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Trato gastrointestinal

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Transcritores: Luan Ferreira / Matheus Protásio / Antônio Paes / Léa 
a 
 
Professor: Helen Fuzzi TurmaA/2015 
Assunto: Fisiologia Digestório 
Data: 20/02/2017 
kj 
 
 
 
Não há como entender sistema digestório, sem saber sistema nervoso e endócrino. É por isso 
que nós ficamos por último, pois é uma combinação dos de vários sistemas. 
Bem-vindos aos Sistema Digestório 
A professora faz uma breve comparação entre a histologia, relacionando as células 
enteroendócrinas, pois na fisiologia elas estão nomes específicos e com funções específicas. 
Motilidade, Controle Nervoso e Circulação Sanguínea 
MOTILIDADE 
O trato alimentar. Ele é responsável por suprir todo o organismo de água, eletrólitos e 
nutrientes. No entanto, para que isso aconteça, eu preciso do movimento desse alimento por todo o 
tubo digestório. Eu preciso secretar vários “sucos” digestivos, para dissolver esse alimento e, por fim, 
absorver. E, depois de absorvido, ele vai para dois caminhos na circulação sanguínea; 1) ou vai direto 
para o organismo; ou 2) vai para o fígado para ser metabolizado. Todas essas funções precisam ser 
finamente controladas, para que não haja mal-estar. 
Vocês viram que na histologia o tubo digestivo é bem peculiar, ele possui muitas camadas. 
 
 
Todas essas camadas são importantes para os vários tipos de movimentos que serão feitos no 
tubo digestivo, pois em cada porção dele, o movimento é diferente, para que possamos digerir e 
absorver de forma mais adequada os alimentos. 
 
 Transcritores: Luan Ferreira / Matheus Protásio / Antônio Paes / Léa 
a 
 
Professor: Helen Fuzzi TurmaA/2015 
Assunto: Fisiologia Digestório 
Data: 20/02/2017 
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O tipo muscular que recobre o tubo digestivo é liso, além de ser controlado de forma 
autônoma. Outra característica importante dele, é que ele funciona como um sincício. Ele possui essa 
função de sincício, pois as fibras musculares possuem junções abertas. Assim, há uma camada 
muscular longitudinal e uma circular 
Nota do transcritor: Segundo o Guyton, para tornar mais claro sobre a função sincicial dele. 
“Cada feixe de fibras musculares lisas está, parcialente, separado do seguinte por tecido 
conjuntivo frouxo, mas os feixes musculares se fundem uns aos outros em diversos pontos, de maneira 
que, na verdade, cada camada muscular representa uma rede de feixes de musculo liso. Assim, cada 
camada muscular funciona como um sinsicio, isto é, quando uma potencial de ação é disparado em 
qualquer ponto da massa muscular, ele, em geral se propaga em todas as direções do musculo. A 
distancia que deve percorrer depende da excitabilidade do músculo; às vezes, ele é interrompido 
depois de apenas alguns poucos milimetros e, outras vezes, percorre muitos centimetros ou, até 
mesmo, toda a extensão do trato digestivo.” 
Essas camadas de ML são excitadas por várias atividades instrisecas. Existem dois tipos 
báscios de onda, as ondas lentas e as ondas em ponta. As ondas lentas, na verdade, elas não ão 
potenciais de ação, ela é só um ritmo elétrico básico. E que elas são pequenas alterações no potencial 
de repouso da membrana. Ela tem uma frequencia de, aprixmadamente, 12 alterações por minuto e 
isso vai variar dependendo do orgão que estamos falando. Por exemplo, no estamos temos 3 a cada 
minuto, no intestino delgado temos 12 e no grosso, cerca de 8. 
 
Observe as ondas lentas, elas têm uma variação de 10 milivolts e, ainda, elas podem dar 
origem as ondas em ponta, que nós vamos discutir adiante. Uma informação que preciso dizer: nós 
não sabemos claramente como essas ondas ocorrem, no entanto, foi descoberto uma célula que 
funciona como um marca-passo, é a célula de Cajal. Elas permeiam as camadas de músculo liso 
longitudinal e circular e vão dando pequenas despolarizações, principalmente causadas pela abertura 
dos canais lentos de sódio e cálcio. 
 
 Transcritores: Luan Ferreira / Matheus Protásio / Antônio Paes / Léa 
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Professor: Helen Fuzzi TurmaA/2015 
Assunto: Fisiologia Digestório 
Data: 20/02/2017 
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Certo, agora nós entramos nas ondas em ponta que são os verdadeiros potenciais de ação. Ela 
ocorre quando o potencial fica mais positivo que -40 mv e aí você tem o disparo dessas contrações. 
A membrana ela pode ficar muito despolarizada ou hiperpolarizada. Quando ela fica despolarizada, 
ou seja, com potenciais acima de -40 mv, ela fica muito sensível a qualquer tipo de estímulo. Isso dá 
origem as descargas peristálticas. 
Por outro lado, existe situação em que ela fica hiperpolarizada e, nesse caso, vai ser muito 
difícil que ocorra alguma contração, pois eu preciso subir muito a positividade da membrana que isso 
ocorra. Abaixo segue algumas situações de despolarização e de hiperpolarização. 
DESPOLARIZAÇÃO HIPERPOLARIZAÇÃO 
 ESTIRAMENTO DO MÚSCULO 
 LIBERAÇÃO DE 
ACETILCOLINA 
 ESTIMULAÇÃO 
PARASSIMPÁTICA 
 ALGUNS HOMONIOS GI 
 ADRENALINA OU NORA 
 ESTIMULAÇÃO DE NERVOS 
SIMPÁTICOS 
 
Isso em condições fisiológicas. Porém, em condições de doença, por exemplo, da diarreia 
você tem despolarização, ou quando você tem dor na região do peritônio, nesse caso, é 
hiperpolarização. No processo de contração é necessário o Cálcio, mas não somente ele, como 
também a calmodulina. 
CONTROLE NERVOSO 
Então, vocês viram que ele tem um sistema nervoso entérico. Em termos de número de 
neurônios, ele tem o mesmo que a medula espinhal. Esse SN Entérico vai controlar tanto a parte de 
contração, quanto a de secreção. Nesse sistema, nós temos dois plexos. (1) O plexo externo, disposto 
entre as camadas musculares longitudinal e circular, denominado plexo mioentérico ou plexo de 
Auerbach. E (2) um plexo interno, denominado plexo submucoso ou plexo de Meissner, localizado 
na submucosa. Esse último é voltado para a parte de secreções e controla a contração da muscular da 
musoca. A imagem abaixo mostra os plexos e as comunicações que eles fazem. 
 
