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Aulas 12 TEORIA DO CRIME

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TEORIA DO CRIME
Aula 12 - Fato Típico. Tipicidade. Teorias da conduta. 
Condutas dolosas e culposas. Iter criminis. Relação de 
causalidade e resultado.
Conceito de dolo: consiste na vontade de concretizar os elementos objetivos e
normativos do tipo. Trata-se do elemento subjetivo implícito na conduta, presente no fato
típico doloso.
TEORIAS SOBRE O DOLO
Teoria da vontade: dolo é a vontade dirigida ao resultado. Age dolosamente a pessoa,
que tendo consciência do resultado, pratica sua conduta com a intenção de produzi-lo.
Pensador Carrara.
Teoria da representação: haverá dolo quando o sujeito realizar sua ação ou omissão
prevendo o resultado como certo ou provável (ainda que não o deseje). Pensadores Von
Liszt e Frank. Crítica: por essa teoria não haveria distinção entre dolo eventual e culpa
consciente.
Teoria do consentimento ou do assentimento: quem prevendo o resultado assume o
risco de produzi-lo age dolosamente; consentir na produção do resultado é o mesmo que
querer produzi-lo.
O Código penal adotou:
Teoria da vontade: para o dolo direto.
Teoria do consentimento para o dolo eventual.
ESPÉCIES DE DOLO
Dolo Direto: dá-se quando o sujeito quer produzir o resultado.
Dolo de primeiro grau: refere-se ao objetivo perseguido pelo sujeito
Dolo de segundo grau ou dolo de consequências necessárias: refere-se aos meios escolhidos pelo
sujeito para a consecução do fim delitivo e as consequências secundárias inerentemente ligadas aos
meios escolhidos.
Exemplo: Terrorista que objetivando matar um político, coloca uma bomba no automóvel oficial e
com a explosão, provoca a morte do político e do motorista. Haverá dolo direto em relação às duas
mortes, mas de primeiro grau em relação ao político e segundo ao motorista.
Dolo Indireto ou mediato:
Eventual: o agente não quer produzir o resultado, mas com sua conduta, assume o risco de fazê-lo.
Alternativo: o agente quer produzir um ou outro resultado. Ex.: matar ou ferir.
OUTRAS CLASSIFICAÇÕES DE DOLO
Dolo de dano: ocorre quando o agente pratica a conduta visando lesar o bem jurídico tutelado a norma penal.
Dolo de perigo: o sujeito visa somente expor o bem jurídico a perigo, sem intenção de lesioná-lo.
Dolo natural ou neutro: o que possui apenas dois elementos: consciência e vontade (concepção dominante)
Dolo híbrido ou normativo: além da consciência e vontade, a consciência da ilicitude está presente (teoria
superada, pois a consciência da ilicitude faz parte da culpabilidade, e não do dolo.
Dolo genérico: vontade de concretizar os elementos do tipo (presente em todos os tipos dolosos). Ex: Art.
159, CP: vontade livre e consciente de privar a liberdade do indivíduo.
Dolo específico: corresponde à intenção especial a que se dirige a conduta do agente e que está em alguns
delitos dolosos. Ex.: Art. 159 CP, intenção de obter alguma vantagem, como condição ou preço do resgate.
Crítica da doutrina atual: a diferenciação dolo genérico/específico está superada, pois hoje a intenção especial
a que se dirige a conduta do sujeito configura elemento subjetivo específico do tipo.
CONDUTA CULPOSA
Art. 18. Diz-se o crime:
II – culposo, quando o agente deu causa ao resultado por imprudência, negligência ou imperícia.
Parágrafo único. Salvo nos casos expressos em lei, ninguém pode ser punido por fato previsto como crime,
senão quando o pratica dolosamente.
QUEBRA DO PODER OBJETIVO DO CUIDADO
O dever de cuidado consiste na imposição a todos prevista de atuar
com cautela no dia a dia, de modo a não lesar os bens alheios. Esse
dever é apurado objetivamente, ou seja, segundo padrão mediano,
baseado naquilo que se esperaria de uma pessoa de mediana
prudência e discernimento; daí falar-se em “dever de cuidado
objetivo”. A violação desse dever se externará através:
Imprudência.
Negligência.
Imperícia.
MODALIDADES DE CULPA
Imprudência: culpa manifestada de forma ativa; consiste no agir sem precaução,
precipitado, imoderado. Ex.: Uma pessoa que não sabe lidar com arma de fogo a manuseia
e provoca disparo, matando outrem. Alguém que dirige carro em alta velocidade, ultrapassa
o sinal vermelho e atropela alguém.
