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20211 - Design e Sustentabilidade (ON)

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31/03/2021 Ead.br
https://unifacs.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_693364_1&PAR… 1/37
DESIGN E DESIGN E 
SUSTENTABILIDADESUSTENTABILIDADE
Me. Renata Cr ist ina de Souza Chatalov
I N I C I A R
31/03/2021 Ead.br
https://unifacs.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_693364_1&PAR… 2/37
introdução
Introdução
No contexto desta unidade, será abordada uma introdução ao design
sustentável. Para isso, iremos trabalhar tópicos essenciais, como a educação
ambiental e a de�nição do desenvolvimento sustentável. Nesse sentido, serão
apresentados os principais marcos da questão ambiental: Conferência de
Estocolmo, Rio 92, Rio+10, Rio+20.
Dentro do conceito de desenvolvimento sustentável, serão apresentados os
Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS), que são metas para o ano de
2030. Ao término da unidade, veremos a de�nição e as formas do design
sustentável.
31/03/2021 Ead.br
https://unifacs.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_693364_1&PAR… 3/37
O avanço tecnológico das últimas décadas, aliado ao arranjo de sociedade
consumista, vem aumentando a demanda por novos produtos por parte da
indústria. Uma prática que tem gerado cada vez mais resíduos, os quais, em sua
maioria, não são biodegradáveis.
O estilo pode de�nir a durabilidade de um produto, pois pode �car “fora de
moda” em um curto espaço de tempo. As tendências podem colaborar com as
vendas de uma empresa, mas frequentemente é um problema para a
sustentabilidade (BRANDÃO, 2007).
O que compramos hoje pode rapidamente ser substituído por outro produto,
sem levar em consideração os impactos ambientais negativos que esse resíduo
poderá gerar. Com isso, há o comprometimento ambiental para as gerações
futuras.
Introdução ao Design SustentávelIntrodução ao Design Sustentável
31/03/2021 Ead.br
https://unifacs.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_693364_1&PAR… 4/37
Dessa forma, surge o conceito de design sustentável, que, para Pazmino (2007),
é uma forma que pode ser utilizada com o intuito de minimizar os impactos
ambientais, além de aumentar os objetivos econômicos e propor valores de
responsabilidade sem prejudicar o meio ambiente.
Sob essa visão, o design inicia-se pelo desenvolvimento de uma ideia, é
concretizado por meio de um projeto e busca solucionar os problemas
originados pelas necessidades humanas. A satisfação das necessidades
humanas tem como principal característica a manutenção do bem-estar, sendo
esse formulado em um sistema que objetiva a produção de objetos
intermediados pelo modo capitalista de produção, que privilegia o novo em
detrimento do antigo, alimentando o ciclo de criação, uso e descarte de
artefatos subsidiados pela lei da obsolescência programada.
Diante da preocupação atual com as questões de sustentabilidade, o design tem
o desa�o de produzir cada vez mais para atender às necessidades humanas e a
saiba mais
Saiba mais
Você sabe o que é obsolescência programada?
“Trata-se de uma técnica utilizada por fabricantes para forçar a compra de novos
produtos, mesmo que você já os tenha e estejam em perfeitas condições de
funcionamento” (MARTINEZ, 2019, on-line).
Para saber mais sobre esse tema, acesse a matéria O que é obsolescência
programada, de Marta Martinez.
ACESSAR
https://www.ecycle.com.br/1721-obsolescencia-programada
31/03/2021 Ead.br
https://unifacs.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_693364_1&PAR… 5/37
obrigação de levar em consideração os requisitos ambientais para a criação de
novos produtos.
Educação Ambiental
A Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente Humano, realizada em
Estocolmo em 1972, abordou tópicos importantes no que diz respeito à
educação ambiental, com o intuito de preparar o ser humano para viver em
harmonia com o meio ambiente (BARBIERI, 2016). A partir deste encontro, a
educação ambiental passou a ser considerada em praticamente todos os fóruns
relacionados à temática do desenvolvimento e meio ambiente.
A Carta de Belgrado, aprovada em um desses fóruns, a�rma que a meta da
educação ambiental é desenvolver uma população mundial consciente e
preocupada com o meio ambiente para atuar individual e coletivamente na
procura por soluções para os problemas atuais, bem como para práticas
prevencionistas a novos problemas. Para Barbieri (2016), a educação ambiental
tem os seguintes objetivos:
Fazer com que as pessoas e grupos sejam conscientes e sensíveis em
relação a questões e problemas ambientais.
Propor conhecimentos sobre o meio ambiente, principalmente no que
diz respeito às atividades humanas e suas atividades.
Propor sentimentos e valores que motivem as pessoas a se tornarem
ativos em prol do meio ambiente, bem como pensar na busca de
soluções para problemas ambientais.
Propor as habilidades que uma participação ativa requer.
Propor programas de educação ambiental.
