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Projeto Integrador VII - Engenharia de Produção - Rev. Final

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UNIVERSIDADE VIRTUAL DO ESTADO DE SÃO PAULO 
 
 
 
 
Leonardo de Lucena Daltro 
Luiz Luccas Júnior 
Natália Geórgia Bezerra dos Santos 
Nelson de Araújo Portela Júnior 
Rogério da Silva Ribeiro 
Wagner Germano Sodré Costa 
 
 
 
 
Migração do Modelo Artesanal para o Industrial de um Empreendimento 
de Perfumes 
 
 
 
 
 
 
 
Link para o vídeo: https://youtu.be/th9UMPrnxiM 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Santos - SP 
2020 
 
1 
 
UNIVERSIDADE VIRTUAL DO ESTADO DE SÃO PAULO 
 
 
 
 
 
 
 
 
Migração do Modelo Artesanal para o Industrial de um Empreendimento 
de Perfumes 
 
 
 
 
 
 
 
Relatório Técnico - Cientifico apresentado na 
disciplina de Projeto Integrador para o curso de 
Engenharia de Produção da Universidade Virtual do 
Estado de São Paulo (UNIVESP). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Santos - SP 
2020 
 
 
2 
 
DE LUCENA DALTRO, Leonardo; LUCCAS JÚNIOR, Luiz; GEÓRGIA BEZERRA DOS 
SANTOS, Natália; DE ARAÚJO PORTELA JUNIOR, Nelson; DA SILVA RIBEIRO, 
Rogério; GERMANO SODRÉ COSTA, Wagner. Migração do Modelo Artesanal para o 
Industrial de um Empreendimento de Perfumes. 00f. Relatório Técnico-Científico. 
Engenharia de Produção – Universidade Virtual do Estado de São Paulo. Tutor: César 
Augusto Pascali Rago. Polo: Santos, 2020. 
 
RESUMO 
 
Esta pesquisa investigou a possibilidade de crescimento de uma empresa do ramo de 
perfumes, associando-a a grupos de fatores como os associados ao ramo de negócios, ao período 
ou ano em que se observa o crescimento, ao país e, finalmente, o grupo de fatores associado à 
empresa individual de forma idiossincrática. O projeto integrador (PI) inspirou-se na linha de 
pesquisa de componentes de variância do desempenho financeiro em estratégia usando o 
crescimento como variável dependente. Os achados indicam que a inovação e reinvenção são 
os fatores responsável pela maior parte da variância observada nas taxas de crescimento das 
pequenas empresas. O ramo de negócios no qual a empresa está inserida, contudo, tem uma 
grande relevância na explicação da variabilidade. O PI usou a base de dados ABIHPEC como 
fonte na busca de dados sobre o mercado de perfumes. Os resultados têm implicações tanto para 
a gestão de empresas ao nível corporativo como para a criação de políticas de desenvolvimento 
e crescimento. 
 
PALAVRAS-CHAVE: Perfumes; Inovação; Crescimento; Reinvenção. 
 
 
 
 
 
3 
 
SUMÁRIO 
 
 
 
1. INTRODUÇÃO .................................................................................................................... 4 
2. DESENVOLVIMENTO ....................................................................................................... 5 
2.1. Problema e objetivos ..................................................................................................... 5 
2.1.1. Problema ................................................................................................................. 5 
2.1.2. Objetivo Geral ........................................................................................................ 6 
2.1.3. Objetivos Específicos .............................................................................................. 6 
2.2. Justificativa .................................................................................................................... 6 
2.3. Fundamentação teórica ................................................................................................. 7 
2.3.1. Compreendendo o Empreendedorismo ................................................................ 7 
2.3.2. Inovação nas Organizações .................................................................................... 8 
2.3.3. Breve Descritivo do Setor de Perfumaria e Cosméticos ...................................... 9 
2.3.4. Importância da Produtividade ............................................................................ 10 
2.3.5. Modelo Fabril para Aumento da Produtividade ............................................... 11 
2.4. Aplicação das disciplinas estudadas no Projeto Integrador .................................... 13 
2.5. Metodologia .................................................................................................................. 14 
3. RESULTADOS ................................................................................................................... 20 
3.1. Protótipos ..................................................................................................................... 20 
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................................................. 22 
REFERÊNCIAS ..................................................................................................................... 23 
 
 
 