Negligência: ocorre quando o sujeito se porta sem a devida cautela. A omissão de cautela
ocorre antes do resultado, que é sempre posterior. Ex.: Mãe não guarda veneno perigoso,
possibilitando que seu filho pequeno o ingira e morra.
Imperícia: é a falta de aptidão para o exercício de arte ou profissão. Deriva de prática de
certa atividade, omissiva ou comissiva, por alguém incapacitado para tanto, por falta de
conhecimento ou inexperiência. Ex.: Engenheiro que projeta casa sem alicerces suficientes e
provoca morte do morador.
PREVISIBILIDADE OBJETIVA DO RESULTADO
Previsibilidade objetiva: possibilidade de antever o resultado, na condições em que o fato
ocorreu. A partir dela é que se constata qual o dever de cuidado objetivo (a ninguém se
exige o dever de evitar algo que uma pessoa mediana não teria condições de prever).
Exemplo: motorista que atropela uma pessoa que atravessa via expressa em local abaixo da
passarela.
A imprevisibilidade objetiva do resultado torna o fato atípico: o resultado não será
imputado ao agente a título de culpa, mas será considerado obra do imponderável (caso
fortuito e força maior).
CULPA CONSCIENTE E INCONSCIENTE
Tema relevante para dosimetria da pena (dosar a sanção penal). Análise
posterior à constatação da imprudência, negligência ou imperícia.
Culpa consciente: é a culpa com a previsão do resultado. O agente pratica o
fato, prevê a possibilidade de ocorrer o evento, porém, levianamente, confia
na sua habilidade, e o produz por imprudência, negligência ou imperícia.
Culpa inconsciente: é a culpa sem previsão. O agente age sem prever que o
resultado possa ocorrer, pois essa possibilidade sequer passa pela sua cabeça,
e ele dá causa ao resultado por imprudência etc, embora o resultado tivesse
sido objetiva e subjetivamente previsível.
DOLO EVENTUAL E CULPA CONSCIENTE
Culpa consciente: é a culpa com a previsão do resultado. O
agente pratica o fato, prevê a possibilidade de ocorrer o
evento, porém, levianamente, confia na sua habilidade, e o
produz por imprudência, negligência ou imperícia.
Eventual: o agente não quer produzir o resultado, mas com
sua conduta, assume o risco de fazê-lo.
CRIMES AGRAVADOS PELO RESULTADO
Crimes dolosos agravados pelo resultado doloso: ex.: latrocínio (quando a 
morte deriva de dolo).
Crimes culposos agravados pelo resultado culposo. Ex.: incêndio culposo 
agravado pelo resultado morte.
Crime doloso agravado pelo resultado culposo ou crime preterdoloso. Ex. 
Lesão corporal dolosa agravada pela morte derivada de culpa.
Crime culposo agravado pelo resultado doloso: art. 121, §4°, CP.
CRIME PRETERDOLOSO
Crime preterdoloso ou preterintencional é aquele em que o
resultado vai além da intenção do agente, pois ele deseja um
resultado delitivo e o atinge, mas sua conduta enseja outro
evento por ele não desejado e decorrente de culpa. Assim, o
sujeito atua com dolo no momento inicial, havendo culpa no
resultado agravador além do pretendido. Diz-se dolo no
antecedente e culpa no consequente.
ITER CRIMINIS
É o chamado caminho do crime ou itinerário do crime.
Desde os momentos iniciais, quando o delito está apenas na mente
do sujeito, até sua consumação, quando o crime se concretiza
inteiramente, passando por todo um caminho, um itinerário,
composto de várias etapas ou fases, o chamado iter criminis ou
“caminho” do crime.
FASES DO ITER CRIMINIS
• Fase interna (cogitação):
• Fase externa:
Preparação
Execução
Consumação
FASE INTERNA
Fase interna (cogitação): momento interno da infração; o sujeito
ainda não exteriorizou qualquer ato típico, sendo um irrelevante
penal, já que um dos elementos do fato típico é a conduta, que
pressupõe exteriorização do pensamento.
Ainda quando a vontade de cometer crime é verbalizada não se tem
como regra qualquer ilícito penal, salvo se a manifestação oral puder
violar ou periclitar algum bem jurídico, como poderia serem casos
dos crimes: injúria (140), ameaça (147) ou incitação ao crime (286).