Promover o senso de responsabilidade e de urgência com respeito às
questões ambientais que incentive ações para sua resolução.  
Segundo o Tratado de Educação Ambiental para Sociedades Sustentáveis e
Responsabilidade Global, a educação ambiental é percebida como sendo um
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processo de aprendizado permanente, com base no respeito a todas as formas
de vida e que vise contribuir para a formação de uma sociedade justa e
ecologicamente equilibrada (MMA, 2019, on-line). A educação ambiental visa
estimular na formação de sociedades equilibradas socialmente e
ecologicamente, nas quais se tem a responsabilidade individual e coletiva.
Desenvolvimento Sustentável
Segundo Maurice Strong, no prefácio do livro de Ignacy Sachs, o conceito básico
de desenvolvimento sustentável foi manifestado na conferência de 1972 e na
época foi designado como “abordagem do ecodesenvolvimento” (SACHS, 1993),
e depois renomeado com a denominação atual. Para Strong, que foi o
secretário-geral da Conferência de Estocolmo, o desenvolvimento sustentável só
será alcançado se três critérios essenciais forem obedecidos ao mesmo tempo,
a saber: equidade social, prudência ecológica e e�ciência econômica.
Para Raynaut e Zanoni (1993, p. 7), o ecodesenvolvimento signi�ca:
[...] desenvolvimento endógeno e dependente de suas próprias forças,
tendo por objetivo responder problemática da harmonização dos
objetivos sociais e econômicos do desenvolvimento com uma gestão
ecologicamente prudente dos recursos e do meio.
Dessa forma, de acordo com Montibeller Filho (1993), o desenvolvimento,
quando voltado para as necessidades sociais mais abrangentes, é referente à
melhoria da qualidade de vida da maior parte da população e ao cuidado com a
preservação ambiental como uma responsabilidade para com as gerações
futuras.
Assim, o desenvolvimento sustentável só será alcançado se três critérios
fundamentais forem atendidos simultaneamente: equidade social, prudência
ecológica e e�ciência econômica (SACHS, 1993).
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No ano de 1980, o documento Estratégia Mundial para Conservação da
Natureza, elaborado em conjunto pela União Internacional para Conservação da
Natureza (IUCN), pelo Programa de Meio Ambiente das Nações Unidas (PNUMA)
e pelo World Wildlife Fund (WWF), de�niu sustentabilidade como uma
característica de um processo ou estado que pode manter-se inde�nidamente
(DIAS, 2017).
Em abril de 1987, a Comissão Brundtland, como �cou conhecida, publicou um
relatório inovador, Nosso Futuro Comum – que traz o conceito de
desenvolvimento sustentável para o discurso público, considerado altamente
inovador para aquela época (ONU, 2019). Segundo Brundtland(1987, p. 46), é:
“[...] aquele que atende às necessidades do presente sem comprometer a
possibilidade de as gerações futuras atenderem as suas próprias necessidades”.
Essa de�nição apresenta a necessidade em se administrar o crescimento
populacional e de controlar o esgotamento dos recursos naturais (OLIVEIRA,
2005).
De acordo com o Relatório Brundtland (1987), em um mundo em que a
desigualdade e a pobreza não são mais inevitáveis, o desenvolvimento
sustentável deve privilegiar o atendimento das necessidades básicas de todos,
oferecendo oportunidades de melhoria de qualidade de vida para a população
no presente e no futuro.
Apesar de não de�nir quais são as necessidades do presente nem quais
serão as do futuro, o relatório chamou a atenção do mundo sobre a
importância de se encontrar novas formas de desenvolvimento
econômico, sem redução e danos ao meio ambiente. Além disso, o
relatório de�niu três princípios básicos a serem cumpridos:
desenvolvimento econômico, proteção ambiental e equidade social.
Colocando o desenvolvimento sustentável como um processo de
mudança no qual a exploração dos recursos, o direcionamento dos
investimentos, a orientação do desenvolvimento tecnológico e a
mudança institucional estão em harmonia e reforçam o futuro para
satisfazer as necessidades humanas. Mesmo assim, o referido relatório
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foi amplamente criticado por apresentar como causa da situação de
insustentabilidade do planeta o descontrole populacional e a miséria
dos países subdesenvolvidos, colocando como um fator secundário a
poluição ocasionada nos últimos anos pelos países desenvolvidos
(BARBOSA, 2008, p. 20).
Todos esses levantamentos apresentados pela Comissão levaram à realização
da Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e o Desenvolvimento
(CNUMAD), realizada em 1992, no Rio de Janeiro, a Rio-92.
praticar
Vamos Praticar
1) No Relatório da Comissão Mundial sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento, é
tratada a busca pelo desenvolvimento sustentável, a�rmando-se que, para se alcançar
a sustentabilidade, é necessário que a base de recursos naturais da Terra seja
conservada e melhorada.
