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154 Unidade IV Unidade IV 7 INTRODUÇÃO 7.1 Inovação versus criatividade Nem sempre o empreendedorismo anda com a criatividade. Da mesma forma que o empreendedorismo nem sempre anda com a inovação. Segundo Hashimoto (2010, p. 153), uma coisa é ter uma boa ideia, outra é dar um destino útil a ela, e outra é transformá-la em um bom negócio. A inovação é o segredo do desenvolvimento econômico de uma empresa, de uma região, ou do próprio país. Com o avanço das tecnologias, diminuem as vendas dos antigos produtos e minguam as antigas indústrias. As invenções e inovações são a base do futuro de qualquer unidade econômica. Thomas Edson dizia que o gênio inovador tem 1% de inspiração e 99% de transpiração (DEGEN, 2009, p. 82). Inovação nunca foi fácil, e atualmente a competição pelo mercado é tão intensa que ficou mais difícil inovar no mesmo ritmo. Nem sempre uma criação resulta em uma inovação de que a empresa necessita ou que o mercado quer. As companhias precisam de inovações empreendedoras, incrementais e que podem levar certo tempo para darem bons resultados. Consta a seguir a representação de um modelo de utilidade, e não uma invenção ao utilizar a tecnologia LED no lugar de filamentos de tungstênio tradicionalmente empregados nas lâmpadas mais antigas. Figura 60 – Inovação em iluminação 155 EMPREENDEDORISMO, CRIATIVIDADE E INOVAÇÃO Lembrete O empreendedor gosta de exercer o papel de inovador e não fica restrito somente à criação de negócios, pode-se incluir também nos processos de transformação, buscar insumos alternativos, diversificar atividades e utilizar novos modelos de gestão. O empreendedor tem inúmeras formas para desenvolver o seu potencial inovador. Existem maneiras mais intuitivas e amplas e outras menos popularizadas. Johnson e Burch apud Hashimoto (2010, p. 154) citam algumas delas. Desenvolvimento de um novo produto ou serviço: é a mais clara e compreendida forma de inovação, pois envolve normalmente a criação de novos produtos ou serviços por meio do departamento de pesquisa e desenvolvimento [...]. Desenvolvimento de um novo produto ou serviço que melhora a qualidade, aumenta sua vida útil ou reduz o preço de um produto ou serviço já existente [...]. Qualquer mudança no produto ou serviço que a empresa leva ao mercado [...] essa mudança pode ser o acréscimo de uma nova funcionalidade ao produto, a correção de defeito, alguma modificação na percepção de valor pelo cliente [...] qualquer empresa que concentra seus esforços de inovação em uma única área estará perdendo o enorme potencial que o mesmo mercado, com produtos existentes, pode oferecer [...]. Qualquer mudança na aplicação do produto ou serviço que modifique sua utilidade original: o produto continua o mesmo, apenas o seu uso é que muda [...]. Qualquer mudança no mercado no qual o produto foi originalmente concebido [...] um produto pode ter sido concebido para o mercado, mas, sem qualquer alteração, é estendido para outro segmento [...]. Qualquer mudança na forma como o produto ou serviço é desenvolvido e entregue para o consumo, ainda que o produto ou serviço continuem os mesmos, muda-se a forma de integrar. Além disso, os canais diretos com os clientes podem ser usados para diversos fins, inclusive na criação de novos modelos de negócios [...]. Homologação de novos fornecedores ou desenvolvimento de novas parcerias representam mudanças no ciclo de valor do produto ou serviço. A matéria-prima ou insumo permanecem os mesmos, não caracterizando mudança de processos internos, mas a escolha é justificada em contratos melhores [...]. 156 Unidade IV Desenvolvimento de um modelo de negócio diferente do modelo original, incluindo a criação de novas empresas (spin-offs) [...]. Qualquer mudança em processos internos ligados ou não aos produtos e serviços que utilizam o uso de recursos facilita o processo de decisão ou reduzem custos [...]. Segundo Hisrich, Peters e Shepherd (2014, p. 88), é possível inovar em produtos sob duas perspectivas: do cliente e da empresa. O profissional deve utilizar ambas as perspectivas para facilitar o desenvolvimento do empreendimento. Sob a perspectiva do cliente, entende-se que é possível identificar as inovações que causam grande mudança de comportamento, isto é, quando é exigido do cliente uma nova aprendizagem para usar o produto. Essa perspectiva não leva em consideração o quanto do produto é novo para a empresa, ou mesmo se foi uma atualização de um produto já existente. A influência causada sobre os clientes pode ser visualizada como um “continuum” dividido em três categorias, inovações contínuas, inovações dinamicamente contínuas e inovações descontínuas (HISRICH; PETERS; SHEPHERD, 2014). A maioria dos novos produtos tende a ficar concentrada em inovações contínuas, nesse caso, temos como exemplo as atualizações de modelo em celulares e veículos, que oferecem baixa influência nos padrões de consumo já estabelecidos. As inovações dinamicamente contínuas são itens que entraram no mercado, não sofreram grandes modificações e deram lugar a outras tecnologias, como o IPod e o walkman. Os produtos realmente novos, chamados de inovações descontínuas, não são corriqueiros e exigem grande aprendizado por parte dos clientes. A internet e o Uber são bons exemplos disso, já que mudaram radicalmente o estilo de vida da sociedade. A maior parte dos empreendedores é muito competente em inovar em condições regulares, ou seja, praticar o que fazem de melhor, porém, poucos são os que conseguem produzir inovações descontínuas. Lidar com inovação descontínua requer diferentes capacidades do profissional e da gestão da inovação. Muitas vezes exige “pensar fora da caixa” e desafiar os paradigmas. Geralmente, quando surge algo que abala o que é considerado “normal” surgem novas oportunidades sob um jogo novo. Baixa influência nos padrões de consumo estabelecidos Inovações contínuas Alguma influência nos padrões de consumo estabelecidos Inovações dinamicamente contínuas Definição de novos padrões de consumo com produtos totalmente novos Inovações descontínuas Figura 61 – Contínuo classificatório para novos produtos 157 EMPREENDEDORISMO, CRIATIVIDADE E INOVAÇÃO Sob a perspectiva da empresa, o empreendimento inovador, além de reconhecer a percepção de novidade do consumidor, deve classificar seus novos produtos em algumas dimensões semelhantes. A seguir exibiremos uma maneira de classificar os objetos dos novos produtos. Nesse sistema de classificação, ocorre uma distinção importante entre novos produtos e novos mercados. Os novos produtos são definidos em termos da quantidade de tecnologia aperfeiçoada, enquanto desenvolvimento de mercado se baseia no grau de nova segmentação. Quadro 20 – Sistema de classificação de novos produtos Novidade tecnológica N ov id ad e do m er ca do Objetivos do produto Nenhuma alteração tecnológica Tecnologia melhorada Nova tecnologia Sem alteração no mercado Reformulação Alteração no produto físico para reduzir custos e melhorar a qualidade Substituição Substitui produto existente por um novo, baseado na tecnologia melhorada Fortalecimento do mercado Crescimento das vendas para os atuais clientes por meio de merchandising Melhoria da utilidade do produto por meio de aprimoramentos Prolongamento da vida útil do produto. Acréscimo de novos produtos semelhantes à linha Novo mercado Acréscimo de novos segmentos que podem utilizar os produtos atuais Acréscimo de novos segmentos por meio da modificação dos produtos atuais com o objetivo de ampliar o mercado Acréscimo de novos mercados com novos produtos por meio de novas tecnologias para diversificação do mercado Adaptado de: Hisrich; Peters; Shepherd (2014). Em vez de gerar conforto para os clientes, a escalada na busca por inovações causa uma ansiedade muito grande nas pessoas. A variedade de opções dos produtos e serviços nos dias atuais é tão grande que os indivíduosnão sabem exatamente o que escolher. A cada nova escolha é um desgaste pelo medo de fazê-la errado. As pessoas querem resultados e não perder muito tempo com opções. Os consumidores, diante de tantas decisões que devem tomar no dia a dia, ainda têm que dominar as inúmeras funcionalidades de novos produtos que diversas vezes nem utilizarão. Saiba mais A criatividade e a inovação traduzem-se na exploração bem-sucedida de novas ideias, essenciais para sustentar a competitividade e a geração de riquezas. Com a finalidade de melhor entender este espectro, acesse: SILVA, A. C. V. Criatividade e inovação. Pará: Inovação, competitividade e design (ICD), [s.d.]