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Aula 9 TEORIA DO CRIME

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TEORIA DO CRIME
Aula 9 - TEORIA DO DELITO
•A Infração Penal: Conceitos e classificações.
Sujeitos do delito. Responsabilidade Penal
da Pessoa Jurídica. Estrutura do crime a
partir do conceito analítico de crime.
Situação-problema: assista ao vídeo UMA HISTÓRIA
SEVERINA (bebê anencefálico), disponível em: <
https://www.youtube.com/watch?v=65Ab38kWFhE> Dica: leia a
notícia do Supremo Tribunal Federal: ADPF n.54 é julgada
procedente pelo ministro Gilmar Mendes, disponível em: <
http://www.stf.jus.br/portal/cms/verNoticiaDetalhe.asp?idConteudo
=204863> Pergunta à turma: qual argumento jurídico foi utilizado
na decisão proferida na ADPF n. 54 para fins de absolvição pelo
crime de aborto (art.124, do Código Penal) às mulheres grávidas de
bebês anencefálicos?
http://www.stf.jus.br/portal/cms/verNoticiaDetalhe.asp?idConteudo=204863
ESTUDO DE CASO
Estudo de Caso: Ronaldo foi até a delegacia de polícia
noticiar que seu vizinho, Ângelo, corriqueiramente abusa do
som alto em horário noturno. A autoridade policial
determinou a instauração de inquérito policial, haja vista a
conduta de Ângelo configurar crime. Com base na hipótese
narrada, e com os objetivos da aula, avalie se a autoridade
policial, a partir do conceito e das espécies da infração penal,
agiu corretamente.
A Infração Penal: Conceitos e classificações
“Os elementos basilares do conceito clássico são: a) 
Ação – conceito descritivo, naturalista e causal e com 
valor neutro; b) Tipicidade – representa o caráter 
externo da ação, compreendendo aspectos objetivos 
do fato descrito da lei; c) Antijuridicidade – elemento 
objetivo, formal e valorativo.”
Sujeitos do delito.
“Sujeitos do crime são as pessoas ou entes
relacionados à prática e aos efeitos da empreitada
criminosa. Dividem-se em sujeito ativo
e sujeito passivo.´”
Estrutura do crime a partir do conceito 
analítico de crime
“O conceito analítico de crime compreende
a estrutura do delito. Quer se dizer que crime é
composto por fato típico, ilícito e culpável. Com isso,
podemos afirmar que majoritariamente
o conceito de crime é tripartite e envolve a análise
destes três elementos.”
Conceitos de Infração Penal: A Infração Penal.
Infração penal é gênero, abarcando duas espécies (art. 1° da LICP, Decreto-lei 3.914/41):
– Crime: é a infração penal apenada com reclusão ou detenção, acompanhada ou não de
multa
– Contravenção penal: infração punida com prisão simples com multa OU somente
com pena de multa. São regulamentadas pela Lei de Contravenções Penais (Decreto-
Lei 3.688/1941), como regra.
• Sistema adotado pelo Código Penal: distinção entre Crime e Contravenção Penal.
Diferença Crime (CP E LEIS ESPECIAIS) Contravenção: EM REGRA SOMENTE
(Decreto-Lei3.688/1941)
Ação Penal Ação penal pública
Ação penal privada
Sempre ação penal pública incondicionada, art. 17 CP
Punibilidade da tentativa Punível, art. 14, II, CP NÃO punível, art. 4° LCP
Elemento subjetivo Dolo e culpa, art. 18, CP Basta a voluntariedade da conduta
CRÍTICA: incompatível com princípio da 
responsabilidade penal subjetiva.
Extraterritorialidade Art. 5° e 7° CP: a lei brasileira se aplica a crimes 
cometidos no Brasil e no Exterior
Art. 2°, LCP
Somente as contravenções cometidas em território 
nacional são puníveis.
Limite de PPL 30 anos, Art. 75, CP 5 anos, Art. 10 LCP
Bens Jurídicos Tutelados.
• Objeto do crime pode ser:
– Material: é a pessoa ou a coisa sobre a qual recai a conduta. O objeto material do
homicídio é a vítima; do furto a coisa subtraída; do tráfico de drogas, a droga. Por
vezes pode coincidir com o sujeito passivo do crime.
– Jurídico ou bem jurídico tutelado: é o bem que a norma penal incriminadora procura
defender. BJT é a vida humana; o patrimônio e a incolumidade pública.
