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Importância do Planejamento tributário para Gestão Tributária
Acadêmica 
Raquel de Sena moura
Tutor Externo
Tiuani Lopes da Silva 
RESUMO
O presente trabalho tem como objetivo central apresentar a importância do planejamento tributário na gestão dos tributos a serem repassados. Sendo trabalhado através de revisão bibliográfica de artigos publicados nos últimos dez anos utilizando como base de pesquisa o google acadêmico e scielo. Logo, na sociedade brasileira a carga tributaria desestimula o surgimento de empreendedores e para os que arriscam a manutenção da instituição e bastante complexa por conta do excesso de tributos impedindo a concorrência do mercado.
1.INTRODUÇÃO
 Atualmente, na sociedade brasileira os empreendedores enfrentam grades dificuldades por conta da complexidade da carga tributaria que deve ser paga e por conta disso, acabam sendo penalizados por muitas vezes descumprirem o que é determinado. Tornado o processo de manutenção da instituição cada vez mais difícil frente aos valores a serem pagos paga o Estado. 
 No entanto, para facilitar a vida do gestor da empresa existe o planejamento tributário que é uma ferramenta que tem como objetivo a redução dos gastos da empresa, por meio da diminuição de tributos pagos e valores que recaem sobre o negócio de forma legal, garantindo sua competitividade no mercado. 
 Primeiramente, para que seja implementado de maneira efetiva é necessário tomar medidas que serão como base para sua utilização na empresa, sendo elas evitar a incidência do imposto, por meio da adoção de procedimentos que impeçam a ocorrência do fato gerador do tributo; reduzir a quantia total a ser recolhida, depois de uma análise minuciosa de cada impostos pago, projetando ações para diminuir as taxas e postergar o pagamento, já que existem medidas que possibilitam retardar o pagamento dos tributos sem a incidência de multas, muito utilizado quando a empresa está com pouco capital de giro.
 Além disso, o planejamento facilitara na escolha da instituição dos três tipos de regime tributário: lucro real, lucro presumido e Simples Nacional, que regerá por todo o ano fiscal. O planejamento tributário consegue prever situações e fazer projeções mais precisas, sendo o melhor recurso para que o negócio consiga definir a opção mais adequada. 
 Ademais, o presente trabalho tem como objetivo demonstrar a importância do planejamento tributário na gestão dos tributos em uma sociedade em que a carga tributária não favorece a manutenção nas instituições privadas e de forma indireta atrapalha o meio competitivo do mercado em que as mais adaptadas ao meio tributário. Através, de uma pesquisa de campo no qual foi feito o questionamento para o Antônio Vicente gestor da empresa Anapolino que relata fazer utilização do planejamento tributário tendo em vista a redução dos impostos pagos ao Estado através do seu contador. 
Raquel de Sena Moura
Tiuani Lopes da Silva 
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI - Curso CTB101 – Prática do Módulo I - 14/06/2021
2.FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
2.1 A GESTÃO TRIBUTÁRIA
 Segundo com Arantes, administrar ou gerenciar uma instituição consiste em uma ação presente em todos os setores e em todos os níveis da organização, tendo a mesma por função o planejamento, a coordenação, a organização, a direção, o controle assim como a motivação da atividade empresarial. ARANTES, Nélio. Sistema de Gestão Empresarial. 2. ed. São Paulo: Atlas, 1998, p.11.
 A empresa exige para o seu sucesso a definição de parâmetros que orientem a atuação das partes em benefício do todo, principalmente considerando que a maximização dos resultados setoriais não conduz necessariamente à otimização do resultado global da empresa. Para Chiavenato, gerir é interpretar os objetivos propostos pela empresa e transformá-los em ação empresarial por meio de planejamento, organização, direção e controle de todos os esforços realizados em todas as áreas e em todos os níveis da empresa, a fim de atingir no mínimo lucros capazes de manter a empresa. CHIAVENATO, Idalberto. Administração: teoria, processo e prática. ed. São Paulo: Makron Books, 1994, p.3.
 O ato de gerir pode ser entendido como um conjunto de fatores capaz de guiar à organização ao cumprimento da sua missão. Robbins, por sua vez, afirma que a gestão é o processo universal de completar eficientemente atividades, com e através de outras pessoas. ROBBINS, Stephen P. Administração: mudanças e perspectivas. São Paulo: Saraiva, 2000, p.33. 
 A gestão corresponde analiticamente ao processo de planejar, executar e controlar. Os gestores não devem se limitar apenas à execução das atividades sob sua responsabilidade, mas também, planejá-las e controlá-las. MAMBRINI, Ariovaldo. Controladoria de gestão para o segmento comercial - Teoria e estudo de caso. Curitiba: Juruá, 2011, p.53.