. Disponível em: https://www.ufrgs.br/icd/artigo- criatividade-e-inovacao/. Acesso em: 20 dez. 2019. 158 Unidade IV 7.2 Inovação versus invenção O inventor pensa diferente do inovador. O inventor visualiza um horizonte mais distante, cinco ou dez anos na frente. Ele imagina como seria o uso de tecnologia por pessoas, como elas seriam beneficiadas com as novas funcionalidades. Inventores mantêm o foco no cliente, mas a visão de toda a invenção é incompleta. Eles não pensam no processo de como sair do hoje e chegar lá no futuro. Inventores inventam, mas não inovam, com exceção daqueles que são inventores-empreendedores. O empreendedor, depois que enxerga a invenção no futuro, retorna ao presente e trata de criar um processo para chegar lá. E cá entre nós, isso também exigirá muita imaginação do empreendedor. Provavelmente, o homem da pedra teve que utilizar de sua imaginação para criar a roda. Figura 62 – Invenção da roda Os inventores não consideram perguntas típicas de empreendedores, tais como: Quanto vai custar esse projeto? Existe tecnologia para desenvolvê-lo? Quais são as etapas do desenvolvimento? Quem pode me ajudar nesse projeto? Qual fatia de mercado conquistarei com o projeto? Como os consumidores reagiriam ao produto? É justamente de olho nessa dicotomia entre inventor e empreendedor que as empresas com departamentos de pesquisa e desenvolvimento têm colocado os inventores em campo. Essa decisão está relacionada ao uso mais austero de recursos. Os inventores estão sendo treinados para pensarem em termos de viabilidade econômica dos inventos (HAMEL; GETS, 2004, p. 76). Observação “[...] invenção é diferente de ter ideias. A ideia é só a semente que, devidamente trabalhada, pode se converter em uma invenção” (HASHIMOTO, 2010). O empreendedor pode assumir diversos papéis entre a geração das ideias e a criação de um novo mercado. Em cada etapa, o valor vai sendo agregado. A trajetória típica entre as ideias e a criação de um mercado pode ser observada a seguir: 159 EMPREENDEDORISMO, CRIATIVIDADE E INOVAÇÃO Ideia InovaçãoInvenção Produto Negócio Empreendedor criativo Empreendedor inovador Empreendedor inventor Empreendedor administrador Empreendedor realizador Agregação de valor Figura 63 – Etapas de um empreendedor criativo O empreendedor criativo é quem tem a ideia ou semente, que, se corretamente trabalhada, poderá evoluir e alcançar o sucesso. O empreendedor inventor recebe a ideia e a inventa. É o estágio de concretização da ideia. O inventor trabalha a ideia de forma sistemática. O empreendedor inovador transforma a invenção em inovação. Uma invenção só se torna uma inovação se embutir algum valor real perceptível pelas pessoas, que pode ser traduzido em atender as suas necessidades verdadeiras. O empreendedor administrador tem o perfil típico de quem transforma a inovação em produto. O empreendedor realizador assume o desafio de transformar o produto em negócio – produção, comercialização e distribuição em escala. 7.3 Matriz de oportunidades Existem outras formas de se identificar oportunidades de inovação, como a proposta feita por Muzyka e Churchill apud Hashimoto (2010) chamada de matriz de oportunidade. Ela é formada por duas dimensões: fonte de inovação e natureza da oportunidade. Interna Fo nt e de in ov aç ão Natureza da oportunidade Incremental Evolucionária Descontínua Rede Externa Figura 64 – Matriz de oportunidade A dimensão “Natureza da Oportunidade” é dividida em: incremental, evolucionária e descontínua. As fontes de inovação interna representam os recursos próprios da empresa, que são basicamente funcionários e os departamentos dos quais fazem parte. As fontes de inovação externa são os recursos externos, que são basicamente clientes, fornecedores, governo e concorrentes. As redes são uma mescla de recursos das fontes internas e externas. A inovação incremental acontece pela agregação de valor ao produto já existente, na forma de novas funcionalidades, servitização e exploração de novos mercados. É o tipo mais comum nas empresas. A inovação evolucionária tem o poder de provocar mudanças significativas. São transformações radicais que ocorrem nos objetos e serviços da instituição. Inovações incrementais podem produzir alterações 160 Unidade IV evolucionárias na forma de novas versões de bens já existentes. A inovação descontínua corresponde à criação de uma peça inédita, com nenhuma semelhança com aquelas que a companhia já tem. São inovações com novos conceitos, novos paradigmas. Essas inovações são cuidadosamente planejadas, muitas vezes por uma única pessoa, ou um grupo reduzido, sem conexão com o negócio já existente. “Daqui a 10 anos, 90% do nosso faturamento virá de produtos que não existem hoje”, esta é uma frase de forte impacto, comum entre os dirigentes de empresas que assumem o compromisso com a inovação contínua. Ela nos remete à ideia de que a meta de tornar a empresa inovadora está cercada por uma aura de romantismo e, até mesmo, uma certa leviandade (HASHIMOTO, 2010, p. 160). A forma mais compreendida de inovação está relacionada com um novo produto ou serviço. Nas empresas, geralmente esse é um trabalho que fica sob responsabilidade do setor de Pesquisa e desenvolvimento. Outra forma está associada a novos itens que melhoram a qualidade, aumentam a vida útil ou reduzem o preço de um produto ou serviço que já esteja no mercado. Pode-se pensar em três tipos de inovações: comum, tecnológica e revolucionária. As inovações comuns ocorrem com mais frequência e, portanto, são mais numerosas. Geralmente, são inovações de produtos ou serviços já existentes. As inovações comuns nascem da análise e da demanda do mercado, dito de outra forma, o mercado tem um efeito mais forte sobre a inovação em contraste com a pressão por inovação tecnológica. As inovações tecnológicas ocorrem com menor frequência do que as inovações comuns. Em geral, não acompanham o desenvolvimento científico, mas, independentemente disso, têm a sua importância pelos avanços proporcionados nos mercados (produtos e serviços). Esse tipo de inovação costuma ser protegido por patente. As inovações revolucionárias são bem mais raras do que as tecnológicas. Habitualmente, elas servem de base para outras inovações que serão desenvolvidas no futuro. Também são protegidas por patentes e desenhos industriais. Saiba mais O Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI) é uma autarquia federal brasileira, criada em 1970. Ele é vinculado ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. Localiza-se na cidade do Rio de Janeiro, Brasil. http://www.inpi.gov.br/ 161 EMPREENDEDORISMO, CRIATIVIDADE E INOVAÇÃO 7.3.1 Identificando oportunidades As oportunidades de inovação estão onde menos imaginamos, elas podem estar em um problema, em uma necessidade de mercado, em conflitos inesperados, em um comentário, em tendências. O empreendedor deve manter a percepção aguçada e ficar atento às chances. Degen (2009, p. 83) diz que “[...] a coisa mais difícil é o candidato a empreendedor saber o que quer realizar em sua vida. São poucos os que conseguem focar em um objetivo e investir toda a sua energia na realização de um objetivo. [...] como não sabem aonde querem chegar, também não sabem escolher o caminho [...]”