Conceito analítico de crime: - Preocupada com os elementos constitutivos do crime, há teorias que despontam no Brasil:
Teoria Bipartida OU dicotômica: crime é fato típico e ilícito (ou antijurídico). A culpabilidade tem a natureza jurídica 
de pressuposto da pena. Julio F. Mirabeti e Fernando Capez.
Teoria Tripartida ou tricotômica: crime é o fato típico, ilícito (ou antijurídico) e culpável. A culpabilidade tem a 
natureza jurídica de elemento constitutivo de crime. Heleno Cláudio Fragoso, Cesar Roberto Bitencourt. Guilherme 
Nucci e Francisco de Assis Toledo. CORRENTE MAJORITÁRIA DA DOUTRINA.
- Teoria quadripartida: Pequena parcela da doutrina defende que crime é fato típico, ilícito, culpável e punível. 
Ocorre que não encontra embasamento científico, porque punibilidade (possibilidade jurídica da aplicação da sanção 
penal) é elemento externo ao crime.
Teoria constitucionalista do delito: crime é fato típico, antijurídico e punível. A culpabilidade é fundamento e 
pressuposto para aplicação da penal. Luiz Flávio Gomes e Antonio García-Pablos de Molina.
Sujeitos da Infração Penal.
• Sujeito passivo: é o titular do BJT; é a vítima da infração penal.
• Sujeito ativo: em princípio somente pode ser o ser humano, maior de 18 anos, e com
plenitude das capacidades mentais; é a pessoa que comete a infração penal, podendo ser:
A responsabilidade penal da pessoa jurídica.
• Tradicionalmente se defendia que a pessoa jurídica não cometia crime, mas esse
posicionamento mudou sobretudo em razão de inovações constitucionais e legislativas no
âmbito do Direito Ambiental (Art. 173, §5° e 225, §3° da CRFB e Lei 9.605/98).
TEORIA DA IMPUTAÇÃO OBJETIVA
• Um resultado só pode ser atribuído a quem realizou um comportamento gerador de um risco relevante
e proibido, que se produziu neste resultado.
****SUA FINALIDADE:
• Busca identificar os critérios jurídicos para que alguém possa ser considerado responsável por determinado
resultado jurídico, NÃO do ponto de vista meramente causal, mas sob um aspecto valorativo, ou seja, quando
é JUSTO considerar alguém como o verdadeiro responsável por determinada lesão ou ameaça de lesão
ao bem jurídico tutelado.
• Busca restringir o alcance no nexo causal e evitar absurdos fundados na Teoria dos Antecedentes Causais,
como por exemplo, evitar que se identifique nexo de causalidade entre a ação do vendedor de uma arma
de fogo e a morte provocada com o tiro do revólver (desta arma).
Sistema Classificatório
SISTEMA CLÁSSICO – (Início do Século XX, Liszt, Beling, Radbruch)
• Início do Século XX, Liszt, Beling, Radbruch.
• Afastou a responsabilidade penal objetiva ao instituir o dolo e a culpa como elementos essenciais do crime.
• Examinava o crime sem a influência de qualquer outra ciência que não a penal, segundo aspecto positivista.
SISTEMA NEOCLÁSSICO – (1907, Reinhard Frank)
• Procurou reelaborar os conceitos da teoria do crime, reformulando o conceito de culpabilidade, para melhor adequar aos 
casos concretos, especialmente a situações de coação moral irresistível e obediência hierárquica.
SISTEMA FINALISTA – (Sistema Finalista ou ôntico-fenomenológico: 1930: Sistema Funcionalista ou teleológico-
racional, dividido em: Funcionalismo sistêmico (Jakobs) e Funcionalismo teleológico (Roxin): Moderna teoria da 
imputação objetiva).
• Embasamento psicológico para entender que a conduta humana é sempre dotada de finalidade, daí porque tal sistema 
defende que não se concebe conduta humana penalmente relevante sem a intenção que a moveu (fundamento da 
teoria finalista da ação). O dolo não pode ser analisado na culpabilidade, de modo destacado da ação ou omissão ao qual 
se vinculou, mas sim na tipicidade.
Desde o Finalismo, chegou-se à conclusão de que deve haver dois
fatos típicos distintos: o do crime doloso e o do crime culposo.
Ambos contém similaridades, mas devem ser diferenciados na
medida em que dolo e culpa não compõem a culpabilidade (como
acreditavam os clássicos e neoclássicos), mas integram o fato típico.
