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Relatório - Medidas e Volumes

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MARANHÃO 
CURSO: Ciências Biológicas - Bacharelado 
DISCIPLINA: Fundamentos de Química 
 
 
 
 
 
 
 
 
Medidas e Volumes 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
São Luís, MA 
2019 
I – INTRODUÇÃO: 
O estudo das medidas e volumes é imprescindível para a realização de 
inúmeras experiências em variadas áreas, inclusive nas ciências biológicas. Para isso, 
são usados alguns instrumentos que medem o volume de líquidos, por exemplo, e 
estes devem ser exatos e precisos ao máximo, de modo a garantir que os dados 
obtidos sejam verdadeiros. Apesar de parecerem sinônimos, a precisão e a exatidão 
são termos distintos. A precisão indica o quanto as medidas repetidas estão próximas 
umas das outras. A exatidão indica o quão próximo do valor real (normalmente aceito 
como referência), está o valor medido. Nesse caso, deve-se utilizar as seguintes 
vidrarias: pipeta volumétrica, bureta e balão volumétrico. As outras vidrarias, como: 
béquer, erlenmeyer, balão de fundo chato, proveta e pipeta graduada fornecem, 
somente, medidas aproximadas. (ATKINS & JONES, 2006) 
Deste modo, quando se coloca a água em repouso em um vidro, ocorre uma 
curvatura na superfície líquida, denominada menisco, devido à tensão superficial. 
Então, para efetuar uma medida de forma precisa, deve-se fazer com que a linha da 
visão tangencie a curvatura inferior do menisco, de modo a evitar erros de paralaxe (é 
um erro que ocorre pela observação errada na escala de graduação causada por um 
desvio óptico ocasionado pelo ângulo de visão do observador), isso levará a uma 
medida maior ou menor que a correta, dependendo do ângulo de observação. Assim 
sendo, faz-se importante o cuidado e a atenção durante as medidas. (RUSSEL, 1990) 
Diante do exposto, este relatório tem por objetivo discorrer acerca das práticas 
desenvolvidas em laboratório, que elucidaram os alunos presentes a respeito da 
importância em saber aferir corretamente uma medida e em compreender o cuidado 
com a escolha do instrumento específico e da técnica adequada para determinados 
experimentos. (CESADUFS, 2011) 
 
II – OBJETIVO GERAL: 
Este relatório tem por objetivo apresentar a manipulação correta dos 
equipamentos e vidrarias de medição e a análise da exatidão das vidrarias, 
demonstrando o motivo da importância do estudo das medidas e volumes e suas 
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aplicações em algumas áreas de atuações, como biologia, química e farmacologia, por 
exemplo. 
 
III- PARTE EXPERIMENTAL: 
3.1. Materiais 
 Béquer vidro e plástico 
 Proveta vidro e plástico 
 Erlenmeyer 
 Pêra 
 Pipetador 
 Suporte universal 
 Suporte para tubos de ensaios 
 Pisseta
 Pipeta volumétrica e graduada 
 Bureta 
 Tubo de ensaio 
 
 
3.2. Procedimentos 
 Comparação de Vidrarias: 
Experimento I – Com a pisseta, transferiu-se 100 mL de água para o béquer de 
plástico. Em seguida, passou-se o conteúdo do béquer para uma proveta de vidro. 
Experimento II – Encheu-se um béquer de vidro com 100 mL e em seguida, 
transferiu-se o líquido para um béquer de plástico. 
Fonte: Elaborada pelo autor. 
 
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Experimento III – Em uma proveta de vidro com 25 mL de água, passou-
se o líquido presente para uma proveta de plástico. 
Experimento IV – Completou-se 200 mL de água no Erlenmeyer. 
Posteriormente, o líquido foi transferido para uma proveta de vidro. 
 
 
 
 
 
 
Experimento V – Com uma bureta calibrada no suporte universal, 
encheu-se 25 mL de água com auxílio da pisseta. Passou-se a água para um 
béquer e em seguida, transferiu-se para uma proveta de vidro. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Fonte: Elaborada pelo autor 
 
Fonte: Elaborada pelo autor. 
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Experimento VI – Com ajuda de uma Pêra fez-se a sucção de 10 mL de 
água numa pipeta volumétrica. Em seguida, passou-se o líquido para uma 
proveta de vidro. 
Experimento VII – Encheu-se uma pipeta volumétrica de água e fez-se a 
distribuição em tubos de ensaio com seus respectivos volumes: 1 mL; 2 mL; 
1,5 mL; 3,8 mL e 5 mL. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: Elaborada pelo autor. 
 
Experimento VIII – Usou-se uma pipeta volumétrica e pipeta graduada 
de 5 mL para fazer a contagem de gotas para cada vidraria. 
Nota: Observou-se e fez-se a análise de todos os experimentos. 
 