 
4 
 
1. INTRODUÇÃO 
 
A história dos perfumes é muito antiga. De acordo com HIRATA (2012), a origem 
remonta ao ano 3000 a.C, onde os egípcios usavam fumaças aromáticas durante suas orações, 
per (através) e fummum (fumaça). Por volta de 800 a.C., os gregos já exportavam óleos de 
flores e plantas maceradas e, quase duzentos anos depois, Babilônia se tornou o centro 
comercial de especiarias e perfumes. Essa iguaria olfativa, tem várias características que, de 
certo, passam despercebidas pelos usuários mais apaixonados, porém, são elas que surpreendem 
e interligam a pessoa ao objeto, no caso o perfume. Uma fragrância é feita misturando-se de 
30 a 300 ingredientes, onde, o cheiro (notas), o frasco, a cor e por que não o preço, influenciam 
diretamente na decisão da compra e na sobrevivência de um produto e/ou marca. 
Os fabricantes artesanais concorrem muitas vezes de forma desigual com grandes 
marcas e perfumarias, o que torna de suma importância a otimização do processo de fabricação 
e a gestão de sua cadeia de suprimentos, buscando sempre manter a qualidade de um produto, 
a fidelização do cliente e a inovação, sem com isso encarecer o preço final. 
De fato, é um grande desafio migrar da produção artesanal para a industrial. 
Repetibilidade, fornecedores, pontos de venda, são alguns dos gargalos a serem transpostos em 
um processo que geralmente envolve um grande custo e um planejamento impecável, a fim de 
superar tais desafios e se firmar em um já bastante concorrido mercado. Porém, esse mesmo 
mercado tão concorrido, muitas vezes oferece nichos ainda pouco explorados ou não 
explorados, onde só a visão empreendedora e holística de um micro produtor consegue 
vislumbrar possibilidades de bons negócios e de superação. Fabricar um aroma sob medida para 
uma empresa, confeccionar pequenos frascos para serem entregues como brinde, são algumas 
das possibilidades onde um bom perfumista pode se destacar. 
O mercado brasileiro de fragrâncias ainda é muito promissor e movimenta por ano algo 
em torno de sete bilhões de dólares. As grandes marcas como Natura e Boticário são as mais 
vendidas e 82% do mercado brasileiro costuma dar preferência às marcas nacionais o que 
denota em um grande potencial de crescimento para as pequenas e médias empresas do setor, 
facilitado pelo crescente aumento do comércio eletrônico. 
 
 
5 
 
2. DESENVOLVIMENTO 
 
2.1. Problema e objetivos 
 
2.1.1. Problema 
 
A expansão é crucial para pequenos negócios porque a subsistência deles depende, 
constantemente, de consolidaram-se para dividir o mercado com as grandes organizações, uma 
vez que a ascensão diminui a possibilidade de fechamento (Rauch & Rijskik, 2013). Essa 
consolidação é importante não apenas para as empresas e seus proprietários, mas para todas as 
partes interessadas, tendo em vista que essas empresas movimentam a economia, favorecendo 
a diversidade de produtos e serviços. 
A ascensão de pequenos negócios está sendo largamente estudada no 
empreendedorismo.Uma das razões estende-se ao fato de que, apesar de que muitos pequenos 
negócios sejam fundados, grande parte deles não se estabelece e cresce (Davidsson et al., 2010; 
Mckelvie & Wiklund, 2010) e não são todas as pequenas empresas que desejam crescer (Doern, 
2009). O empreendedorismo é um fenômeno global sobre o qual diversas organizações públicas 
e privadas têm investido em pesquisa e desenvolvimento, pois existe uma clara correlação entre 
o empreendedorismo e o crescimento econômico (BRITTO & WEVER, 2003). No Brasil, o 
interesse pelo tema aumentou substancialmente a partir da década de 1990 (DORNELAS, 
2001), incentivando um grande número de estudos e publicações. 
De acordo com Brush et al. (2009) existem empresas que não desejam se expandir e 
outras que preferem que a expansão aconteça gradativamente, porém que são tão bem-sucedidas 
como as que crescem com mais rapidez. A maioria das novas organizações não crescem muito 
mais do que quando começou (Headd & Kirchhoff, 2009). Exceções são as chamadas Startup 
(Julien, 2002), que em geral são empresas jovens com rápido crescimento (Sims & Regan, 
2006). 
Diante às prerrogativas expostas, a questão norteadora do presente projeto integrador é 
a seguinte: o planejamento estratégico mesmo para o pequeno empreendedor é indispensável. 
Neste cenário, como permanecer competitivo a fim de melhorar a cadeia de suprimentos? 
 
 
 
 
6 
 
2.1.2. Objetivo Geral 
 
Este projeto tem como objetivo principal um planejamento estratégico que amplie a 
visão de um pequeno produtor artesanal de perfumes, quanto ao seu ambiente de negócios, 
conduzindo a migração para um empreendimento industrial, conservando as qualidades de seus 
produtos artesanais 
 
2.1.3. Objetivos Específicos 
 
Para se alcançar o objetivo geral deste trabalho, foram estabelecidos os seguintes 
objetivos específicos: 
● Determinar mudanças para o processo de migração, 
● Estruturar a cadeia de suprimentos; 
 