Conceito: fato típico é o fato humano que se adequa perfeitamente
ao tipo penal. Consubstancia o primeiro dos elementos estruturais do
delito e sua composição varia segundoa espécie de crime.
Tipo Penal e o Princípio da Legalidade
Tipo penal sempre deverá ter conteúdo determinado em razão do princípio da 
legalidade.
Elementares do Tipo Penal
Objetivas (ou tipo/elemento objetivo): corresponde ao comportamento descrito no
preceito primário da norma incriminadora, sem analisar a intenção do agente. Ex.: Matar
alguém, art. 121 CP
Subjetivas (ou tipo/elemento subjetivo): corresponde à atitude psíquica que cada tipo
objetivo requer. EX.: Dolo ou culpa.
Normativas (ou tipo/elemento normativo): referem-se ao modo como é executado o crime
ou a finalidade específica “para si ou para outrem”, furto art. 155 CP; “indevidamente”,
prevaricação.
TIPICIDADE
Tipicidade: ao lado da conduta, constitui elemento necessário ao fato típico.
Trata-se da relação de encaixe ou enquadramento; é a qualidade que pode ou
não ser dado a um fato, conforme ele se enquadre ou não na lei penal.
Tipicidade formal: Trata-se da relação de subsunção entre um fato concreto
e um tipo penal.
Tipicidade material: Trata-se da relação de subsunção entre a lesão ou
perigo de lesão ao bem penalmente tutelado.
Tipicidade conglobante (Zaffaroni): análise conglobada do fato com todas
as normas jurídicas, inclusive extrapenais.
TIPICIDADE CONGLOBANTE (ZAFFARONI)
Analisa se o fato que aparentemente viola uma norma penal incriminadora,
não é permitido ou mesmo incentivado por outra norma jurídica. Análise
conglobada do fato com todas as normas jurídicas, inclusive extrapenais.
Situações consideradas típicas, mas enquadradas nas excludente de ilicitude
exercício regular de um direito ou estrito cumprimento do dever legal, passam
a ser tratadas como atípicas, pela falta de tipicidade conglobante.
Ex.: Intervenções cirúrgicas (art.129 CP), estrito cumprimento do dever legal e
saúde como direito constitucional de todos.
Obs: Independentemente da teoria adotada (fundamento), não haverá crime
por parte do médico no exemplo acima.
EXCLUDENTES DE TIPICIDADE
A) Crime impossível – artigo 17 CP.
B) Intervenção médico-cirúrgica e impedimento de suicídio – artigo 146 do
CP.
C) Retratação no crime de falso testemunho – artigo 342 do CP.
D) Anulação do primeiro casamento no crime de bigamia.
E) E outros...
Atividade Autônoma Aura
Olá, seja bem-vindo! Sabemos que você quer aprender mais, por isso, 
selecionamos duas
questões que revisam o tema/tópico ministrado nesta aula. Você deve 
resolvê-las,
completando, assim, sua jornada de aprendizagem do dia. 
Acesse o Plano de Aula da
disciplina e encontre-as no campo Aprenda +!
TEORIA DO CRIME
1) Delimitando as espécies de infração penal e seus sujeitos ativo e passivo, assinale alternativa correta:
a) As contravenções penais estão previstas no Código Penal
b) Crime é toda a conduta prevista em lei sob a ameaça de pena.
c) Sujeito ativo do crime é aquele detentor do bem jurídico violado pela conduta típica.
d) As infrações penais possuem duas espécies: crime e contravenção penal.
2)Relacionando o conceito analítico de crime com a teoria do bem jurídico, assinale a alternativa
correta:
a) Ante a perspectiva material, crime corresponde à concepção do direito acerca das
condutas que ofendem ou colocam em perigo bens jurídicos.
b) O conceito formal de crime leva em consideração os valores que devem receber
proteção penal.
c) A teoria do bem jurídico penal não foi recepcionada pelo direito penal brasileiro.
d) A teoria do bem jurídico penal determina que valores morais de uma sociedade podem
receber proteção penal.
Assista ao vídeo sobre 
conceito analítico de crime:
https://www.youtube.com/watch?v=lI9
0NgOyOBM&t=188s
PARA PRÓXIMA 
AULA:
• Correção das questões objetivas do APRENDA MAIS e Aula 10.
• Participação da turma!
OBRIGADA!
Prof.ª Ana Paula 
Pimenta

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