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AS FUNÇÕES DE LNGUAGEM DE JAKOBSON

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FERNANDO TREMOÇO
▪ Para que possamos entender quais são essas
funções que a linguagem possui é necessário
entendermos como o processo comunicativo
acontece .
▪ “O REMETENTE envia uma MENSAGEM ao
DESTINATÁRIO". Para ser eficaz, a mensagem
requer um CONTEXTO a que se refere (ou
“referente”, em outra nomenclatura algo ambígua),
apreensível pelo destinatário, e que seja verbal ou
suscetível de verbalização; um CÓDIGO total ou
parcialmente comum ao remetente e ao destinatário
(ou, em outras palavras, ao codificador e ao
decodificador da mensagem); e, finalmente, um
CONTATO, um canal físico e uma conexão
psicológica entre o remetente e o destinatário que
os capacite a entrarem e permanecerem em
comunicação.
▪ A teoria de Jakobson é a de que, para cada um
desses fatores, há uma função de linguagem
correspondente.
ORIENTAÇÃO 
CENTRADA NO 
REMETENTE 
FUNÇÃO EMOTIVA
Se a mensagem está 
centrada naquele que 
fala, então sua função 
deve ser a EMOTIVA.
O estrato puramente 
emotivo da linguagem é 
apresentado pelas 
interjeições” (JAKOBSON, 
1969, p. 124).
ORIENTAÇÃO 
CENTRADA NO 
DESTINATÁRIO 
FUNÇÃO CONATIVA
▪ A função de linguagem centrada no
destinatário, Jakobson a define como
CONATIVA, referindo-se à função de
confrontar o receptor da mensagem, de
buscar influenciar seu comportamento.
▪ A orientação para o DESTINATÁRIO, a função
CONATIVA, encontra sua expressão
gramatical mais pura no vocativo e no
imperativo, que sintática, morfológica e
frequentemente até fonologicamente, se
afastam das outras categorias nominais e
verbais (JAKOBSON, 1969, p. 125)
ORIENTAÇÃO 
CENTRADA NO 
CONTEXTO 
FUNÇÃO 
REFERENCIAL
▪ Para que a mensagem que o remetente envia ao destinatário seja
eficaz, é preciso um contexto que seja apreensível pelo destinatário. A
noção de “contexto” remete ao próprio conteúdo referencial da
mensagem, ou seja, às informações que fazem referência à realidade
biossocial.
▪ Dizer que as informações, na prática, nunca se limitam ao conteúdo da
mensagem em si. Ou seja, a interpretação adequada de uma frase
pode, por exemplo, depender de informações transmitidas em frases
proferidas anteriormente (contexto linguístico) ou de dados referentes
ao local, ao momento da comunicação ou mesmo ao tipo de relação
entre os interlocutores (situação extralinguística) (MARTELOTTA, 2008,
p. 32).
▪ O contexto é um conceito bastante elástico, que compreende toda uma
sequência de informações que é preciso compartilhar para se
entender a mensagem: quem fala, para quem está falando, quando está
dizendo o que diz, em que situação etc.
▪ Quando a mensagem se volta ao contexto, trata-se da função
REFERENCIAL, pois a preocupação aqui é transmitir uma mensagem
referente àquilo ou a quem se fala. Temos exemplos de predomínio da
função referencial nas notícias jornalísticas
Este modelo de comunicação já havia sido formulado antes de
Jakobson. Bühler (psicólogo e linguista alemão) já havia
proposto um modelo que se limitava a essas três funções:
emotiva, conativa e referencial.
Isso quer dizer que Bühler se restringia à ideia de
comunicação em que:
– há uma primeira pessoa (quem fala);
– uma segunda pessoa (para quem se fala);
– e uma “terceira pessoa” (de quem se fala, ou algo de que se
fala).
Entendendo que essas três funções não davam conta da
complexidade que é a comunicação verbal, Jakobson propõe
o seu próprio modelo de comunicação, uma de suas
contribuições para a linguística.
▪ Para que a emissão da mensagem seja eficaz, além de um contexto apreensível pelo destinatário, é
preciso, também, que haja um código comum a ambos, remetente e destinatário.
▪ Quando o discurso põe em relevo o código, quando remetente e destinatário querem confirmar
que estão usando o mesmo código, a função desempenhada é a METALINGUÍSTICA.
▪ O código se define, nesse quadro teórico, como o estoque estruturado de elementos discretos que
se apresentam como um conjunto de alternativas de seleção para a produção da mensagem.
▪ As línguas naturais são códigos, assim como seus correspondentes escritos. Por isso a necessidade
de que remetente e destinatário compartilhem, em algum grau, o mesmo código para que se
comuniquem.
▪ É necessário que remetente e destinatário compartilhem em algum grau o mesmo código para
que haja comunicação. Caso os falantes não compartilhem o mesmo código, não haverá
comunicação.
▪ Além de um contexto e de um código partilhável por
remetente e destinatário, é também preciso um contato, um
canal, uma conexão entre ambos que permita a
comunicação.
▪ Contato se refere, então, ao meio pelo qual a mensagem é
transmitida
▪ A função de linguagem preponderante quando a atenção
se volta para o contato é a função FÁTICA, aquela que testa
se o canal está funcionando, ou que também inicia,
prolonga ou interrompe a comunicação.
