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TEXTO DIDÁTICA DO ENSINO

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TEXTO: “DIDÁTICA DO ENSINO: UMA EXPERIÊNCIA ÉTICA, 
CONSTRUTIVA E RELACIONAL.” 
José Genilson Romão Neto 
Sabe-se que o contexto educacional perpassa um número significativo de desafios 
para compor esse processo, sendo que estes têm uma série de habilidades e competências 
que estão intrinsicamente ligadas as relações na sala de aula, professor e aluno, professor 
conhecimento e aluno conhecimento, considerando que por trás desses títulos de docente 
e discente, são seres que trazem uma base de conhecimentos e que fortalecem a própria 
situação didática. Tal base, necessita-se da utilização de métodos e metodologias para o 
devido êxito na didática, e que são duas perspectivas distintas, sendo que o método é o 
arcabouço teórico que serve de subsídios para instrumentalizar as formas de conhecer o 
objeto, o método estatístico é um exemplo claro. Já a metodologia em seu contexto, é a 
técnica que usa para conhecer este objeto, é o como vai ser realizado. 
Considerando que a didática é uma ciência e que foi construída ao longo do tempo, 
vale ressaltar que na idade média, a centralidade era voltada a fé em um deus, a qual 
estaria ligado às crenças e culturas, o próprio teocentrismo e a autoridade centrada na 
religião onde considera um deus como o centro de tudo e a metafísica sendo aquilo que 
não se pode provar. A própria ciência é vinculada ao experimento e experiência, 
Experimento trata-se de um trabalho científico que se destina a verificar um fenômeno 
físico e a Experiência pode ser considerado hipóteses formadas pelos sentidos humanos, 
tentativas, ensaios, provas. Um depende do outro. Já a empiria deriva da experiência e 
que partindo do senso comum humano foram formadas várias indagações e conduzidas 
para respostas conclusivas sociais. Porém existe um termo que define o modo de pensar 
atribuído apenas à razão, ao pensamento lógico, conhecido como racionalismo, a qual 
mostra a diferença das pessoas que partiam sempre pelo pressuposto da fé que diferente 
da razão, seguia fortemente suas crenças e culturas e tomavam decisões baseadas em uma 
doutrina religiosa e suas fundamentações “bíblicas”. Todos estes conceitos possibilitam 
refletir se em uma “racionalidade do século XXI seria possível olhar o outro e ver a si?”, 
podemos concluir que relativamente é possível, desde que os seres pensantes tenham uma 
mente aberta e que todo processo em seus respectivos momentos temporários, sofrem 
mutações e mudanças muitas vezes radicais e que para olharmos para outras pessoas e 
nos colocarmos naquele lugar, precisamos ser empáticos e entendendo basicamente o 
pensamento e opiniões distintas. 
Diante de um contexto tão discutido nos últimos anos, a ética na docência, pode-
se afirmar que é uma habilidade necessária, composta pelo respeito na política da 
instituição de ensino, opinião dos discentes, entre outras. O respeito e uma mente aberta 
resume bem o conceito de ética nesta profissão. A bioética visando uma vida humana ou 
até mesmo animal e ambiental responsável, estuda e investiga as condições necessárias 
para gerir essas vidas, procurando soluções para a falta de ética em várias situações. E 
nessa perspectiva, para o desenvolvimento de determinada ciência é imprescindível 
efetivar uma rede de conhecimentos que relacionam, partilham informações e agregam 
conhecimentos. A temática ética é fundamental e como tem uma abordagem transversal, 
é necessário a presença nas grades de todos os cursos de ensino superior, refletindo como 
resiliência á futuros profissionais e agregando valores á formação humana. O professor 
que tem sua ética enraizada nos seus valores antigos e padronizados, não permite e não 
adequa ao contexto de uma sala de aula supostamente moderna. 
Atualmente, em uma rede de ensino a tecnologia tem muita força para a eficácia 
de um docente e principalmente para a formação de sujeitos, de maneira que possibilita 
ao professor assumir um papel de mediador de conhecimento e que por meio da 
tecnologia o aluno pode adquirir e aprofundar os mesmos, pois o leque de informações 
ofertadas significa muito neste processo, além de desenvolver a autonomia destes. A 
revisão do caráter prescritivo é como uma ordem ou determinação de algo, já a construção 
interage em um conjunto de partes que formam determinado conceito ou algo concreto, é 
nessa perspectiva que paralelo ao setor educacional, as unidades escolares e os 
profissionais tornam estes ambientes como processos construtivos de saberes, deixando 
para trás a ideia de que somente o professor sabe e que o aluno deve apenas escutar. 
Sabe-se que a escola já não é o único ambiente de aprendizagem. Percebe-se 
também que o professor não é mais o detentor do conhecimento, mas apenas um 
facilitador e mediador do processo como supracitado. A partir desses enfoques se introduz 
novos elementos para fomentar as discussões sobre o perfil da docência, requerendo uma 
visão mais crítica, criativa, participativa, empreendedora, inovadora com habilidades e 
competências para atuar de forma dinâmica e compatível com essa nova realidade onde 
toda a informação necessária está disponível tornando o conhecimento cumulativo 
dispensável. 