.Veja como o conjunto de portas a seguir pode representar o desafio de fazer uma escolha, mas nem sempre as portas estarão marcadas. Figura 65 – Escolha de oportunidades São vários fatores que o empreendedor deve considerar para saber se uma oportunidade é realmente boa. Segundo Dornelas (2001), conhecer o ramo de atividade na qual a oportunidade será inserida, o mercado e quais serão os diferenciais devem ser cuidadosamente verificados antes de partir para análises estratégicas, financeiras e definição de processos produtivos. Timmons e Spinelli (2008, p. 101) sugerem um conjunto de critérios que o empreendedor pode utilizar para avaliar oportunidades. Eles são quantitativos e possibilitam a avaliação da atratividade da oportunidade em relação aos seguintes aspectos: mercado, retorno econômico, diferencial competitivo, capacitações dos recursos humanos necessários para desenvolver a oportunidade. O quadro a seguir apresenta o detalhamento dos critérios propostos pelos autores. Quadro 21 – Critérios para avaliar oportunidades Critérios Potencial de atratividade da oportunidade Alto Baixo Mercado Necessidades dos consumidores Identificadas e atingíveis Dispersos, leais a produtos concorrentes Valor gerado aos consumidores Alto Baixo Ciclo de vida Dentro do ciclo e permite a recuperação do investimento Fora do ciclo de vida e não permite a recuperação do investimento 162 Unidade IV Critérios Potencial de atratividade da oportunidade Alto Baixo Organização do mercado Mercado emergente ainda não consolidado Mercado maduro ou em declínio Tamanho do mercado Poucos concorrentes Muitos concorrentes Taxa de crescimento do mercado No mínimo 20% ao ano Menor que 20% ao ano Fatia de mercado Líder Figurante Análise econômica Lucros líquidos Acima de 10% e com consistência Abaixo de 10% e inconsistente Ponto de equilíbrio Menor de 24 meses Acima de 36 meses ROI (Return On Investment – Retorno sobre o Investimento) Acima de 25% ao ano Abaixo de 25% ao ano Investimento inicial Baixo Alto Diferencial competitivo Custos fixos e variáveis (produção, propaganda e distribuição) Baixos Altos Controle (preços, custos, fornecedores, supply chain – cadeia de suprimentos) Forte Fraco Barreiras de entrada (regulamentações, licenças, tecnologia, fornecedores) Fortes Fracas Recursos humanos Pessoas comprometidas com o negócio Totalmente Somente interesse pelos salários e benefícios Capacidade das pessoas Diversas habilidades complementares Formação básica Equipe de pessoas Alta performance Baixa performance Adaptado de: Timmons e Spinelli (2008, p. 101). Cada tipo de negócio tem uma característica própria e possui necessidades específicas para a sua realização. Além de conhecer o negócio, Degen (2009, p. 83) recomenda que o empreendedor avalie o estilo de vida que o negócio irá lhe impor. A seguir exibiremos o caminho que o empreendedor deve percorrer para escolher a oportunidade de negócio. Observar negócios CriatividadePredisposição Saber o que quer Escolher o negócio Conhecer e avaliar negócios Adotar fórmula de sucesso de um negócio em outro Reconhecer as fórmulas de sucesso dos negócios Avaliar o trabalho, o conhecimento necessário e o estilo de vida dos negócios O sucesso vem em etapas Figura 66 – Etapas para escolher a oportunidade de negócio O empreendedor deve iniciar o caminho observando negócios de sucesso à sua volta, bem como aqueles que não tiveram sucesso; precisa ser capaz de reconhecer as fórmulas de êxito das atividade, são as maneiras como os projetos são projetados e executados. Após identificar as fórmulas de sucesso, o 163 EMPREENDEDORISMO, CRIATIVIDADE E INOVAÇÃO profissional deve adotar uma delas ou até criar uma nova a partir do conjunto de fórmulas que estudou. Na próxima etapa, o administrador precisa avaliar o trabalho que terá quer realizar, o conhecimento que deverá possuir e o estilo de vida que o negócio irá impor sobre ele. A última etapa é propriamente a escolha do negócio. Dornelas (2001, p. 20) propõe um roteiro básico para auxiliar o empreendedor a identificar o potencial da oportunidade em análise chamada de 3Ms. O roteiro é construído tomando por base os critérios definidos por Timmons e Spinelli (2008), descritos anteriormente. Os 3Ms são denominados como “demanda do mercado”, “tamanho e estrutura do mercado” e “análise de margem”. O primeiro M – demanda de mercado, orienta o empreendedor a responder as seguintes questões: • Qual é a audiência-alvo? • Qual a durabilidade do produto ou serviço no mercado? • Os clientes estão acessíveis? • Como os clientes veem o relacionamento com a minha empresa? • O potencial de crescimento desse mercado é alto? • O custo de captação do cliente é recuperado no curto prazo? O segundo M – tamanho e estrutura do mercado, orienta o empreendedor a responder as perguntas a seguir: • O mercado está crescendo, é emergente, é fragmentado? • Existem barreiras proprietárias de entrada? • Existem excessivos custos de saída? • Existem estratégias para transpor as barreiras? • Quantos competidores estão no mercado? • Os competidores controlam a propriedade intelectual? • Em que estágio do ciclo de vida está o produto? • Qual é o tamanho do mercado? • Qual é o potencial para se conseguir uma boa participação no mercado? 164 Unidade IV • Como o setor está estruturado? • Quais são as tendências do setor? O terceiro M – análise de margem, orienta o empreendedor a realizar as seguintes tarefas: • Determinar as forças do negócio. • Identificar as possibilidades de lucro. • Analisar os custos. • Mapear a cadeia de valor do negócio. • Saber como seu produto ou serviço chega até o cliente final. Ao responder a todas as questões e executar as atividades, o empreendedor compreenderá melhor a cadeia de valor e os competidores. Exemplo de aplicação Ao avaliar uma oportunidade, Dornelas (2001, p. 280) recomenda que o empreendedor faça o seguinte checklist: Existe um problema a ser resolvido? Existe um produto ou serviço para solucionar esse problema? É possível identificar com clareza os potenciais clientes? Será possível implantar efetivamente uma estratégia de marketing e vendas que seja exequível? Responda e reflita a respeito do tema. 7.3.2 Avaliando o risco das oportunidades Todo empreendimento tem um risco associado. O empreendedor que assume mais risco está disposto a possuir menos segurança. Pessoas não empreendedoras assumem menos riscos quando em comparação com aquelas que o são. Hashimoto (2010, p. 142) diz que: “Para empreendedores, segurança significa flexibilidade, liberdade para agir, rapidez nas reações, livre trânsito entre as áreas, união e integração e qualquer outra evidência que leva a organização a encarar mudanças como oportunidades, e não como ameaças” A incerteza é um dos fatores que compõe o risco. O risco pode ser descrito pela soma dos seguintes fatores: ameaça, probabilidade e impacto. Quanto maior for o nível dos três, maior será o risco. Por exemplo, a condição climática ruim representa uma ameaça ao transporte aéreo, a probabilidade de ocorrência de chuvas no inverno é menor do que em março; então viagens feitas neste mês têm maiores chances de enfrentarem problemas, o que possui alto impacto no transporte aéreo. 