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2021-1 - PDH - Teoria Psicanálise - 1ª. Parte - Sigmund Freud - Estrutura da Dinâmica da Personalidade.

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1ª PARTE
SIGMUND FREUD
ESTRUTURA DA DINÂMICA DA 
PERSONALIDADE
 HISTÓRICO
 PSICANÁLISE
 TERMOS BÁSICOS: RESISTÊNCIA, ATO FALHO, LAPSOS
 DETERMINISMO PSÍQUICO.
 CONSCIENTE, PRÉ-CONSCIENTE E INCONSCIENTE.
 ESTRUTURA DA DINÂMICA DA PERSONALIDADE: ID, EGO 
E SUPEREGO. 
 OBSTÁCULOS AO CRESCIMENTO: ANSIEDADE.
 CONCEITOS: ATIVAÇÃO E ANSIEDADE.
 SITUAÇÕES PROTÓTIPOS QUE CAUSAM ANSIEDADE: 
PERDAS – OBJETO DESEJADO, AMOR, IDENTIDADE, 
AUTO-ESTIMA.
 DOIS MODOS DE DIMINUIR A ANSIEDADE.
 TRÊS SEDES DA ANGUSTIA COMO INSTÂNCIA 
ADAPTATIVA DO EGO: ANGUSTIAS – REAL, NEURÓTICO E 
MORAL.
 MECANISMO DE DEFESA
 PONTO DE FIXAÇÃO
 CONCEITO: AUTOCONCEITO – AUTO-IMAGEM E AUTO-
ESTIMA.
 TIPOS DE DEFESA: REPRESSÃO, RECALQUE, 
DESLOCAMENTO, FORMAÇÃO REATIVA, ISOLAMENTO, 
NEGAÇÃO, INTROJEÇÃO, PROJEÇÃO, REGRESSÃO, 
RACIONALIZAÇÃO. CONTRAPARTIDA NORMAL DOS 
SENTIMENTOS DE DEFESA: SUBLIMAÇÃO.
 TRANSFERÊNCIA: NEGATIVA E POSITIVA.
 CONTRATRANSFERÊNCIA
 BIBLIOGRAFIA 
 Sigmund Schlomo Freud, mais conhecido como Sigmund
Freud, nasceu em 6 de maio de 1856, Freibergin Mähren,
Morávia, Império Austríaco (atualmente a localidade é
denominada Příbor, pertencente à República Tcheca. De
nacionalidade Austríaco, foi um médico neurologista
judeu-austríaco, fundador da psicanálise e morreu em 23
de setembro de 1939 (83 anos) em Londres (Inglaterra –
Grã-Bretanha).
 Durante quarenta anos viveu em Viena, tendo deixado a
cidade quando os nazistas ocuparam a Áustria.
 Ainda jovem, decidiu ser cientista e com essa ideia
definida matriculou-se na escola de medicina da
Universidade de Viena em 1873, aos dezessete anos, lá se
graduou em 1881.
 Sua permanência na Universidade foi prolongada, não por
dificuldades pessoais, mas pela imensa curiosidade
científica que o levava a acompanhar os cursos de grandes
cientistas e pensadores que lá se encontravam e, em
particular, os cursos de filosofia.
 Freud nunca pensou em clinicar, mas as escassas
recompensas do trabalho científico, as limitadas
oportunidades de progresso acadêmico para um judeu e as
necessidades crescentes da família forçaram-no a exercer a
profissão. Apesar disso, ainda encontrava tempo para
pesquisar e escrever e, suas realizações como pesquisador
médico rapidamente lhe granjearam grande reputação.
 Freud, o interesse pela neurologia levou-o a especializar-se
no tratamento de doenças nervosas e, para aperfeiçoar sua
técnica, estudou durante um ano, com Jean Charcot, o
famoso psiquiatra francês que estava usando a hipnose no
tratamento da histeria.
 Embora Freud tentasse utilizar a hipnose em seus
pacientes, não ficou convencido de sua eficácia. Mas ao
ouvir falar do método de Joseph Breuer, um médico
vienense que curava seus pacientes fazendo-os falar sobre
seus sintomas, Freud o experimentou e o julgou eficiente.