 Transcritores: Luan Ferreira / Matheus Protásio / Antônio Paes / Léa 
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Professor: Helen Fuzzi TurmaA/2015 
Assunto: Fisiologia Digestório 
Data: 20/02/2017 
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O plexo externo percorre todo o tudo digestório, ou seja, desde o esôfago até o ânus. Enquanto 
que o interno, controlando as secreções e a circulação na região de vilosidades. Esses plexos se 
comunicam ara que eu possa regular as contrações de forma adequada, além disso existem as 
terminações sensitivas que estão no epitélio elas se comunicam, também, com os plexos. Por 
exemplo, se você comer um alimento que não ”caiu bem”, são essas células que vão “dedurar” e fazer 
você ficar com uma sensação ruim, de incomodo, dor e afins. 
Luan pergunta: São elas que produzem o estímulo do vômito? 
Rainha Fuzzi: Sim, mas não só elas. Cinetose também estimula o vômito. 
Outra coisa que vocês precisam se atentar é que o sistema nervoso autônomo também faz 
comunicação com os plexos, para que você tenha um melhor controle desse sistema. Nem todos esses 
neurônios do plexo são excitatórios, alguns são inibitórios e um exemplo claro disso são os 
esfíncteres, como o antro e o ileocecal. 
Nós temos vários neurotransmissores que participam desse processo de contração e secreção. 
São eles: Acetilcolina, Noradrenalina, Trifosfato de Adenosina, Serotonina, Dopamina, 
Colecistocinina, Substancia P, Polipeptídio Intestinal Vasoativo, Somatostatina, Leuencefalina, 
Metencefalina e Bombesina. 
CONTROLE AUTONOMO 
A inervação parassimpática vai ser crânio-sacral e vai se da (parte cranial) pelos nervos vagos 
e vai “pegar” esôfago, estomago, pâncreas, intestino delgado até o comecinho do intestino grosso. A 
 
 Transcritores: Luan Ferreira / Matheus Protásio / Antônio Paes / Léa 
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Professor: Helen Fuzzi TurmaA/2015 
Assunto: Fisiologia Digestório 
Data: 20/02/2017 
kjparte sacral, a qual vem dos nervos pélvicos, vai inervar a parte final do intestino grosso. Já a 
inervação simpática vai surgir de T5 a L2 e vai “pegar” todo o trato gastrointestinal, secretando 
noradrenalina e inibindo a atividade do TGI. 
As fibras sensitivas percebem distensão da parece e substancias químicas especificas e 
também podem causar estimulação e inibição. O seu TGI sabe se você comeu uma feijoada ou uma 
salada, pois ele precisa saber disso para mediar as composições do suco gástrico, além de saber se o 
quimo está muito ácido e auxiliar o pâncreas a secretar bicarbonato. 
REFLEXOS GASTROINTESTINAIS 
Nós temos reflexos que são totalmente integrados sistema nervoso entérico. Isso é parte de 
contração, misturar e secreção. 
Temos aqueles que são reflexos do intestino para os gânglios simpáticos vertebrais e que 
depois voltam para o trato GI. Eles, geralmente, são de longa distância, ou seja, de uma região do 
TGI para outra região do TGI distante da origem. Elas podem ser três: (1) Gastrocólico – o estômago 
envia sinais para o cólon, estimulando a evacuação; (2) Enterogástrico – sinais do cólon e do intestino 
para inibir a motilidade e secreção do estômago e; (3) Colonileal – o cólon envia sinais para inibir o 
esvaziamento de conteúdos do íleo para o colón. 
E, por fim, temos aqueles reflexos do intestino para a medula ou para o tronco cerebral e que 
voltam para o TGI, novamente são três. (1) reflexos do estômago e do duodeno para o tronco cerebral, 
que retornam ao estômago – por meio dos nervos vagos – para controlar a atividade motora e 
secretória gástrica; (2) reflexo de dor: ela causa inibição geral de todo o TGI; e (3) reflexos de 
defecação que passam, desde o cólon e o reto, para a medula espinhal ou no tronco e, então, retornam, 
produzindo as poderosas contrações colônicas, retais e abdominais, necessárias a defecação, além da 
ativação do parassimpático. 
CONTROLE HORMONAL 
Todo esse controle do sistema gastrointestinal se dá, na maioria das vezes, por um hormônio 
que estimula alguma coisa. Por exemplo, na hora que você come e deglute, o que vai acontecer no 
teu estomago? Ele vai distender. Isso dispara sinais na mucosa, a qual estimula as contrações e, não 
somente isso, como também a liberação de certos hormônios. Nesse caso, no estômago, temos a 
gastrina, as quais são secretadas pelas células G nas glândulas pilóricas, uma vez que elas vão 
responder a distensão e a responsividade a ingestão de proteínas. 
No intestino delgado (duodeno e jejuno) há a secreção de colecistocinina pelas células I. Ela 
está presente em várias situações no sistema digestório, inclusive na saciedade. É disparada, 
principalmente, frente a alimentos gordurosos, pois além de estimular a secreção pelo pâncreas, 
também estimula a contração da vesícula biliar. A colecistocinnina também é liberada frente à 
distenção do intestino quando chega o quimo do estômago e é capaz de chegar ao estômago e inibir 
a bomba pilórica. Ao passo que ocorre a digestão, diminui a quantidade de gordura, o que diminui a 
 