2.2. Justificativa 
 
Conforme Penrose (2006), o crescimento é resultado do procedimento interno de 
ampliação da organização e da alta em quantidade, para mais de expansão. Ou seja, 
“crescimento é definido como uma mudança no tamanho em um determinado período de 
tempo” (Dobbs & Hamilton, 2007, p. 313). 
Não há um consenso sobre as formas de mensurar o crescimento. Os principais 
indicadores utilizados são: variação no volume de vendas, seguidos dos indicadores de variação 
no número de empregados (Achtenhagen et al., 2010). 
Algumas empresas já perceberam que para terem lugar no futuro terão que aprender a 
aprender, o que exige que sejam criados mecanismos adequados, alguns por meio de estruturas 
específicas (times), outros por meio de alinhamento estratégico (para reforçar culturas), outros 
ainda por meio de esforços específicos (Clarke, 1995). 
As organizações não podem impedir o mundo de mudar. O melhor que elas podem fazer 
é se adaptar. As mais espertas mudam antes de serem obrigadas a fazê-lo. Aquelas de sorte 
conseguem dar um jeito quando a pressão inevitável chega. As outras são as perdedoras e 
acabam virando história (Galuppo, 1995). 
O setor brasileiro de cosméticos teve uma generosa expansão nos últimos anos, 
passando a ser reconhecido e utilizado por consumidores de todas as classes sociais, 
 
7 
 
principalmente pelas mulheres, pois seus produtos deixaram de ser vistos como fúteis e agora 
passam a ser vistos por muitos como essenciais. Além disso, as pessoas estão se preocupando 
mais com sua beleza e bem-estar (SÁ, 2010). 
Tendo em vista o contexto abordado acima, o empreendedor necessita analisar as 
oportunidades no seu modelo de negócio a fim de aumentar a competitividade e produtividade 
para alcançar vantagens competitivas em função de seus concorrentes. 
 
2.3. Fundamentação teórica 
 
2.3.1. Compreendendo o Empreendedorismo 
 
O empreendedorismo, palavra que vem sendo muito utilizada hoje em dia, dentre seus 
significados, é a disposição ou capacidade de idealizar, coordenar e realizar projetos, serviços 
e negócios. Esse ato de empreender, teve seu início em meados do século XVII onde algumas 
pessoas tinham um acordo com o governo francês para realizar a produção de seus produtos. 
Desde então esse ato foi se difundindo e tomando a forma na qual se encontra nos dias atuais, 
impulsionando o desenvolvimento econômico, a inovação e a criação de empregos. 
Empreendedorismo está relacionado com a resolução de problemas ou situações 
complicadas. É um termo utilizado no setor empresarial e correlacionado com a criação de 
empresas e novos produtos. Tem como objetivo saber identificar as oportunidades e transformá-
las em algo lucrativo. Este conceito foi utilizado inicialmente pelo economista austríaco Joseph 
Alois Schumpeter. 
O papel do empreendedorismo no desenvolvimento econômico não envolve somente o 
aumento de produção e renda per capta, mas também constituir mudanças estruturais dos 
negócios e da sociedade. 
Através do empreendedorismo há possibilidade de inovação, transformando 
conhecimentos e ideias, em novos produtos. A criação de empreendimento tem contribuição 
diretamente para a economia do país, gerando oportunidades e consequentemente mais 
empregos. 
Pode influenciar a melhora da qualidade dos produtos ou serviços oferecidos aos 
consumidores, por meio do aumento da concorrência entre as empresas que oferecem serviços 
parecidos. 
Além desses aspectos o empreendedorismo também ganhou uma nova missão social: 
ajudar a preservar o meio ambiente por meio de conscientização sobre hábitos sustentáveis 
 
8 
 
como na criação de produtos ecológicos, com o cuidado de preservar ao máximo os recursos 
naturais. 
Essa iniciativa de implementar novos negócios ou mudanças em empresas já existentes 
necessita habilidades em diversas áreas do conhecimento como gestão de pessoas, finanças, 
vendas, desenvolvimento pessoal, estratégia, marketing, inovação, entre outras. Mas podemos 
simplificá-las em três tópicos: idealização, coordenação e realização. 
Idealização é o início de todo projeto ou empreendedorismo, na qual pensamos e 
colocamos no papel todas as ideias sobre um produto ou serviço novo ou já existente. 
Coordenação é a segunda fase, na qual a organização é a palavra chave para que essa 
etapa seja concluída com sucesso. 
E, por fim, a realização, onde aplicamos tudo que foi proposto anteriormente. 
 
2.3.2. Inovação nas Organizações 
 
O ato de inovar significa: a necessidade de criar caminhos ou estratégias diferentes aos 
habituais meios, com o objetivo de atingir determinado resultado. 
A inovação é a ferramenta do empreendedor, o meio pelo qual o mesmo pode explorar 
a mudança com efeito de renovação ou criação de uma novidade como oportunidade para um 
negócio diferenciado. 
Entre as inovações mais comuns temos: produtos, processos, marketing, organizacional 
e serviços, podendo elas serem incrementais ou radicais. 
O gerenciamento para se tornar eficaz é necessário que haja trabalho conjunto dos 
colaboradores e estrategistas com visão a longo prazo, para que tenha orientações em novos 
projetos ao decorrer de seu desenvolvimento na organização. 
É importante que o empreendedor tenha pensamentos, comportamentos e atitudes 
proativas quanto a visão de futuro da sua organização. Se tornando um indivíduo visionário em 
relação as suas ideias. 
As organizações podem inovar e aprimorar os processos de maneira pragmática ao 
adotar uma estratégia bem definida. 
A ideia de inovação não consiste apenas em se restringir a invenção de produtos novos, 
tecnologias ou serviços, mas sim ao conceito ou valor de determinada coisa. 
 