 Breuer e Freud trabalharam juntos nos estudos de alguns
casos de histeria tratados pela técnica de fazer falar o
paciente (1895). Contudo, logo se separaram por causa de
divergência em torno da importância do fator sexual na
histeria.
 Freud sustentava que os conflitos sexuais eram a causa
da histeria, enquanto Breuer mantinha o ponto de vista
tradicional e conservador.
 Freud passou a trabalhar sozinho, desenvolvendo as
ideias que haveriam de fundamentar sua teoria
psicanalítica e que culminaram na publicação da sua
primeira grande obra: A interpretação dos sonhos
(1900).
 Freud comparava a mente humana com uma
montanha de gelo flutuante, em que à parte que se
vê na superfície representa a região da consciência,
enquanto uma porção submersa muito maior
representa a região do inconsciente.
 No vasto domínio do inconsciente se encontram os
impulsos, as paixões, as ideias e os sentimentos
reprimidos – um imenso subterrâneo de forças vitais
e invisíveis que exercem um controle imperioso
sobre os pensamentos e ações conscientes do
homem.
 Sigmund Freud e considerado pai da Psicanálise.
 O termo Psicanálise é utilizado para se referir a uma
teoria, a um método de investigação e a uma prática
profissional.
 Enquanto método de investigação se caracteriza
pelo método interpretativo que busca o significado
oculto do que se manifesta por meio de ações,
palavras ou produções imaginárias, como os
sonhos, os delírios, as associações livres, os atos
falhos.
 Como tratamento, denomina-se análise que busca o
autoconhecimento ou a cura que ocorre através
desse autoconhecimento.
 Resistência: bloqueio ou recusa em revelar lembranças
dolorosas durante uma sessão de livre associação.
 Ato falho (trocas) e lapsos (esquecimentos) de fala que
refletem os motivos inconscientes ou a ansiedade.
 Ato falho: É um equívoco na fala, na memória, em uma
atuação física, provocada hipoteticamente pelo
inconsciente, isto é, através do ato falho o desejo do
inconsciente é realizado. Isto explica o fato de que nenhum
gesto, pensamento ou palavra acontece acidentalmente. Os
atos falhos são diferentes do erro comum, pois este é
resultado da ignorância ou convivência. (Carraro, 2017)
 Freud evidenciou que o ato falho era como sintoma,
constituição de compromisso entre o intuito consciente da
pessoa e o reprimido. (Carraro, 2017)
 Ato falho abrange também erros de leitura, audição,
distração de palavras. São circunstâncias acidentais que
não têm valor e não possuem consequência prática.
(Carraro, 2017)
 Os atos falhos são compreendidos por muitas pessoas como
falta de atenção, cansaço, eventualidade. (Carraro, 2017)
 Lapso: A troca de uma palavra por outra é um lapso, é
uma interpretação.
 Pode-se dizer que o próprio fundamento da interpretação
diz que simplesmente há desejo.
 Não houve apenas lapso, e o sujeito vai associar a partir
desse lapso para tentar dizer: eu troquei uma palavra por
outra, e aí ele mesmo vai dar o sentido do que foi aquilo,
relacionando com um determinado fato, e continua
associando e dando novos sentidos.
 Pode-se afirmar que esse fato de estrutura mostra que
um evento psíquico possa ter várias interpretações.
(Carraro, 2017)
 O corpo é a fonte básica de toda experiência mental.
 Ele esperava o tempo em que todos os fenômenos
mentais pudessem ser explicados com referência direta à
fisiologia do cérebro.
 Freud sentia que seu próprio trabalho era frequentemente
apenas descritivo e que seria superado por pesquisas
aperfeiçoadas em neurologia.
 Freud inicia seu pensamento teórico assumindo que:
 Não há nenhuma descontinuidade na vida mental.
 Ele afirmou que nada ocorre ao acaso e muito
menos os processos mentais.