 Transcritores: Luan Ferreira / Matheus Protásio / Antônio Paes / Léa 
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Professor: Helen Fuzzi TurmaA/2015 
Assunto: Fisiologia Digestório 
Data: 20/02/2017 
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secreção de colecistocinina, de modo a permitir o retorno da atividade do estômago. A partir disso 
contribui para coordenar a digestão. 
Outro hormônio muito importante é a secretina. Também produzidas no duodeno e jejuno 
pelas células S. Ela é secretada, principalmente frente ao ácido proveniente do estômago. Ela é 
importante para estimular a produção de bicarbonato e a liberação de bicarbonato. 
O peptídeo inibidor gástrico é produzido pelas células K no duodeno e jejuno e se em resposta 
a aminoácidos, ácidos graxos e carboidrato, ou seja, alimentos em geral, além de em relação a ácido. 
Ele inibe a atividade motora do estômago pelo mesmo motivo que a colecistocinina faz. 
Motilina, produzida pelas células M no duodeno e jejuno e é secretada em resposta a gordura 
e ácidos. Ela aumenta a contração de mistura no duodeno para melhor mistura com suco pancreático 
e absorção. 
Pergunta: A motilina é secretada independentemente se o alimento é sólido ou líquido como 
uma sopa, por exemplo? 
Resposta: Isso vai depender de como o alimento chega, mesmo sendo sopa, quando ela sai do 
estômago, ela sai pastosa. Ela só vai voltar a ser líquida quando o alimento for processado no intestino 
delgado. O piloro apresenta uma abertura que é, justamente para a passagem de líquido, ou seja, a 
parte líquida da sopa passa logo e fica os outros componentes, como a carne, legumes, massa e etc., 
mas caso você tome apenas o caldo, pode ser encarado como a ingestão de água mesmo. 
Pergunta inaudível. Resposta: As frutas são importantes também por conta das fibras pelo 
aumento da motilidade, mas não adianta comer fibras e não ingerir água. Algumas futas são boas para 
ajudar na digestão de alguns alimentos, como o abacaxi que possui enzimas que contribuem na 
digestão de carnes, ou da laranja que ajuda na digestão de uma feijoada por exigir menos da ação de 
secreção de ácido pelo estômago. 
 
 
 Transcritores: Luan Ferreira / Matheus Protásio / Antônio Paes / Léa 
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Professor: Helen Fuzzi TurmaA/2015 
Assunto: Fisiologia Digestório 
Data: 20/02/2017 
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TIPOS DE FUNÇÕES E MOVIMENTOS DO TRATO GASTROINTESTINAL 
Temos dois tipos de movimento, o propulsivo e o de mistura. O propulsivo empurra pra frente 
o bolo alimentar, o que chamamos de peristaltismo. Essa função é do plexo mioentérico e sempre vai 
da boca para o ânus, o contrário só acontece quando há reflexo de vômito. Quando ocorre a chegada 
do alimento, há a distenção da parede intestinal e dispara potenciais de ação em ponta. Os estímulos 
em direção a boca são extintos e ocorre um relaxamento receptivo em direção ao ânus e então ele se 
propaga. Não é bem esclarecido como isso acontece, mas de fato, é esse reflexo, sempre em direção 
ao ânus. Quando há a distenção da parede do intestino, 2 ou 3 cm antes há a formação de um anel 
constritivo e um disparo em direção ao ânus e na parte que vai receber esse bolo acontece um 
relaxamento receptivo, o que não ocorre do lado anterior ao bolo. 
O movimento de mistura pode ser tão vigoroso quanto o movimento propulsivo ou menos e 
em cada porção do trato gastrointestinal vai ser diferente. Geralmente são contrações peristálticas e 
bem locais. A força da contração vai depender da quantidade e tipo de alimento que está irritando a 
mucosa. Se há a presença de um quimo volumoso e muito ácido, as contrações serão mais vigorosas 
para realizar melhor a mistura com bicarbonato e etc. 
 
 Transcritores: Luan Ferreira / Matheus Protásio / Antônio Paes / Léa 
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Professor: Helen Fuzzi TurmaA/2015 
Assunto: Fisiologia Digestório 
Data: 20/02/2017 
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FLUXO SANGUÍNEO 
Os vasos sanguíneos do sistema gastrointestinal são muito ramificados e fornecem um 
aporte grande de sangue. Fazem parte de uma grande circulação, conhecida como esplâncnica, a qual 
pega pâncreas, intestino, baço e todos irão desembocar no fígado devido à necessidade de 
desintoxicação, de metabolizar açúcares e proteínas (a gordura é transportada pelo sistema linfático) 
e de fagocitar bactéria presentes ali (células de Kupffer). 
Agora faz sentido o porquê de todo o sangue que sai do pâncreas, baço e intestino irem para 
os sinusoides do fígado, pois lá temos as células do parênquima, os hepatócitos, que metabolizam 
50% a 75% de tudo que comemos, enquanto os outros 25% são distribuídos, e toda a bactéria que 
você ingeriu. Como é que é o nosso epitélio no intestino? É tudo juntinho como na pele? Não! As 
junções são mais frouxas para facilitar a absorção sem gasto de energia. 
Mas tem um probleminha: Como é o interior do intestino? O quenós temos lá? Temos a flora 
intestinal que também forma uma barreira física contra infecções. Engraçado isso, uma barreira de 
bactérias contra infecções. Mas por que isso? Porque eu tenho uma flora extremamente variada e isso 
impede que uma bactéria patogênica possa se desenvolver. É por conta disso que repomos a nossa 
flora com comprimidos quando estamos com diarreia. Mas mesmo assim teu corpo não pode ter 
bactérias na corrente sanguínea. Mas o que acontece com as bactérias quando se tem um epitélio igual 
ao do intestino? Elas atravessam. Isso se chama translocação bacteriana. Cerca de 10% de todas as 
bactérias que temos no intestino sofrem essa translocação. Então é necessário que esse sangue passe 
por um filtro, e esse cara é o fígado com as células de Kupffer. Tanto que vocês viram lá nas lâminas 
a grande quantidade dessas células. Mas não necessariamente todas as células que chegam lá estão 
viáveis, mas as que estão viáveis devem ser destruídas. E outra, se existirem muitos peptídeos, 
glicoproteínas de origem bacteriana pode ocorrer um processo inflamatório e, portanto, devem ser 
retirados. E agora para deixar vocês assustados, cerca de 30% das fezes são bactérias mortas. Então 
dá para imaginar a quantidade de bactérias que existem no intestino. 
Uma outra coisa importante dessa parte de suprimento sanguíneo está nas microvilosidades. 
Se você olhar as vilosidades você vê o sangue arterial subindo e depois o sague venoso descendo. 
Lembram daquele mecanismo contracorrente que vimos em urinário que é passando reto? Aqui 
 