9 
 
As organizações precisam inovar constantemente a fim de modificar-se de modo a 
melhorarem, para que possam se destacar perante as outras empresas, ou seja, a inovação será 
a melhor forma de promoção da adaptabilidade organizacional. 
Pode se concluir que inovaçãoé o sinônimo de adaptação, para que as empresas 
obtenham resultados e continuem firmes no mercado, sendo essencial aderir as mudanças 
necessárias que ocorrem nas estruturas econômicas e sociais. 
 
2.3.3. Breve Descritivo do Setor de Perfumaria e Cosméticos 
 
No ano de 2018, segundo a ABIHPEC, que representa o setor de HPPC (Higiene 
Pessoal, Perfumaria e Cosmética), registrou 2,6 mil empresas registradas na ANVISA 
(Associação Nacional de Vigilância Sanitária). Crescimento do Setor de HPPC, a nível 
mundial, apresentou, no período de 2003 a 2017, uma taxa média de crescimento anual 
CAGR (Compound Annual Growth Rate, ou taxa de crescimento anual composta, é a taxa de 
retorno necessária para um investimento crescer de seu saldo inicial para o seu saldo final. 
Dessa forma, o CAGR é considerado um dos principais indicadores para analisar a viabilidade 
de um investimento) de 4,28%, com tamanhos de aproximadamente US$ 256 bilhões em 2003 
e de US$ 464 bilhões em 2017. 
 Atualmente, o país que apresenta o maior mercado no setor de HPPC é os EUA, com 
uma fatia de 18% (US$ 86 bilhões) do mercado mundial. Em seguida, vemos: 
 
● China – 11% (US$ 56 bilhões) 
● Japão – 8% (US$ 36 bilhões) 
● Brasil – (US$ 32 bilhões) 
 
A Indústria de Cosméticos, Perfumaria e de Higiene Pessoal é um segmento da Indústria 
Química, tendo como principal insumo os compostos petroquímicos, em especial a química 
fina. Caracterização Técnica da Cadeia A ANVISA, através da Resolução nº 79 de 28/08/2000 
determinou a seguinte denominação para cosméticos: “Preparações constituídas por substâncias 
naturais ou sintéticas, de uso externo nas diversas partes do corpo humano, pele, sistema capilar, 
unhas, lábios, órgãos genitais externos, dentes e membranas mucosas da cavidade oral, com 
objetivo exclusivo ou principal de limpá-los, perfumá-los, alterar sua aparência e/ou corrigir 
odores corporais e/ou protegê-los ou ainda mantê-los em bom estado”. Dada a diversidade de 
https://www.sunoresearch.com.br/artigos/juros-compostos-magia/
https://www.sunoresearch.com.br/artigos/analise-de-viabilidade/
https://www.sunoresearch.com.br/artigos/analise-de-viabilidade/
 
10 
 
utilização e de tipo de produtos abrangidos por esta classificação, o setor encontra-se 
subdividido em três segmentos: 
 
● Perfumaria: composto pelas águas de colônia e perfumes. 
 
● Cosméticos: constituído por produtos de maquiagem (batons, bases, sombras, 
delineadores e lápis para sobrancelhas, entre outros), produtos de cuidado com a pele 
(cremes hidratantes, cremes para massagem, loções, protetores solar), bronzeadores, 
depilatórios e produtos de manicuro e pedicuro (esmaltes, bases para unhas, 
removedores e outros). 
 
● Higiene Pessoal: composto por produtos capilares (xampus, condicionadores, tinturas, 
produtos para modelagem capilar e outros), produtos para higiene bucal (dentifrícios, 
enxaguantes, fios dentais), produtos para barbear, para banho (sabões, sabonetes e 
outros), desodorantes axilares e corporais, produtos descartáveis (absorventes íntimos, 
tampões e fraldas descartáveis) e produtos infantis (sabonetes, xampus, 
condicionadores, protetores solar, maquiagem, esmaltes, colônias, especialmente para 
crianças). 
 
2.3.4. Importância da Produtividade 
 
 O aumento da produtividade no mercado da beleza está relacionado com as 
certificações, e devido ao aumento das escalas industrias, tais produtos geram impactos tanto 
para o meio ambiente quanto para a vida humana, estes impactos são de grande preocupação 
para todos, o objetivo de mostrar quais aos aspectos de mudanças devem ser tomados para que 
se produza de forma consciente e inversamente proporcional aos impactos ambientais gerados 
durante todo processo fabril. 
Ao ser certificada, a empresa não só estará cumprindo suas responsabilidades quanto ao 
meio ambiente como também crescerá o capital da organização, já que a sustentabilidade 
também é uma questão mercadológica. 
O objetivo do desenvolvimento sustentável é importante para guiar as nações, direcionar 
governos e organizações para originar metas concretas e definir prazos (RIO+20). 
As principais certificadoras encontradas no mercado são: 
 
11 
 
● A ECOCERT é um órgão de inspeção e certificação fundada na França em 1991 com o 
intuito de desenvolver um modelo agrícola levando em consideração o respeito ao meio 
ambiente, gerando um reconhecimento aos produtores que optam por essa alternativa 
sustentável. 
● A USDA é um departamento agrícola dos Estados Unidos que visa oferecer 
oportunidades econômicas através da inovação no desenvolvimento rural e, buscando 
preservar os recursos naturais. 
 
