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APS ANALISE DE CUSTOS

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CENTRO UNIVERSITÁRIO AUGUSTO MOTTA (UNISUAM)
CONTABILIDADE E ANÁLISE DE CUSTOS 
DÁPHINE FERREIRA 
GABRIEL ANDRADE 
LEANDRO BARCELOS 
PAULA CARVALHO 
ROZILAINE SIQUEIRA 
IDENTIFICAÇÃO E CLASSIFICAÇÃO DE CUSTOS
RIO DE JANEIRO
2019
DÁPHINE FERREIRA 
GABRIEL ANDRADE 
LEANDRO BARCELOS 
PAULA CARVALHO 
ROZILAINE SIQUEIRA
IDENTIFICAÇÃO E CLASSIFICAÇÃO DE CUSTOS
Projeto apresentado aos
cursos de Administração e
Ciências Contábeis
da disciplina de Contabilidade
e Análise de custos, da
Universidade
UNISUAM, a ser utilizado
como Atividade Prática 
Supervisionada (APS1).
RIO DE JANEIRO
2019
CONTABILIDADE DE CUSTOS: sua importância às organizações
 A carência de sistemas de contabilidade de custos nas empresas nos dias de hoje
incapacita os gestores de apresentar decisões precisas para a tomada de decisão.
Tendo em vista que as empresas atuam num ambiente altamente competitivo e com
intensa atualização a necessidade de informações precisas e úteis se tornam cada vez
mais indispensáveis. Uma vez que as organizações buscam um nível de excelência cada
vez maior perante seus acionistas, cada vez mais as informações geradas pelas áreas
de custo devem ser adaptadas e estruturadas para atender as necessidades específicas
da organização.
 Grande parte das empresas no mercado brasileiro trabalha com o sistema de
custeio básico que traduz de uma forma simplificada de apuração os valores
efetivamente gastos no processo produtivo, o custeio por absorção. Isto é, trabalha
apenas com os custos gerais e não em cima de uma análise apurada das atividades, e
utilizando, na maioria das vezes, o rateio na apuração das informações. Especialistas
desta área reforçam essa afirmação, como Santos (2006, pag.99):
 Esse sistema de custeio é o mais tradicional, datado de uma época em que a
participação dos custos fixos era relativamente na composição geral do custo do
produto, mercadoria ou serviços.
 Por fim, são apresentadas as principais diferenças entre os dois principais sistemas
de custeio utilizados nos dias de hoje. O custeio por Absorção e o ABC – Custeio
Baseado em atividade.
 Contabilidade de custos
 Antes mesmo de se falar em contabilidade de custos é importante saber de onde
surgiu a necessidade de avaliar e analisar a contabilidade. Antes mesmo de se ter um
aprimoramento da escrita e sabendo apenas o básico no que diz respeito à área
financeira, a humanidade já tinha a necessidade de controlar, avaliar e analisar suas
posses. Isso se ilustra na importância que tinha a contabilidade antes mesmo do
descobrimento das partidas dobradas.
 Quando precisava, o homem se via obrigado a contar e controlar seu rebanho
quando o recolhia do pasto, isso já mostra que a importância deste gesto se refletia
numa apuração de dados que seria necessário para uma tomada de decisão caso
faltasse ou ocorresse algum problema com seu rebanho. Desde que o homem sentiu a
necessidade de ter informações econômicas, patrimoniais e financeiras a respeito de
seus negócios que surgiu a contabilidade de custos com o objetivo de gerar
informações para os subsídios na tomada de decisões.
 Segundo Martins (2003, pag. 21), “devido ao crescimento das empresas, com o
consequente aumento da distância entre o administrador e ativos e pessoas
administradas, passou a contabilidade de custos a ser encarada como uma eficiente
forma de auxilio no desempenho da nova missão da contabilidade, a gerencial. É
importante ser lembrado que essa nova visão não data demais de algumas décadas. E
por essa razão, ainda há muito a ser desenvolvido “.
