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Perguntas e respostas sangramento uterino anormal (SUA)

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Letícia Nano - Medicina Unimes 
 
Perguntas sangramento uterino anormal 
 
1. Qual é a definição de menstruação (normal)? 
2. Quais são as principais características do ciclo menstrual que devem ser avaliadas na anamnese 
ginecológica? 
3. Qual é a definição de Sangramento Uterino Anormal (SUA)? 
4. Como o ciclo menstrual pode ser classificado quanto à frequência? 
5. A ausência de menstruação pode ser considerada amenorreia a partir de quanto tempo? 
6. Diferencie metrorragia de menorragia. 
7. Qual a diferença entre “escapes menstruais” e metrorragia? 
8. Como o SUA pode ser classificado? 
9. Quais são as etiologias mais comuns de SUA de acordo com a idade/período biológico? 
10. Qual é a principal fisiopatologia de SUA? 
11. Porque ocorre o SUA em ciclos anovulatórios? 
12. Porque os ciclos anovulatórios e o hiperestrogenismo aumentam as chances de câncer de endométrio? 
13. De exemplos de causas ovulatórias no SUA. 
14. Como o SUA pode aumentar a predisposição à vulvovaginites? 
15. Quais são as principais causas de SUA relacionado a gravidez? 
16. Qual é o sintoma mais comum nos leiomiomas uterinos? 
17. Quais são os tipos de leiomiomas que mais causam sangramento? 
18. Quais são as formas sintomatológicas dos leiomiomas? 
19. Como os leiomiomas podem ocasionar SUA? 
20. O que é adenomiose? 
21. Quais são as formas sintomatológicas da adenomiose? 
22. Porque a presença de ectropia cervical deve requisitar mais cuidado? 
23. Quais enfermidades ginecológicas podem ocasionar sangramento pós coito? 
24. Qual a principal causa de sangramento pós menopausa? 
25. Dê 3 exemplos de patologias sistêmicas que podem ocasionar SUA. 
26. Quais os períodos mais comuns de sangramento uterino disfuncional? E qual as causas? 
27. Quais são os objetivos do diagnóstico do SUA? 
28. Qual sigla melhor classifica as possíveis etiologias do SUA no diagnóstico? 
29. Quais são os exames laboratoriais complementares mais importantes? 
30. Quais os exames de imagem mais importantes no SUA? 
31. Qual exame de imagem é considerado padrão ouro para investigação de alterações endometriais no SUA? 
Como é realizado? 
32. Qual são os objetivos do tratamento do SUA? 
33. Quais são os possíveis tratamentos para a fase aguda do SUA? 
34. Quais são os possíveis tratamentos para evitar reicidivas do SUA? 
35. Qual é o efeito dos medicamentos à base de progesterona para o tratamento de SUA? 
36. Qual o mecanismo de ação dos antiinflamatórios não esteroidais no tratamento do SUA? 
37. Qual o mecanismo de ação das pílulas anticoncepcionais combinadas no tratamento do SUA? 
38. Qual o mecanismo de ação dos análogos de GnRH e seu uso no tratamento do SUA? 
39. Qual é o critério de elegibilidade do uso de contraceptivos orais combinados? 
40. Qual a indicação para o tratamento cirúrgico do SUA? Como são realizados? 
 
 
 
 
 
 Letícia Nano - Medicina Unimes 
 
Repostas 
1. Sangramento cíclico, decorrente da descamação do endométrio que se repete a cada 25 a 35 dias, com 
duração de 3 a 7 dias e com perda sanguínea equivalente a 20 a 80 ml. 
2. Frequência, duração, regularidade, volume do sangramento e sangramentos intermenstruais. 
3. O Sangramento Uterino Anormal (SUA), agudo ou crônico, é definido como o sangramento proveniente do 
corpo uterino, com anormalidade, seja na sua regularidade, no volume, na frequência ou duração. 
4. Polimenorreia: ciclos com intervalos menores que 25 dias (frequência maior de ciclos em um determinado 
período). 
Oligomenorreia: ciclos com intervalos maiores que 35 dias (frequência menor de ciclos em um determinado 
período). 
5. A partir de 3 meses sem menstruar. 
6. Menorragia é o aumento do fluxo e volume menstrual (>80ml). Já metrorragia é o sangramento irregular 
que ocorre de forma não cíclica, também chamado de intermenstrual. 
7. O termo “escape” é mais empregado quando o sangramento intermenstrual ocorre sob o uso de 
anticoncepcionais orais, e estão relacionados à alterações e irregularidades hormonais. 
8. Sangramentos anormais relacionados à gravidez, de origem orgânica (ginecológica ou não) e origem 
disfuncional. 
9. Infância: os sangramentos uterinos são anormais. A maior parte do sangramento pélvico é proveniente da 
vagina, principalmente em vulvovaginites. Pode-se considerar também demais causas como neoplasias, 
corpos estranhos ou abuso sexual. 
Puberdade: o sangramento é principalmente proveniente de ciclos anovulatórios e defeitos na coagulação 
sanguínea. DST´s e gestações não devem ser desconsideradas. 
Período reprodutivo: principalmente por gravidez e DST´s e leiomiomatose e pólipos endometriais. 
Perimenopausa: principalmente por causa disfuncional devido a ciclos anovulatórios, e possibilidade 
também de neoplasias benignas e malignas. 
Menopausa: maioria dos casos por atrofia do endométrio e vagina por ausência de estrogênio, e também 
pode ocorrer neoplasias ulcerativas. 
10. Ciclos anovulatórios. 
11. Sem a ocorrência da ovulação, não há a produção de progesterona. O contínuo estado de não oposição da 
progesterona à proliferação endometrial estrogênica, leva ao sangramento. O endométrio tem sua 
proliferação aumentada, sem a maturação que ocorre na fase secretora (por influência da progesterona), e 
descama por consequência, ou emenda no próximo ciclo, aumentando ainda mais sua espessura e sendo 
mais favorável à descamação. 
12. Os ciclos anovulatórios assim como à estimulação excessiva do endométrio pelo estrogênio estimulam a 
proliferação epitelial do endométrio, com aumento na frequência de divisões celulares, por consequência, 
aumento da chance de mutações, metaplasias, displasias, e por fim, neoplasias. 
13. Sangramento da ovulação, descamação irregular, sangramento pré menstrual e insuficiência corpo lúteo. 
14. O sangue possui pH neutro, enquanto o pH da vagina é naturalmente ácido. A alteração do pH favorece a 
proliferação exacerbada de bactérias da flora vaginal. 
15. Abortos, gravidez ectópica e doença trofoblástica gestacional. 
16. Sangramento. 
17. Submucoso e intramural com componente submucoso. 
18. Menorragia. 
19. O crescimento dos leiomiomas é associado ao aumento da vascularização local, e sua expansão( 
principalmente o submucoso) pode ocasionar necrose na parede contralateral por compressão do 
endométrio, ocasionando sangramento. A expansão dos leiomiomas também pode prejudicar a contração 
uterina, diminuindo o mecanismo normal de “pinçamento de artérias” e, portanto, aumentando o volume 
do sangramento. 
20. É a infiltração de tecido endometrial no miométrio. 
21. Hipermenorragia e dismenorreia. 
22. Pois o epitélio endocervical exteriorizado sofre com as alterações de pH vaginal, sendo mais propenso à 
metaplasias ,mutações celulares e ação do HPV. 
 Letícia Nano - Medicina Unimes 
 