165 EMPREENDEDORISMO, CRIATIVIDADE E INOVAÇÃO Alta probabilidade Baixo impacto Médio risco Alta probabilidade Alto impacto Alto risco Baixa probabilidade Baixo impacto Baixo risco Baixa probabilidade Alto impacto Médio risco Pr ob ab ili da de Impacto Alta probabilidade Baixa ameaça Médio risco Alta probabilidade Alta ameaça Alto risco Baixa probabilidade Baixa ameaça Baixo risco Baixa probabilidade Alta ameaça Médio risco Pr ob ab ili da de Ameaça Figura 67 – Relação entre probabilidade, impacto e ameaça A complexidade é um fator que também afeta o risco. Quanto mais complexas forem as variáveis, maiores serão os riscos. Ela pode ser relacionada com a incerteza,conforme veremos a seguir. Alta complexidade Baixa incerteza Médio risco Alta complexidade Alta incerteza Alto risco Baixa complexidade Baixa incerteza Baixo risco Baixa complexidade Alta incerteza Médio risco Co m pl ex id ad e Incerteza Figura 68 – Relação entre incerteza e complexidade Nem toda a inovação tem que ser complexa. A complexidade gera um volume maior de variáveis que aumentam o risco em projetos. Quando o empreendedor tem pleno conhecimento de cada um dos fatores que constituem o risco é possível elaborar o plano de mitigação de riscos. O grau de tolerância que existe entre benefício e risco varia conforme cada pessoa. Para cidadãos não empreendedores, o ponto de tolerância na relação risco/retorno tende a ser menor e consequentemente 166 Unidade IV o lucro também. Para empreendedores, o ponto de tolerância na relação risco/retorno tende a ser maior e, consequentemente, o lucro. A figura a seguir ilustra o referido conceito. Área de lucro dos empreendedores é maior Retorno maior que a expectativa, para o mesmo risco Comportamento não empreendedor Comportamento empreendedor Ponto de tolerância maior Ponto de tolerância menor Ri sc o Retorno Área de lucro dos não empreendedores Figura 69 – Relação risco/retorno para empreendedores e não empreendedores A gestão do risco da oportunidade escolhida pelo empreendedor começa pelo seu reconhecimento e avaliação, o ajuste da oportunidade, o risco que ele representa e o monitoramento nas situações de risco. Degen (2009, p. 83) propõe um modelo com cinco fases para administrar o risco de um negócio. De forma sintética, o modelo pode ser interpretado da seguinte forma: primeiro deve-se identificar as situações de risco, em seguida, cada situação de risco deve ser avaliada para se determinar as opções de mitigação. O próximo passo é o ajuste da situação de risco ao que seria aceitável para o negócio. Na sequência, deve-se escolher qual será a situação de risco a ser priorizada e estabelecer o monitoramento de possíveis mudanças nas situações de risco. Ajustar até o risco ser aceitável Avaliar o risco e determinar as opções Resultado esperado Eventos fora de controle Avaliar o risco e determinar as opções Efeitos pessoais Reconhecer uma situação de risco Monitorar mudanças na situação de risco Escolher Estrutura da situação de risco Mais3 2 1 5 4 Probabilidade de ocorrerem Tamanho do possível ganho Consequências pessoais para o empreendedor Figura 70 – Fluxograma para análise de risco de uma oportunidade 167 EMPREENDEDORISMO, CRIATIVIDADE E INOVAÇÃO 7.4 Inovar para competir Para manter o crescimento sustentável do negócio, as empresas devem aumentar, combinar, multiplicar e gerar inovação a partir de uma oportunidade identificada. O empreendedor que deseja competir no mercado pode alinhar a inovação aos denominados objetivos de desempenho. Eles são vetores que o orientam na estratégia do negócio. Slack, Brandon-Jones e Johnston (2016, p. 203) apresentam cinco objetivos de desempenho que podem orientar o empreendedor nas ações que consequentemente levem a aumentar a competitividade do negócio. São eles: • flexibilidade; • rapidez; • confiabilidade; • qualidade; • custo para o cliente. 7.5 Transformar conhecimento em inovação A inovação e empreendedorismo estão relacionados com conhecimento. O empreendedor combina diferentes conjuntos de saberes para criar inovações (BESSANT; TIDD, 2009, p. 219). O conhecimento pode fazer parte da experiência do empreendedor ou ser resultado de um processo de busca. O processo de busca pode incluir – pesquisas tecnológicas, mercados, rede de clientes e ações de concorrentes. Ele pode estar explícito e aberto para livre consulta ou estar tácito. O conhecimento tácito é, na maioria das vezes, transmitido de maneira direta, informal e não declarada. Observação “O processo de reunir esses diferentes conjuntos de conhecimento em um novo processo, produto ou negócio de sucesso é um dos que ocorrem sob condições de alta incerteza” (BESSANT; TIDD, 2009, p. 219). A fim de compreender melhor o processo de transformar conhecimento em inovação, Henderson e Clark (1990, p. 35) realizaram um estudo comparativo entre tipos de saberes e inovações. Os autores concluíram que é raro a inovação lidar com apenas um tipo de conhecimento, o que ocorre é uma combinação em torno de uma inovação. Essa combinação foi chamada de “arquitetura da inovação”. As questões relacionadas na arquitetura da inovação podem ser observadas na sequência. A figura é dividida em quatro quadrantes. No quadrante 1, as regras do jogo são claras e conhecidas. Neste caso, a inovação será desenvolvida pensando nas melhorias de produtos e serviços e utilizando o conhecimento acumulado sobre eles. No quadrante 2, um dos elementos é modificado, mas a 168 Unidade IV arquitetura global permanece igual. Existe a necessidade de aprender novos conhecimentos, porém dentro da arquitetura estabelecida. O quadrante 3 serve para a inovação descontínua, na qual é desconhecido o meio pelas quais a inovação será alcançada. No quadrante 4 ocorre a condição de novas combinações (novas arquiteturas) para apoiar necessidades de grupos de clientes. É o caso de inovações disruptivas. O desafio desse quadrante fica por conta de reestruturação das fontes de conhecimentos e configurações. É a combinação do velho com o novo. Conceitos arquitetônicos centrais Re ve rt id os Quadrante 2 Inovação modular Quadrante 3 Inovação descontínua Re fo rç ad os Quadrante 1 Inovação incremental Quadrante 4 Inovação arquitetônica Inalterados Alterados Vínculos entre componentes de conhecimento Figura 71 – Inovação arquitetônica e componentes do conhecimento Lembrete Henderson e Clark (1990, p. 57) concluíram que é raro a inovação lidar com apenas um tipo de conhecimento, o que ocorre é uma combinação dele em torno de uma inovação. Foi estudado por Tranfield et al. (2003, p. 30) como saber as rotinas de conhecimento em torno da inovação. O estudo foi realizado considerando as três fases da inovação: descoberta, realização e sustentação. A seguir veremos o modelo concebido pelos autores. Descoberta Realização Sustentação ContextualizarBuscar AplicarCapturar AvaliarArticular Apoiar Reinovar Gestão do conhecimento com foco na inovação Fases no processo de inovação Rotinas genéricas Figura 72 – Modelo para o processo de gerenciamento do conhecimento associado às três fases da inovação 169 EMPREENDEDORISMO, CRIATIVIDADE E INOVAÇÃO A fase de “descoberta” realiza o rastreamento e busca nos ambientes internos e externos da organização com o objetivo de conseguir e compreender indícios de inovação. Esses sinais podem vir de diferentes stakeholders. A etapa de “realização” organiza a ideia e a conduz por vários estágios de desenvolvimento até chegar ao lançamento do produto ou serviço de fato no mercado externo. O estágio