 A contabilidade de custos se faz necessária devido à importância da apreciação dos
dados contábeis para facilitar o desenvolvimento e a implantação da estratégia
adotada pelas organizações, pois a contabilidade não é um fim em si mesma, mas um
meio de ajudar a empresa a atingir seus objetivos.
 Para entender o que significa realmente a contabilidade de custos é preciso
entender o conceito da mesma. Contabilidade e custos para Leone,”A Contabilidade de
Custo é o ramo da contabilidade que se destina a produzir informações para os
diversos níveis gerenciais de uma entidade, como auxilio às funções de determinação
de desempenho, de planejamento e controle das operações e de tomada de decisão”.
Custos – gasto relativo a bens ou serviços utilizados na produção de outros bens ou
serviços; são todos os gastos relativos à atividade de produção.
Informações de custo como ferramenta para a tomada de decisão
 Em quase todas as empresas que utilizam a contabilidade de custos como
ferramentas para a tomada de decisão procuram em seus departamentos de custo
informações gerenciais impressas em relatórios exigidos periodicamente. Esses
relatórios são geralmente demonstrações do resultado detalhadas para os chefes de
departamento e resumidas para a gerência de alto nível quase sempre com
informações de valores orçados e realizados e a diferença entre eles.
 Nas grandes organizações nos dias de hoje a contabilidade de custos serve não
apenas para controlar os gastos incorridos no período, mas conforme Santos (2006) a
contabilidade de custos é também,
(…) a área da contabilidade denominada “contabilidade gerencial”, ou, ainda,
“contabilidade administrativa”. Pode-se considerar a contabilidade de custos como um
sistema cujo objetivo é proporcionar a administração da empresa o registro do custo
dos produtos, a avaliação dos estoques que geralmente representam um valor
material em relação ao total do ativo, bem como proporcionar a análise do
desempenho da empresa.
 Em resumo, a contabilidade de custos é como um processo de transformação, como
uma indústria, onde recebe os dados e organiza de forma que os padronize para criar 
uma forma melhor de analisá-los e interpretá-los para a tradução das informações de 
custo para as diversas áreas da organização.
Transformação dos dados empresariais em informações de custo
 Para tanto a sobrevivência das organizações depende cada vez mais das práticas
gerenciais de apuração, análise, controle e gerenciamento dos custos de produção dos
bens e serviços, principalmente no atual cenário de competição. Conforme comenta
Oliveira (2000, pag. 20):
(…) os relatórios gerenciais de custos são ferramentas imprescindíveis para o
gerenciamento das atividades rotineiras das empresas, qualquer que seja o ramo de
atividade. Torna-se inconcebível, atualmente, qualquer tentativa de administrar com
eficiência e eficácia determinada organização sem que o administrador possua bons
conhecimentos teóricos e práticos sobre produção e o respectivo custeio dos diversos
produtos ou serviços executados pela empresa.
 Para tanto, com a atual dinâmica e a atualização constante do mercado econômico,
os administradores necessitam de informações rápidas e precisas que lhe possibilitem
a tomada de decisão para o alcance das metas e do planejamento estratégico da
empresa.
Importância da contabilidade de custos
 Mas por que devemos ter uma contabilidade de custos? As empresas não podem
gerar informações apenas para os usuários externos como, por exemplo, o governo.
Neste sentido, Oliveira (2000, pag. 41), comenta que “a contabilidade de custos pode,
por exemplo, preparar periodicamente diversos relatórios contábeis não obrigatórios
por Lei, mas de extrema utilidade para diversos executivos da empresa”. Com isso, as
informações de custo auxiliam os gestores numa melhor decisão interna não servindo
apenas para prestar informações fiscais.
 Cada organização opta pelo método que mais lhe convém para analisar, controlar e
avaliar seus custos. Hoje em dia os métodos mais conhecidos são: 
a) CUSTEIO POR ABSORÇÃO– é o sistema que tem por objetivo apropriar aos produtos
todos os custos de produção sejam eles diretos ou indiretos, fixos ou variáveis sempre
respeitando os princípios fundamentais de contabilidade.
b) CUSTEIO BASEADO EM ATIVIDADE – o ABC – Activity Based Costing permite
mensurar com mais propriedade a quantidade de recursos consumidos por cada
produto ou serviço durante o processo analisando suas atividades.