IV- RESULTADOS E DISCUSSÃO: 
Diante dos oito experimentos de medidas e volumes que foram 
realizados, os quais já foram descritos anteriormente, observou-se que há uma 
diferença de precisão entre as vidrarias existentes no laboratório. No primeiro, 
foi observado que, quando se transferiu os 100 ml de água do béquer de vidro 
para a proveta de vidro, houve uma diferença de 5 ml. Isso aconteceu porque o 
béquer é uma vidraria de grande diâmetro e tal característica interfere na sua 
precisão, diferentemente de outras vidrarias, como as pipetas, que possuem 
um diâmetro menor e conseguem facilmente identificar variações pequenas, 
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como de gotas, como mostrado no experimento 8. Assim, as medidas do 
béquer não são precisas enquanto que a proveta tem uma medida mais 
aproximada, tanto por seu diâmetro, que é menor que o do béquer, como por 
sua função de medir e transferir líquidos e soluções. 
No segundo experimento, também foi inserido no béquer de vidro 100 
ml de água e depois despejada em um béquer de plástico. Foi notado que no 
béquer de plástico o que se adquiriu foi uma medida de 93 ml. Essa variação 
de 7 ml foi obtida graças à diferença de material que compõe essas vidrarias, 
conforme foi exposto pela professora. Vale ressaltar que tanto o plástico como 
o vidro usados nos laboratórios são constituídos de um material mais resistente 
que os usados no cotidiano. O béquer, por exemplo, é feito de vidro temperado 
ou de vidro cristal, que lhe proporciona uma maior resistência e impede que ele 
reaja com as substâncias. Já o de plástico, mesmo sendo também de um 
material mais resistente, tem uma maior facilidade em reagir com algumas 
substâncias, o que pode acabar interferindo nas medidas obtidas. 
No terceiro experimento, observou-se que o resultado obtido foi de 24.5 
ml, ou seja, uma diferença de 0.5 ml. Isso se deve pela diferença de material 
que as duas provetas são formadas. Em uma comparação entre o plástico e o 
vidro, sem que haja qualquer aquecimento, sabe-se que o plástico, como já foi 
explicado, não é tão preciso quanto o vidro. Nesse caso, a proveta de vidro 
possui maior precisão que a de plástico. 
No experimento de número 4, depois das transferências, foi obtido uma 
variação de 1.3 ml entre o erlemeyer e a proveta de vidro. Considerando que o 
erlemeyer é muito utilizado para dissolver substâncias e estas, muitas vezes 
necessitam de aquecimento, assim como o béquer, entendemos que a proveta 
de vidro é mais precisa, além de que esta possui, como já mencionado, 
medições aproximadas. Além disso, o diâmetro do erlemeyer também interfere 
na questão apresentada. 
O resultado obtido no experimento de número 5, foi uma diferença de 
aproximadamente 5 ml entre a bureta e o béquer de vidro. Depois que essa 
mesma água foi transferida para a proveta de vidro, foi obtido um valor de 25 
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ml. Visto que o valor inicial colocado na bureta foi também de 25 ml de agua e 
que a variação só é observada no béquer, entende-se que isso aconteceu 
porque as próprias vidrarias em si não apresentam o mesmo nível de precisão 
e essa diferença é aumentada no béquer com a aplicação das variadas 
temperatura. Ele, a partir das análises já feitas, é pouco preciso em relação a 
proveta e a bureta. A proveta é uma vidraria utilizada para medidas 
aproximadas, ou seja, pouco exatas, enquanto que a bureta, apesar de não 
conter o menisco, tem medidas exatas, pois é calibrada. Dessa forma, entende-
se que a bureta possui um nível de precisão e exatidão maior que a proveta e 
esta possui uma precisão maior que o béquer. 
No experimento 6, a variação foide 1 ml quando se passou a água da 
pipeta volumétrica para a proveta de vidro. A pipeta volumétrica exata e a 
proveta de vidro não é, isso se deve ao fato de ela conter um menisco, 
diferentemente da proveta que não é tão precisa e só possui uma medida 
aproximada. 
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O experimento de número 7, que foi realizado por todos do grupo, foi 
uma comparação mais visual, na qual foi transferida água de um béquer para 
tubos de ensaios através da pipeta graduada. Em cada tubo de ensaio foi 
colocado uma medida diferente de água. Dessa forma, não se sabia com 
exatidão se no primeiro tubo tinha realmente 1 ml, pois os tubos de ensaio não 
possuem valores numéricos. Contudo, sabe-se que os valores são bem 
aproximados por ter sido utilizada a pipeta graduada.No oitavo e último, o 
experimento foi contar cada gota que caía de 5 ml de água que continha na 
pipeta graduada e na pipeta de vidro. Na pipeta graduada a quantidade obtida 
foi de 97 gotas de água, enquanto que na pipeta volumétrica foi de 106 gotas. 
Sabendo que a última pipeta, com base no menisco e dos experimentos já 