 Transcritores: Luan Ferreira / Matheus Protásio / Antônio Paes / Léa 
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Professor: Helen Fuzzi TurmaA/2015 
Assunto: Fisiologia Digestório 
Data: 20/02/2017 
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ocorre a mesma coisa. O oxigênio não necessariamente chega nas partes de cima das vilosidades, 
normalmente ele passa direto para o sangue venoso. No máximo 20% do oxigênio chegam nas 
microvisolidades. Em condições normais não em problema algum, elas sobrevivem, mas em situações 
patológicas com diminuição de fluxo sanguíneo elas começam a morrer. Lembram daquilo que 
acontecem nos rins quando há hipovolemia ou hemorragia grave? Ocorre uma vasoconstrição nos 
vasos renais para diminuir o fluxo sanguíneo e disponibilizar mais sangue para o coração e cérebro. 
O mesmo ocorre no intestino, causando a destruição das microvilosidades. 
 Pergunta: Esse mecanismo contracorrente também é responsável pela diarreia... (não consegui 
entender a pergunta completa) 
 Resposta: Não. Esse mecanismo contracorrente que eu falei é um efeito fisiológico causado 
justamente pela disposição dos vasos, eles sobem e depois descem, então o gás, por ser extremamente 
solúvel, consegue passar rapidinho. 
Guyton sobre fluxo sanguíneo em contracorrente: “Observe na figura que o fluxo arterial entra no 
vilo e o fluxo venoso sai dele, que correm em direções 
opostas e que os vasos são paralelos e próximos. 
Devido à essa disposição vascular, grande parte do 
oxigênio sanguíneo se difunde das arteríolas 
diretamente para as vênulas adjacentes, sem passar 
pelas extremidades dos vilos. Até 80% do oxigênio pode 
passar por esse atalho e, assim, não servirá às funções 
metabólicas locais dos vilos. 
Imagem: Microvasculatura do vilo, mostrando um 
arranjo em contracorrente do fluxo sanguíneo em 
arteríolas e vênulas 
Fonte: Guyton, 12ª Edição 
 
 
A parte de aumento e diminuição do fluxo sanguíneo no trato gastrointestinal ainda não está 
totalmente esclarecido, mas existem fatores que influenciam nisso. Ocorre um aumento do fluxo 
sanguíneo durante o aumento de atividade do TGI, ou seja, no momento em que você come e distende 
 
 Transcritores: Luan Ferreira / Matheus Protásio / Antônio Paes / Léa 
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Professor: Helen Fuzzi TurmaA/2015 
Assunto: Fisiologia Digestório 
Data: 20/02/2017 
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o trato, o fluxo sanguíneo aumenta. Além disso, no TGI nós temos várias substâncias que possuem 
ação vasodilatadora como a colecistocinina, intestinal vasoativo, gastrina e secretina. Todos esses 
hormônios liberados para a digestão também possuem ações nos vasos. Além disso, muitas glândulas 
gastrointestinais também liberam duas cininas: a caridina e a bradicinina, que também causam 
vasodilatação. Outra coisa bem legal é: o que você precisa para a absorção? Ativar bombas, certo? E 
o que você precisa para ativar bombas? ATP. E como você gera ATP? Através do oxigênio. Logo, o 
alto consumo de oxigênio causa hipóxia no tecido, o que também leva a um aumento do fluxo 
sanguíneo daquela região. 
Bom, nós temos ainda o controle nervoso do fluxo sanguíneo, então os nervos parassimpáticos 
vão aumentar o fluxo e a secreção. O simpático vai causar vasoconstrição, inclusive o mecanismo 
que falei de vasoconstrição em hemorragias graves ocorre através do disparo do simpático 
principalmente. Outra coisa muito legal em relação a isso é que o simpático é capaz de gerar 
vasoconstrição, mas chega uma hora que você acaba tendo hipóxia e, quando você tem hipóxia, ocorre 
uma diminuição da ação simpática para que volte o fluxo. Isso é um escape autorregulador para que 
você não mate o tecido. 
-INTERVALO- 
O áudio já começa durante a aula e uma pequena parte foi perdida 
[...] e isso depende da sua fome e do seu apetite. Nós iremos aprender na penúltima aula sobre 
o que seria fome e apetite, mas fome é a vontade de comer, não interessa o que, eu quero comer; já 
apetite é quando você escolhe o tipo de alimento que você quer. É óbvio que na nossa cultura isso 
está meio corrompido, pois o apetite na verdade é a hora que você escolhe um alimento que esteja 
faltando para você. Porque hoje você fala “ah, hoje eu to com vontade de comer Burger King’, mas 
isso não é apetite, isso é uma criança mimada querendo sanduíche. É diferente de quando você fala 
assim “eu preciso de alguma coisa salgada agora” ou “eu preciso de alguma coisa vermelha” ou 
“preciso de carne”, porque isso significa que você tem necessidade de algum tipo de alimento que 
estão contidos neles, isso é apetite. Mas discutiremos isso melhor na aula de fome e saciedade. 
Bom, então você está comendo. A primeira coisa que vai ocorrer é a mastigação. Pra que serve 
a mastigação? Para triturar os alimentos, certo? Lembrem-se que a digestão é feita por enzimas e 
quanto maior a superfície mais eficiente é a digestão. Então quando você mastiga, você aumenta a 
superfície do alimento, melhorando a digestão. A força dos seus dentes incisivos é de 25kg, não é à 
toa que você pode decepar um dedo; e os seus molares possuem uma força de 91kg, para que você 
possa fazer a mastigação, principalmente daqueles alimentos envoltos em celulose, como as frutas, 
por não termos enzimas que consigam digeri-la. Então a mastigação também faz com que eu tenha 
acesso aos nutrientes. Para que ocorra a mastigação, toda a região é inervada por ramos motores, V 
nervo craniano, e todo esse processo será controlado pelos núcleos tronco encefálicos. 
Quando você coloca o alimento na boca, o que vai acontecer? A presença do alimento empurra 
o palato, que possui fibras sensitivas de distensão que vão direto para os núcleos mastigatórios e 
voltam causando uma inibição dos músculos da mandíbula, e o que acontece? Ela ‘cai’ (mandíbula 
 
