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- @dhara_gabisl 1 O NADH produzido durante a glicose (citosol) não podem cruzar a membrana mitocondrial interna para entrar na cadeia transportadora de elétrons. Para que o NADH citológico possa “ceder a sua energia ao ATP”, ingressam na mitocôndria somente se use elétrons e H+, já que o NADH não pode fazê-lo. Isso é possível graças a moléculas citosólicas que atuam como “lançadeiras”. Assim, uma lançadeira após captar dois elétrons e um H+ do NADH (mais outro H+ do meio), os conduz até a mitocôndria, onde os transfere a outra molécula. Em seguida retorna sem eles para o citosol, ficando disponível para nova transferência. A lançadeira do malato aspartato é um conjunto de reações que transporta os equivalentes de redução produzidos no citosol durante a glicólise ao interior da mitocôndria. Funciona essencialmente no fígado, rim e coração. A membrana mitocondrial interna é impermeável ao NADH, de modo que este precisa ser reoxidado a NAD+, transferindo seus elétrons ao oxalacetato, para que a entrada - @dhara_gabisl 2 do poder redutor na matriz mitocondrial seja possível. Desse modo, a lançadeira malato-aspartato irá desempenhar o papel de transportadora de elétrons. A lançadeira utiliza várias moléculas que também funcionam como intermediários de vias metabólicas importantes como oxalacetato e o malato do ciclo do ácido cítrico. • Mecanismo - NADH citosólico reduz o oxalacetato no citosol, em malato (catalisada pela malato desidrogenase); - Na mitocôndria, o malato é oxidado também por uma outra isoforma de malato desidrogenase, mitocondrial, que utiliza o NAD+ como coenzima; -O oxalacetato produzido pela mitocôndria é transaminado a aspartato; -Esse sai da mitocôndria, pela translocase glutamato-aspartato, e no citosol é regenerado a oxalacetato, por uma aspartato aminotransferase; -O NADH produzido no citosol é regenerado na matriz mitocondrial nesse processo. O resto da lançadeira é responsável pela devolução do oxalacetato a matriz citosólica. - @dhara_gabisl 3 O musculo esquelético e o cérebro utilizam esse sistema de lançadeira de NADH. Ela defere da lançadeira malato aspartato pelo fato de ceder os equivalentes redutores do NADH (via ubiquinona) para o complexo III e não o I, fornecendo assim energia suficiente para sintetizar apenas 1,5 ATP para cada par de elétrons. O segundo caminho para a entrada de elétrons na matriz mitocondrial é a lançadeira glicerol-3-fosfato. Neste caso, elétrons e prótons associados ao NADH+H+, reduzidos na glicólise, são transferidos para a dihidróxiacetona- fosfato, formando o glicerol-3-fosfato no citoplasma. A enzima que catalisa a reação é a glicerol-3-fosfato desidrogenase. Este sistema permite que os NADH+H+ gerados no citoplasma durante a glicólise possam ser usados na CTE que ocorre dentro da mitocôndria. Entretanto, nesse caso, os hidrogênios associados ao NADH+ da glicólise estarão presentes na mitocôndria na forma de FADH2.
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