 Muitas organizações se utilizam do método de custeio por absorção por não
estarem preparadas para levantar as informações que o outro método necessita,
portanto acabam fazendo desta forma por ser mais simplificado. Segundo o conceito
apresentado no Manual de Contabilidade por Iudícibus (2003, pag. 344):
 Há inúmeros sistemas de custo e critérios de avaliação da produção e dos estoques,
e dentro dos princípios fundamentais de contabilidade consagrados pela Lei 6404/76,
o método de custeio real por absorção é o indicado.
 Isto significa dizer que devem ser adicionados ao custo da produção os custos reais
incorridos obtidos pela contabilidade geral e pelo sistema por absorção…
 Devemos, porém, ressaltar que os benefícios trazidos pelo outro método de custeio
trazem resultados melhores que o anterior por se tratar de um método voltado para a
parte gerencial da empresa e não utilizado basicamente para atender a legislação
fiscal.
Leone (2000, pag. 257) explica o critério do ABC:
 O critério ABC aloca os custos e as despesas indiretas às atividades. As bases de
rateio, em todos os critérios de custeamento, têm a mesma natureza. Elas devem
representar o uso que as atividades e os centros de responsabilidade fazem dos
recursos indiretos e comuns. Os contadores que empregam o critério ABC dizem que
as atividades que consumiram os recursos e as bases para proceder a alocação são
chamadas de “direcionadores de recursos”. O procedimento é o mesmo e as
limitações, portanto, são as mesmas. Entretanto, uma vez que o critério ABC faz uma
análise mais minuciosa das operações, as limitações tendem a crescer de importância. 
 As formas de custeio tradicionais, baseadas em volumes, foram criadas para
atender as empresas que apresentam o sistema de produção por processo. Já o ABC
permite mensurar com mais propriedade a quantidade de recursos consumidos por
cada produto ou serviço durante o processo. Assim, o método leva em consideração
no cálculo do gasto unitário dos produtos, tanto os custos diretos quanto os custos
indiretos e em alguns casos as despesas. Para tanto, utilizam-se direcionadores, ao
invés da departamentalização usada no método por absorção.
 Este sistema de custeio traz maior flexibilidade na análise dos resultados voltados a
parte interna das organizações. Conforme comenta Santos (2006, pag. 111), “no
sistema ABC as atividades são divididas naquelas que agregam valor ao produto e
aquelas que não agregam valor ao produto. A ideia central é a de eliminar ou reduzir
as que não agregam valor, reduzindo com isto custos, sem diminuir o valor…”.
 Assim, o sistema surge para superar as deficiências dos sistemas de custeio
tradicionais, agregando inestimável contribuição para as empresas que competem no
novo cenário empresarial onde o que impera é a qualidade total, eliminando, ao
máximo as formas de desperdício. Portanto, as técnicas utilizadas pelo ABC são
ferramentas ideais para que a empresa consiga melhorar seu sistema de custos, bem
como seu desenvolvimento e competitividade.
Santos (2006, pag. 111 e 112), apresenta ainda a síntese das características principais
dos métodos de custeio:
SÍNTESE DAS CARACTERÍSTICAS
ABSORÇÃO preço é função de custo;
 calcula o custo total dos produtos;
estabelece um "resultado" do produto;
é um sistema rígido inflexível.
ABC preço é função de mercado e custo;
calcula o custo direto do produto;
obtém um a “contribuição operacional" do produto;
é um sistema medianamente flexível.
 O método de custeio por Absorção apresenta uma forma de apresentação voltada
basicamente ao mercado onde seu valor de venda é estimado mediante uma pedida
do mercado. Com isso, seu sistema de apuração não tem muita flexibilidade no que diz
respeito a sua apuração do resultado, pois como a sua forma de apuração não analisa
as partes específicas do processo acaba recebendo valores que muitas vezes não
fazem parte daquela fatia analisada.