 Há uma causa para cada pensamento, para cada
memória revivida, sentimento ou ação.
 Cada evento mental é causado pela intenção
consciente ou inconsciente e é determinado pelos
fatos que o precederam.
 É a qualidade momentânea que caracteriza as
percepções externas e internas no conjunto dos
fenômenos psíquicos.
 Destaca-se o fenômeno da percepção do mundo exterior,
a atenção e o raciocínio.
 A consciência seria a função de um sistema, chamado de
percepção-consciência, que está situado na periferia do
aparelho psíquico.
 A consciência desempenha um papel importante na
dinâmica do conflito (evitação consciente do
desagradável, regulação mais discriminada do princípio
de prazer) e do tratamento (função e limite da tomada de
consciência), mas não pode ser definida com um dos
pólos em jogo no conflito defensivo.
 É onde permanecem os conteúdos acessíveis à consciência.
 É uma parte do inconsciente, mas uma parte que pode tomar-se
consciente com facilidade.
 Pode não estar, nesse momento na consciência, mas no momento
seguinte poderá estar.
 As porções da memória que são acessíveis fazem parte do pré-
consciente.
 Estas podem incluir lembranças de tudo o que você fez ontem, seu
segundo nome, todas as ruas nas quais você morou, a data da
conquista da Normandia, seus alimentos prediletos, o cheiro de
folhas de outono queimando, obolo de aniversário de formato
estranho que você teve quando fez dez anos, e uma grande
quantidade de outras experiências passadas.
 É como uma vasta área de posse das lembranças de que a
consciência precisa para desempenhar suas funções.
 A descoberta do inconsciente vem para Freud por
dois caminhos: a experiência clínica pioneira de
Breuer e as experiências com sugestão pós-
hipnótica de Bernheim.
 É a falta de consciente.
 O inconsciente é um sistema do aparelho psíquico
regido por leis próprias de funcionamento e exprime
“o conjunto dos conteúdos não presentes no campo
atual da consciência”.
 Na teoria psicanalítica explica o termo
inconsciente como atividade mental que não está
disponível na consciência, porque ela se refere a
um conteúdo muito ameaçador ao EGO para ser
diretamente reconhecido.
 Há conexões entre todos os eventos mentais.
 Quando um pensamento ou sentimento parece não estar
relacionado aos pensamentos e sentimentos que o
precedem, as conexões estão no inconsciente.
 Uma vez que estes elos inconscientes são descobertos, a
aparente descontinuidade está resolvida.
 As observações de Freud a respeito de seus pacientes
revelaram uma série interminável de conflitos e acordos
psíquicos.
 ID
 Componente biológico da personalidade, utiliza-se
do “princípio do prazer”.
 EGO
 Componente psicológico da personalidade. É o
executivo da personalidade porque controla as
direções da ação, seleciona os aspectos do meio os
quais reagirá e decide quais pulsões a serem
satisfeitos. Obedece ao “princípio da realidade”.
 SUPEREGO
 Componente social da personalidade. É a arma
moral da personalidade, representando mais o ideal
que o real e tende mais à perfeição que ao prazer.
 Processo primário” que está presente no nascimento. Os
recém-nascidos são governados pelo ID, a fonte de motivos e
desejos que está presente no nascimento.
 O ID e o mecanismo fundamental de manifestação do desejo,
forma, no plano do imaginário, o objeto que permitirá sua
satisfação.
 Os desejos não podem satisfazer-se com objetos apenas
alucinatórios, mas é necessário que uma imagem, ou seja,
um objeto alucinatório gerado, para que o EGO, responsável
pelas relações de realidade, possa satisfazê-lo.
 Um desejo corresponde a uma carência que, ao ser
satisfeita, gerará prazer.
 Objetivo do ID é a busca do prazer, a satisfação imediata das
necessidades, não se questiona qualquer aspecto da
adaptação do desejo à realidade física, social ou moral.
 Quando a gratificação demora, como ocorre quando eles
precisam esperar para serem alimentados, os bobês
começam a se ver como separados do mundo externo.