de “sustentação” corresponde à manutenção de recursos na fase inicial e de crescimento da inovação. Melhorias no produto, serviços e seus respectivos processos são intensificados nessa fase e têm por base o conhecimento acumulado nas fases anteriores. Esse estágio fornece elementos para a retroalimentação do modelo para a reinvenção. O detalhamento dos processos do modelo proposto por Tranfield et al. (2003, p. 30) pode ser observado a seguir: Quadro 22 – Detalhamento do modelo para o processo de gerenciamento do conhecimento associado às três fases da inovação Fase do processo de inovação Rotinas gerais Descrição Atividades típicas de gestão do conhecimento Descoberta Buscar Formas ativas e passivas Investigação ativa do ambiente externo (tecnologia, política, mercado e tecnologia) Capturar Formas pelas quais resultados da procura por conhecimento são incorporados ao ambiente interno Busca por indicadores de informação Articular Compreensão do conhecimento capturado Definição e alinhamentodo conceito Realização Contextualizar Formas pelas quais o conhecimento capturado na etapa anterior é colocado no contexto da organização Planejamento e direcionamento de recursos interna e externamente à organização Ensaios e prototipagem dos conceitos Aplicar Formas pelas quais o conhecimento contextualizado do projeto é aplicado aos objetivos e às metas da organização Configuração e planejamento da equipe de projetos Preparação para o lançamento Sustentação Avaliar Forma pela qual é avaliada a efetividade do conhecimento Escutar o cliente Ampliar o conhecimento pelo uso da inovação Reinovar Forma pela qual conhecimentos e experiência são reutilizados em novos projetos Percepção de conhecimento a ser replicado ou reciclado Adaptado de: Tranfield et al. (2003, p. 31). 7.6 Inovando em produtos e serviços Quanto mais desenvolvido for o país, menores serão as atividades manufatureiras e maiores serão as atividades em comércio e serviços. Segundo Bessant e Tidd (2009, p. 49), inovações em serviços, que alteram de maneira acentuada a forma como os clientes utilizam e percebem o serviço prestado, consumirão grandes somas de recursos em novas tecnologias e habilidades em um novo modelo de negócio. As inovações vão 170 Unidade IV além de adotar boas práticas de mercado. É essencial realizar uma combinação de gestão organizacional de desenvolvimento à tecnologia específica para serviços e comércio. O setor de serviços é muito amplo, vai desde grandes redes de lojas até a consultores individuais, incluindo as ONGs e o governo. Então, não são recomendadas generalizações sobre o setor de comércio e serviços. Mesmo assim, Bessant e Tidd (2009, p. 49) apresentam a seguinte abordagem para identificar algumas diferenças fundamentais entre manufatura, comércio e serviços: • Tangibilidade: bens tendem a ser tangíveis, enquanto serviços são intangíveis, mesmo que possamos, normalmente, ver ou perceber seus resultados. Assim, percepções de desempenho são normalmente mais importantes do que medidas objetivas. • Percepções de desempenho e qualidade são mais importantes em serviços, especificamente a diferença entre expectativas e desempenho percebido. Um cliente tende a considerar um serviço bom se ele exceder suas expectativas. As percepções de qualidade de serviços são afetadas por: — Aspectos tangíveis: aparência das instalações, equipamento e pessoal especializado. — Atendimento: pronto atendimento e predisposição a ajudar. — Competência: a habilidade para executar o serviço de modo confiável. — Compromisso: conhecimento e cortesia da equipe e habilidade de comunicar confiança e garantia. — Empatia: demonstração de cuidado, atenção individual. • Simultaneidade: o período entre produção e consumo de bens e serviços é diferente. A maioria dos bens é fabricada bem antes de seu consumo para permitir a distribuição, o estoque e as vendas. Muitos serviços, por outro lado, são produzidos e, quase que imediatamente, consumidos. Isso cria problemas de gestão de qualidade e de capacidade de planejamento. É mais difícil identificar ou corrigir erros em serviços e também mais complicado combinar o fornecimento e a demanda. • Estoque: comumente, serviços não podem ser estocados, como, por exemplo, um assento em uma aeronave de uma companhia aérea, embora alguns serviços, como os de abastecimento público, tenham algum potencial de estocagem. A incapacidade de manter estoques de serviços pode criar problemas na combinação entre fornecimento e demanda – capacidade de gerenciamento. Pode-se lidar com esses problemas de diversas formas. O preço pode ser usado para amenizar flutuações de demanda ao promover descontos em tempos de baixa em vendas, por exemplo. Sempre que possível, pode-se obter capacidade adicional, em tempos de alta demanda, empregando trabalhadores temporários em regime de meio período ou terceirizando. Nos piores casos, os clientes podem, simplesmente, ser forçados a esperar pelos serviços, em ordem de solicitação. • Contato com o cliente: a maioria dos clientes tem pouco ou nenhum contato com as operações que produzem bens. Muitos serviços exigem altos níveis de contato entre as operações e o cliente 171 EMPREENDEDORISMO, CRIATIVIDADE E INOVAÇÃO final, embora o nível e o tempo dele variem. Tratamentos médicos, por exemplo, podem exigir contato constante ou frequente, mas serviços financeiros, apenas esporádicos. • Localização: devido ao contato com os clientes, à produção e ao consumo quase que imediatos de serviços, a localização de operações de serviço é, normalmente, mais importante que a de operações que fabricam produtos e bens de consumo. Restaurantes, operações varejistas e serviços de entretenimento, todos favorecem a proximidade com clientes. Diferentemente, bens manufaturados são, em geral, produzidos e consumidos em lugares muito diferentes. Por essas razões, mercados para bens manufaturados tendem a ser mais competitivos e globalizados, enquanto muitos serviços pessoais e comerciais são locais e menos competitivos. Por exemplo, apenas cerca de 10% dos serviços em economias desenvolvidas são comercializados internacionalmente. Todas as características dos serviços apresentadas anteriormente devem ser consideradas em projetos e gerenciamento da organização e dos processos de desenvolvimento de novos comércios e serviços. As particularidades que diferenciam interação, produção e serviço influenciam na gestão da inovação são: intangibilidade e interação entre produção e consumo. A intangibilidade natural dos serviços torna a diferenciação mais difícil, uma vez que é mais complicado controlar a qualidade dos processos de serviços. A produção e o consumo de serviços que acontecem simultaneamente dificultam a distinção entre inovação de processo e de produto (BESSANT; TIDD, 2009, p. 73). O setor de serviços apresenta uma variedade grande de operações, que vão desde serviços pessoais de baixa complexidade até a serviços de alta complexidade. À luz do entendimento, Schemenner (1986, p. 21) caracteriza as operações de serviços com base em intensidade de mão de obra e grau de interação com o cliente ou customização. Conforme pode ser visto a seguir, o autor dispõe do conhecimento por meio de uma matriz serviço-processo. Ela classifica as operações em duas dimensões distintas. A primeira delas representa a intensidade de trabalho das operações, que corresponde à relação entre custos de mão de obra e custos com equipamentos. A segunda retrata o grau de customização ou interatividade com os clientes. Grau da intensidade do uso da mão de obra Ba ix o Empresas de serviços Aerolinhas Hotéis Loja de serviços Hospitais