 Por conta disto, o gerenciamento das obrigações tributarias não deve ser vista como uma obrigação que deverá ser realizada periodicamente, mas sim como uma estratégia no qual possa auxiliar na elaboração organizacional independente do seu setor ou porte. Além disso, algo que reforça a necessidade dessa elaboração é o fato de que no Brasil a carga tributária para as empresas é bastante elevada, pois encontra-se impostos no âmbito federal, estadual e municipal no qual as empresas devem repassar os devidos tributos.
 A gestão tributária lida com tributos. Cada empresa tem características próprias, mas o importante é identificar quais os impostos que incidem sobre a atividade da empresa de forma a poder vislumbrar sua importância e peso no faturamento.
 A gestão tributária representa uma estratégia empresarial que deve ser desenvolvida de forma preventiva, pois visa projetar os fatos econômicos com o objetivo de informar qual seria o ônus tributário em cada opção de geração de resultados possível, sempre dentro da legalidade, terminando por direcionar aquela que seria a menos onerosa para a empresa. CARLIN, Everson Luiz Breda. Auditoria, Planejamento e Gestão Tributária. 2. ed., rev. e atual. Curitiba: Juruá, 2012, p.43.
2.2 Planejamento Tributário 
 Na visão de Gubert, o planejamento tributário é o conjunto de ações realizada tanto por pessoa física quanto jurídica antes do fato gerador, ou seja, antes da ação que possa alterar o patrimônio da instituição sendo dividido em duas etapas em que uma delas é antes do fato gerador em que a empresa irá elaborar maneiras para reduzir a carga tributária, bem como, das obrigações acessórias. 
 Além disso, segundo Fabretti: 
O planejamento tributário é a atividade preventiva que estuda a priori os atos e negócios jurídicos que o agente econômico (empresa, instituição financeira, cooperativa, associação etc.) pretende realizar. Sua finalidade é obter a maior economia fiscal possível, reduzindo a carga tributária para o valor realmente exigido por lei.
Devem-se pesquisar, antes de cada operação, suas consequências econômicas e jurídicas, porque uma vez concretizadas, considera-se ocorrido o fato gerador e existentes seus efeitos (art. 116 do CTN), surgindo a obrigação tributária.
Portanto, devem-se estudar e identificar todas as alternativas legais aplicáveis ao caso ou a existência de lacunas (“brechas”) na lei, que possibilitem realizar a operação pretendida, da forma menos onerosa possível para o contribuinte, sem contrariar a lei. FABRETTI, Láudio Camargo. Código Tributário Nacional Comentado. 5. ed. rev. e atual. São Paulo: Atlas, 2005, p.153.
 Para Torres, o planejamento tributário consiste em conjunto de interpretações sobre sistema de normas usado com técnica de organização de negócios, visto que o planejamento tributário tem como principal objetivo a legítima economia de tributos, independentemente de qualquer referência aos atos ulteriormente praticados. TORRES, Heleno, Direito Tributário Internacional: Planejamento tributário e operações transacionais. São Paulo: RT, 2001, p.48. 
 Diversas razões podem ser invocadas para justificar a decisão de se fazer um planejamento tributário.Os motivos para se fazer um planejamento tributário não estão circunscritas à esfera jurídica. Pelo contrário, o principal deles é, sem dúvidas, de ordem econômico-financeira. MELINA ROCHA LUKIC, PLANEJAMNTO TRIBUTARIO 2017, pag. 10
Disponível em: https://receita.economia.gov.br/dados/receitadata/estudos-e-tributarios-e-aduaneiros/estudos-e-estatisticas/carga-tributaria-no-brasil/ctb-2016-publicacao-v5.pdf
 Ao se conhecer a composição e funcionamento do sistema tributário brasileiro, podemos entender alguns dos motivos pelos quais o planejamento tributário tornou-se uma opção recorrente para as instituições, principalmente nos últimos anos por conta de que no Brasil a carga tributária é elevada, no qual 32,38% do PIB é composto por arrecadação de tributos como pode ser analisado no quadro acima.
 Além disso, o conjunto de fatores que auxiliam no aumento contate da carga tributária encontra-se o ajuste das contas públicas nacionais, enfrentar problemas financeiros recorrentes no período e seguir prescrições de acordos internacionais. A soma desses fatores intensifica uma cobrança de tributos e o setor que mais sente esse aumento são as instituições privadas.
 Como forma de amenizar essa perda das instituições o planejamento tributário vem como ferramenta que permitirá pagar menos tributos sendo Greco conceitua “conjunto de condutas que o contribuinte pode realizar visando buscar a menor carga tributária legalmente possível” (Greco, 2008, p. 117). Hugo de Brito Machado Segundo (2007, p. 360). 