Fonte: Nações Unidas Brasil (on-line).
Sobre os objetivos das políticas ambientais e desenvolvimentistas, assinale V para
alternativas verdadeiras e F para falsas.
I. (     ) Integrar a economia e o meio ambiente em processos decisórios.
II. (     ) Preservar um nível populacional sustentável.
III. (     ) Propor mudanças na qualidade do desenvolvimento.
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IV. (     ) Manter e melhorar a base de recursos.
Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta.
a) V, V, V, V.
b) F, F, V, F.
c) F, F, V, V.
d) V, F, F, V.
e) V, V, V, F.
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Após a Organização das Nações Unidas (ONU) lançar, no ano de 1987, o
relatório Nosso Futuro Comum na comissão Mundial sobre o Meio Ambiente e
Desenvolvimento, o conceito de desenvolvimento sustentável na sociedade
passou a ser discutido com maior frequência. No ano de 1994, John Elkington
criou o Triple Bottom Line, conhecido como o tripé da sustentabilidade (DIAS,
2017).
Esse tripé é formado por três princípios: social, econômico e ambiental. Para
que a sustentabilidade seja alcançada, é preciso que esses fatores estejam
integrados. Para Sachs (1993), as empresas devem abordar aspectos:
Sociais: incorporam as pessoas e suas condições de vida, como
educação, saúde, violência e lazer, dentre outros aspectos.
Ambientais: referem-se aos recursos naturais do planeta e à forma
como são utilizados pela sociedade, comunidades ou empresas.
Sustentabilidade AmbientalSustentabilidade Ambiental
31/03/2021 Ead.br
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Econômicos: relacionados à produção, distribuição e consumo de bens
e serviços. A economia deve considerar a questão social e ambiental.
Levando em consideração que o conceito de desenvolvimento deve ser ético e
contemplar aspectos sociais, é preciso buscar o progresso atendendo às
necessidades das gerações atuais e vindouras, respeitando as condições
ambientais.
O Relatório Brundtland foi um marco na evolução do desenvolvimento
sustentável, que tem por intuito conciliar a proteção ambiental com o
desenvolvimento socioeconômico, visando melhorar a qualidade de vida para
humanidade.
A sustentabilidade leva em conta as necessidades humanas. E o grande desa�o
hoje para a humanidade talvez seja encontrar um conjunto de transições
interligadas para uma situação mais sustentável. De acordo com Barbieri e
Cajazeira (2009), o desenvolvimento sustentável está apoiado nos seguintes
pilares: 
1. Sustentabilidade social: trata-se da equidade na distribuição dos bens
e da renda para melhorar os direitos e as condições da população e
reduzir as distâncias entre os padrões de vida das pessoas.
2. Sustentabilidade econômica: consiste na distribuição e na gestão
e�ciente dos recursos produtivos, bem como no �uxo regular de
investimentos público e privado.
3. Sustentabilidade ecológica: consiste na busca pelo aumento da
capacidade de carga do planeta e para evitar danos ao meio ambiente,
principalmente os causados pelos processos do crescimento
econômico.
4. Sustentabilidade espacial: refere-se ao equilíbrio do assentamento
humano rural/urbano.
5. Sustentabilidade cultural: busca o respeito pela pluralidade de
soluções particulares especí�cas a cada ecossistema, cada cultura e
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cada local.
Sendo assim, o termo sustentabilidade é referente a quanto temos uma
característica em que temos que preservar, isto é, quanto se tem a possibilidade
em se bene�ciar de algo e, ao mesmo tempo, mantê-lo.
Enquanto a sustentabilidade ambiental se trata da maneira como o homem
utiliza os recursos naturais e proporcione soluções de maneira que não haja
agressão ao meio ambiente e garanta a sua utilização para gerações vindouras.
O termo “sustentabilidade ambiental” está ligado ao termo “desenvolvimento
sustentável”, que tem por intuito utilizar os produtos do meio ambiente sem sua
destruição ou extinção, ao mesmo tempo garantindo o desenvolvimento
econômico e social.
Os Limites do Planeta
O planeta Terra entrou em sobrecarga pela primeira vez no início da década de
1970. Desde então, o “Dia de Sobrecarga da Terra” tem sido assinalado cada vez
mais cedo. Isso signi�ca que atualmente existe uma demanda 1,7 vezes superior
à capacidade de regeneração dos ecossistemas, ou seja, anualmente a
humanidade usa os recursos equivalentes de 1,7 planetas Terra (WWF, 2018, on-
line).
Podemos observar na Figura 1.1 que, no ano 2000, em 5 de outubro, a Terra
passa a “operar no vermelho”. No ano de 2018, a data passou para 1º de agosto,
e, no ano de 2019, a Terra irá entrar no vermelho no dia 29 de julho.