Assistências técnicas Al to Serviço de massa Revendas Escolas Bancos Serviços profissionais Médicos Advogados Arquitetos Baixo Alto Vínculos entre componentes de conhecimento Figura 73 – Matriz de operações de serviços 172 Unidade IV 7.7 Inovação e sustentabilidade O meio ambiente e a sustentabilidade, apesar de serem alvos de preocupações sociais e políticas, apresentam influências importantes, porém sutis sobre o rumo da inovação. A abordagem tradicional para a relação entre sustentabilidade e inovação se pauta mais na forma de políticas formais na tentativa de direcionar a inovação submetidos a sistemas de regulamentos, incentivos e objetivos e punições para inconformidades. Apesar de rude essa abordagem é lenta, mas eficaz para a mudança. Abordagens mais equilibradas são mais eficazes pois tentam compreender os impactos ambientais que as inovações trarão consigo. Essa é uma perspectiva que exigirá análises mais apuradas da relação entre empresa, inovação e diversos stakeholders. O debate sobre inovação e meio ambiente perde força quando não se alinha com as motivações e ações de empreendedores individuais. O crescimento econômico e o aumento do consumo associados à inovação a fazem parecer vilã, contudo a inovação pode ser a solução para diversos problemasambientais, conforme apontados por (BESSANT; TIDD, 2009, p. 359), incluindo: • Produtos mais limpos: com menor impacto ambiental. • Processos mais eficientes: com menor geração de resíduos contaminantes e com possibilidade de tratamento ou reciclagem. • Tecnologia alternativas: para o fornecimento de energia limpa e renovável. • Novos serviços: para substituir ou reduzir o consumo de produtos. • Inovações sistêmicas: para monitorar e medir o impacto ambiental. A inovação pode contribuir para a sustentabilidade de outras maneiras. Bessant e Tidd (2009, p. 360) apresentam uma tipologia de quatro dimensões para essa finalidade. A primeira dimensão é a da inovação de conhecimento, enquanto a segunda é a de aplicação de conhecimento. Conhecimento N ov o Desenvolvimento de tecnologias alternativas em opções existentes Coevolução de novos sistemas sociotécnicos Ex ist en te Melhorias incrementais no desempenho e na qualidade de produtos e serviços existentes Criação de novos nichos de produtos e serviços Conhecimento Novo Aplicação Figura 74 – Matriz de conhecimento versus aplicação do conhecimento 173 EMPREENDEDORISMO, CRIATIVIDADE E INOVAÇÃO 8 MANUAL DE OSLO O Manual de Oslo é a principal fonte internacional de diretrizes para coleta e uso de dados sobre atividades inovadoras da indústria, é bem verdade, porém, pode-se facilmente estender o alcance do manual para outras áreas, como o agronegócio e o setor de serviços. Ele foi elaborado pela Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). Os trinta países mais ricos do mundo se uniram para objetivar o que é ou não é inovação. Sua primeira edição foi lançada em 1992 e contemplava, basicamente, inovação tecnológica de produto e processo (TPP). Em 1997, a segunda edição expande o assunto também para o setor de serviços e, por fim, em 2005 ele chega à sua terceira edição, ampliando o estudo à questão da inovação não tecnológica (marketing e organizacional). Tipologia proposta pelo Manual de Oslo Inovação organizacional Inovação de processos Inovação do produto/serviço Inovação de marketing Figura 75 – Tipologia de inovação do Manual de Oslo Observação Segundo o dicionário brasileiro da língua portuguesa Michaelis, inovação é o ato ou efeito de inovar. Em sua etimologia, derivada do termo latino innovatio, se refere a uma ideia, método ou objeto que é criado e que pouco se parece com padrões anteriores. 8.1 Inovação 4.0 O Uber, a maior empresa de táxis do mundo, não possui sequer um veículo. O Facebook, o maior proprietário de mídia popular do mundo, não cria qualquer conteúdo. Alibaba, o varejista mais valioso, não possui estoques. E o Airbnb, o maior provedor de hospedagem do mundo, não possui sequer um imóvel (GOODWIN, 2015, p. 28-29). Desde a primeira revolução industrial, quando aconteceu a mecanização da produção, sobretudo com o uso do vapor, há um nítido e amplo senso inovador, os processos ora executados apenas pelo homem ganharam um reforço importante das máquinas, isso em um período de quase um século (1780 a 1870). 174 Unidade IV No período que sucede e até 1970, a inovação na segunda revolução industrial ficou a cargo da utilização do aço, da energia elétrica e da massificação da produção. O avanço inovador da terceira revolução está calcado no uso da eletrônica e da tecnologia da informação com sistemas computadorizados. E, finalmente, na quarta revolução industrial, ou mais comumente conhecida Revolução 4.0, temos a inovação nos sistemas ciberfísicos e a aplicação da “internet das coisas”. Indústria 1.0 Mecanização Hidráulica Vapor Computador Automação Produção em massa Eletricidade Sistema físico cibernético Indústria 3.0Indústria 2.0 Indústria 4.0 Figura 76 – As inovações geradas pela indústria De 1870 aos dias atuais, não foi só o avanço tecnológico que ocorreu. O perfil geral do cenário produtivo mudou. Podemos usar as cinco forças de Porter para uma análise rápida e identificar de uma forma mais sistêmica os impactos sofridos. Segundo Porter (1986), a natureza da competição está materializada em cinco forças competitivas: novos entrantes; poder de barganha dos fornecedores; poder de barganha dos clientes; produtos substitutos e concorrentes. Ameaça de novos entrantes Ameaça de produtos substitutos Rivalidade entre concorrentes Poder de barganha dos clientes Poder de barganha dos fornecedores Figura 77 – As cinco forças de Porter 175 EMPREENDEDORISMO, CRIATIVIDADE E INOVAÇÃO Houve mudanças significativas tanto no conteúdo (produtos e serviços) quanto na forma de atendimento aos clientes. A cadeia de geração de valor, portanto, começando dos fornecedores, também foi alterada. Entender as necessidades, e porque não dizer vontades, dos clientes passou a ser uma tarefa mais completa. A concorrência está mais acirrada em uma era na qual a informação circula de forma muito rápida e a oferta dos produtos e serviços ganharam outro patamar. Saiba mais Veja quais são e como as cinco forças de Porter são utilizadas para criar e analisar um cenário a fim de garantir uma maior assertividade no planejamento de uma empresa. NAKAGAWA, M. Ferramenta: 5 forças de Porter (Clássico). Sebrae, [s.d.]. Disponível em: https://m.sebrae.com.br/Sebrae/Portal%20Sebrae/Anexos/ ME_5-Forcas-Porter.PDF. Acesso em: 20 dez. 2019. 8.2 Novos modelos de negócios O conceito de startup, apesar de relativamente novo, é cada dia mais utilizado. E apesar de muito difundido, bastante gente ainda não sabe do que realmente se trata. Algumas definições dão conta de que se trata de uma empresa de porte pequeno em seu período inicial, ou uma companhia com enorme potencial de crescimento com baixos custos de manutenção. E na maior parte do tempo elas são vistas como empresas de internet ou de tecnologia. Mas então o que é uma startup? Uma startup é uma empresa nova, até mesmo embrionária ou ainda em fase de constituição, que conta com projetos promissores, ligados a pesquisa, investigação e desenvolvimento de ideias inovadoras. Por ser jovem e estar implantando uma ideia no mercado, outra característica das startups é possuir risco envolvido no negócio. Mas, apesar disso, são empreendimentos de baixos custos iniciais e são altamente escaláveis, ou seja, possuem uma expectativa de crescimento muito grande quando dão certo. Algumas empresas já solidificadas no mercado e líderes em seus segmentos, como o Google, a Yahoo e o Ebay, também são consideradas startups (SEBRAE, [s.d.]). Para Blank e Dorf (2014, p. 57), startups são empreendimentos que buscam um modelo de negócio escalável, recorrente e lucrativo, ou seja, não estão necessariamente ligados à área de tecnologia da informação, apesar de o conceito ter surgido justamente com a bolha da internet nos anos 1990. 