 Já o sistema apresentado posteriormente mostra uma maneira de apuração ligada
diretamente as atividades desempenhadas no processo produtivo visando a exatidão
dos números apresentados. Para esse método são necessárias diversas ferramentas
para que possam ser medidas e analisadas parte por parte cada atividade. Com isso
esse sistema acaba se tornando extremamente flexível podendo ser moldado
conforme a necessidade de cada empresa.
Informações conclusivas
 É altamente recomendado que os gestores analisem e verifiquem junto ao seu
sistema de custeamento utilizado se este atende as necessidades da organização. Se
for necessário deve-se fazer um estudo se uma mudança de sistema de custeio não
vem a ser uma alternativa viável que poderia trazer vantagens à organização.
 A análise dos cenários de ambos os sistemas de custeio pode auxiliar o gestor a
verificar qual dos dois métodos se assemelha mais com o objetivo da empresa e qual
deles pode ser mais útil no momento para as necessidades da mesma. Pois, hoje em
dia as organizações não optam apenas pela maior precisão no seu custo, mas também
analisam se o custo benefício é válido, pois pode não ser viável uma mudança.
DIFERENÇA ENTRE CUSTOS E DESPESAS
Custo
 De acordo com a NPC 2 do IBRACON, “Custo é a soma dos gastos incorridos e
necessários para a aquisição, conversão e outros procedimentos necessários para
trazer os estoques à sua condição e localização atuais, e compreende todos os gastos
incorridos na sua aquisição ou produção, de modo a colocá-los em condições de serem
vendidos, transformados, utilizados na elaboração de produtos ou na prestação de
serviços que façam parte do objeto social da entidade, ou realizados de qualquer outra
forma.”
 Desta forma, custo é o valor gasto com bens e serviços para a produção de outros
bens e serviços. Exemplos: matéria prima, energia aplicada na produção de bens,
salários e encargos do pessoal da produção.
Despesa
 Valor gasto com bens e serviços relativos à manutenção da atividade da empresa,
bem como aos esforços para a obtenção de receitas através da venda dos produtos.
Exemplos: Materiais de escritório, Salários da administração.
Como diferenciar?
 Os custos têm a capacidade de serem atribuídos ao produto final, despesas são de
caráter geral, de difícil vinculação aos produtos obtidos.
Se ainda restar dúvida proponho a seguinte pergunta para esclarecimento da natureza
do gasto:
Se hipoteticamente eu eliminar este gasto a produção ou obtenção de estoques seria
diretamente afetada?
Se a resposta for afirmativa trata-se de um custo, pois está vinculado a produção, caso
contrário temos uma despesa.
Exemplo de aplicação:
Gasto com propaganda e publicidade é custo ou despesa?
 Aplicando a análise acima veremos que ao cortar gastos com publicidade e
propaganda não teríamos alteração na produção de estoques, somente uma possível
queda nas vendas. Portanto trata-se de uma despesa.
Custos Despesas
Gastos de produção Gastos administrativos e de vendas
Vinculados diretamente aos
Produtos/Serviços
Gastos com o objeto de exploração da
empresa (atividade-afim)
Não se identificam diretamente à
produção
Gastos outras atividades não exploradas
pela empresa (atividade meio)
CUSTOS DIRETOS E INDIRETOS - APURAÇÃO CUSTOS DIRETOS
 É aquele que pode ser identificado e diretamente apropriado a cada tipo de obra a
ser custeado, no momento de sua ocorrência, isto é,está ligado diretamente a cada
tipo de bem ou função de custo. É aquele que pode ser atribuído (ou identificado)
direto a um produto, linha de produto, centro de custo ou departamento. Não
necessita de rateios para ser atribuído ao objeto custeado. Ou ainda, são aqueles
diretamente incluídos no cálculo dos produtos. Exemplos de custos diretos: -Matérias-
primas usados na fabricação do produto -Mão-de-obra direta -Serviços subcontratados
e aplicados diretamente nos produtos ou serviços. Os custos diretos têm a
propriedade de ser perfeitamente mensuráveis de maneira objetiva. Os custos são
qualificados aos portadores finais (produtos), individualmente considerados. Os
CUSTOS DIRETOS constituem todos aqueles elementos de custo individualizáveis com
respeito ao produto ou serviço, isto é, se identificam imediatamente com a produção
dos mesmos, mantendo uma correspondência proporcional. Um mero ato de medição
é necessário para determinar estes custos. 