FASE EXTERNA
Preparação: Art. 14, II, CP. Atos preparatórios ou conatus remotus: verifica-
se quando a ideia extravasa a esfera mental e se materializa mediante
condutas voltadas ao cometimento do crime. O crime sai da mente do
sujeito, que começa a exteriorizar atos tendentes à sua futura execução.
Como regra o Direito Penal não pune atos meramente preparatórios,
salvo se constituírem tipos penais autônomos, quando haverá
antecipação da tutela penal, quando os atos ainda que preparatórios
representarem em si mesmos perigo à ordem jurídica. Exemplos: 286
(incitação ao crime); 287 (apologia de crime ou de fato criminoso); 288
(associação criminosa); 291 (petrechos para falsificação de moeda), que
seria ato preparatório do crime de moeda falsa (289).
EXECUÇÃO
Primeiro ato de execução (conatus proximus). Difícil estabelecer a exata fronteira entre atos preparatórios
e atos executórios. São atos penalmente típicos, daí porque se o sujeito ao iniciar a execução, será
punido ainda que haja a interrupção involuntária de seu agir, quando então ocorrerá a tentativa, art. 14,
II, CP.
Exemplos de atos executórios: disparar o tiro de arma de fogo em direção à vítima; sacar a faca e correr
em direção à vítima.
Há dois critérios para identificar o início da execução:
-Critério material: a execução se inicia quando a conduta do sujeito passa a colocar em risco o bem
jurídico tutelado pelo delito (Nelson Hungia)
-Critério formal-objetivo: só há início de execução se o agente praticou alguma conduta que se amolda ao
verbo nuclear o tipo.
-Teoria individual-objetiva (Hans Welzel): o início da execução abarca todos os atos que, de acordo com a
intenção do sujeito, sejam imediatamente anteriores ao início do cometimento da conduta típica.
CONSUMAÇÃO
Há consumação ou summatum opus, quando se fazem
presentes todos os elementos da definição legal do delito
(art. 14, I), havendo total subsunção da conduta do sujeito
com o modelo legal abstrato. Essa fase do iter criminis é
atingida com a produção da lesão ao bem jurídico protegido.
MOMENTO CONSUMATIVO E NATUREZA DO CRIME
Crimes materiais ou de resultado: consumam-se com a ocorrência do resultado naturalístico ou material (modificação no
mundo exterior provocado pela conduta).
Crimes de mera conduta: basta a conduta positiva ou negativa para a consumação, porque o tipo penal não faz qualquer
alusão ao tipo penal.
Crimes formais ou de consumação antecipada: apesar da alusão ao resultado naturalístico no tipo penal, não exigem sua
ocorrência para fins de consumação.
Crimes permanentes: a fase consumativa se prolonga no tempo, havendo relevância para a competência territorial (71
CPP), no termo inicial do prazo prescricional (111 CP), como para prisão em flagrante ( 303 CPP)
Crimes culposos: assim como os crimes materiais, estarão consumados com a ocorrência do resultado naturalístico.
Crimes omissivos
Próprios: por serem infrações penais de mera conduta, basta a inatividade do agente para que haja a consumação,
sendo prescindível que à omissão se associe a ocorrência de algum resultado.
Impróprios: sempre são materiais ou de resultado; só há consumação com a superveniência do resultado.
Crimes qualificados pelo resultado: consumam-se com a ocorrência do resultado agravador.
Crimes habituais: em face da exigência típica de reiteração de atos, só se consuma se o sujeito o pratica repetidas vezes.
Uma só conduta, isoladamente, não constitui fato típico.
EXAURIMENTO DO CRIME
Ocorre quando o sujeito, depois de consumar o delito e encerrar o
iter criminis, pratica nova conduta, intensificando a agressão ao bem
jurídico penalmente tutelado.
Via de regra, o exaurimento apenas influi na quantidade de pena,
seja por estar previsto como causa especial de aumento (ex.:
317,§1°, CP), seja por configurar como circunstância judicial
desfavorável, já que o juiz considera na dosagem da pena base as
consequências do crime, art. 59 CP.
CRIME TENTADO – ART. 14 CP.
Conceito: Tentativa constitui a realização imperfeita do tipo penal.
O crime se considera tentado quando, iniciada sua execução, não se
consuma por circunstâncias alheias à vontade do agente.
Requisitos:
Início da execução.
Não consumação.