 Transcritores: Luan Ferreira / Matheus Protásio / Antônio Paes / Léa 
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se abre). No que ela cai, ocorre uma distensão da musculatura, causando um efeito rebote e ela então 
se fecha. Quando você fecha, o alimento pressiona novamente o palato, ativando as fibras sensitivas, 
que causam inibição da musculatura, e assim vai. Esse é o nosso reflexo mastigatório, que é 
simplesmente um reflexo rebote. E ele acontece automaticamente. Experimenta colocar um chiclete 
na boca evê se consegue fica quieto. Você só consegue ficar quieto se estiver prestando atenção, se 
não estiver, você vai mastigar. 
Então você mastigou feliz, o que é muito importante para o próximo passo: a deglutição. A 
deglutição é um dos passos mais complexos que vocês irão ver no TGI. Ele é o movimento mais 
difícil de se fazer e se você fizesse pensando em tudo, coordenando, você ia errar e ia engasgar. Existe 
uma fase voluntária e duas fases involuntárias. 
A fase voluntária ocorre quando, após a mastigação, o alimento ficou num ponto bom para a 
deglutição. Então eu pego a minha língua e empurro o alimento para trás. Essa é a única coisa 
voluntária que você vai fazer. A partir daí, é totalmente involuntário. 
A região do palato mole é extremamente inervada pelo nervo trigêmeo. Essa inervação 
sensitiva vai direto para o núcleo de deglutição localizado no bulbo encefálico. E é esse centro que 
irá coordenar toda essa magia que dura 3 segundos, e é muita coisa que você vai fazer ao mesmo 
tempo. 
O alimento pressiona o palato mole, ativando as fibras sensitivas que enviam o sinal para o 
núcleo de deglutição, que devolve, através do nervo vago, e ele inerva toda essa região da faringe e 
esôfago para a coordenação dos movimentos. A primeira coisa que você vai fazer é a formação de 
um canalzinho na região do palato mole, e é esse canal que vai direcionar o alimento. No que ele fez 
esse canal, ele é puxado para cima para o fechamento das narinas, porque ninguém merece um grão 
de arroz nas narinas. 
Em seguida, o que você precisa fazer? Dilatar a sua faringe. Então a musculatura da sua 
faringe está toda dilatada, as cordas vocais são puxadas, juntamente com a glote para fechar a entrada 
da traqueia, se não, você vai aspirar o alimento. E aí ele manda uma pequena peristalse que vai fazer 
com que ocorra a abertura do esfíncter superior do seu esôfago, e aí o alimento cai no esôfago e ele é 
tratado (...) e é empurrado para que você coloque no estômago. Vai dar pra fazer isso tudo sozinho? 
Isso demora três segundos. 
Não tem condição, então tudo isso, o centro da deglutição faz. Se você tiver uma lesão ali 
você não engole mais. Essa parte da faringe que eu falei pra vocês é a primeira parte da involuntária. 
Fechamento das coroas das narinas, puxamento das cordas vocais, fechamento da epiglote, e aí ele 
passa pra fase esofagiana e nessa fase esofagiana você tem uma peristalse primária, teoricamente é o 
suficiente para empurrar o alimento e abrir o esfíncter inferior do esôfago e aí cair no estômago. 
 Uma coisa bem legal; vocês já comeram com pressa, aquele pedação de bife, que queria ter 
cortado no meio e não cortou, aí tentou engolir sem mastigar direito? De duas uma, ou desceu doendo 
muito (ela continuou sem completar mesmo) sabe aquela preguinha que eu falei? Ele é o seu controle 
de qualidade. Essa prega palatofaringeana, ela é importante para dar o tamanho do bolo que pode 
 
 Transcritores: Luan Ferreira / Matheus Protásio / Antônio Paes / Léa 
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descer, então teoricamente quando você é criança, de vez em quando, você vê o bichinho tentando 
engolir e volta pra ele mastigar de novo, é importante porque se não, vai doer, ele entala, porque você 
não obedeceu o controle de qualidade. 
 Alguém pergunta sobre a dor ao tomar um gole grande de água. A professora diz: é porque 
você fez aquele golão, que quando é muito grande, mesmo sendo líquido, vai empurrando tudo de 
uma vez, porque está tudo fechadinho, e precisa de um tempo para ele dilatar o suficiente, só que o 
líquido vai, doendo, porque distende muito a parede e chega uma hora que para, dura 3 segundos, é 
muito rápido a deglutição, não dá tempo, chega ali no esôfago e dá uma amenizada, mas dói muito 
porque você não obedeceu o controle de qualidade. 
 