APROPRIAÇÃO DOS CUSTOS DIRETOS 
 Para conhecer o consumo de materiais, basta a empresa manter um sistema de
requisições, de modo a saber sempre para qual produto foi utilizado o material
retirado do Almoxarifado. Para conhecer o consumo de mão-de-obra direta, é preciso,
a empresa mantenha um sistema de apontamentos, por meio do qual se verifica quais
os operários que trabalham em cada produto (ou serviço) no período (dia, semana,
mês) e por quanto tempo (minutos, horas). Nas empresas de serviços, normalmente se
faz o acompanhamento da ordem de serviço, anotando os custos alocados
diretamente (mão de obra, materiais aplicados e serviços subcontratados). 
CUSTOS INDIRETOS
 Indireto é o custo que não se pode apropriar diretamente a cada tipo de bem ou
função de custo no momento de sua ocorrência. Os custos indiretos são apropriados
aos portadores finais mediante o emprego de critérios pré-determinados e vinculados
a causas correlatas, como mão-de-obra indireta, rateada por horas/homem da mão de
obra direta, gastos com energia, com base em horas/máquinas utilizadas, etc. Atribui-
se parcelas de custos a cada tipo de bem ou função por meio de critérios de rateio. É
um custo comum a muitos tipos diferentes de bens, sem que se possa separar a
parcela referente a cada um, no momento de sua ocorrência. Ou ainda, pode ser
entendido, como aquele custo que não pode ser atribuído (ou identificado)
diretamente a um produto, linha de produto, centro de custo ou departamento.
Necessita de taxas/critérios de rateio ou parâmetros para atribuição ao objeto
custeado. São aqueles que apenas mediante aproximação pode ser atribuída aos
produtos por algum critério de rateio. Exemplos:
 1. Mão-de-obra indireta: é representada pelo trabalho nos departamentos auxiliares
nas indústrias ou prestadores de serviços e que não são mensuráveis em nenhum
produto ou serviço executado, como a mão de obra de supervisores, controle de
qualidade, etc. 
2. Materiais indiretos: são materiais empregados nas atividades auxiliares de
produção, ou cujo relacionamento com o produto é irrelevante. São eles: graxas e
lubrificantes, lixas etc. 
3. Outros custos indiretos: são os custos que dizem respeito à existência do setor fabril
ou de prestação de serviços, como depreciação, seguros, manutenção de
equipamentos, etc.
O comportamento dos custos em relação ao volume produzido pela
entidade.
 Chamamos de comportamento de custo à evolução dos custos fixos e variáveis em
relação ao volume de atividades. 
Custos Diretos 
 Custos diretos são aquele que estão fisicamente e diretamente vinculados a um
segmento específico em análise. Esse segmento específico pode ser um produto, um
serviço ou qualquer outra entidade de custo.
 Desta forma, se o objeto de nossa análise for uma linha de produtos, logo os
materiais e a mão de obra envolvida em sua fabricação representam custos diretos.
Quando relacionados com o produto final, eles são gastos industriais que podem ser
alocados direta e objetivamente aos produtos, e podem ser fixos e variáveis.
Custos Indiretos
 São os gastos que não podem ser alocados de maneira direta ou de forma objetiva
aos produtos, serviços, departamentos ou outros objetos de custo. Sua alocação se dá
de maneira indireta, através de critérios de distribuição (rateio, alocação, apropriação
etc.). Também são conhecidos como custos comuns e podem ser fixos ou variáveis.
Custos Diretos ou Indiretos?