● O IBD é uma certificadora fundada no Brasil que tem como filosofia o compromisso 
com a terra e o homem, assegurando o respeito com o meio ambiente, boas condições 
de trabalho e produtos de alta confiabilidade. Hoje é a maior certificadora da América 
Latina. 
 
2.3.5. Modelo Fabril para Aumento da Produtividade 
 
 Otimizar os sistemas dentro de uma unidade fabril é e sempre foi um grande desafio 
para toda e qualquer empresa, desafio esse, agravado pelo fato de, além de perseguir uma 
produção enxuta, a migração do sistema artesanal para o industrial, por si só já é um obstáculo 
considerável. Fato é que não basta somente otimizar o fluxo de trabalho, mas também adotar as 
melhores práticas correlatas à cadeia de suprimentos. 
 Tais resultados só podem ser obtidos envolvendo todas as áreas da empresa, desde a 
mudança de comportamento dos colaboradores até mesmo o investimento em novas 
tecnologias. Várias práticas podem ajudar no aumento da produtividade onde se destacam: 
 - Revisar o fluxo de trabalho existente. 
 - Atualizar processos. 
 - Investir em automação e tecnologia de gestão. 
 - Utilizar a metodologia “Lean Manufacturing”. 
 - Identificar e eliminar gargalos. 
 - Diminuir as taxas de desperdício e de rejeição de produtos. 
 - Treinamento. 
No nosso caso em específico, onde há o fato da migração do processo artesanal para o 
fabril a revisão do fluxo de trabalho torna-se bastante pertinente. Revisar todo o fluxo de 
trabalho existente, desde o momento em que as matérias-primas chegam à empresa até quando 
 
12 
 
o produto pronto é enviado ao cliente já é um belo começo, isso ajuda a entender todo o 
funcionamento do processo e torna mais claros possíveis pontos de aumento de produtividade. 
Pontos importantes a serem analisados: 
- Fator humano: avaliar se os seus colaboradores têm as habilidades necessárias relacionadas 
às suas funções. 
- Tecnologia: avaliar as condições dos maquinários e buscar novas tecnologias para os setores 
onde seu equipamento possa estar, ou vir a ser à curto prazo obsoleto. 
- Procedimentos e atividades: identificar os gargalos, pontos fortes e pontos fracos no decorrer 
de todo o processo. 
Obviamente que na migração do sistema de produção será necessário atualizar alguns 
processos, a fim de suprir novas necessidades. É importante nesse aspecto elaborar um plano 
de ação onde seja identificado as áreas que passarão por mudanças. Investir em automação e 
em tecnologias de gestão muitas vezes é a grande sacada onde tal investimento pode ser focado 
tanto em equipamento quanto em softwares que muitas vezes diminuem a necessidade de mão 
de obra a aumentam a eficiência dos processos. 
A gestão dos custos talvez seja o grande desafio nessa mudança de paradigmas 
relacionados aos processos de produção, mas há que se consideras contrapartidas relevantes 
relacionadas ao investimento em novas tecnologias que a médio e longo prazo diminuem os 
custos e melhora as condições de trabalho trazendo consigo um grande aumento de valor 
agregado. Muitos benefícios são inerentes aos investimentos em Softwares de gerenciamento e 
novas tecnologias como: redução de perdas, identificação de falhas em tempo real, diminuição 
do tempo de execução aumentandoa eficiência e confiabilidade, entre outros. 
A metodologia “Lean Manufacturing” envolve conceitos e práticas que visam a 
diminuição das perdas de produção e melhoria contínua. Foca de forma integrada no fluxo de 
produção e busca dirimir os desperdícios relacionados com: superprodução, excesso de estoque, 
gastos com transporte, tempos de espera entre as etapas, excesso de processamento, 
porcentagem de defeitos, movimentação de pessoal e habilidades subutilizadas. 
O tempo de espera em especial, é um fator que se melhorado, aumenta de forma rápida a 
produtividade e muitas vezes requer pequenos ajustes no processo muitas vezes com baixo 
custo. A eliminação ou redução do tempo de inatividade do homem, da máquina ou do material 
traz um grande aumento da eficiência aumentando a produtividade em mais de 30%. 
 Conhecer o ciclo de vida dos produtos é primordial na identificação de gargalos que 
podem estar em um equipamento, uma etapa, um processo burocrático ou até mesmo fora de 
 
13 
 
nossas instalações como um fornecedor, por exemplo. Outro fator importante é reduzir a taxa 
de desperdício e rejeição do produto, onde gastos com consertos, retrabalho e remanufatura 
aumentam os custos de produção e um produto defeituoso influencia diretamente na taxa de 
rejeição. 
 Por fim, funcionários bem treinados e capacitados, garantem um processo o mais 
eficiente possível e aumenta, diretamente, a produtividade. Não podemos esquecer que há 
vários tipos de aprendizado e é necessário realizar um bom planejamento no sentido de colocar 
todos eles em prática. 
 