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Pegada Ecológica
Segundo Dias (2017), a pegada ecológica se trata de um indicador ambiental de
caráter integrador do impacto que exerce uma certa comunidade humana, seja
no país, cidade ou região, que considera os recursos necessários, bem como os
resíduos gerados para manutenção do modelo produtivo e do consumo da
comunidade.
Dessa forma, a pegada ecológica é a área de terreno necessária para produzir
os recursos consumidos e para assimilar os resíduos gerados por uma
população determinada com um modo de vida especí�co,onde quer que se
encontre essa área.
A pegada ecológica foi de�nida em 1996 por William Rees e Mathis Wackernagel
no Canadá, Universidade da Colúmbia Britânica, no livro: Our Ecological Footprint:
Reducing Human Impact on the Earth (DIAS, 2017). Trata-se de uma ferramenta
da contabilidade de recursos naturais para que se possa medir a
sustentabilidade.
Uma pegada ecológica apresenta quem está consumindo quais recursos e em
que quantidades, isto é, até que ponto estão sendo consumidos os recursos
naturais mais rapidamente do que a sua capacidade de regeneração. A
Figura 1.1 - Dias desde o ano 2000 que a Terra entra no vermelho 
Fonte: Adaptado de WWF (2019, on-line).
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resultante dessa conta é o indicador do impacto ambiental que é exercido sobre
o planeta.
Segundo Dias (2017, p. 52), o cálculo da pegada ecológica leva em consideração
os seguintes aspectos:
Para produzir qualquer produto, independentemente do tipo de
tecnologia utilizada, necessitamos de um �uxo de materiais e energia,
produzidos em última instância por sistemas ecológicos.
Necessitamos de sistemas ecológicos para reabsorver os resíduos
gerados durante o processo de produção e o uso dos produtos �nais.
Ocupamos espaço com infraestruturas, moradias, equipamentos etc.
reduzindo, desse modo, a superfície dos ecossistemas produtivos.
Com o cálculo em mãos, é possível planejar o uso dos recursos naturais
de forma mais consciente, menos predadora.
Resumindo: a pegada ecológica refere-se à quantidade de água e terra que é
necessária para sustentar as gerações atuais, tendo em vista todos os recursos
materiais e energéticos que são gastados por certa população.
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O que é Desenvolvimento Sustentável?
O conceito de desenvolvimento sustentável tem se difundido como uma
proposta para equilibrar necessidades atuais satisfatórias, sem comprometer a
manutenção das gerações futuras (CMMAD, 1988).
A preocupação cada vez mais frequente dos políticos e do público em geral são
o tamanho e a distribuição da população e a sustentabilidade das atividades
humanas. Entre as grandes preocupações, está o destino da Terra e das
comunidades ecológicas que a ocupam. Entretanto, muitos fatores permanecem
desconhecidos e imprevisíveis, e esse fato pode nos levar a uma situação pior,
porém avanços da tecnologia podem levar a tornar uma atividade insustentável
em sustentável (TOWNSEND, 2010). Assim, o conceito de desenvolvimento
sustentável surge propondo um novo modo de vida. O que antes trazia uma
perspectiva puramente ecológica agora incorpora condições econômicas e
sociais.
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No documento �nal da Rio+20, foi decidido elaborar os Objetivos do
Desenvolvimento Sustentável (ODS), constituídos por um grupo de trabalho que,
após três anos de discussão, aprovou por consenso o documento
transformando nosso mundo: a Agenda 2030 para o desenvolvimento
sustentável. A Agenda 2030 consiste em uma declaração, os 17 ODS e as 169
metas. Os 17 objetivos, conforme Figura 1.2, são (NAÇÕES UNIDAS, 2019 on-
line):
1. Erradicação da pobreza: acabar com a pobreza em todas as suas
formas, em todos os lugares. Esse ODS aborda a questão da
minimização da pobreza, bem como meios para sua erradicação.
2. Fome zero: visa acabar com a fome, promovendo ações de agricultura
sustentável e segurança alimentar.
3. Saúde de qualidade: busca a promoção da qualidade de vida,
promovendo o bem-estar em todas as idades.
4. Educação de qualidade: tem como principal objetivo a educação para
todos, garantindo o direito da educação inclusiva e a promoção de
oportunidades de aprendizagem ao longo da vida para todos.
5. Igualdade de gênero: visa alcançar a igualdade de gênero e empoderar
todas as mulheres e meninas.
6. Água potável e saneamento: busca ações de gestão sustentável da
água, bem como saneamento básico para todos.
7. Energia acessível e limpa: visa à garantia de novas fontes de energia,
bem como o acesso a todos.
8. Emprego digno e crescimento econômico: tem por princípio o
crescimento econômico sustentado, inclusivo e sustentável, o emprego
pleno e produtivo e o trabalho decente para todos.
9. Indústria inovação e infraestrutura: tem como objetivo a inovação na
indústria por meio de processos mais sustentáveis.