 No ID inexiste o princípio da não-contradição: como não é
dimensionado pela realidade, pode estar presentes desejos
ou fantasias mutuamente excludentes dentro da lógica.
 É atemporal: a única dimensão da vivência é o presente.
 Não é verbal: funciona pela produção de imagens. Num
sonho as imagens são criadas, fragmentadas, deslocadas,
combinadas, de forma a se adequar à satisfação do desejo.
 Não é o inconsciente, mas é, em quase uma totalidade,
inconsciente.
 Os desejos oriundos do ID podem ser percebidos pela
consciência. Quando não sofrem repressão.
 Desenvolve-se durante o primeiro ano de vida.
 O EGO, que representa a razão ou o senso comum.
 Surge com uma instância que se diferencia a partir do
ID, servindo de intermediário entre o desejo e a
realidade.
 Seu objetivo é encontrar modos realistas de gratificar o
ID que sejam aceitáveis para o SUPEREGO.
 O EGO se estrutura com uma nova etapa de adaptação
evolutiva do sujeito.
 Há uma formação pulsional inicial que se desdobra em
estruturas mais sofisticadas a partir da elaboração da
realidade.
 É o setor mais organizado e atual da personalidade. Ela
domina todas às funções lógica do funcionamento
mental.
 O EGO organiza a simbolização, ou seja, a linguagem, o
domínio sobre a fantasia e fornece um instrumento de
reter, elaborar e atuar sobre a realidade física e psíquica.
 A memória e o desenvolvimento do pensamento lógico e
operatório estão aqui contidos.
 É em parte consciente e em outra parte inconsciente.
 Desenvolve-se aproximadamente aos 5 ou 6 anos.
 O SUPEREGO inclui a consciência e incorpora deveres e
proibições socialmente aprovadas ao próprio sistema de
valores da criança.
 É o responsável pela estruturação interna dos valores
morais, ou seja, pela internalização das normas referentes
ao que é moralmente proibido e o que é valorizado e deve
ser ativamente buscado.
 É uma estrutura necessária para o desenvolvimento do
grupo social.
 O SUPEREGO é muito exigente; se suas demandas não são
atendidas, a criança pode sentir-se culpada e ansiosa.
 É em parte consciente e em outra parte inconsciente.
 EGO IDEAL
 Corresponde à internalização dos ideais valorizados
dentro do grupo cultural, os quais o indivíduo deve
ativamente perseguir. Como por exemplo: a honestidade,
a coragem, o desenvolvimento intelectual, a caridade,
outros. Tende a impulsionar o indivíduo na obtenção
destes valores, punindo-o ou criticando-o quando falha
na perseguição destes objetos.
 CONSCIENCIA MORAL
 É a internalização das proibições. Se a honestidade é
valorizada, a sua transgressão acarretará a punição
pelos sentimentos acusatórios.
 O ID dá o nível do desejo, o nível do querer, independente
das possibilidades reais de o desejo ser satisfeito ou não.
O EGO partirá do desejo, da imagem formada pelo
processo primário (ID), para tentar construir na realidade
caminhos que possibilitam a satisfação do desejo. As
proibições morais, oriundas do SUPEREGO, e as
interdições da realidade objetiva.
ID → EGO ← SUPEREGO
← →
↓↑
Realidade
 CONCEITO: ATIVAÇÃO (Weinberg, 2001: 96)
 É uma preparação fisiológica e psicológica geral,
variando em um continuum de sono profunda a uma
intensa agitação.
 É uma mistura de atividades fisiológicas e psicológicas
em uma pessoa e refere-se às dimensões de intensidade
de motivação em um determinado momento.
 A ativação não está automaticamente associada a
eventos agradáveis ou desagradáveis.
 CONCEITO: ANSIEDADE
 É o receio sem objetivos ou relação com qualquer contexto de
perigo, e que se prende, na realidade, a causa psicológica
inconsciente. (Aurélio, 1992).
 Resposta adaptativa do ser humano frente a situações
ameaçadoras, preparando o indivíduo para evitar a ameaça ou
atenuar sua consequência.