Ao longo do processo educacional foram redesenhadas os papeis e seus níveis de 
importância tanto do professor como do aluno, alguns discursos focam no aluno como 
protagonista de sua aprendizagem, dele ser autônomo e ser desafiado aos objetivos 
pedagógicos, isto é correto, porém, o docente não perde ou não pode perder esse título, 
pois ele auxilia na sistematização do conhecimento, na indicação precisa de leituras, 
tarefas, orientações. O desafio é justamente esse, o planejamento, pois precisa reconhecer 
o nível de protagonismo de ambos e não escolher um protagonista e um secundário. Esse 
contexto é relativamente ligado as metodologias utilizadas, como uma sala de aula 
invertida, que o aluno produz, simula e tem uma experiência real, neste processo o 
professor detém o poder de colaborar com seus conhecimentos, acrescentando valores a 
toda produção. O Fliped Classroom é o termo americanizado que em sua tradução é a 
Sala de Aula Invertida (SI), como exemplo, permite o docente enviar determinado assunto 
antes da aula para que no momento da mesma, professor e alunos, tenham uma predição 
de conhecimento para debate mais profundo sobre a temática. Uma aula deve-se tornar 
um berço de emoções, como diz o pesquisador Deleuze “Uma aula é uma espécie de 
matéria em movimento”, pois o aluno recorre as outras ferramentas, outras informações, 
e isso mobiliza todos os agentes envolvidos. 
Nos três cenários apresentados de diferentes alunos (A, B e C), um que apresenta 
facilidade em contextualizar os objetivos educacionais apresentados pelo docente, outro 
que por ser atleta de vôlei precisa sair mais cedo da aula, mas que é dedicado e apresenta 
seu melhor em tudo que faz, porém não tem ajuda do professor, pois o mesmo é sempre 
ocupado e por fim aquele que atende sempre as demandas e exigências dos professores 
visando sempre a nota final, decorando conteúdos, mas, do que se aprende não sabe 
significar ou até mesmo ressignificar. Neste contexto, pode-se destacar a heterogeneidade 
de uma sala de aula, com um número significativo de alunos e cada um com suas 
especificidades. É diante dessa perspectiva que o planejamento do professor se torna cada 
vez mais desafiador, pois o mesmo necessita entender essa situação e pensar em seu 
público por meio de estratégias metodológicas para encontrar eficiência em seu processo 
e eficácia em seu resultado final. Mediante o exposto nestas situações, o planejamento de 
uma aula invertida pode ser altamente significativo, porém, o professor deve primeiro 
conhecer seu público por meio de um diagnóstico inicial e a própria convivência para 
pensar e preparar uma aula invertida, a qual consiste de vários mecanismos para realizá-
la. Na preparação das aulas, organiza-seos conteúdos, disponibilizando-os em slides, 
textos para leituras e resumos que são apresentados aos seus alunos antes do momento 
presencial, enviado por alguma plataforma ou meio digital. O professor passa a mediar e 
orientar as discussões e a realização das atividades, agora executadas em sala de aula, 
considerados os conhecimentos e conteúdos acessados previamente pelo estudante fora 
do ambiente da sala de aula. Neste momento, o professor pode explorar o seu tempo de 
sala de aula, para consolidar conhecimentos no intuito de orientá-los e esclarecer as suas 
dúvidas, bem como apoiá-lo no desenvolvimento do seu aprendizado. Nos ex post da aula 
invertida, podemos destacar ações como avaliação, revisão dos conteúdos, aplicação de 
teorias que são realizados pelos estudantes, que após o processo de Fliped Classroom 
perde o título de aluno passivo e torna-se um aluno ativo. Com isso, o leque para produção 
de conhecimentos se expande, ao ponto que além do aluno ter como opção apenas o 
professor em quatro paredes (como método tradicional) e encontra meios para produzir 
mais conhecimentos, seja por meio da tecnologia e sua variedade de mecanismos, 
pesquisas em livros ou ambientes educacionais e etc. Já os meios de compartilhamento, 
bem como a criação e direitos, estão interligados nos canais de exposição que podem ser 
considerados para utilização, pressupondo escolhas em redes sociais que permitem uma 
abertura maior para o respectivo público ou/em plataformas digitais que restringem a 
participação apenas aquela turma. Em relação as dificuldades que a sala de aula invertida 
venha á encontrar, o engajamento do aluno seria talvez o ponto chave para o êxito dessa 
metodologia e que esse seja crítico para determinada aprendizagem, para realização desta, 
exige a adoção de provocadoras estratégias pedagógicas para que o estudante seja 
impulsionado ao aprendizado ativo e dinâmico, engajado com seus pares sociais e que as 
possibilidades são imensas a execução desta estratégia, debates, projetos, simulações, 
trabalhos em grupos, resolução de cases. 
Como experiência vivenciada em minha vida educacional, destaco um professor 
que utilizou e alinhou seu planejamento para turma, escolheu uma plataforma digital, o 
google classroom, enviava o conteúdo antes de suas aulas e preparava debates e rodas de 
conversas em grupos para aprofundar aquelas temáticas e consolidava por meio de 
dinâmicas e avaliações o conhecimento adquirido em ambas as fases. Kahoot, Menti, 
também foram softwares utilizados ao decorrer do semestre. Lembro-me com muita 
precisão, que essa experiência foi de grande relevância para minha formação enquanto 
administrador e até mesmo congregou valores para minha formação humana. Nessa 
perspectiva, é notório que a SI além de ser exitosa, possibilita alinhar a várias outras 
metodologias, até mesmo a aula expositiva, isto apresenta ao docente mesclar e mediante 
determinada turma, escolher a que mais produza e engaje a respectiva turma. 
A didática do ensino como experiência ética, construtiva e relacional, é um salto 
de qualidade efetivo na rede educacional de qualquer lugar, pois rompe com tradições 
que em sua maioria não apresenta resultados esperados e corrobora com um público que 
detém de uma série de fatores benéficos para seu processo educacional, pedagógico e em 
suas entrelinhas, despertas valores de responsabilidade, comprometimento e autonomia 
ao ser humano.

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