10. Redução das desigualdades: tem por objetivo diminuir a desigualdade
entre todos.
11. Cidades e comunidades sustentáveis: visa tornar as cidades mais
inclusivas, com processos sustentáveis.
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12. Consumo e produção responsáveis: visa garantia de consumo e
processos produtivos mais sustentáveis, promovendo ações para
estimular o consumo sustentável.
13. Combate às alterações climáticas: tem como objetivo promover ações
para reduzir as mudanças climáticas, bem como suas consequências
para a população.
14. Conservação e uso sustentável dos oceanos, dos mares e dos recursos
marinhos para o desenvolvimento sustentável: tem como objetivo
formas de minimizar os impactos ambientais nos oceanos, visando à
perpetuação de espécies e ecossistemas.
15. Proteger, recuperar e promover o uso sustentável dos ecossistemas
terrestres: visa gerir de forma sustentável as �orestas, combater a
deserti�cação, deter e reverter a degradação da terra e deter a perda
de biodiversidade.
16. Promover sociedades pací�cas e inclusivas para o desenvolvimento
sustentável: visa proporcionar o acesso à justiça para todos e construir
instituições e�cazes, responsáveis e inclusivas em todos os níveis.
17. Fortalecer os meios de implementação e revitalizar a parceria global
para o desenvolvimento sustentável: visa estimular as parcerias
mundiais em prol da sustentabilidade.
Figura 1.2 - Objetivos do desenvolvimento sustentável 
Fonte: Nações Unidas (2019, on-line).
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Pode-se observar que houve vários antecedentes ao desenvolvimento
sustentável e que, no ano de 2015, a partir da publicação dos ODS, espera-se
uma sociedade e organizações pautadas em sustentabilidade.
praticar
Vamos Praticar
Um dos objetivos do desenvolvimento sustentável (ODS) é, até o ano 2030, acabar com
as epidemias de AIDS, tuberculose, malária e doenças tropicais negligenciadas e
combater a hepatite, as doenças transmitidas pela água e outras doenças
transmissíveis. Nesse sentido, assinale a alternativa que indique corretamente o que
se refere esse objetivo:
Fonte: Nações Unidas (on-line).
a) Saúde e bem-estar.
b) Fome zero e agricultura sustentável.
c) Vida na água.
d) Redução das desigualdades.
e) Vida Terrestre.
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Podemos a�rmar que o movimento ambiental teve início há séculos em
resposta à industrialização. No entanto, um marco importante foi a publicação
do livro de Rachel Carson: Primavera silenciosa, no ano de 1962, que deu
notoriedade ao movimento e fez um alerta sobre o uso dos pesticidas e a
necessidadeem proteger o meio ambiente.
No ano 1968, foi constituído o Clube de Roma, que envolveu 30 cientistas de 10
países desenvolvidos interessados em discutir a questão ambiental. Esses
pesquisadores tiveram como objetivo analisar os problemas decorrentes do
crescimento na época em que estudaram, além do crescimento, a
industrialização e a degradação ambiental.
No ano de 1972, tivemos a Conferência de Estocolmo, que foi um grande
encontro internacional com o objetivo de discutir os problemas ambientais.
Seus desdobramentos foram a elaboração da declaração de Estocolmo, com 26
princípios, e a criação do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente
Marcos Históricos daMarcos Históricos da
SustentabilidadeSustentabilidade
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(PNUMA) (RIBEIRO, 2001). Nessa conferência, a poluição do ar já preocupava a
comunidade cientí�ca. Também foram tratadas a poluição da água e a do solo
provenientes da industrialização e a pressão do crescimento demográ�co sobre
os recursos naturais.
Vinte anos depois, aconteceu a Conferência das Nações Unidas sobre o Meio
Ambiente e Desenvolvimento (CNUMAD), também conhecida como Cúpula da
Terra, ou Eco-92, realizada no Rio de Janeiro em 1992, com representantes de
179 países que discutiram, no período de 14 dias, os problemas ambientais
globais e estabeleceram o desenvolvimento sustentável como uma das metas a
serem alcançadas pelos governos e pelas sociedades em todo o mundo (DIAS,
2017).
Dessa maneira, a Rio-92 resultou em cinco documentos, a saber (SEIFFERT,
2011):
A Declaração do Rio de Janeiro sobre Meio Ambiente e
Desenvolvimento;
A Declaração de Princípios para a Gestão Sustentável das Florestas;
O Convênio sobre a Diversidade Biológica;
O Convênio sobre as Mudanças Climáticas;
O Programa das Nações Unidas para o século XXI, mais conhecido
como Agenda 21.
Desses documentos, o destaque principal é a Agenda 21, que constitui um
instrumento de planejamento para a construção de sociedades sustentáveis, em
diferentes bases geográ�cas, que concilia métodos de proteção ambiental,
justiça social e e�ciência econômica (MMA, 2019 on-line).
