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Dissecção de aorta Doenças da aorta graves: Aneurisma de aorta roto, hematoma aórtico intramuros, úlcera aterosclerótica penetrante, transecção traumática de aorta e dissecção aguda de aorta. Esses pacientes devem: - Ser internados em UTI, com monitorização e controles hemodinâmicos - Uso de BB para PAS menor que 120 mmHg - Nitroprussiato de sódio para controle pressórico - Monitorização invasiva da PA - ECG - RX de tórax (alargamento do mediastino é sugestivo de aneurisma) - Avaliação cirúrgica Epidemiologia - DCV são a primeira causa de morte em países desenvolvidos - Dissecção é incomum (3:100.000), porém fatal - A mortalidade da dissecção de aorta aumenta 1% a cada hora (50% em 72 horas, 75% em 2 semanas e 90% em 3 meses) - Aneurisma tipo B tem mortalidade alta - Ruptura de aorta a mortalidade é de 94 a 100% sem intervenção clínica Variação no ciclo circadiano e variações sazonais: mais pela 8 a 9h da manhã no inverno Fatores de risco - HAS - Idade avançada - Aterosclerose - Cirurgia CV prévia Combinação de fatores hereditários e doenças adquiridas que levam a fragilidade da camada média e da íntima da aorta - Sindrome de Marfan - Sindrome tipo IV de Ehlers-Danlos - Síndrome de Turner - Parentes de primeiro grau Fisiopatogenia - Alguns pacientes tem aneurisma antes da dissecção - 80% dos desenvolve dissecção na ausência de um aneurisma - Pós dissecção, pode desenvolver um falso lúmen, se expandir e formar um aneurisma (complicação de dissecção) Composição da parede aórtica: - Camada íntima (mais interna) - Camada. Déia - Camada adventícia (mais externa) Camadas compostas por: tecido conectivo, fibras de elastina, células de tecido muscular, fibras de colágeno, proteoglicanos e glicoproteínas A dissecção ocorre quando a parede da aorta já enfraquecida, é submetida a estresse elevado, causado pela HAS. Dissecção clássica - Formação de uma teia na camada íntima - HAS força a teia a abrir e disseca ao longo da camada média - Formação de um falso lúmen - A dissecação se propaga distalmente, proximamente ou para ambas as direções ao longo da aorta Complicações do falso lúmen - AVC - IAM - Tamponamento pericárdico - Insuficiência de valva aórtica - Isquemia intestinal - Insuficiência renal - Paraplegia - Síndromes de má-perfusão Sítios de entrada 1º Aorta torácica 2º Aorta descendente 3º Aorta abdominal Classificação Aguda - Diagnóstico realizado até 2 semanas Crônica - Mais de 2 semanas de manifestações de sintomas Clínica Aneurisma de aorta dissecante tipo B - HAS, homens, dor repentina e de forte intensidade - Mais comum em tórax posterior e abdominal Aneurisma de aorta dissecante tipo A - Mais comum em tórax anterior Sintomas de choque + dor abdominal: - Sudorese - Ansiedade - Diminuição da diurese (a baixa perfusão depende do órgão que está mal perfundido, ex: rim) Outros: dispneia, diaforese, diarreia sanguinolenta, náuseas e vômitos Pressão arterial normal ou alta com: - Pulsos finos, extremidades frias, pulso paradoxal, múrmurio diastólico, sinais neurológicos focais, síncope, afasia e hemiplegia Tamponamento cardíaco - Distensão jugular - Pulso paradoxal Complicações As principais: - Rupturas - Falência. cardíaca (regurgitação aortica, IAM ou tamponamento) - Hipoperfusão sistêmica Má perfusão Ramos da aorta: Oxigenação do coração: coronárias MMSS: artérias subclávias Cérebro: artérias vertebrais e carótidas Medula: artérias lombares Vísceras: artéria mesentérica e tronco celíaco Rins: artérias renais MMII: artérias ilíacas Esses ramos podem ficar mal perfundidos decorrentes de avulsão e de trombose do ramo arterial durante a dissecção Diagnóstico Alteração no RX de tórax: - Contorno aórtico anormal - Derrame pleural - Calcificação da íntima descolada - Alargamento do mediastino Outros: angiotomografia computadorizada, ecocardiograma transesofágico e ECG Manejo clínico Devem ser admitidos na UTI e confirmação diagnóstica Objetivos: - Diminuir força do VE - Diminuir PA sistêmica ao máximo sem comprometimento de órgãos - Infusão de fluidos e hemoderivados - IOT Devem ser realizados sempre que necessário - Controle da dor com morfina - Controle da PA com BB (PAS 110 mmHg) - Nitroprussiato de sódio (quando não atingiu a PA adequada com BB) Hipotensão/choque: - Falência cardíaca - Rotura aortica - Choque medular Não utilizar inotrópicos! Aumenta a força de contração e piora o quadro. Não fazer pericardiocentese em pct com tamponamento! - Fazer o ACLS - Monitorar a PA de forma invasiva em maior membro - Fazer avaliação cirúrgica e deixar uma reserva de plasma fresco congelado e concentrados de plaquetas ECG - Pode ter IAM - Pode ter supra ST Descartar dissecção antes de fazer uso de trombolíticos Cirurgia - Indicada para todos os tipo A - Tipo B pode tratar clínicamente Objetivo do tratamento da tipo A: - Previnir rotura de aorta - Previnir tamponamento É uma emergência cirúrgica, pois eles tem altos riscos de complicar Indicação de intervenção cirúrgica ou endovascular para tipo B: - Dor persistente oi recorrente pós tto - Expansão aguda de falso lúmen - Hematoma periaórtico ou mediastinal, com risco de rotura de aorta
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