumenta a respiração das folhas, a planta morre por esgotamento de reservas alimentares. Outros poluentes fotoquímicos, classificados no grupo de hidrocarbonetos aromáticos polinucleares (PAH), são reconhecidos como cancerígenos.
Outro fenômeno perigoso para a saúde humana que ocorre com a emissão de poluentes no ar, é quando o SO2 é absorvido por partículas poluentes como pó, cinzas, etc., e entram em contato com o interior dos nossos pulmões, ou com gotículas de umidade e se transforma em ácido sulfúrico.
   
O custo da poluição
 O custo da poluição mede-se de três formas. Todas mostram uma carga terrível e crescente de intolerância para a sociedade humana:
a) A perda de recursos através de uma exploração irresponsável e desnecessária;
b) O custo da redução e do controle da poluição com o tratamento dos esgotos e dos resíduos sólidos (lixo); da redução dos resíduos tóxicos, emitidos pelos automóveis;
c) O custo para a saúde humana.
 
A relação perigosa entre a poluição ambiental e a saúde humana, é uma preocupação de cientistas que apontam para o aumento das doenças infecciosas, para a redução na resistência do corpo, pelo aparecimento de viroses, dentre outros organismos patogênicos. Essa situação demonstra a necessidade de uma gestão

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