ORIENTAÇÃO 
CENTRADA NA 
MENSAGEM 
FUNÇÃO 
POÉTICA
▪ Para que a comunicação da mensagem seja eficaz, é preciso
contexto, código e contato entre remetente e destinatário. Tem-se
um remetente que envia uma mensagem a um destinatário, a
função da linguagem quando ela se vira para a própria
mensagem é a função POÉTICA da linguagem.
▪ A linguagem pode ter predominância da função poética mesmo
que não se trate de um poema, muita das vezes fazendo uso de
aliterações e/ou assonâncias.
▪ ALITERAÇÃO→ Repetição de um som consonantal ao longo do
poema ou da prosa, visando a um efeito estilístico (GOLDSTEIN,
2005, p. 50).
▪ ASSINÂNCIA→ Efeito estilístico conseguido com a repetição
ritmada de uma mesma vogal tônica (Fonte: Dicionário eletrônico
Houaiss da língua portuguesa 3.0).
▪ Jakobson disse que não devemos “confinar a poesia à função poética”. Isso
quer dizer que temos poemas em que há outra função predominante que não
a poética. Na poesia épica, por exemplo, em que o foco é aquilo de que se
fala (ou de quem se fala), a função predominante é a referencial; na lírica, em
que a primeira pessoa sobressai, a função de linguagem predominante é a
emotiva.
▪ Para entendermos melhor a função poética, devemos recordar a relação
sintagma e paradigma de Saussure. Porque a função poética está na maior
atenção para a seleção que se faz das expressões linguísticas, bem como da
combinação para sua articulação. Essa escolha, que se reflete no eixo
sintagmático, revela a centralidade da própria mensagem, da maneira como
ela é realizada. Afinal, como estamos observando, esse cuidado maior com a
mensagem acaba por revelar-se nas aliterações, nas assonâncias, nos jogos
de palavras, nas rimas e demais recursos estilísticos da linguagem
▪ Essas seis funções da linguagem são isoladas para fins de análise. Na prática,
em geral, o que encontramos são textos que apresentam várias dessas
funções. O que há é uma hierarquia das funções, o que faz com que, num
dado texto, encontremos uma função predominando sobre as demais.
▪ Dadas essas funções correspondentes a cada elemento do ato comunicativo,
Jakobson apresenta o seguinte esquema de funções da linguagem:
▪ Nas aulas de Fonética vimos que Jakobson distinguia os fonemas por meio de traços articulatórios.
▪ Ao se mudar para os Estados Unidos, Jakobson passa a se interessar pelas propriedades acústicas dos sons, influenciado pelos
estudos da área de telefonia. Foi assim, com a mais alta tecnologia de então, que Jakobson e Troubetzkoy conseguiram dissecar
as diferenças entre os fonemas como consequência de combinações de traços mínimos, binários. A partir disso, passou-se a
considerar um nível de análise ainda abaixo daquele dos fonemas: os traços distintivos. Daí a ideia de que a língua se organiza
em graus de complexidade, em que um nível mais básico se organiza para formar unidades de um nível superior.
▪ Coube ao próprio Jakobson mostrar que a fonologia acústica não era apenas uma representação útil para os fins ‘técnicos’ que
haviam levado à sua descoberta; ele mostrou que a assimilação progressiva dos traços permite reconstituir as etapas que a
criança percorre na aquisição da linguagem, assim como define a ordem em que se dá sua perdanos falantes acometidos de
afasia. Ao fazê-lo, ele mostrou que no nível dos traços e dos fonemas funcionam alguns processos combinatórios que tiram
partido de duas relações fundamentais: a contiguidade e a similaridade, as mesmas relações que, em outros níveis, garantem o
funcionamento da gramática, e dão origem a figuras de linguagem fundamentais, da metáfora e da metonímia... Seria difícil
imaginar uma concepção de linguagem mais coesa (ILARI, 2007, p. 74-75).
▪ Assim, a grande revolução operada pela noção de traços (ou feixes) distintivos reverberou nos diversos campos de saber
tratados por Jakobson
▪ As repercussões das ideias de Jakobson não são poucas, e ainda contemporaneamente suas
influências podem ser sentidas na semiótica, na psicanálise, na antropologia, nos estudos
literários, de aquisição da linguagem e de tradução.
▪ Em tradução, é importante ressaltar sua solução para o problema criado por um estruturalismo
radicalizado. Afinal, levando às últimas consequências a ideia de língua como sistemas
fechados em si mesmos, poderíamos ter um falante preso ao seu próprio código, o que levaria
à impossibilidade de tradução de um sistema para outro, de um código para outro.
▪ Como resposta a esse impasse, Jakobson então afirma que:
1) Tudo pode ser expresso, em qualquer língua humana;
2) As línguas não se distinguem por aquilo que podem dizer, uma vez que todas as línguas
podem dizer qualquer coisa;
3) As línguas se distinguem por aquilo que nos obrigam a dizer (por exemplo: o falante de
inglês é obrigado a dizer se está diante de um porco (animal vivo, pig), ou se está diante de
um prato de carne de porco (porc)).

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