176 Unidade IV No Brasil, o mercado de atuação das startups está dividido da seguinte forma (os dez principais): Tabela 11 – Startups por mercado de atuação Mercado de atuação % Educação 7.13% Finanças 4.14% Saúde e bem-estar 3.68% Internet 3.22% Agronegócio 3.15% Varejo/Atacado 3.00% E-commerce 2.94% Comunicação e mídia 2.59% Advertising 2.23% Vendas e marketing 2.15% Adaptada de: StartupBase (s.d.). Saiba mais O StartupBase é a base de dados oficial do ecossistema brasileiro de startups, ele permite a realização de pesquisa em tempo real por entre as mais de 12 mil startups cadastradas. A fim de ampliar os seus conhecimentos, acesse: https://startupbase.com.br No Brasil, algumas empresas viraram case de sucesso para o mundo, por exemplo, o Buscapé. A companhia foi criada por quatro colegas em 1999, com um investimento inicial de R$ 400 (quatrocentos reais), conforme conta um de seus fundadores, Romero Rodrigues. Saiu de um cenário de desconfiança dos varejistas do país para se tornar uma das principais plataformas de comparação de preços do Brasil e da América Latina. Esta situação ilustra bem as possibilidades de ganho diantede um investimento inicial baixo. Mas não se deve deixar levar por resultados assim. Para Ries (2011, p. 13), desenvolver uma startup é um exercício de criar uma instituição, portanto, envolve necessariamente administração. Portanto, não basta a inspiração e um bom plano de negócios, é necessário o estudo e a aplicação de metodologias que otimizem todos os processos da empresa, ou como apontado pelo autor, da instituição. Consequentemente, é importante para o administrador deste modelo de negócio conhecer procedimentos ágeis que combinem também com o modelo de gestão e desenvolvimento. Técnicas como: Canvas, design thinking e scrum são bons exemplos de métodos que podem – e devem – ser somados a outros tidos como tradicionais já citados neste livro-texto. 177 EMPREENDEDORISMO, CRIATIVIDADE E INOVAÇÃO [...] Essa abordagem se desenvolve sobre diversas ideias prévias de administração e desenvolvimento de produto, incluindo a manufatura enxuta, o design thinking, o desenvolvimento de clientes (customer development) e o desenvolvimento ágil. Representa uma nova abordagem para criar a inovação contínua. Eu a denominei de startup enxuta (lean startup) (RIES, 2011, p. 8). Resumo Observamos especificamente a inovação aplicada ao empreendedorismo. Vimos que nem sempre empreendedorismo e criatividade estão juntos da inovação. Uma coisa é ter uma boa ideia, outra é dar um destino útil a ela, e outra é transformá-la em um bom negócio. É senso comum que inovação nunca foi fácil, e atualmente a competição pelo mercado é tão intensa que ficou mais difícil ainda, além disso, nem sempre uma criação resulta na inovação de que a empresa necessita ou que o mercado quer. As instituições precisam de inovações empreendedoras, incrementais e que nem sempre têm um impacto de curto prazo. Felizmente, o empreendedor possui inúmeras formas para desenvolver o seu potencial inovador. Existem maneiras mais intuitivas e amplas e outras menos popularizadas. Estudamos que a maioria dos novos produtos tende a ficar concentrada em inovações contínuas, a título de exemplo, vimos que as atualizações de modelo em celulares e veículos oferecem baixa influência nos padrões de consumo já estabelecidos. Por outro lado, os itens realmente novos, chamados de inovações descontínuas, não são corriqueiros e exigem grande aprendizado por parte dos clientes. Sob a perspectiva da empresa, o empreendimento inovador, além de reconhecer a percepção de novidade do consumidor, deve classificar seus novos produtos em algumas dimensões semelhantes. Outro ponto que foi analisado é a diferença entre inventor e inovador. O inventor pensa diferente do inovador. Ele visualiza um horizonte mais distante, cinco ou dez anos à frente. Ele imagina como seria o uso de tecnologia por pessoas, como elas seriam beneficiadas com as novas funcionalidades. Inventores mantêm o foco no cliente, mas a visão de toda a invenção é incompleta. Inventores não pensam no processo de como sair do hoje e chegar no futuro. Eles inventam, mas não inovam, com exceção daqueles que são inventores-empreendedores. 178 Unidade IV O empreendedor deve procurar as oportunidades de inovação onde a maioria das pessoas nem imagina. Elas podem estar em um problema, em uma necessidade de mercado, em conflitos inesperados, em um comentário, em tendências. O profissional deve manter a percepção aguçada e ficar atento às chances. Vimos também que para manter o crescimento sustentável do negócio as empresas devem aumentar, combinar, multiplicar e gerar inovação a partir de uma oportunidade identificada. A fim de compreender melhor o processo de transformar conhecimento em inovação, é possível afirmar ser rara a inovação lidar com apenas um tipo de conhecimento, o que ocorre é uma combinação de conhecimento em torno de uma inovação. Essa junção em uma invenção é conhecida como “arquitetura da inovação”. A inovação deverá sempre estar atenta aos impactos ambientes que dela decorrerem. O meio ambiente e a sustentabilidade, apesar de serem alvo de preocupações sociais e políticas, apresentam influências importantes, porém sutis sobre o rumo da inovação. Ela pode contribuir para a sustentabilidade de outras maneiras. Foi evidenciada a preocupação com abordagens inovativas mais equilibradas por sua eficiência e eficácia na tentativa de compreender melhor os impactos ambientais que as inovações trarão consigo. Também foi tratada a importância da inovação na Revolução 4.0 e um novo modelo de empreendimento, as startups, e como ambos influenciam a inovação e vice-versa. Exercícios Questão 1. Leia o texto a seguir: Uma inovação tecnológica de produto é a implantação/comercialização de um produto com características de desempenho aprimoradas de modo a fornecer objetivamente ao consumidor serviços novos ou aprimorados. Uma inovação de processo tecnológico é a implantação/adoção de métodos de produção ou comercialização novos ou significativamente aprimorados. Ela pode envolver mudanças de equipamento, recursos humanos, métodos de trabalho ou uma combinação destes. OCDE; FINEP. Manual de Oslo: Proposta de Diretrizes para Coleta e Interpretação de Dados sobre Inovação Tecnológica. Finep: Brasília, São Paulo, 1997. Disponível em: http://www.finep.gov.br/images/a-finep/biblioteca/manual_de_oslo.pdf. Acesso em: 17 nov. 2019 (adaptado). O aparelho de micro-ondas foi o resultado da observação de um experimento científico e foi descoberto por acidente. A tecnologia de micro-ondas existe desde 1940. No ano de 1945, Percy Spencer, que trabalhava para a empresa Raytheon, fazia experiências com um novo tubo de vácuo chamado de Magnétron, e ao adentrar o local do experimento, percebeu que a barra de chocolate que estava em seu 179 EMPREENDEDORISMO, CRIATIVIDADE E INOVAÇÃO bolso começara a derreter. Observando isso, tentou um experimento com milho de pipoca, e quando o milho começou a estourar, viu seu potencial de uso. Disponível em: https://www.sitedecuriosidades.com/curiosidade/a-invencao-do-microondas.html. Acesso em: 17 nov. 2019 (adaptado). Considerando os dados desse texto, avalie as afirmações a seguir. I – A criação do micro-ondas por Percy Spencer, na década de 1940 foi, à época, uma inovação de produto. II – Uma reforma administrativa no governo federal que mude o plano de carreira dos servidores públicos não é um exemplo de inovação de processos, pois a inovação é uma característica das organizações privadas. III – Para que um negócio seja empreendedor, é imprescindível que ele apresente inovações em produtos ou serviços. É correto o que se afirma em: A) I, apenas. B) II, apenas. C) I e III, apenas. D) II e III, apenas. E) I, II e III. Resposta correta: alternativa A. Análise das afirmativas I – Afirmativa correta. Justificativa: o lançamento de um item novo, que não existia, é uma inovação em produto. II – Afirmativa incorreta. Justificativa: qualquer organização, pública ou privada, pode estimular inovações em processos, produtos ou serviços. 