Por circunstâncias alheias à vontade do agente.
PUNIBILIDADE DA TENTATIVA
Art. 14, parágrafo único, CP
A lei prevê um decréscimo em limites variáveis, cumprindo ao juiz na dosagem
da reprimenda, considerar a proximidade da consumação como critério para
estabelecer a fração pertinente. Logo, a redução da pena deve ser
inversamente proporcional à distância da consumação.
Há crimes que não se pune a tentativa e outros em que a punição é a mesma
que para o delito consumado, como por exemplo, art. 352 do CP (evasão
mediante violência contra a pessoa).
ESPÉCIES DA TENTATIVA
Tentativa perfeita ou crime falho: o agente percorre todo o iter criminis, mas por
circunstâncias alheias à sua vontade, o crime não se consuma. Ex.: sujeito descarrega a
arma na vítima, que sobrevive e é socorrida a tempo por terceiros)
Tentativa imperfeita: o agente não consegue por circunstâncias alheias à sua vontade,
prosseguir na execução do crime. Ex.: sujeito entra na residência da vítima, e quando
começa a se apoderar dos bens, ouve um barulho que o assusta, fazendo-o fugir).
Tentativa branca ou incruenta: quando o objeto material não é atingido (o BJT não chega a
ser lesionado)
Tentativa cruenta: o oposto da tentativa incruenta ou branca, o BJT é atingido.
Tentativa abandonada ou qualificada: nome dado por alguns doutrinadores à desistência
voluntária e ao arrependimento eficaz (15, CP)
Tentativa inadequada ou inidônea: corresponde ao crime impossível (17 CP).
CRIMES QUE NÃO ADMITEM A TENTATIVA
Crimes culposos: resultado é produzido de modo acidental
Crimes preterdolosos: mesmas razões que para o crime culposo, pois o agente realiza um comportamento
doloso, mas o crime se consuma com a produção de um resultado agravador, que decorre de imprudência,
negligência e imperícia, ex.: 129, §3°, CP.
Crimes unissubsistentes: a conduta típica não admite qualquer fracionamento.
Crimes omissivos puros: são delitos de mera conduta e unissubsistente; o simples não fazer é suficiente para
a consumação. Se o sujeito agir, não há crime.
Contravenções penais: a tentativa de contravenção penal, por força de lei não é punível, art. 4°, LCP.
Crimes que a lei pune somente quando ocorre o resultado. Ex.: 122 e 164, CP
Crimes permanentes de forma exclusivamente omissa: Ex: 148, CP. na forma omissiva
Crime de atentado ou de empreendimento: são aqueles em que a lei equipara a tentativa e a consumação.
Tentar praticar a conduta descrita no tipo já representa realizar a norma por completo. Ex.: 352, CP.
DESISTÊNCIA VOLUNTÁRIA E ARREPENDIMENTO EFICAZ
Art. 15 CP. Também chamados de tentativa abandonada ou qualificada. Ocorre quando o
agente inicia a execução de um crime que pretende consumar, porém não o faz por
vontade própria (diferente da tentativa, em que o autor que seguir e não pode).
Desistência voluntária: pressupõe que o agente tenha meios para prosseguir na execução,
pois o agente ainda não esgotou o iter criminis (ex.: sua arma possui outros projéteis, mas
ele desiste de dispará-los).
Arrependimento eficaz: o sujeito já esgotou todos os meios disponíveis e, após terminar
todos os atos executórios (mas sem consumar o fato), pratica alguma conduta positiva,
tendente a evitar a consumação (ex.: sujeito descarregou sua arma e diante da vítima
agonizando, arrepende-se, a socorre e evita sua morte).
NATUREZA JURÍDICA DO ARTIGO 15 CP.
Desistência voluntária e arrependimento eficaz tem a
natureza jurídica de causa de exclusão da adequação típica,
posto que o sujeito dá início à execução de um crime, o qual
não se consuma, por circunstâncias ligadas à sua vontade. A
forma tentada, portanto, não se tipifica, diante da atitude do
agente, o qual por sua própria intenção, evita a produção do
resultado, mediante uma abstenção ou pormeio de um ato
positivo.
ARREPENDIMENTO POSTERIOR – ARTIGO 15 DO CP.
Objetivo: incentivar o sujeito a reparar os danos provocados pelo crime.
Art. 16 CP: Depois da consumação do delito (diferente do art. 15 CP).
Natureza jurídica: causa obrigatória de diminuição de pena.