Pergunta (?) 
 R: Você não vai mergulhar, nadar, o problema é você fazer exercício vigoroso. Você não vai 
acabar de comer e sair correndo, isso não é legal. O problema é fazer exercício porque a partir do 
momento que você fez uma boa refeição, você vai iniciar a digestão, então toda a parte sanguínea vai 
para o seu trato gastrointestinal e se você for fazer movimentos vigorosos, dependendo do que você 
for fazer, você vai causar estímulo de desconforto e de paralisia da sua peristalse, então você vai ter 
a sensação de dor, de que está incomodando porque está muito dilatado. Então imagina, você acabou 
de comer e vai lá fazer um abdominal, ou você vai sair correndo, se você sai correndo, para onde você 
precisa de sangue? pra suas pernas, para musculatura pra o que você está fazendo, ou seja, você vai 
atrapalhar todo o processo digestivo, e nisso, vai diminuir a sua peristalse e você pode inclusive ficar 
com aquela sensação de que você está cheio que vai causar dor porque dependendo do que você for 
fazer, você vai fazer uma contração e essa contração vai causar dor. Então, o maior problema é fazer 
exercício depois, você precisa dar pelo menos uma hora, porque seu estômago vai ficar pelo menos 
uma hora para iniciar o gotejamento para o intestino, e mais uma hora para ele terminar de esvaziar 
e você se sentir mais tranquilo, fora que se você se alimentou, como está sua energia? Se você estava 
sentindo fome por exemplo, como está o seu armazenamento de ATP? Ou seja, seu glicogênio, se 
você já está sentindo fome, você já teve queda de açúcar, aminoácidos e lipídios no seu sangue, 
porque o (...) de fome, já está mudando, e isso inclusive muda o seu metabolismo. 
Então na hora que você vai gastar energia isso fica muito complicado. Então é mais em relação 
a exercícios em geral. É lógico que se você vai mergulhar, também vai ter uma mudança de pressão, 
mas é mais pelo exercício porque você está em digestão, porque você não para, mas tomar banho não 
tem problema, ir pra piscina tem, para nadar. Tudo bem? 
 Aqui na fase esofagiana, as vezes o alimento, você deglute, e ele para no meio do esôfago 
porque a peristalse primaria não foi suficiente. Quando ele para ali no meio, ele distende a parede e 
dá início à peristalse secundaria para terminar de empurrar o alimento para seu estômago. 
 Você está na anatomia e mesmo na histologia, vocês perceberam como é esse esfíncter inferior 
do esôfago? Ele é maior, e outra coisa, ele é cheio de glândulas, muito mais glândulas. Por quê? Ele 
inclusive tem um sistema de válvula para fechar, vocês perceberam isso? Não? Ele é desse jeito, e 
muito cheio de glândulas. 
 
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 O que é o estômago, é um órgão (...), tem muito ácido lá não é? Um pH de 3,5. Isso é legal? 
Esse esfíncter inferior do esôfago é a boca do inferno concorda comigo? Então ali você precisa evitar 
que aquele liquido ácido volte, porque se não, quem teve sensação de queimação alguma vez na vida? 
Pois é, (fala algo de jogar pizza e cerveja e diz que é azia na certa), você tem o refluxo, então esse 
esfíncter tem que ser muito poderoso, e ele é, ele é mais forte e cheio de glândulas mucosas para 
proteger essa região, justamente do ácido do seu estômago, porque toda vez que ele abre porque você 
está deglutindo, pode regurgitar e isso não é legal, mesmo isso, a gente tem essa formação ali e ele 
volta, e aí mesmo depois que você não está comendo, já comeu, “ele fecha assim olha”, em forma de 
válvula, porque a pressão do peritônio aumenta e faz com que ele se torne mais fechado para 
justamente evitar a passagem do ácido para o seu esôfago. Então imagina para uma mulher grávida. 
Toda mulher grávida reclama muito de azia porque a pressão mudou e aí ela impulsiona e realmente 
líquido volta, e aí você tem a azia. E aí o que você faz? Quemsofre muito disso, tem que dormir um 
pouco mais elevado pra poder evitar esse refluxo de ácido. 
 Chegamos no estômago. O estômago é principalmente para armazenamento do alimento, não 
propriamente pra digestão, ele é órgão de armazenamento enquanto o alimento está sendo processado 
no intestino. Vocês viram ali que temos região de fundo, corpo e antro. Em termos de células eles são 
diferentes. E claro, neles eu tenho movimento de mistura e de propulsão, então por enquanto o que 
nós falamos foram só órgãos de passagem. Aqui não, eu vou iniciar a digestão e deixar pronto para 
que o alimento seja adequadamente digerido lá no intestino delgado. Aqui nas regiões de fundo e de 
corpo eu tenho movimentos de mistura e de propulsão. E como eles são? Nessa região eles fazem 
anéis concêntricos, e anéis que inclusive vão um pouquinho para frente, só assim, bem lento, 
inclusive, alguns movimentos de mistura. Esse vai ser o único lugar em que as ondas lendas, que não 
são potenciais de ação, podem causar pequenas contrações, é só aqui nessa região do estômago, e elas 
fazem então lentas contrações de mistura, e aí eu vou começar a ter a mistura com o meu suco gástrico. 
E aí, nessas pequenas contrações que vão levando para região do antro. Aí as contrações de mistura 
e propulsão vão mudar um pouquinho, em vez delas serem anéis assim, elas vão criar os anéis e vão 
correr em direção ao piloro. Então dessa região aqui do antro, enquanto aqui eu fui bem devagarzinho, 
essa região do antro eu vou fazer anéis. No começa da digestão. 
Pergunta (?) 
R: É, pra que eu possa fazer essa função, e aí as ondas lentas ajudam. 
 E outra coisa, ele precisa ter uma boa elasticidade pra acomodar alimentos. Estômago, ele 
pode ter armazenamento de 800 g, até 1,5 kg. Isso depende do quanto você come. Inclusive, isso vai 
influenciar na sua necessidade/saciedade. Então essa musculatura precisa existir pra que ele possa se 
distender o máximo possível, sem inclusive influenciar na sua digestão, na verdade a distensão aí não 
necessariamente vai (...), é mais pra poder segurar e não romper o órgão. 
 Quando a pessoa entra em regime e eles passam a comer pouco, a parte mais difícil é essa. Se 
ele é um cara que comia muito, que chegava a comer 1,5 kg, o órgão está extremamente distendido, 
e pra ele voltar leva anos. A partir do momento que você decide que vai comer menos e fala que vai 
fazer só três meses de regime, seu órgão não voltou, ele demora muito mais tempo para diminuir essa 
 