 Além disso, planejamento tributário tem fundamento em princípios constitucionalmente previstos como a liberdade de iniciativa (art. 1°, IV e 170 caput da CF/88), na livre concorrência (art. 170, IV CF/88) e nas liberdades previstas ao longo do art. 5° da CF/885, que expressam a liberdade do indivíduo de organizar sua vida, principalmente no que tange a liberdade contratual, bem como no princípio da legalidade e na garantia do direito de propriedade. 
 No entanto, apesar do planejamento tributário se utilizar de recursos que diminua a contribuição ela não ser utiliza de situações de ilícitos, extrafiscalidade, incentivos e opções fiscais, bem como as substituições materiais ou meras abstenção de fatos, portanto nem todo método pode ser conceituado como planejamento tributário. 
3. METODOLOGIA
 O presente trabalho teve como tema central a importância do planejamento tributário para a gestão tributaria, tendo a pesquisa o caráter qualitativo e quantitativo através de revisão bibliográfica sendo a base da pesquisa feita no google acadêmico e scielo no qual foram analisados 20 artigos publicados dos quais foram utilizados apenas três que atenderam ao tema especifico e auxiliaram na elaboração do trabalho. 
4. RESULTADOS E DISCUSSÕES
 As pesquisas realizadas demonstraram um maior interesse das instituições em adotar o planejamento tributário, pois como a carga tributária no Brasil é bastante elevada os gestores procuram meios lícitos para tentar diminuir ela. Tendo em vista que o planejamento tributário possui elementos da Constituição Federal de 1988 que dão base para sua utilização. 
 Além disso, o planejamento tributário é composto por três requisitos o cronológico, licitude e o requisito da eficácia dos atos são estes que atualmente atuam como fundamentos para essa ferramenta licita. Com esse instrumento as empresas estarão de acordo com a lei e poderão buscar meios para redução da carga excessiva que em muitos casos por conta de ser muito complexa caba favorecendo o pagamento de multas.
 Se bem efetuado, de preferência com auxílio profissional, o planejamento tributário pode ajudar a empresa a reduzir a carga de impostos, taxas e contribuições devida, permitindo que ela se torne mais competitiva, pratique preços mais baixos e faça maiores investimentos. Infelizmente, muitas empresas não conseguem chegar à marca de cinco anos de atividade devido à carga tributária excessiva, além das constantes alterações de normas tributárias, cumulada com a ausência de um planejamento tributário.
Considerando que o planejamento possibilita a redução dos custos envolvidos na empresa, recursos ficarão disponíveis para serem aplicados nas operações. Dessa forma, é possível aumentar a competitividade no mercado e se destacar entre os concorrentes.
5. CONCLUSÃO
 Logo, por causa da complexidade da carga tributária no Brasil e dos diferentes tipos de regime tributário disponíveis, muito empreendedores ficam com várias dúvidas em relação ao cumprimento das obrigações fiscais. Por este motivo, contar com o planejamento tributário empresarial é essencial.
 Muitas vezes o planejamento não tem a importância que deveria, afinal, muitos não sabem dos inúmeros benefícios em elaborá-lo, por exemplo, cumprimento e regularidade conforme a lei, evitando a aplicação de sanções pesadas, redução dos custos, recolhimento devido dos impostos, melhoria dos resultados, entre outros.
 Além disso, com a adesão do planejamento tributário as empresas irão pagar menos tributos e de forma indireta favorece a competitividade do mercado fazendo com que os serviços prestados sejam cada vez melhor auxiliando no controle do fluxo do caixa e claro tudo sendo feito de maneira que não infrinja a lei. 
REFERÊNCIAS
ARANTES, Nélio. Sistema de Gestão Empresarial. 2. ed. São Paulo: Atlas, 1998, p.11.
CARLIN, Everson Luiz Breda. Auditoria, Planejamento e Gestão Tributária. 2. ed., rev. e atual. Curitiba: Juruá, 2012, p.43.
Código Tributário Nacional Comentado. 5. ed. rev. e atual. São Paulo: Atlas, 2005, p.153.
CHIAVENATO, Idalberto. Administração: teoria, processo e prática. ed. São Paulo: Makron Books, 1994, p.3.
MELINA ROCHA LUKIC, PLANEJAMNTO TRIBUTARIO 2017, pag. 10
(Greco, 2008, p. 117). Hugo de Brito Machado Segundo (2007, p. 360). 
MAMBRINI, Ariovaldo. Controladoria de gestão para o segmento comercial - Teoria e estudo de caso. Curitiba: Juruá, 2011, p.53.
Planejamento tributário e operações transacionais. São Paulo: RT, 2001, p.48. 
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