23. Pólipos endocervicais, ectropia cervical e demais infecções cervicais. 
24. Atrofia do endométrio por falência ovariana. 
25. Coagulopatias, hipotireoidismo, SOP. 
26. Extremos da vida menstrual, pós menarca e pré menopausa. As causa comuns são os ciclos anovulatórios, no 
pós menarca devido à imaturidade do eixo hipotalâmico-hipofisário-ovariano, e na pré menopausa devido à 
insuficiência folicular (esgotamento dos folículos). 
27. O objetivo é confirmar a origem uterina do sangramento, qualificá-lo para orientar o diagnóstico etiológico, 
afastar primariamente as causas orgânicas (pensar nos disfuncionais depois), e possibilitar o tratamento. 
28. PALM- COEIN. 
29. βHCG, hemograma, coagulograma, função tireoidiana e hormônios sexuais (hipofisários e ovarianos). 
30. USG pélvico e transvaginal e histeroscopia. 
31. Histeroscopia. É realizada a introdução de uma óptica através da vagina e e ilumina a cavidade uterina, 
proporcionando imagens de alta resolução do endométrio. A videohisteroscopia pode ser diagnóstica oucirúrgica. A diagnóstica orienta o lugar a ser biopsiado futuramente, e a cirúrgica permite a realização de 
polipectomia, miomectomia, lise de sinéquias intrauterinas, septoplastia e ablação endometrial. 
32. Manter a estabilidade hemodinâmica, evitar anemias, retornar o ciclo menstrual normal e evitar os efeitos 
prolongados dos ciclos anovulatórios. 
33. Administração de altas doses de estrogênio(cicatrizante), progestagênios de altas doses, curetagem 
uterina(tanto diagnóstica quanto terapêutica), agentes antifibrinolíticos , tamponamento uterino e 
histerectomia. 
34. AINE´s, anticoncepcionais orais combinados, progestagênios isolados, análogos de GnRH e Sistema Uterino 
Liberador de Levonorgestrel (“DIU mirena”). 
35. A administração de progesterona de uso contínuo induz a atrofia endometrial, consequentemente reduzindo 
a ação estrogênica sobre a proliferação endometrial. Pode ser indicado tanto em mulheres anovulatórias 
como nas ovulatórias. 
36. O uso de AINES reduz a síntese de prostaglandinas e , portanto, ocasiona vasoconstrição e redução do 
sangramento. 
37. A combinação de estrógeno e progesterona ocasiona principalmente a atrofia endometrial, redução de 
síntese de prostaglandinas e da atividade fibrinolítica endometrial. 
38. Os análogos de GnRH são substâncias derivadas de modificações moleculares no GnRH, que em altas doses 
(e de modo contínuo, sem picos) causam desensibilização do gonadotrofo e inibem a liberação hipofisária 
com consequente inibição da função ovariana. O uso de análogos de GnRH também é chamado de 
menopausa química pois inibe a ovulação e induz ao hipoestrogenismo total. É realizado principalmente 
antes de cirurgias, como na retirada de miomas grandes ou sangramentos intensos. 
39. O uso de contraceptivos orais combinados deve ser evitado em pacientes com enxaqueca com áureas, 
tabagistas, trombofilias, suspeita de gravidez ou câncer de mama ou de ovário prévios etc. 
40. O tratamento cirúrgico do SUA é indicado quando o tratamento hormonal oral é ineficaz ou contraindicado. 
Pode ser realizada a histerectomia ou ablação endometrial. A histerectomia consiste na retirada do útero, 
quando não há mais desejos reprodutivos pela paciente, e pode ser realizado via vaginal, laparoscópica ou 
laparotômica. Já a ablação endometrial é reversível, consiste na destruição do endométrio, incluindo sua 
camada basal, impedido sua regeneração. Pode ser realizada via histeroscopia ou não, com diversos 
métodos como laser, balão térmico, radiofrequência... É o melhor método cirúrgico com melhor relação 
custo-benefício.

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