 Suponha que os seguintes custos de produção necessitam ser alocados a quatro
diferentes produtos fabricados pela empresa:
O profissional de custos faz algumas análises e verifica que:
•Matéria-Prima e Embalagem: é facilmente apropriada aos quatro produtos, pois foi
possível saber quanto cada um consumiu.
• Material de Consumo: alguns óleos e graxas (lubrificantes) não puderam ser
associados a cada produto de forma direta. Outros materiais de consumo, por
apresentarem valor irrisório, ninguém se preocupou em associá-los a cada um dos
quatroprodutos.
• Mão-de-obra: foi possível associar parte dela com cada produto uma vez que os
processos não são complexos e foi possível saber quanto cada funcionário trabalhou
em cada produto e quanto custa a empresa cada funcionário. Por outro lado, uma
parte da mão-de-obra refere-se aos líderes de equipes de produção e é difícil atribuir
diretamente aos produtos. ($600.000,00 dos 1.600.000,00).
• Salários da Supervisão: ainda mais difícil de alocar que os salários dos líderes de
produção, pois a supervisão é a geral d produção, e não supervisão de um produto em
particular. Portanto, é difícil sua alocação aos produtos.
• Depreciação de Máquinas: em empresa é depreciada de maneira linear em valores
iguais por período, e não por produto. Seria possível de apropriar diretamente a cada
produto caso a depreciação fosse contabilidade de maneira diversa.
• Energia Elétrica: a máquina que consome mais energia possui um medidor próprio e
a empresa mensura quanto consome de energia para cada item produzido. Entretanto,
a outra parte da energia (a não mensurada pelos medidores, pois o medidor está
instalado em apenas uma máquina, aquela que consome mais energia) não pode ser
alocada de forma direta. ($500.000,00 são alocáveis, $300.000,00 não são alocáveis).
Sabe-se que parte da energia é alocada a três dos quatro produtos.
• Aluguel do Prédio: Impossível determinar diretamente quanto deve ser apropriado a
cada produto.
 Percebe-se que alguns custos podem ser apropriados aos produtos, desde que haja
uma medida (Kg, KWh etc.) de seu consumo. Esses exemplificam o conceito de Custo
Direto, definido anteriormente. Eles são diretos com relação ao produto.
 Entretanto, outros custos não possibilitam condição de medida objetiva e as
tentativas de alocação são feitas de maneira estimada e muitas vezes arbitrária (como
a supervisão, as chefias e o aluguel). Esses exemplificam o conceito de Custos Indiretos
com relação aos produtos.
Alguns custos tratados como indiretos são diretos, mas dada a sua irrelevância, são
tratados como indiretos. Parte dos Materiais de Consumo ou da Energia Elétrica, no
nosso exemplo, confirmam essa colocação.
Um sistema que possibilite medir quanto cada produto consumiu de energia elétrica
pode ser caro, tão caro que não compense o esforço de determinar a parcela que cabe
a cada item. Desta forma, custos diretos que são irrelevantes, difíceis de mensurar, ou
cuja mensuração seja proibitivamente custosa ou que a empresa decida que não se
deve contabilizá-lo de maneira rigorosa ficam incluídos como custos indiretos.
Custos Fixos
 Uma série de gastos são custos fixos, entretanto, qualquer custo é sujeito a
mudanças. Em outras palavras, dizer que um custo é fixo não significa dizer que ele
não pode subir ou baixar. O custo fixo não é fixo em relação a si mesmo, éfixo em
relação ao volume de atividade operacional.
 De forma genérica, são os custos e despesas necessários para a manutenção de um
nível mínimo de atividade operacional e, por essa razão, são também conhecidos como
custos de capacidade. O aluguel de uma fábrica é um exemplo de um custo fixo, pois o
valor do aluguel não aumenta quando seu volume de atividades aumenta. Por essa
razão o aluguel é um custo fixo.
 Ainda que conceitualmente fixos, esses custos podem elevar ou diminuir em função
da capacidade ou do intervalo de produção. Desta forma, os custos são fixos dentro de
um intervalo relevante de produção ou venda, mas podem variar diante de aumentos
ou reduções significativas de volume.