2.4. Aplicação das disciplinas estudadas no Projeto Integrador 
 
Dentro das disciplinas já cursadas e os conteúdos abordados, este projeto que visa, a 
migração de um processo Artesanal de perfumes para um empreendimento Industrial, 
fundamenta-se em um sistemático planejamento cientifico, e métodos de integração entre teoria 
e prática, uma vez que compreende um conjunto de atividades e pesquisa. De acordo com Ruiz 
(1991) A base da investigação planejada, deve ser composta com princípios de métodos 
consagrados pela ciência. 
Desancando a Metodologia Cientifica na aplicação das teorias, Conforme Brown (2010, 
p. 1). O design timing junta uma extensa variedade de desafios empregando novas maneiras 
criativas que relaciona, consciente ou inconscientemente, conhecimento e transformação de 
forma coerente. 
Este Método permitiu delimitar as possibilidades de atuação e compreender 
necessidades do desenvolvimento de um planejamento estratégico, de um pequeno 
empreendedor. Inserindo o conjunto de elementos de Sistemas de produção o que diz respeito 
a definição do tipo de processo utilizado em manufatura de produtos e serviços, de forma a se 
obter eficiência, e tornar mínimo os desperdícios, uma vez que segundo (LUSTOSA 2008), 
pequenas empresas nasceram, graças às oportunidades de mercado, e sua capacidade de prover 
as exigências dos clientes. 
Como visto no Gerenciamento da Cadeia de suprimento, dentro de uma estrutura, a 
viabilidade logística gera vantagem competitiva. Para Christopher (1997, p. 13), “a cadeia de 
suprimentos representa uma rede de organizações, através de ligações, nos dois sentidos, dos 
diferentes processos e atividades que produzem valor na forma de produtos e serviços que são 
colocados nas mãos do consumidor final”. O projeto direciona o pequeno empreendedor de 
 
14 
 
perfumes, manter a harmonia de seu negócio durante o processo de transição, que permitirá 
planejar, organizar, dirigir e controlar, ou seja, administrar de modo mais efetivo o processo de 
mudança entre a demanda de mercado e os recursos disponíveis neste ramo de atuação. Como 
o gerenciamento de recursos limitados e ações adequadas no desenvolvimento da qualidade de 
serviços e produtos. A fim interligar clientes e fornecedores, agregando valor a todos os 
envolvidos. Conforme Chiavenato (2003, p. 186), “A estrutura organizacional é um meio de 
que se serve a organização para atingir eficientemente seus objetivos”. 
Como também emprego de instrumentos de gestão de Custo na compreensão do 
desempenho de elementos nos processos produtivos e auxílio de decisão na melhoria do 
processo. Para Leone (2010) a administração enxerga os custos de maneira a produzir 
informação que atenda às necessidades gerenciais, contando com múltiplos sistemas de custos 
e empregando diferentes elementos para fornecer informações especificas demandadas por 
ambientes em constante transformação. 
A disciplina de Planejamento e Desenvolvimento do Produto deste próprio semestre 
também faz várias menções ao design thinking e suas ferramentas, muitas delas, inclusive, 
utilizadas no presente trabalho. 
 
2.5. Metodologia 
 
A metodologia utilizada no projeto é o Design Thinking aplicada em estudo de caso, 
presente no kit de ferramentas HCD, da IDEO. Segundo PINHEIRO e ALT (2012, p. 5), 
 
Mais do que uma metodologia, Design Thinking é um novo jeito de pensar e abordar 
problemas. Um novo modelo mental. Numa tradução grosseira, Design Thinking 
significa ‘o jeito de pensar do design’. Design, nesse caso, é aquilo que em português 
chamamos de ‘projeto centrado nas pessoas’. 
 
E, segundo KELLEY e KELLEY (2014, p. 33), 
 
O design thinking é uma maneira de identificar necessidades humanas e criar novas 
soluções utilizando as ferramentas e os modos de pensar dos designers. (...) A 
abordagem do design thinking engloba mais do que apenas atentar à estética ou 
desenvolver produtos físicos. O design thinking é uma metodologia com a qual 
podemos resolver uma ampla variedade de desafios pessoais, sociais e empresariais 
utilizando novas maneiras criativas. 
 
15 
 
 
Um dos aspectos mais considerados no trabalho foram as restrições do Design Thinking 
que delimitam as possibilidades de atuação. A Figura 1 ilustra muito bem isso: 
 
 
Figura 1 - Atuação do Design Thinking. 
Adaptação: IDEO U (2020). 
 