No ano de 1997, durante um período extraordinário de sessões da Assembleia
Geral da ONU, foi realizada a Rio+5, que tinha por objetivo analisar a execução
da Agenda 21 aprovada na Rio-92. Após um período de decisões, ocorridas em
virtude das divergências entre os Estados acerca de como �nanciar o
desenvolvimento sustentável no plano mundial, foram obtidos alguns acordos,
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tratados no documento �nal, de 58 páginas, que consistem em (DIAS, 2017, p.
39):
adotar objetivos juridicamente vinculantes para reduzir a emissão dos
gases do efeito estufa, os quais são causadores da mudança climática;
avançar com mais vigor para modalidades sustentáveis de produção,
distribuição e utilização de energia;
focar a erradicação da pobreza como requisito prévio do
desenvolvimento sustentável.
Dez anos depois, no ano de 2002, ocorreu a Rio+10, em Joanesburgo, na África
do Sul, chamado de Cúpula Mundial sobre o Desenvolvimento Sustentável, que
buscou reavaliar e implementar as conclusões e as diretrizes da Rio-92. Nessa
conferência, foram reconhecidas a importância e a urgência da adoção de
energias renováveis em todo o planeta e considerou-se legítimo que os blocos
regionais de países estabelecessem objetivos e prazos para cumprir as metas
propostas na conferência. No entanto, não conseguiu �xá-las para todos os
países, o que foi uma derrota, atenuada apenas pela decisão de que o progresso
na implementação de energias renováveis fosse revisto periodicamente pelas
agências e instituições especializadas das nações (SEIFFERT, 2011).
Vinte anos depois da Eco 92, no ano de 2012, no Rio de Janeiro, tivemos a
Rio+20, que teve o objetivo de renovar o compromisso dos líderes mundiais
com o desenvolvimento sustentável do planeta. O documento �nal produzido
pela conferência, que recebeu o nome de O Futuro que Nós Queremos, cita as
principais ameaças ao planeta: deserti�cação, esgotamento dos recursos
pesqueiros, contaminação, desmatamento, extinção de milhares de espécies e
aquecimento global, e deverá ser adotado pelas principais lideranças mundiais
(ALENCASTRO, 2012).
O Quadro 1.1 apresenta um resumo dos marcos importantes para a concepção
do desenvolvimento sustentável. 
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Ano Acontecimento (marco)
1962
A bióloga Rachel Carson publica o livro Primavera silenciosa, o
qual teve uma  grande repercussão pública e expôs os perigos
da utilização do DDT.
1968
Grupo de empresários, educadores e cientistas se reuniram em
Roma com o objetivo de discutir os limites de crescimento.
1972
Ocorre a Conferência de Estocolmo (Suécia), resultando na
declaração de um plano de ação para o Meio Ambiente
Humano. Essa conferência foi a primeira que buscou preservar
o meio ambiente, pois, naquela época, acreditava-se que o meio
ambiente era uma fonte inesgotável e a relação homem com a
natureza era desigual – de um lado, os seres humanos
gananciosos tentando satisfazer seus desejos de conforto e
consumo; de outro, a natureza com toda a sua riqueza e
exuberância, sendo a fonte principal para as ações dos homens.
1987
É publicado o Relatório Brundtland, documento que descreve o
desenvolvimento sustentável como: o desenvolvimento que
satisfaz às necessidades presentes, sem comprometer a
capacidade das gerações futuras de suprir suas próprias
necessidades. Esse conceito é difundido e utilizado até os dias
atuais.
1992
Ocorre a Eco-92 (Rio-92), conferência de chefes de estado
organizada pelas Nações Unidas e realizada na cidade do Rio de
Janeiro, no Brasi. Seu objetivo foi debater os problemas
ambientais mundiais.
1997 É redigido e aprovado no Japão o Protocolo de Kyoto, o qual
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Quadro 1.1 - Resumo dos marcos importantes da sustentabilidade 
Fonte: Adaptado de Silva e Queiroz (2011).
praticar
Vamos Praticar
No ano de 1987, foi publicado o Relatório Nosso Futuro Comum, que apresentou a
necessidade de elaboração de estratégias de desenvolvimento de todos os países.
Acerca desse assunto, avalie as seguintes asserções e a relação proposta entre elas.
Fonte: Nações Unidas Brasil (on-line).
criou diretrizes para amenizar o impacto dos problemas
ambientais causados pelos modelos de desenvolvimento
industrial e de consumo vigentes no planeta.
2002
Ocorre a Rio+10: Joanesburgo (África do Sul), evento que reuniu
representantes de 189 países, além da participação de centenas
de Organizações Não Governamentais (ONGs). As discussões na
Rio+10 não se restringiram somente à preservação do meio
ambiente, englobando, também, aspectos sociais.