 Por exemplo, o aluguel de um estacionamento com capacidade para 100
automóveis. Caso seja necessário aumentar a capacidade do estacionamento, muito
provavelmente o valor do aluguel do estacionamento irá subir.
Custos Variáveis
 São classificados como variáveis os custos e despesas cujo valor varia em função do
volume de atividades (produção, ventas etc.) da empresa. A variabilidade de um custo
apresenta uma relação com um denominador específico.
 Portanto, é conveniente ressaltar a diferença entre o custo variável e o custo direto.
O custo somente é variável quando ele acompanhar proporcionalmente a variação da
atividade na qual ele é relacionado.
 O custo direto, por outro lado, é aquele que se pode mensurar com relação a essa
atividade ou com um determinado produto ou outra entidade de custo. Por exemplo, a
mão de obra contratada para determinado volume de operações é fixa em relação
àquele volume, mas direta em ralação àquele produto, pois podemos mensurar o
trabalho destinado a cada unidade do produto.
CONSIDERAÇÕES 
 Os dados, informações e lançamentos da contabilidade financeira serão base para a
contabilidade de custos.
 Contabilidade financeira é o conjunto de informações contábeis que fornecem dados
(como vendas, despesas, compras, margem) para avaliação da dinâmica empresarial de
resultados.
 Assim, obviamente, as informações financeiras (compras, gastos, etc.) serão base
para a contabilidade de custos, já que não existe uma “contabilidade de custos”
independente, à margem da contabilidade.
Eventualmente, determinadas empresas criam sistemas paralelos à contabilidade, para
cálculos de itens orçamentários (como lançamento de novos produtos, mensuração de
resultados por margem de contribuição, etc.), mas tais sistemas, apesar de estarem
respaldados (ou não) na contabilidade, não significam, por si só, uma contabilidade de
custos.
Contabilidade pressupõe registros, documentos, baseados em fatos.
Portanto, só podemos falar em contabilidade de custos, quando houver, efetivamente,
uma contabilidade (com livro diário, livro razão, regularidade na escrita, obediência às
normas legais, etc.).
https://www.contabeis.com.br/termos-contabeis/contabilidade/
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Referências Bibliográficas
IUDÍCIBUS, Sérgio de; MARTINS, Eliseu; GELBCKE, Ernesto Rubens. Manual de
Contabilidade das Sociedades por Ações: aplicável às demais sociedades. 6.Ed. São
Paulo: Editora Atlas, 2003.
LEONE, George S. G. Curso de Contabilidade de Custos. 2.Ed. São Paulo: Editora Atlas,
2000.
LEONE, George S. G. Custos: planejamento, implantação e controle. 2.Ed. São Paulo:
Editora Atlas, 1996.
MARTINS, Eliseu. Contabilidade de custos. 9.Ed. São Paulo: Editora Atlas, 2003.
MARTINS, Eliseu. Contabilidade de custos. 7.Ed. São Paulo: Editora Atlas, 2000.
OLIVEIRA, Luís Martins de; PEREZ JR., José Hernandez. Contabilidade de custos para
não contadores. São Paulo: Editora Atlas, 2000.
SANTOS, José Luís dos; SCHIMIDT, Paulo; PINHEIRO, Paulo Roberto; NUNES, Marcelo
Santos. Fundamentos de Contabilidade de Custos. 22.Ed. São Paulo: Editora Atlas,
2006.
SHANK, John K.; GOVINDARAJAN, Vijay. A revolução dos Custos: como reinventar e
redefinir sua estratégia de custos para vencer em marcados crescentemente
competitivos; Tradução de Luís Orlando Coutinho Lemos. 4.Ed. Rio de Janeiro: Editora
Capus, 1997.
http://www.portaldecontabilidade.com.br/guia/custos_direitos.htm
https://www.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/contabilidade/classificacao-de-
custos-e-contabilidade/55270
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https://www.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/contabilidade/classificacao-de-custos-e-contabilidade/55270
https://www.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/contabilidade/classificacao-de-custos-e-contabilidade/55270

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