180 Unidade IV III – Afirmativa incorreta. Justificativa: o empreendedorismo se relaciona ao desenvolvimento de novas soluções para atendimento das necessidades das sociedades e, não necessariamente, depende da criação de novos produtos. Pode haver empreendedorismo e inovação, por exemplo, na criação de um uso novo para um produto preexistente. Questão 2. Leia o texto a seguir sobre inovação no ambiente digital, escrito por Eduardo Barbosa, CEO da Brognoli Imóveis. As empresas precisam [...] abandonar o hábito de concentrar-se em seus próprios produtos e processos e empenhar-se em adotar o ponto de vista do cliente. [...] A transformação digital permite que as empresas criem e captem enorme valor ao facilitar as interações dos clientes, não se restringindo a seus produtos e serviços. Ou seja, a competição passa a ser por influência entre empresas, com modelos de negócio muito diferentes e propostas de valor cada vez mais personalizadas,buscando conquistar mais destaque junto ao consumidor final, rompendo com modelos de negócios lineares e construindo modelos de negócios mais em rede que geralmente são muito leves em ativos e podem gerar grandes receitas. As empresas tradicionais precisam de novos referenciais para formular suas próprias estratégias, a fim de adaptarem-se e crescerem na era digital. O desenvolvimento de uma estratégia eficaz exige que se compreendam novos conceitos, como a experimentação rápida. Disponível em: https://scinova.com.br/o-desafio-de-inovacao-das-empresas-tradicionais-no-novo-ambiente-digital/. Acesso em: 17 nov. 2019 (adaptado). A respeito do plano de negócios, avalie as seguintes asserções. I – Barbosa defende a inovação sob perspectiva do cliente, em detrimento da inovação sob perspectiva da empresa. PORQUE II – As inovações contínuas geram poucas mudanças em padrões de consumos já estabelecidos e as mudanças descontínuas, que proporcionam novos produtos, exigem grande aprendizado e adaptação dos clientes. A respeito dessas asserções, assinale a opção correta. A) As asserções I e II são proposições verdadeiras, e a II é uma justificativa correta da I. B) As asserções I e II são proposições verdadeiras, mas a II não é uma justificativa correta da I. C) A asserção I é uma proposição verdadeira, e a II é uma proposição falsa. 181 EMPREENDEDORISMO, CRIATIVIDADE E INOVAÇÃO D) A asserção I é uma proposição falsa, e a II é uma proposição verdadeira. E) As asserções I e II são proposições falsas. Resposta correta: alternativa B. Análise das assertivas I – Asserção correta. Justificativa: na terminologia de Hirish et al. (2014), existem inovações sob perspectiva do cliente ou da empresa. Os autores defendem que ambas as perspectivas são importantes para o empreendimento. Barbosa, no trecho anterior, adota uma posição diferente e defende as inovações sob perspectiva do cliente. II) Asserção correta. Justificativa: as inovações, sob perspectiva do cliente, podem ser contínuas, dinamicamente contínuas ou descontínuas, de acordo com o grau de adaptação e aprendizado que exigem da clientela. Relação entre as assertivas Para Barbosa, a competição entre empresas gera uma necessidade de personalização dos produtos e, por isso, seria importante adotar a perspectiva do cliente. No entanto, o autor não coloca nenhuma relação com a continuidade ou descontinuidade na inovação. 182 FIGURAS E ILUSTRAÇÕES Figura 1 ENTREPRENEUR-1419389_960_720.JPG. Disponível em: https://cdn.pixabay.com/ photo/2016/05/27/10/14/entrepreneur-1419389_960_720.jpg. Acesso em: 4 dez. 2019. Figura 2 ENTREPRENEUR-2275739_960_720.JPG. Disponível em: https://cdn.pixabay.com/ photo/2017/05/01/14/58/entrepreneur-2275739_960_720.jpg. Acesso em: 4 dez. 2019. Figura 3 INFLUENCER-4492841_960_720.JPG. Disponível em: https://cdn.pixabay.com/ photo/2019/09/21/01/34/influencer-4492841_960_720.jpg. Acesso em: 17 dez. 2019. Figura 9 HURRY-2119711_960_720.JPG. Disponível em: https://cdn.pixabay.com/photo/2017/03/05/20/09/ hurry-2119711_960_720.jpg. Acesso em: 18 dez. 2019. Figura 15 DORNELAS, J. C. Empreendedorismo corporativo. 2. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2008. p. 43. Adaptada. Figura 16 DORNELAS, J. C. Empreendedorismo corporativo. 2. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2008. p. 43. Adaptada. Figura 17 DORNELAS, J. C. Empreendedorismo corporativo. 2. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2008. p. 44. Figura 18 DORNELAS, J. C. Empreendedorismo corporativo. 2. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2008. p. 49. Adaptada. Figura 19 HASHIMOTO, M. Espírito empreendedor nas organizações. 2. ed. São Paulo: Saraiva, 2010. p. 249. Adaptada. 183 Figura 20 HASHIMOTO, M. Espírito empreendedor nas organizações. 2. ed. São Paulo: Saraiva, 2010. p. 249. Adaptada. Figura 21 HASHIMOTO, M. Espírito empreendedor nas organizações. 2. ed. São Paulo: Saraiva, 2010. p. 249. Adaptada. Figura 22 HASHIMOTO, M. Espírito empreendedor nas organizações. 2. ed. São Paulo: Saraiva, 2010. p. 249. Adaptada. Figura 23 HASHIMOTO, M. Espírito empreendedor nas organizações. 2. ed. São Paulo: Saraiva, 2010. p. 249. Adaptada. Figura 24 HASHIMOTO, M. Espírito empreendedor nas organizações. 2. ed. São Paulo: Saraiva, 2010. p. 249. Adaptada. Figura 25 HASHIMOTO, M. Espírito empreendedor nas organizações. 2. ed. São Paulo: Saraiva, 2010. p. 249. Adaptada. Figura 26 CONCEPT-1868728_960_720.JPG. Disponível em: https://cdn.pixabay.com/photo/2016/11/29/09/32/ concept-1868728_960_720.jpg. Acesso em: 4 dez. 2019. Figura 27 SEBRAE. Causa mortis: o sucesso e o fracasso das empresas nos primeiros 5 anos de vida. São Paulo, jul. 2014. p. 6. Adaptada. Disponível em: https://www.sebrae.com.br/Sebrae/Portal%20Sebrae/UFs/SP/ Anexos/causa_mortis_2014.pdf. Acesso em: 4 dez. 2019. Figura 28 SEBRAE. Causa mortis: o sucesso e o fracasso das empresas nos primeiros 5 anos de vida. São Paulo, jul. 2014. p. 7. Adaptada. Disponível em: https://www.sebrae.com.br/Sebrae/Portal%20Sebrae/UFs/SP/ Anexos/causa_mortis_2014.pdf. Acesso em: 4 dez. 2019. 184 Figura 29 SEBRAE. Causa mortis: o sucesso e o fracasso das empresas nos primeiros 5 anos de vida. São Paulo, jul. 2014. p. 10. Adaptada. Disponível em: https://www.sebrae.com.br/Sebrae/Portal%20Sebrae/UFs/SP/ Anexos/causa_mortis_2014.pdf. Acesso em: 4 dez. 2019. Figura 30 SEBRAE. Causa mortis: o sucesso e o fracasso das empresas nos primeiros 5 anos de vida. São Paulo, jul. 2014. p. 12. Adaptada. Disponível em: https://www.sebrae.com.br/Sebrae/Portal%20Sebrae/UFs/SP/ Anexos/causa_mortis_2014.pdf. Acesso em: 4 dez. 2019. Figura 31 NAVIGATION-1048294_960_720.JPG. Disponível em: https://cdn.pixabay.com/photo/2015/11/17/21/46/ navigation-1048294_960_720.jpg. Acesso em: 18 dez. 2019. Adaptada. Figura 33 DORNELAS, J. C. 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