Requisitos:
Reparação integral do dano ou restituição da coisa como antes se encontrava.
Ato praticado pelo sujeito ativo da infração.
Voluntariedade.
Crime sem violência ou grave ameaça à pessoa.
Reparação ou restituição anterior ao recebimento da denúncia ou queixa.
CRIME IMPOSSÍVEL – ARTIGO 7 DO CP
Também chamado: tentativa inidônea, quase crime ou tentativa inadequada.
Consumação completamente irrealizável
Art. 17 CP: impunidade da tentativa, quando ao se por em prática o plano delituoso, vê-se
impossível a consumação em face da absoluta ineficácia do meio empregado ou da absoluta
impropriedade do objeto material.
Natureza jurídica: causa de exclusão de adequação típica do crime tentado.
Meio: meio executório da infração, absoluta ineficácia. Ex.: tentar matar alguém disparando
tiros de pistola de água.
Objeto: objeto material da infração é a pessoa ou a coisa sobre a qual recai a conduta. Ex.:
disparar com animus necandi contra alguém que já morreu.
IMPROPRIEDADE E INEFICÁCIA RELATIVAS
Se a impropriedade e a ineficácia forem relativas,
haverá crime tentado.
Ex.: tentar furtar levando as mãos ao bolso vazio da
vítima, que traz a carteira no outro bolso é tentativa de
furto. Seria crime impossível furtar algo que lhe seja
próprio.
PEESQUISA 
https://canalcienciascriminais.com.br/classificacao-dos-crimes/
https://canalcienciascriminais.com.br/classificacao-dos-crimes/
Atividade Autônoma Aura
Olá, seja bem-vindo! Sabemos que você quer aprender mais, por isso, 
selecionamos duas
questões que revisam o tema/tópico ministrado nesta aula. Você deve 
resolvê-las,
completando, assim, sua jornada de aprendizagem do dia. 
Acesse o Plano de Aula da
disciplina e encontre-as no campo Aprenda +!
TEORIA DA PENA – ARA 1228
Aula 10
1) Considerando a missão do Direito Penal em um Estado Democrático de Direito e os elementos do fato
típico, pode-se afirmar que:
a) conduta típica prescinde de consciência e vontade por parte do sujeito ativo.
b) o sujeito passivo do crime é titular do bem jurídico diretamente lesado ou ameaçado.
c) os animais não humanos podem figurar como sujeitos ativos de crimes.
d) não há crime sem conduta comissiva.
2) Analisando os elementos da conduta punível e a missão do Direito Penal em um Estado Democrático de
Direito, pode-se afirmar que:
a) pessoa jurídica não pratica conduta punível em sentido clássico.
b) não podem coexistir dois ou mais sujeitos passivos e ativos no mesmo crime.
c) menores de 18 anos tem direito à redução de pena pelo cometimento de crimes.
d) pessoa jurídica não pode ser sujeito passivo de crime.
e) os tipos penais sempre descrevem os sujeitos ativos e passivos dos crimes.
Aula 11
1) Analisando as teorias dos elementos subjetivos do tipo, a partir do Código Penal Brasileiro, crime doloso é aquele no 
qual o agente:
a) Age com violação de dever objetivo de cuidado.
b) Produz o resultado por negligência.
c) Produz o resultado por imprudência.
d) Assume o risco de produção do resultado típico
2) Relacionando os elementos subjetivos do crime com o conceito analítico da infração penal, quanto ao dolo e a culpa, é 
correto afirmar:
a) A imperícia é espécie de dolo.
b) A culpa consciente acontece quando o sujeito não deseja, diretamente a produção do resultado típico, mas aceita sua 
eventual ocorrência.
c) Todo crime pode ser punido dolosa ou culposamente.
d) Há previsão na lei brasileira de que o dolo direto deva ser punido com maior gravidade do que o eventual
e) Pelo princípio da culpabilidade, há a possibilidade de punição por crime ainda que não demonstrado o dolo ou a culpa.
• Assista ao vídeo do Professor Raphael Lima Saber Direito - Direito Penal 
Teórico – Aula 1, disponível em: < 
https://www.youtube.com/watch?v=Xj6Ae_d8dfM> Assista ao vídeo do 
Professor Rodrigo Larizzatti Saber Direito - Direito Penal - Aula 1, disponível 
em:
• https://www.youtube.com/watch?v=8h-7ajJzbCk
OBRIGADA!Prof.ª Ana Paula Pimenta

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