 Impacto emocional ou dimensão cognitiva da ativação. (Gould
&Krane, 1992)
 Forma específica de incitação ou ativação. (Maguill, 1988)
 Estado de apreensão e medo, acompanhado de inquietação e
incerteza. (Aurélio, 1992)
 Uma expressão da personalidade de um indivíduo. (Singer, 1968)
 ATIVAÇÃO E ANSIEDADE (Weinberg, 2001: 96)
 É um estado emocional caracterizado por nervosismo, preocupação e
apreensão associado com ativação ou agitação do corpo.
 Tem um componente de pensamento (ansiedade cognitiva) e um
componente de ansiedade somática, que é o grau de ativação física
percebida.
 O estado de ansiedade somática não é necessariamente uma mudança na
ativação física da pessoa, mas sua percepção dessa mudança.
 O principal problema da psique é encontrar maneiras de enfrentar a
ansiedade.
 Esta é provocada por um aumento, esperado ou previsto da tensão ou
desprazer; pode desenvolver-se em qualquer situação (real o imaginada),
quando a ameaça a alguma parte do corpo ou da psique é muito grande para
ser ignorada, dominada ou descarregada.
1. Perda de um objeto desejado
 Por exemplo:
 Uma criança privada de um dos pais, de um amigo íntimo, ou de um animal de
estimação.
2. Perda de amor
 Por exemplo:
 Rejeição, fracasso em reconquistar o amor ou a aprovação de alguém que lhe
importa.
3. Perda de identidade
 Por exemplo:
 Medo de castração, da perda de prestígio, de ser ridicularizado em público.
4. Perda de auto-estima
 Por exemplo: A desaprovação do superego por atos ou trações que resultam em culpa ou ódio
em relação a si mesmo.
 A ameaça desses ou de outros eventos causa ansiedade.
 O primeiro é:
 Lidar diretamente com a situação.
 Resolvemos problemas, superamos obstáculos,
enfrentamos ou fugimos de ameaças, e chegamos a
termo de um problema a fim de minimizar seu impacto.
 Desta forma, lutamos para eliminar dificuldades e
diminuir as probabilidades de sua repetição, reduzindo,
assim, as perspectivas de ansiedade adicional no futuro.
 Deforma ou nega a própria situação.
 O ego protege toda a personalidade contra a ameaça,
falsificando a natureza desta.
 Os modos pelos quais se dão as distorções são
denominados mecanismos de defesa.
 Se o ego é obrigado a admitir sua fraqueza, ele irrompe
em ansiedade.
 ANSIEDADE REALISTICA referente ao mundo externo o
EGO, ANSIEDADE NEURÔTICA referente à força das pai-
xões do ID e ANSIEDADE MORAL referente ao
SUPEREGO. (1933 livro 28, pp. 99-100 na ed. bras.).
 EGO é o responsável pela detecção dos perigos reais e
psicológicos que ameacem a integridade do indivíduo:
 ANGUSTIA REAL: é o sentimento de medo. É o sinal que
mobiliza o indivíduo diante da perspectiva de uma
agressão real.
 ANGUSTIA NEURÓTICO: é o temor existente no Ego de
que o ID, ou seja, os desejos prevaleçam sobre os dados
da realidade.
 ANGUSTIA MORAL: é um sentimento acusatório no qual
sentimos que erramos, que somos maus, em que a única
opção a ser feito é espiar a culpa.
 Proposto inicialmente por Freud, o mecanismo de defesa
pode assumir muitas formas, entre eles as mais comuns
são: repressão, formação reativa, projeção, introjeção,
isolamento, racionalização, negação, sublimação.
 O mecanismo de defesa é uma estratégia que protege o
EGO ou o AUTOCONCEITO de uma ameaça real ou
imaginária.
 Todo ser humano de vez em quando faz uso deles com
um meio de evitar informações indesejadas sobre si
mesmo ou sobre o mundo externo.
 São modos mediante os quais as pessoas
inconscientemente lidam com a ansiedade distorcendo a
realidade.
