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Aula 03 - 08 08 2017

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DIREITO TRABALHISTA I – AULA 03 – 08.08.2017
CONTINUAÇÃO
A evolução histórica das relações de trabalho chegaram a um patamar que estabelece um vínculo entre empregado e empregador, que deve obedecer à subordinação.
O empregador não pode determinar nada que se relacione com a subjetividade do empregado (não usar brinco, não deixar exposta a tatuagem, etc). Ele apenas tem autoridade para determinar o que se relaciona ao modo de produção.
- Fases históricas do direito do trabalho:
1 – Fase das manifestações incipientes e esparsas: a partir de quando os escravos foram abolidos, “surgiu” o trabalho no Brasil, tendo em vista que antes não existia a subordinação. Data de nascimento do direito do trabalho no Brasil: 1888 (quando da abolição da escravatura). As primeiras normas de direito do trabalho eram introdutórias e não eram habituais. Nessa fase, as primeiras leis com objeto voltado para as relações de trabalho ainda eram raras (tendo em vista que o Brasil ainda era um país rural, então, a classe operária ainda não estavam organizadas).
2 – Institucionalização do Direito do Trabalho: no período da Era Vargas (1930 – 1945). O Estado vai ser preparado para ter uma justiça do trabalho, vai ser preparado para julgar lides a respeito de direito do trabalho. A partir de Vargas, é criado um sistema trabalhista. Vargas criou a Justiça do Trabalho, o Ministério do Trabalho, o modelo de Previdência Social, e uma legislação consolidada. A CLT (1943) representa todo o movimento de organização que a Era Vargas promoveu.
3 – Fase da crise e da transição do Direito do Trabalho: o marco inicial é o ano de 1988. Essa fase é influenciada pela globalização neoliberal. O modelo neoliberal é de Estado mínimo, o Estado regulando a economia minimamente possível. O neoliberalismo quer retirar as leis, quer que seja válido aquilo que for acordado entre empregado e empregador.
- Fontes do Direito do Trabalho:
	- Heterônomas: heteronomia é aquilo que nasce fora da relação de trabalho direta. A primeira fonte heterônoma é a Constituição Federal; emendas constitucionais; tratados e convenções internacionais (OIT); leis ordinárias e complementares; decretos do executivo; portarias, avisos, instruções e circulares do TEM (Ministério do Trabalho e Emprego); sentença normativa (é a sentença que o TRT, ou o TST julga uma lide coletiva de trabalho).
- Autônomas: fonte autônoma é aquela que nasce na relação direta entre empregado e empregador. Negociação coletiva de trabalho (ACT ou CCT); usos e costumes (Art. 8º, CLT).
	- Especiais: não são nem autônomas, nem heterônomas. Laudo arbitral (tem a mesma força de uma sentença judicial); regulamento empresarial; jurisprudência (reiteradas interpretações promovidas pelos tribunais acerca das normas jurídicas); Súmulas do STF; doutrina; equidade; princípios de direito do trabalho.
Temos dois tipos de jurisprudências muito usadas no Direito do Trabalho: Súmulas do TST e as OJs (Orientações Jurisprudenciais).
A doutrina é um conjunto de apreensões de leituras sistematizadas da ordem jurídica realizadas por juristas ou estudiosos de grande repercussão.
Equidade é uma espécie de suavização que o juiz aplica a uma interpretação que se faz ao caso concreto. É uma forma de adequação da norma ao caso concreto.
No direito do trabalho não existe uma hierarquia rígida das fontes do direito do trabaho.

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