De acordo com a IDEO U (2020, tradução nossa), 
 
Esta abordagem (...) traz consigo o que é desejável do ponto de vista humano com o 
que é tecnologicamente possível e economicamente viável. Isso também permite que 
pessoas não que são capacitadas como designers utilizem ferramentas criativas para 
lidar com uma vasta gama de desafios. 
 
A figura 1 mostra um aspecto importante: é na intersecção dos três círculos que definem 
as restrições que é onde a “inovação” reside. É por isso que o Design Thinking é muito associado 
a essa palavra. 
 
16 
 
Vale mencionar que o grupo considerou seriamente essas restrições no decorrer das 
várias fases do desenvolvimento. Um dos erros mais comuns é considerar apenas uma ou duas 
restrições e negligenciar (ou mapear de forma irrealista) o restante. Isso faz com que muitas 
vezes a proposta até seja elogiada, mas não seja efetivamente aplicada. Se, por exemplo, as 
restrições limitam seriamente o aspecto orçamentário, uma solução envolvendo com elementos 
de baixo (ou baixíssimo) custo é o caminho. No entanto, isso não exime a responsabilidade de 
se prototipá-la seriamente para que se possa ser experimentada na prática. Caso contrário, a 
credibilidade pode ser questionada ao se propor algo “demasiado simples” sem que isso esteja 
fundamentado de forma convincente. 
Por ter sido fornecido pela UNIVESP o Kit da HCD, utilizamos seu infograma (embora 
não seja o único), como consta na Figura 2, a seguir: 
 
 
Figura 2 - Fases do Design Thinking. 
Fonte: IDEO (2020, p. 7). 
 
Diante das particularidades do trabalho, foi utilizado também como referencial o 
britânico “Losango Duplo” do processo de design: 
 
 
17 
 
 
Figura 3 - Processo do “Losango Duplo” do design. 
Adaptação: DESIGN COUNCIL (2020). 
 
De acordo com o DESIGN COUNCIL (2020, tradução própria): 
 
O Losango Duplo do Design Council transmite claramente um processo de design 
para designers e não-designers. Os dois losangos representamum processo de 
explorar um problema mais ampla ou profundamente (pensamento divergente) e, em 
seguida, tomar ações focadas (pensamento convergente). 
Descobrir: o primeiro losango ajuda as pessoas a entender, em vez de simplesmente 
assumir, qual é o problema. Envolve conversar e passar tempo com as pessoas afetadas 
pelos problemas. 
Definir: o insight obtido na fase de descoberta pode ajudá-lo a definir o desafio de 
uma maneira diferente. 
 
18 
 
Desenvolver: o segundo losango incentiva as pessoas a dar respostas diferentes para 
o problema claramente definido, buscando inspiração em outros lugares e projetando-
as com uma variedade de pessoas diferentes. 
Entregar: a entrega envolve testar diferentes soluções em pequena escala, rejeitando 
aquelas que não funcionarão e melhorando as que funcionarão. 
Este não é um processo linear, como mostram as setas no diagrama. Muitas das 
organizações que apoiamos aprendem algo mais sobre os problemas subjacentes que 
podem enviá-los de volta ao início. Fazer e testar ideias em estágio inicial pode fazer 
parte da descoberta. E em um mundo digital e em constante mudança, nenhuma ideia 
está 'terminada'. Estamos constantemente recebendo feedback sobre como os produtos 
e serviços estão funcionando e melhorando-os iterativamente. 
 
Existem várias escolas de Design Thinking. Cada uma delas possui sua própria maneira 
de enxergar processos, por isso é natural que cada um tenha seus próprios infogramas. As 
ferramentas utilizadas e divulgadas (a serem discutidas mais adiante) também variam de uma 
para outra. Diante das peculiaridades de cada projeto, restringir-se a uma escola específica seria 
imprudente. Analisar quais são as visões mais adequadas, e o discernimento claro para escolher 
as ferramentas mais apropriadas para cada situação (ainda que combinando de escolas distintas) 
é muito comum na prática. 
A primeira das ferramentas utilizada, foi a entrevista de profundidade, em caráter 
semidirigido, diretamente com o empreendedor, na fase de ouvir/descobrir. De acordo com 
PINHEIRO e ALT (2012, p.201): 
 
Entrevistas de profundidade são conversas com usuários reais que têm como objetivo 
capturar e compreender necessidades e comportamentos. Essas entrevistas são 
informais e acontecem na casa ou no local de trabalho dos usuários. Quando 
convidamos usuários a contas suas próprias histórias, ganhamos um entendimento 
profundo de seus universos. Entrevistas são uma ótima oportunidade para mapear o 
que usuários dizem e comparar com o que fazem. 
 
A segunda das ferramentas utilizada, foi o brainwriting, com os colegas do grupo, na 
fase de criar/definir temas. De acordo com CAMBRIDGE (2020, tradução nossa): 
 
Uma ferramenta de criatividade que visa solucionar as possíveis deficiências do 
brainstorming (participação desigual e liderada verbalmente), incentivando a 
participação de todos, com ênfase na geração de ideias. 
 