 De acordo com Freud, diariamente, as três estruturas
(ID, EGO e o SUPEREGO) estão em constante estado de
conflito e quando as demandas do ID ou SUPEREGO
ameaçam dominar o EGO, o resultado é a ansiedade. Se
a solução realista não é possível, o EGO pode,
temporariamente, rduzir a ansiedade distorcendo
pensamentos ou percepções da realidade por processo
que Freud chamou de “Mecanismo de defesa do EGO”.
 Todos os mecanismos apresentam a desvantagem de
distorcer a compreensão individual da realidade, exceto
o mecanismo de SUBLIMAÇÃO.
 Se um dado momento de evolução o sentimento de angústia
(temor ou destruição) é muito forte, ao tentarmos nos ligar a
um objeto, o EGO é obrigado a mobilizar forte mecanismo de
defesa para enfrentá-la, ou seja, mobilizando-o.
 Isto cria um ponto chamado de fixação (um dado momento no
processo evolutivo onde paramos, por não poder satisfazer um
desejo, e onde também paramos por que aí deixamos muita
energia imobilizada).
 O EGO se torna frágil em seu processo evolutivo, porque parte
de sua energia permanece ligada a este momento (do
passado/fase), com isto terá dificuldades em enfrentar novos
momentos críticos (do presente) gerando forte sentimento de
angustia.
 Através da terapia psicanalítico (análise
pessoal/autoconhecimento) tem por objetivo desbloquear este
mecanismo de defesa (ponto de fixação) para que o paciente
volte a ter um melhor qualidade de vida afetiva.
ESQUEMA
 Passado/fase: → EGO → Presente/Evolutivo 
Oral Mecanismo de defesa
 Anal Para relacionar-se com o mundo
 Fálica Negação
Reativa
Regressão 
Sublimação
Outros
 CONCEITO: AUTOCONCEITO
 Segundo Stratton, o autoconceito (1994) se traduz pela
soma total dos modos com que o indivíduo se vê a si
mesmo.
 Considera ainda que o autoconceito tem duas principais
dimensões: um componente descritivo, conhecido como
auto-imagem, e um componente avaliativo, conhecido
como auto-estima, sendo que na prática o termo é mais
empregado para referir-se à dimensão avaliativa da auto-
percepção.
 Para Corona (1990), o autoconceito parte da ideia do
“EU” como uma conscientização primária na vida do
indivíduo e, esta tomada de consciência do “EU” que se
constitui no ponto de partida para a formação ao
autoconceito.
 REPRESSÃO
 Processo que consiste em barrar da consciência qualquer impulso indesejável como
ideias inaceitáveis, memórias ou desejos provindo do ID, deixando-os operar livremente
no inconsciente.
 Por exemplo:
 Reprimir da consciência o desejo sexual pelo genitor do sexo oposto.
 RECALQUE
 O indivíduo “não vê”, “não ouve” o que ocorre. Existe a supressão de uma
parte da realidade. Este aspecto que não é percebido pelo indivíduo faz parte
de um todo e, ao ficar invisível, altera, deforma o sentido do todo. É como se,
ao ler esta página, uma palavra ou uma das linhas não estivesse impressa, e
isto impedisse a compreensão da frase ou desse outro sentido ao que está
escrito.
 Por exemplo:
 É quando entendemos uma proibição como permissão porque não “ouvimos”
o “não”.
 DESLOCAMENTO
 Os impulsos emocionais são redirecionados para um substituto, pessoa ou
objeto geralmente aquele menos ameaçador ou perigoso que a fonte original
de conflito.
 Por exemplo:
 O indivíduo está com raiva do chefe e desloca seu sentimento batendo na
porta.
 FORMAÇÃO REATIVA
 O EGO ao se deparar com um perigo, por conseguinte, reage com sinal de
ansiedade. O temido será o objeto da formação reativa. Se teme o ódio,
apresentará amor e vice-versa. O indivíduo, ao se deparar com uma situação de
ambivalência, demonstra, inconscientemente, o contrário do que está sentindo
por temer que o outro sentimento emirja (amor ou ódio).