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hipertrofia dele, demora, por isso que geralmente o pessoal fala que quando você fez regime, depois 
de um ano que você está mais ou menos estabilizado, também seu órgão já diminuiu, a quantidade de 
comida que você está ingerindo pra você se sentir saciado é menor. Nos primeiros três meses é uma 
tortura, imagina, você passa de1,5 kg para 0,5 kg, você vai encher isso aqui só (mostra) e a sensação 
de saciedade também vem pela distensão do órgão. 0,5 kg de comida ainda vai ser suficiente para 
esse cara que come 1,5 kg? vai distender parede suficientemente? Depois vamos discutir bastante 
isso. 
Pergunta (?) 
R: Isso acaba sendo complicado. Tem aquelas pessoas que respondem muito bem, vai 
diminuindo, vai melhorando. Tem aquelas pessoas que respondem melhor se durante um ano elas 
fizerem uma coisa mais drástica. Mas, a gente tem que manter um nível certo de nutrição para o 
organismo. Aquela galera que se mete a fazer o regime de proteínas, eles não tem noção do que estão 
fazendo com o corpo deles, alguém aqui toma suplemento proteico? Seus rins agradecem e seu fígado 
também. Porque a quantidade de proteína que você come (todo mundo aqui curte um bife?) é 
suficiente, você não precisa de mais, mesmo se você quiser hipertrofiar seu musculo. 
 Então o alimento vai chegando aqui, e chega de uma forma meio concêntrica assim. Ele vai 
primeiro completando o fundo, depois o corpo e aí sim o antro. Na hora que ele chega aqui no antro 
e distende esse antro, então nós vamos começar a ter um outro tipo como eu falei pra vocês, ele faz 
um anel e empurra o quimo, por que ele está fazendo isso? Porque ele está deixando o quimo da forma 
mais pastosa e adequada para ele poder ser gotejado no seu intestino. 
 Então você comeu bife, arroz e feijão. Se você for pensar é uma pasta bem densa que precisa 
ser misturada e deixada numa pasta adequada, que é principalmente aqui que você vai dar a 
consistência. Então aqui na região do corpo você está digerindo, no caso, as carnes e iniciando a 
formação dessa pasta, aí aqui ela vai ser melhorada. O piloro de vocês está levemente aberto, e só 
passa principalmente líquidos. Na hora que ele chegou aqui no antro, ele vai fazer a mistura desse 
jeito, faz o anel e empurra. No que ele faz o anel e empurra, essa pasta revolta, sabe quando você está 
misturando? Porque como ela não está numa consistência adequada ela não consegue passar pelo 
piloro, então ela chega aqui e volta. Está vendo que é bem diferente do que acontece no fundo e no 
corpo? 
PILORO 
O piloro está levemente aberto, onde passa praticamente só líquidos. Quando o quimo chega 
no ângulo, o piloro faz um anel e empurra misturando a pasta + líquidos em direção ao duodeno. 
Ao chegar a uma consistência mais adequada, identificada pelo estômago, esse tipo de 
movimento aumenta. Entra em ação a bomba pilórica, provocando o esvaziamento gástrico. A 
gastrina ajuda a aumentar a potência da bomba pilórica (movimento característico na região do 
ângulo). 
 
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Quando o ângulo é preenchido, a mucosa distende estimulando a produção de gastrina. 
Há também uma leve dilatação no piloro para que se inicie o gotejamento para o intestino. 
Normalmente acontece por volta de 1h após a refeição – dependendo do tipo e da quantidade de 
alimento ingerido. 
Esvaziamento gástrico 
 
Para que ocorra o esvaziamento gástrico, temos os próprios fatores gástricos. 
1) Efeito do volume no estômago. Não é somente a quantidade ingerida, mas a irritação 
causada na mucosa aumenta os estímulos nervosos. 
2) Hormônio gastrina. Estimula a secreção de ácido clorídrico e a motilidade gástrica. 
O alimento que sai do estômago não pode ir diretamente para o intestino por conta da diferença 
de pH, como no estômago é extremamente ácido, poderia causar danos na mucosa intestinal, que é 
básica. 
Portanto, quando há o gotejamento para o intestino, serão secretados fatores que inibem o 
esvaziamento gástrico no mesmo (conseguem inclusive sobrepujar a gastrina). 
1) Reflexos nervosos. Ao dilatar a mucosa, o sistema nervoso entérico inibe o esvaziamento 
gástrico. 
2) Hormônios. Secretina e colecistocinina são liberadas no estômago e também inibem a 
bomba pilórica. 
MOVIMENTOS DO INTESTINO DELGADO 
Relembrando a peristalse, são várias contrações segmentadas. Podem ser vigorosas e 
reguladas, isoladas, irregulares e inclusive fracas. 
No estômago, forma-se o quimo de característica pastosa. No intestino este fica líquido, 
caracterizando o quilo. Portanto, as misturas e contrações são mais suaves, tanto para a digestão 
como para facilitar a absorção. 
Durante a digestão no intestino delgado são liberados em torno de 7L de água em uma troca 
de secreção e absorção conjuntamente. 
 
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Movimentos propulsivos. Seguem além do intestino. Controlado por sinais nervosos e 
hormônios.E é parecido com o anterior: há a distensão, forma o anel e este corre em direção ao ânus. 
Pode caminhar todo o prolongamento do intestino, porém em média percorre 10-15cm. 
Descarga peristáltica. Exemplo: Você come algo que não fez bem. O intestino responde às 
prováveis toxinas presentes no alimento com uma descarga peristáltica. Aumenta muito o fluxo 
de secreções e de contrações, para eliminar aquilo que está irritando a mucosa intestinal (a 
professora faz uma analogia com jogar água e passar o rodo em algo que se queira limpar). 
Muscular da mucosa. Faz com que haja a contração das vilosidades contribuindo para a 
mistura e propulsão do bolo alimentar. 
 
Interrompe a aula e comenta sobre a cirurgia bariátrica: 
O paciente que realiza a cirurgia bariátrica precisa de um tratamento psicológico pré-
operatório e pós-operatório. O sucesso da cirurgia consiste em mudança de hábitos. Não 
adianta diminuir ou pôr um balão no estômago se não houver mudança dos hábitos 
alimentares, uma reeducação alimentar. O insucesso desta medida está associado muitas 
vezes à depressão. 
 
