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AULA 01 – 26/02/2021 BENS PÚBLICOS E CONTRATOS ADMINISTRATIVOS RESPONSABILIDADE DO ESTADO: Assunto que estuda o dever estatal da administração pública de indenizar o particular por prejuízos causados por ações ou omissões praticadas por seus agentes no exercício de suas funções administrativas. 1ª Fase de responsabilidade do estado – vigorou até 1863.: Teoria feudal ou teoria regaliana Nesse período vigorava a monarquia, na qual o rei era representante de Deus na terra e suas vontades tinham força de lei. Dessa forma, os danos eram vontade das divindades, portanto incabível o dever de indenização em face de erros. 2ª Fase de responsabilidade do estado – 1874 a 1946: Teoria da Responsabilidade Subjetiva: Há responsabilidade subjetiva pelo Estado, na qual tinha por base o dolo e a culpa, existindo a realização de indenização desde que a vítima comprovasse quatro requisitos: ato; dano; nexo causal e dolo/culpa. 3ª Fase de responsabilidade do estado Teoria da Responsabilidade Objetivo Há responsabilidade objetiva pelo Estado, na qual tinha por base a realização de indenização desde que a vítima comprovasse três requisitos: ato; dano e nexo causal. Atualmente, no Brasil, vigora-se a responsabilidade objetiva do Estado, baseada na noção de risco. Obs: Há exceções. Divide-se em duas teorias: Teoria do Risco Integral (Radical) e Teoria do Risco Administrativo. A primeira não trabalha com excludentes de responsabilidade, já a segunda admite hipóteses em que o Estado é afastado de realizar indenização. Exemplo: Teoria do Risco Integral: Aplicada diante de dano ambiental (OAB e Doutrinadores). Teoria do Risco Administrativo: Não haverá aplicação de indenização pelo Estado em virtude de culpa exclusiva da vítima; ato de terceiro ou força maior. · CULPA CONCORRENTE: Não se trata de excludente de responsabilidade. Nesse caso, a vítima e o agente público atuam simultaneamente para o dano. Atua como fator de redução da responsabilidade do Estado. Obs: Nesses casos realiza-se prova pericial para verificar o grau de culpa de cada ente, abatendo-se valores daquele que possui menor grau de culpa. Exemplo: Acidente de trânsito entre carro particular e ambulância. · DANOS DECORRENTES DE OMISSÃO O Estado responde tanto pela ação e pela omissão que causa danos. A corrente majoritária do STJ, entende que o prejuízo decorrente de omissão se trata de responsabilidade subjetiva. Assim, tem que ser provado quatro requisitos: ato; dano; nexo causal e dolo/culpa. Nesse caso há inversão do ônus da prova, não sendo obrigação da vítima provar o dolo/culpa. A corrente majoritária do STF, entende que em se tratando de omissão prevista em lei (omissão específica), a responsabilidade do Estado é objetiva do tipo risco administrativo. · Há responsabilidade do Estado ante atos lícitos ou ilícitos. · Prejuízos causados por fuga de criminoso: Posicionamento do STF E STJ: Se durante a fuga, o criminoso gera prejuízos a particular, o Estado deve indenizar. Todavia, ultrapassada a fuga, não cabe mais responsabilidade do Estado. · Responsabilidade das Concessionárias de serviço público: Exemplo: Prestadora de serviço de ônibus. Posição do STF: As concessionárias respondem de forma direta (Primária) e objetiva em face de usuários e não usuários. O Estado responde de forma subsidiária. · Danos causados sobre pessoas ou bens guardados pelo Estado: Exemplo: presidiário morto em cela. Há responsabilidade do Estado. · Ação Regressiva Princípio da Indisponibilidade: A propositura da ação regressiva, quando possível é um dever imposto à administração pública. É possível após a sentença transitada em julgado proposta pela vítima. Obs: A vítima não pode propor ação diretamente contra o agente público Obs: O estado tem que provar dolo/culpa do agente, ou seja, trata-se de responsabilidade subjetiva. Obs: Para a proposta de ação regressiva, o agente não pode ter sido denunciado na lide. · Prazo prescricional da vítima x Estado: STF: 5 anos a partir do dano. · Responsabilidade subjetiva do Estado
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