 Por exemplo:
 É o caso da mãe que não desejava o nascimento do seu filho. Como o ódio
(inconscientemente) a ameaça, age de forma oposta, atendendo a todos os
desejos do filho. Essa atitude, aparentemente de muito amor, é na realidade o
ódio. A mãe irá prejudicar o filho com esse modo de agir.
 ISOLAMENTO
 Há a separação entre determinado acontecimento (que é liberado conscientemente) e a
emoção que o acompanha. O fato é recordado, mas parece totalmente desprovido de
emoção. A emoção dolorosa a ele relacionada é reprimida.
 Obs.: Atenção de não interpretar o mecanismo de isolamento como afastamento de
pessoas próximas/social.
 Por exemplo:
 Num acidente de carro, quando morre um amigo ou parente, o indivíduo lembra o fato,
mas aparentemente parece não estar sofrendo. A emoção e reprimida, entretanto,
continua existindo (inconscientemente).
 NEGAÇÃO
 Quando o indivíduo nega uma parte da realidade externa desagradável ou indesejável.
 Por exemplo:
 Se não gostamos de determinada atitude de uma pessoa, nós (inconscientemente) a
negamos, ou seja, agimos conscientemente como se ela não existisse.
 Negar o fato de estar lesionado ou doente.
 INTROJEÇÃO
 É o inverso da projeção, significa “voltar-se contra si próprio”.

 Obs.: Esse mecanismo desempenha um importante papel na vida psíquica normal.
 Por exemplo:
 Uma criança que tenha raiva de outra, mas não ousa expressá-la contra o objeto
original, pode agredir a si próprio.
 PROJEÇÃO
 Que leva o indivíduo a atribuir um impulso ou desejo seu a outra pessoa ou objeto
do mundo externo.
 Por exemplo:
 Se o indivíduo tem um impulso que para ele é inaceitável, procura se livrar dele
pela projeção. “Não fui eu que provoquei minha demissão, foi o fulano”.
 O jovem que critica os colegas por serem extremamente competitivos e não se dá
conta de que também o é, às vezes até mais que os colegas.
 REGRESSÃO
 Retornar a um padrão de comportamento que é
característico de um estágio anterior do
desenvolvimento.
 Por exemplo:
Uma criança mais velha ao se deparar com o seu irmão
recém-nascido, sente-se ameaçado (de perder o amor dos
pais), pois os pais estão dando mais atenção ao bebê, à
criança apresenta comportamentos regressivos como:
engatinhar, falar como bebê, colocar o dedo na boca,
querer chupeta, dar comidinha na boca, etc.
 RACIONALIZAÇÃO
 Justificar as ações ou sentimentos de uma pessoa com
explicações de uma pessoa socialmente aceitável, em vez de
conscientemente reconhecer os verdadeiros motivos ou
desejos.
 O indivíduo constrói uma argumentação intelectualmente
convincente e aceitável, que justifica os estados “deformados”
da consciência. Isto é, uma defesa que justifica as outras.
Portanto, o ego coloca a razão a serviço do irracional e utiliza
para isto o material fornecido pela cultura, ou mesmo pelo
saber científico.
 Por exemplo:
 O pudor excessivo, justificado com argumentos morais.
 Justificativas ideológicas para os impulsos destrutivos que
eclodem na guerra, no preconceito e na defesa da pena da
morte.
 SUBLIMAÇÃO
 É o processo através do qual a energia originalmente dirigida para
propósitos sexuais ou agressivos é direcionada para novas finalidades, com
frequência metas artísticas, intelectuais ou culturais.
 A sublimação foi denominada a "defesa bem sucedida“. (Fenichel, 1945)
 A energia sublimada é responsável pelo que denominamos civilização.
 Freud alega que a enorme energia e complexidade da civilização resulta da
pulsão subjacente para achar vias aceitáveis e suficientes para a energia
reprimida.
 A civilização encoraja a transcendência das pulsões originais e, em alguns
casos, os fins alternativos podem ser mais satisfatórios para o id que a
satisfação dos impulsos iniciais.