 
INTESTINO GROSSO 
Válvula ileocecal. Semelhante à válvula esofágica. Evita que o material fecal retorne para 
o intestino delgado. É relaxada quando o cólon precisar ser esvaziado. Porém, o mecanismo do 
vômito pode fazer com que o bolo alimentar retorne, não é caracterizado como fisiológico. 
 
Haustrações. No início do intestino grosso. Movimentos de mistura de líquidos (que acaba 
sendo também de propulsão). Contração conjunta da circular com a longitudinal. Esse movimento 
 
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acontece para a água ser bem misturada até o bolo atingir um semi-líquido. Mais vigorosa que a 
contração do intestino delgado, pois já é material fecal. 
Movimento de massa. No final do intestino grosso. O bolo fecal está mais pastoso para 
sólido, é necessário um tipo de movimento para empurrar toda essa massa. Ocorre uma distensão da 
região e formação de um anel construtivo que percorre cerca de 20-30cm. O anel fecha e empurra 
com força em direção ao ânus. 
Esse movimento de massa, em geral, ocorre por peristalse em direção ao reto. O reto 
fisiologicamente não tem fezes e, quando é preenchido por elas, desencadeia-se a vontade e o 
processo de defecação. Inclusive, esse movimento pode ser desencadeado pelo reflexo gastrocólico 
em mais ou menos meia hora após termos o desjejum de manhã cedo. 
Com o preenchimento do reto por fezes, tem-se sua dilatação, irritação da sua mucosa, além 
do envio de um sinal via sistema nervoso entérico ao cólon – principalmente à região sigmoide –, 
promovendo as contrações intestinais, com movimentos semelhantes aos que se tem no movimento 
de massa. Além disso, tem-se o relaxamento receptivo do esfíncter interno (músculo liso, denso e 
voluntário) e, se o indivíduo estiver no momento apropriado, também haverá o relaxamento do 
esfíncter externo (músculo estriado e voluntário). 
Quando se tem o preenchimento do reto, não é somente o sistema nervoso entérico que é 
estimulado, mas também o parassimpático. O sinal do SN parassimpático vai diretamente ao tronco 
cerebral e volta aumentando a intensidade das contrações no cólon, aumentando o movimento que 
promove a eliminação das fezes. Ainda que o indivíduo sente no vaso sanitário, faça força, respire 
profundamente e pressione o abdômen, não será igual a urinar – onde temos os centros facilitadores 
para que isso ocorra, havendo também a respiração profunda e o pressionamento da bexiga, 
aumentando a pressão dentro desta e desencadeando a vontade de urinar. Mesmo que façamos força, 
respiremos e pressionemos o abdômen, o SN entérico sozinho não promoverá a eliminação das fezes; 
necessitaremos da atuação do sistema nervoso parassimpático, que só será estimulado no momento 
em que houver o preenchimento do reto com fezes. Se isso não acontecer, provavelmente acontecerá 
no outro dia, haja vista que o movimento de massa ocorre, em geral, somente 1 a 2 vezes por dia. 
A maior parte dos casos de constipação é devido à pessoa “segurar” a vontade de ir ao 
banheiro. Devemos lembrar que o intestino é músculo e músculo deve ser treinado. A partir do 
momento em que não permitimos que a defecação se realize, o músculo intestinal torna-se 
“preguiçoso”, levando-o a “achar” que não deve fazer isso todo dia. 
O intestino deve ser “educado”; não adiantará comermos fibras se não deixarmos a defecação 
acontecer; ficará cada vez pior, pois as fezes tenderão a se manter no cólon – no qual ocorre absorção 
de água e, quanto mais absorção ocorrer nesse local, mais endurecidas ficarão as fezes nele retidas. 
Se o indivíduo não toma água, não adianta ingerir fibras ou comer mamão; as fibras absorvem água; 
se não tenho água suficiente para deixar o bolo fecal mais solúvel, as fezes ficam “empedradas” 
gerando lesões, fissuras e muita dor. 
 
 
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Nesses casos, utilizar supositório de glicerina é melhor que tomar Lacto Purga®. A ação do 
Lacto Purga® é “puxar” água para deixar as fezes mais líquidas; é o mesmo que tomar Activia. Esses 
medicamentos não aumentam motilidade intestinal, aumentam a quantidade de água disponível no 
intestino – o que permite o amolecimento das fezes e, consequentemente, torna-as mais passíveis à 
eliminação. Nas pessoas que têm constipações muito graves, por conta de tumores ou de algum tipo 
de obstrução, as fezes “empedram” e só o tratamento cirúrgico permitirá a sua retirada. 
O ideal é que treinemos a musculatura intestinal com massagens, exercícios abdominais, 
“respiração de cachorrinho”, fazer a “cobrinha” da dança do ventre (que ajuda muito na motilidade 
gástrica). Estes são exercícios que auxiliam bastante na “educação” do intestino, previnem a 
constipação e ajuda o indivíduo a ter uma vida mais feliz. 
 
 
 
Resumidamente: 
 
 Reflexo de defecação – entrada das fezes no reto, distensão da parede e irritação da mucosa 
do reto, saída de sinais aferentes que iniciam o peristaltismo nos cólons descendente, sigmoide 
e no reto; inibição do esfíncter anal interno, relaxamento receptivo do esfíncter externo; ao 
mesmo tempo, tem-se o reflexo parassimpático que vem pelos segmentos sacrais. 
 
Existem outros reflexos que podem afetar a atividade intestinal, por exemplo: 
 
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 Reflexo Peritônio-intestinal – que é a irritação do peritônio levando à inibição dos nervos 
entéricos. Logo, qualquer tipo de irritação peritoneal, seja por água ou qualquer outro 
elemento, causará muita dor; 
 
 Reflexo Reno-intestinal – qualquer irritação de rim ou de bexiga também causará inibição 
da atividade intestinal. Se o indivíduo tem pedras nos rins e cai uma delas no ureter (rico em 
terminações de dor), provocará sua distensão e, como consequência, muita dor; 
 Reflexo Somato-intestinal – irritação sobre a pele no abdômen (por exemplo, em pacientes 
com queimaduras de 3 º grau) inibirá a movimentação do intestino, uma vez que isso poderia 
aumentar mais ainda a dor.

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