2012
Ocorre a Rio+20 (Rio de Janeiro). Uma das grandes discussões
da conferência foi sobre o papel de uma instância global que
seja capaz de unir as metas de preservação do meio ambiente
com as necessidades contínuas de progresso econômico, ou
seja, progredir sem agredir o meio ambiente.
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I. O desenvolvimento sustentável busca estabelecer uma sintonia do homem com a
natureza.
PORQUE
II. O desenvolvimento sustentável precisa bene�ciar uma minoria em detrimento de
uma maioria.
Acerca dessas asserções, assinale a alternativa correta:
a) As asserções I e II são proposições verdadeiras, e a II é uma justificativa da I.
b) As asserções I e II são proposições verdadeiras, mas a II não é umajustificativa da I.
c) A asserção I é uma proposição verdadeira, e a II é uma proposição falsa.
d) A asserção I é uma proposição falsa, e a II é uma proposição verdadeira.
e) As asserções I e II são proposições falsas.
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Para Pazmino (2007), o design sustentável tem como principal característica
projetar soluções que garantam a manutenção do meio ambiente para as
gerações futuras e, com isso, incorpora mais dois outros aspectos do design,
que são: design social e ecodesign.
O design social tem como característica principal o design voltado para a
sociedade, na qual precisa atender às necessidades de indivíduos
desfavorecidos, social, cultural e economicamente. Além disso, atua em áreas
em que se tem pouco interesse dos designers. Precisa ser economicamente
viável e socialmente bené�co (PAZMINO, 2007), priorizando os aspectos sociais
nos estágios do processo produtivo e garantindo a qualidade de vida para o
indivíduo.
Enquanto o ecodesign surge do encontro de projetar e o meio ambiente e
compõe um modelo projetual orientado por critérios ecológicos (PAZMINO,
2007), o produto projetado dentro desses parâmetros do design deve ser
Sustentabilidade Ambiental eSustentabilidade Ambiental e
Design SustentávelDesign Sustentável
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ecologicamente bené�co e economicamente viável, possibilitando, assim, a sua
concorrência no mercado com os demais produtos e podendo mensurar seus
benefícios ambientais.
Dessa forma, já existem no mercado muitas organizações que estão optando
por fazer um “redesign” dos seus produtos, tornando produtos já existentes no
mercado em ecológicos. Entretanto, um produto ecológico, na maioria das
vezes, já é planejado com tal objetivo desde o processo de concepção, de
criação, em que são de�nidos os tipos de materiais que serão utilizados, como
será o processo de fabricação, a utilização e o descarte do produto.
É importante salientar que não adianta escolher materiais que sejam
biodegradáveis, mas que, para produzi-los, o custo seja muito alto ou tenha que
queimar muito combustível. Nesse caso, o produto só teria a aparência de
ecológico, mas não seria de fato.
Então, temos o conceito e aplicação do design sustentável, que se trata de um
processo mais abrangente e complexo que contempla características do design
social e eco design. Assim o produto deve ser ecologicamente correto,
economicamente viável e socialmente equitativo.
Manzini (2008, p. 36) de�ne design sustentável como: “[...] o design estratégico
para a sustentabilidade envolve a concepção e o desenvolvimento de tal forma
que o consumo dos recursos ambientais seja reduzido e que as qualidades dos
contextos de vida sejam regeneradas”.
Assim, produtos e sistemas sustentáveis precisam considerar as qualidades dos
contextos de vida, sendo que elas são o resultado do cuidado de todas as
pessoas que ali vivem. A qualidade dos contextos de vida envolve a proteção do
ambiente natural, a renaturalização dos alimentos, a redução da demanda de
produtos e o desenvolvimento de redes.
O design for environment ou projeto para o meio ambiente se trata de um
modelo de gestão situado na criação de produtos, processos produtivos,
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distribuição e utilização. Para Barbieri (2016), esse modelo teve início da década
de 1990, em resposta às preocupações de empresas que estavam buscavam
incluir as preocupações ambientais nos seus esforços de desenvolvimento de
produtos.
O design sustentável busca integrar um conjunto de atividades que visam à
conservação de recursos naturais, prevenção de acidentes e segurança dos
trabalhadores e consumidores, prevenção na gestão de resíduos. Dessa forma,
o design sustentável visa melhorar o desempenho do projeto em relação ao
meio ambiente, à saúde, à segurança e aos objetivos de sustentabilidade ao
longo do ciclo de vida do produto e processo.
O design sustentável é baseado em inovações de produtos e processos que
minimizam a poluição em todas as fases do ciclo de vida do produto. Essas
inovações exigem a participação de todos os segmentos da empresa:
fornecedores, colaboradores, transportadora, canais de distribuição e outros,
além de novos arranjos organizacionais para minimizar ou solucionar con�itos
reflitaRe�ita
Dentro do design sustentável, há a preocupação com o produto desde sua ideia até sua
disposição �nal adequada.