realizados anteriormente, possui uma maior exatidão que a pipeta graduada, 
entende-se que em 5 ml de água, o valor mais aproximado de gotas ali 
existente é de 106 gotas. 
 Cuidados necessários no manuseio das vidrarias laboratoriais 
No laboratório é muito importante que se tenha cuidado ao se preparar 
qualquer tipo de experimento, mesmo que este seja aparentemente simples. 
Por exemplo, para se aquecer uma solução aquosa de cloreto de sódio, deve-
se obrigatoriamente saber quais tipos de vidrarias podem ser usadas, pois 
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algumas, como o balão volumétrico, não podem ser aquecidos devido a sua 
precisão. Se isso ocorrer, a vidraria seria dilatada e sua precisão seria perdida. 
É importante saber que alguns materiais de medidas não podem ser 
molhados, como foi recomendado quando o experimento de número 5 estava 
sendo realizado. Nesse experimento foi necessário o uso da pêra para fazer a 
sucção da água para dentro da bureta. Dessa forma, caso o líquido adentrasse 
o aparelho, seria danificado e terminar de realizar os testes seria uma tarefa 
muito difícil, pois impediria que o ar de dentro da bureta fosse sugado. Dessa 
forma, todos os materiais devem ser cuidadosamente utilizados. 
 Importância e aplicações das Medidas e Volumes 
Outro ponto que se pode ser analisado a partir das observações 
adquiridas no decorrer da prática experimental é a importância da precisão e 
exatidão das medidas e volumes. Os dois termos fazem parte de qualquer tipo 
de procedimento laboratorial do qual dados de testes e análises são obtidos. 
Seja em qualquer área de atuação da ciência, toda pesquisa precisa ser 
testada através de vidrarias e materiais perfeitamente calibrados e 
corretamente manuseados a fim de se alcançar resultados exatos ou mais 
próximos do verdadeiro. 
Na Biologia, por exemplo, distintas medidas são utilizadas para 
processos relacionados ao campo da genética. Na extração de DNA de tecidos 
animais ou tecidos vegetais, as medições podem chegar a conter microlitros de 
álcool ou proteinase para sua realização. As quais só podem ser executadas 
através de instrumentos laboratoriais como a pêra e a pipeta volumétrica. 
Desse modo, os estudos e as informações obtidas conseguem transformar-se 
em uma forma totalmente nova e diferente de compreender os organismos 
vivos, contribuindo para o avanço da ciência juntamente com o conhecimento 
da natureza e seus benefícios para os seres humanos. Em outras áreas de 
atuações como a Química e a Farmacologia, o uso das medidas e volumes 
continuam sendo de fundamental importância tanto na manipulação de 
medicamentos quanto no desenvolvimento e fabricação de cosméticos, 
perfumes, alimentos e bebidas. 
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Sendo assim, torna-se essencial, não somente o manuseio correto 
dessas aferições com o propósito de resultados vantajosos, mas também a 
facilidade, adequação e funcionabilidade do próprio instrumento necessitam 
estar em vigência. Algo que se direciona a outra perspectiva observada durante 
as experimentações feitas na aula: a invalidade e deficiência de instrumentos 
no laboratório de química da UEMA. Durante as realizações do sexto, sétimo e 
oitavo experimento a equipe responsável pelo vigente relatório encontrou 
dificuldades para sucção e descarte da água. O que poderia, infelizmente, 
atrapalhar a prática e aprendizado do grupo. Portanto, a fim de uma 
significativa precisão e exatidão de medidas e volumes faz-se necessário uma 
reparação e manutenção do laboratório de pesquisa da universidade, pois 
assim as experimentações atreladas a responsabilidade do pesquisador aluno 
ou professor estarão sempre sendo efetuadas com êxito. 
 
V – CONCLUSÃO: 
Com o desenvolvimento deste trabalho, pôde-se compreender de que 
forma a manipulação dos materiais e das vidrarias deve ocorrer. Além disso, 
conseguiu-se analisar e avaliar a importância da utilização correta desses 
diferentes tipos de materiais, pois cada um deles possui suas respectivas 
funções. 
Assim sendo, a prática laboratorial experenciada não só auxiliou na 
identificação e utilização, mas também na compreensão da importância da 
aplicação dos instrumentos laboratoriais, bastante necessário para os distintos 
processos químicos e biológicos. 
 
 
 
 
 
 
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REFERÊNCIAS: 
ATKINS, P.; JONES, L. Princípios de Química: Questionando a vida 
moderna e o meio ambiente. 3 ed. Editora Bookman, 2006. 
CESADUFS. Materiais e equipamentos básicos de laboratório e Medidas 
de massa e volume. Sergipe, 2011. 
RUSSEL, J. B. Química Geral. 2 ed. v. 1. São Paulo: Makron Books, 1994. 
SILVA, R. R.; BOCCHI, N.; ROCHA-FILHO, R. C. Introdução à Química 
Experimental. São Paulo: Mcgraw-Hill, 1990.

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