 
19 
 
Para a fase de desenvolvimento/realização, está prevista a ferramenta de sketching para 
prototipação. De acordo com PINHEIRO e ALT (2012, p.210): 
 
(...) Um sketch nada mais é do que um rascunho e por isso não há preocupação com a 
estética do desenho, mas sim com a transmissão inteligível da ideia sendo 
compartilhada. Ideias podem parecer complicadas quando explicadas apenas utilizando 
recursos narrativos. Ao rabiscar ideias enquanto as explicamos para um grupo, 
potencializamos a compreensão e incentivamos a colaboração. 
 
Existe também, para a prototipação, a possibilidade de uso de storyboard. De acordo 
com PINHEIRO e ALT (2012, p.203): 
 
Storyboards são séries de imagens sequenciais que visam ilustrar uma história dando 
a ela personagens, cenários e contextos (...). São uma maneira rápida, lúdica e 
econômica de evidenciar cenários de uso de serviços. Adicionam vida e movimento a 
ideias e ganham destaque durante a fase de planejamento dos protótipos, onde 
permitem pré-visualizações. 
 
Para a fase de realização/entrega, está prevista a ferramenta de “medidas de Roi” para o 
plano de implementação. De acordo com PINHEIRO e ALT (2012, p.209): 
 
São índices de medição para comparação entre cenários pré e pós-implementação. 
Esses índices devem ser críveis, testados e homologados para que o benefício trazido 
pela mudança (...) possa ser devidamente reconhecido. (...) É inovador quando é capaz 
de ajudar usuários a viver melhor ao mesmo tempo em que gera benefícios tangíveis 
para a organização (...). Entender como medir esse sucesso é parte crítica de qualquer 
projeto. 
 
Para essas “medidas de Roi”, estão previstas técnicas da disciplina de gestão de custos. 
 
 
 
 
20 
 
3. RESULTADOS 
 
Após prototipação, os artefatos oriundos dessa etapa foram apresentados ao 
empreendedor. Devido a interesses comerciais do mesmo, apenas o sketching e o storyboard 
tiveram sua divulgação autorizada. As “medidas de ROI”, por serem compostas em sua parte 
por números reais da situação atual da empresa, podendo levar à exposição do empreendimento, 
não puderam ser divulgadas no trabalho. 
 
3.1. Protótipos 
 
O storyboard foi o primeiro artefato de prototipação produzido e expõe de forma geral 
a situação do empreendedor, ideias de expansão, e estudos realizados para a viabilização da 
industrialização do negócio. O sketching teve como artefato uma imagem mostrando esboços 
de layout, produto para clientes empresariais e esboços de demonstrativos do resultado do 
exercício (DRE) comparados (entre os modelos artesanal e industrial). 
 
 
Figura 4 – Protótipo - Storyboard. 
Fonte: os autores. 
 
21 
 
 
Figura 5 – Protótipo - Sketching. 
Fonte: os autores. 
 
22 
 
 
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
Mediante a importância e execução da estratégia, de revisar todo o fluxo de trabalho 
existente na migração do modelo de empreendimento de perfumes artesanal para o Industria, o 
projeto utilizou processos metodológicos na criação de estratégias para a aplicação de novos 
conceitos, levando em conta o conhecimento e experiência do produtor artesanal e os seus 
recursos internos e externos disponíveis. 
Através desta apreciação foi possível traçar novos processos e metas a serem adotados 
dentro da cadeia de suprimentos, em um planejamento estratégico eficiente para que o pequeno 
produtor artesanal de perfumes, seja capaz de conduzir com eficácia seu ambiente de negócio. 
Uma vez que há um grande potencial de crescimento para as pequenas e médias empresas do 
setor 
 No desenvolvimento deste trabalho, vários dados foram coletados ao longo dos 
períodos, e deparamos uma extensa variedade de desafios em que fundamentos teóricos, e a 
metodologia design thinking permitiu delimitar de forma coerente as possibilidades de atuação 
e compreender necessidades dentro da realidade e capacidade do empreendimento. 
Para atingir o objetivo principal, com uma abordagem que agregue um impacto de valor, 
o projeto aponta, em seus objetivos específicos, um norteador de atividades definindo os 
processos de migração e estruturação da cadeia de suprimentos como é destacado na 
prototipação que aliam aspectos teóricos e práticos para avaliar seus efeitos. Nas fases do 
desenvolvimento do trabalho, foi observado, que o planejamento estratégico é um processo 
sucessivo de atividades a ser seguido, sobretudo porque organiza e estrutura as ações que 
ampliam as chances de sucesso. Porém também necessita de flexibilidade para possíveis 
mudanças não previstas no escopo do processo. 
O produtor artesanal de perfumes validou o estudo, porém, para tomar uma decisão de 
migrar para o modelo industrial, ampliando seu empreendimento, os conceitos do projeto 
necessitam ser expandidos a um plano de negócios, e a continuidade sugerida prevê uma 
abordagem diferente que está ligada acréscimo de conteúdos como Estratégia e Marketing, o 
que ainda será visto em disciplinas posteriores. 
 
 
23 
 
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