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entre os diferentes segmentos da organização envolvidos com a inovação, como
pesquisa, produção, compras, marketing e �nanças. A ideia desse modelo é
reduzir os problemas ambientais na fase de projeto, pois as di�culdades e,
consequentemente, os custos para efetuar modi�cações crescem após a
conclusão do processo de inovação.
Para organizar as atividades de design sustentável, temos quatro estratégias
apresentadas por Barbieri (2016), a saber:
1. Projeto para desmaterialização: busca minimizar a quantidade
necessária de materiais de um produto, bem como como a energia
correspondente, e considera o ciclo de vida do produto.
2. Projeto para desintoxicação: visa diminuir ou eliminar a toxicidade,
periculosidade e características que são prejudiciais de um produto,
incluindo seu processo produtivo, utilização e resíduos.
3. Projeto para revalorização: procura recuperar, reciclar e reutilizar
resíduos materiais e energia gerados em cada fase do ciclo de vida do
produto.
4. Projeto para a renovação e proteção do capital: busca garantir a
segurança, integridade, vitalidade, produtividade e continuidade dos
recursos humanos, naturais e econômicos necessários para manter o
ciclo de vida do produto.
Como critérios de sustentabilidade, o design sustentável traz como benefícios:
Redução das dimensões físicas dos produtos.
Minimização dos componentes.
Substituição de matéria-prima menos agressiva ao meio ambiente.
Substituição de componentes tóxicos nos produtos.
Eliminação de resíduos tóxicos gerados nos processos de produção.
Utilização de solventes, tintas e outros produtos à base de água.
Disposição dos resíduos perigosos de maneira segura.
Melhoria do processo produtivo.
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Minimização do uso de soldas e adesivos.
Utilização de peças comuns a diferentes produtos.
Redução de operações intensivas em água ou reciclagem da água
utilizada.
Substituição de fontes de energia não renováveis por fontes
renováveis.
Redução das emissões de gases de efeito estufa.
praticar
Vamos Praticar
Em um mercado no qual a concorrência é muito grande, o design sustentável pode ser
agregado ao produto como um diferencial. Existe um novo per�l de consumidor no
mercado, chamado consumidor verde. Essas pessoas têm como principais
características pagar mais caro por um produto ambientalmente responsável, pois não
adquirem produtos sem o selo de produto ecologicamente responsável e preferem
produtos com embalagens recicláveis e biodegradáveis, entre outros
comportamentos.
COMARU, Lucas Fernandes. Uma Re�exão Sobre a Importância do Design Sustentável
para o Meio Ambiente. Revista Cientí�ca Multidisciplinar Núcleo do
Conhecimento, ed.. 9, ano 02, v. 5, p. 58-73, dez. 2017.
Podemos observar em nossos estudos, que existem inúmeras vantagens nos produtos
sustentáveis. Acerca desse assunto, leia as a�rmativas a seguir:
i. Substituição de matérias-primas mais agressivas ao meio ambiente.
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ii. Conquista de novos consumidores.
iii. Minimização de impactos ambientais.
iv. Otimização do processo produtivo.
É correto o que se a�rma em:
a) I e II, apenas.
b) II e III, apenas.
c) I, II e III, apenas.
d) II, III e IV, apenas.
e) I, II, III e IV.
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indicações
Material Complementar
LIVRO
Gestão ambiental: responsabilidade social e
sustentabilidade
Reinaldo Dias
Editora: Atlas
ISBN: 978-85-97-01033-6
Comentário: Esse livro aborda questões importantes
sobre a gestão ambiental, tais como marcos da questão
ambiental, consciência ambiental, desenvolvimento
sustentável, a questão das empresas e meio ambiente,
produção mais limpa e ecoe�ciência.
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FILME
Home
Ano: 2009
 Comentário: Trata-se de um �lme dirigido pelo fotógrafo
e ambientalista Yann Arthus-Bertrand, que apresenta
várias imagens de inúmeros locais do nosso planeta. A
narração apresenta o con�ito entre processos produtivos
e hábitos de consumo atrelados à capacidade dos
ecossistemas, trazendo uma re�exão sobre
sustentabilidade.
T R A I L E R
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conclusão
Conclusão
No contexto desta unidade, apresentamos aspectos introdutórios ao design
sustentável. Foram estudados o desenvolvimento sustentável e os seus
desdobramentos, que chamamos de os marcos das questões ambientais. E
vimos os principais pontos na trajetória ambiental, tais como: Conferência de
Estocolmo, Rio-92, Rio+10 e Rio+20, discussões importantes para o
desenvolvimento sustentável.
Também vimos a de�nição de design sustentável, bem como sua importância
para as organizações, no que diz respeito ao planejamento de produtos de
produtos sustentáveis, desde as etapas da concepção, processo produtivo,
utilização e geração de resíduos até a destinação �nal.
referências
Referências Bibliográ�cas
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IMPRIMIR
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