 A energia sublimada reduz as pulsões originais.
 O mecanismo de sublimação não distorcer a
compreensão individual da realidade.
 É uma atividade substituta que se adapta ao mesmo
tempo às exigências do ambiente e proporciona uma
certa gratificação inconsciente ao derivativo de sua
forma original.
 Por exemplo:
 Uma criança gosta de brincar com fezes, que é um
derivativo de impulso. Em nossa cultura esse desejo é
contrariado e, por isso, a criança passa a brincar com
miolo de pão, massa de modelagem e, em certos
casos, poderá vir a tornar-se escultor.
 Uma mãe que perdeu seu filho num sequestro ajuda
numa ONG outros pais que estão passando pelo
mesmo processo.
 Designa em psicanálise o processo pelo qual os desejos
inconscientes se atualizam sobre determinados objetos
no quadro de um certo tipo de relação estabelecida com
eles e, eminentemente, no quadro da relação analítica.
 Trata-se aqui de uma repetição de protótipos infantis
vivida com um sentimento (valores, direito, entidade) de
atualidade acentuada.
 A transferência é um terreno em que se da a
problemática de um tratamento psicanalítico, pois são a
sua instalação, as suas modalidades a uma
interpretação e a sua resolução que caracterizam este.
 INDIVÍDUO (PACIENTE) → PROFISSIONAL (ANALISTA)
 Por exemplo:
 Entrevista do Profissional e o aluno.
 Refere-se à atualização, na entrevista, de sentimentos,
atitudes e condutas inconsciente, por parte do
entrevistado, que correspondem a modelos que ele
estabeleceu no seu curso de desenvolvimento,
especialmente na relação interpessoal com seu meio
familiar.
 (o passado do entrevistador é repetido no presente,
provocando sentimentos intensos). (Shineid, 2018)
Negativa
↓
Se constitui em uma
resistência ao processo.
Positiva
↓
É facilitadora, pois permite 
que o sujeito se envolva.
 É o conjunto das reações inconscientes do analista à
pessoa do analisando e, mais particularmente, à
transferência deste.
 Freud relata como exemplo: "influência do doente sobre
os sentimentos inconscientes do médico" e sublinha que
"nenhum analista vai além do que os seus próprio
complexos e resistências internas lhe permitem", o que
tem como corolário a necessidade de o analista se
submeter a uma análise pessoal.
 PROFISSIONAL (ANALISTA) → INDIVÍDUO (PACIENTE)
 Por exemplo:
 Entrevista do profissional e o aluno.
 Refere-se aos fenômenos que aparecem no
entrevistador que emergem do campo psicológico que
se configura na entrevista.
 É o sentimento que o entrevistado (paciente) provoca no
entrevistador. Na verdade o entrevistador, diante das
manifestações transferenciais do entrevistado, não
responde a todos estes fenômenos de forma
absolutamente lógica – mas também de forma irracional
e inconsciente – isto é a contratransferência. (Shineid,
2018)
 ANA, Book; FURTADO, Odair; MARIA, Teixeira –
Psicologias – Uma introdução ao estudo de Psicologia –
São Paulo - Ed. Saraiva – 2007.
 CARRARO, Patrícia Rossi – Psicologia da Educação –
SESES - Rio de Janeiro, 2017.
 HALL, C. S.; LINDZEY, G.; CAMPBELL, J. B. – Teorias da
Personalidade. São Paulo – EPU - 4ª EDIÇÃO, 2000.
 INTERNET WIKIPEDIA – a enciclopédia livre.
 LAPLAMCHE E PONTALIS – Vocabulário da Psicanálise –
São Paulo – Ed. Martins Fontes.
 RAPPAPORT, C. R. ET AL – Psicologia do desenvolvimento
– São Paulo – Ed. EPU, 2004.
 RICETTE, Sonia – Apostila: Psicologia Desportiva – Rio de
Janeiro – UNESA – 2005.
 SHINEID, Bete – Data show: TEP I – Rio de Janeiro –
UNESA – 2018.

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