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PAPER JURÍDICO - AS IMPLICAÇÕES DA PANDEMIA DE COVID-19 NO DIREITO FUNDAMENTAL GERAL DE LIBERDADE

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AS IMPLICAÇÕES DA PANDEMIA DE COVID-19 NO DIREITO 
FUNDAMENTAL GERAL DE LIBERDADE1 
 
 
Sérgio Taquini2 
 
 
 
RESUMO 
 
O texto abordará o Direito Fundamental Geral de Liberdade e as implicações que a 
pandemia de covid-19 trouxe ao exercício da liberdade e geral à população no Brasil. 
Serão abordados, inicialmente, as formas com que a liberdade se faz presenta na vida 
das pessoas e suas manifestações diversas. Conceituada plenamente, serão 
discutidas outras manifestações de liberdade, tais como o pensamento, a locomoção, 
crença e expressão. Na busca de sedimentar o entendimento desses conceitos serão 
apresentadas situações práticas e casos analisados pelas cortes de justiça brasileira. 
Por fim, nas considerações o autor apresentação seu posicionamento a respeito dos 
problemas levantados, manifestando, livremente, sua opinião. 
 
INTRODUÇÃO 
 
As Constituições, em especial nos países de organização de Estados Liberais, do 
ponto de vista político, e suas cartas magnas são construídas sobre os pilares da 
democracia, da liberdade de expressão, da livre iniciativa, da defesa da propriedade 
privada e da dignidade humana. Esses valores encontram entendimentos distintos, às 
vezes divergentes, nos estudos de Teoria Geral do Estado, pois neste campo do 
saber, são debatidos conceitos e princípios norteadores para a construção dos direitos 
e garantias fundamentais. 
 
 
1 Paper apresentado à Disciplina de Teoria Geral do Estado – Professora Letícia Figueiredo - para 
obtenção da nota N1B2 - 2021/1 - Faculdade Espírito Santense de Ciências Jurídicas - Faculdade 
PIO XII - Curso de Direito. 
2 Acadêmico de Direito – Turma D1AN. 
 
 
2 
 
1 – DO DIREITO FUNDAMENTAL DE LIBERDADE 
 
A Carta Constitucional Brasileira de 1988, que reúne as leis estruturantes do 
ordenamento jurídico brasileiro e que regulam a criação, organização e funcionamento 
do Estado, bem como, paradoxalmente, permite o gozo da liberdade individual através 
de limitações à algumas condutas vistas como excessivas ao convívio harmônico, traz 
no caput do Artigo 5º da CF/88 a definição de que “Todos são iguais perante a lei, 
sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros 
residentes no país a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à 
segurança e à propriedade”. 
 
Dentre outros direitos fundamentais, façamos o destaque para a liberdade, pois esta 
é uma premissa para o gozo de todos os direitos, justificando e trazendo legitimidade. 
 
A liberdade enquanto pilar do Estado Democrático de Direito não é um produto de 
disputas políticas apenas, mas antes de tudo o meio pelo qual os diversos segmentos 
da sociedade buscam atender seus interesses. Digo isso, pois a liberdade é ao mesmo 
tempo uma conquista e um meio para se conquistar algo que a sociedade espera para 
o país, na esfera econômica, social, política e cultural. 
 
É preciso, porém, ressaltar que a liberdade não é um direito absoluto, como acredita-
se que é em um país democrático. A liberdade individual, por exemplo, não pode trazer 
prejuízo aos direitos coletivos. Cita-se, por exemplo, que o direito de locomoção não 
nos permite adentrar em espaços de uso controlado como nos setores de doenças 
infectocontagiosas dos hospitais públicos, por questões de saúde ou de segurança da 
coletividade. 
 
Observe a amplitude do conceito de liberdade de Robert Alexy: 
 
O conceito de liberdade é, ao mesmo tempo, um dos conceitos práticos 
mais fundamentais e menos claros. Seu âmbito de aplicação parece 
ser. quase ilimitado. Quase tudo aquilo que, a partir de algum ponto de 
vista, é considerado como bom ou desejável é associado ao conceito 
de liberdade (ALEXY, 1986, p.218). 
 
 
3 
 
Nesse sentido, o conceito de liberdade nos parece genérico, pois engloba diversas 
formas de liberdade, sendo difícil, inclusive, identificar quando a liberdade está sendo 
limitada ou não. 
 
Poderíamos trazer nesta introdução diversos artigos da constituição federal de 1988 
que fazem referência direta ou indireta sobre a liberdade, citada 19(dezenove) vezes 
no texto da carta constitucional, no entanto, na busca de trazer esclarecimentos mais 
completos, optamos por apresentar as formas como se apresenta o conceito de 
liberdade por itens separados. 
 
Outro ponto importante nesse trabalho é o cenário em que será discutida o conceito 
de liberdade, quer seja, o ano de 2020 e 2021, período em que a crise sanitária 
provocada pelo vírus COVID-19 se transformou em pandemia, no Brasil. Essa 
delimitação espacial e temporal é necessária pois o impacto da pandemia de covid-
19 exigiu novas interpretações das leis, princípios e valores constitucionais no Brasil 
e no mundo. 
 
2 – LIBERDADE DE LOCOMOÇÃO 
 
Sendo uma nação fundamentada nos princípios da liberdade, igualdade e 
fraternidade, extraídas da Declaração Universal dos Direitos do Homem de 1948 pela 
Organização das Nações Unidas – ONU, é salutar que a livre circulação pelo território 
nacional seja uma atitude normal e que provocaria estranheza se não o fosse. 
 
Mas, com a crise pandêmica viral foram necessárias medidas que restringisse a livre 
circulação, para evitar as aglomerações de pessoas e, consequentemente, a 
propagação da síndrome gripal do covid-19. 
 
As restrições de circulação impostas, especialmente, pelos governos estaduais e de 
poucas ações do governo federal, trouxeram as pessoas o incômodo e até mesmo a 
indignação por terem a sua liberdade de locomoção limitada. 
 
Fica o registro de que a Lei 13.979/2020, a "Lei Nacional da Quarentena", não faz 
menção direta à limitação da locomoção das pessoas, vejamos: 
 
4 
 
Art. 3º-A. É obrigatório manter boca e nariz cobertos por máscara de 
proteção individual, conforme a legislação sanitária e na forma de 
regulamentação estabelecida pelo Poder Executivo federal, para 
circulação em espaços públicos e privados acessíveis ao público, em 
vias públicas e em transportes públicos coletivos, bem como 
em: (Incluído pela Lei nº 14.019, de 2020) (Vide ADPF 714) 
 
Art. 3º-H. Os órgãos e entidades públicos, por si, por suas empresas, 
concessionárias ou permissionárias ou por qualquer outra forma de 
empreendimento, bem como o setor privado de bens e serviços, 
deverão adotar medidas de prevenção à proliferação de doenças, 
como a assepsia de locais de circulação de pessoas e do interior de 
veículos de toda natureza usados em serviço e a disponibilização aos 
usuários de produtos higienizantes e saneantes. 
 
Ou ainda, 
Art. 5º Toda pessoa colaborará com as autoridades sanitárias na 
comunicação imediata de: 
I - possíveis contatos com agentes infecciosos do coronavírus; 
II - circulação em áreas consideradas como regiões de contaminação 
pelo coronavírus. 
 
Por outro lado, governos como o do Estado do Espírito Santo, adotaram medidas mais 
rigorosas restringindo a liberdade de locomoção, conforme o DECRETO Nº 4859-R, 
DE 03 DE ABRIL DE 2021, anunciando a suspensão do transporte coletivo em todo o 
Estado no período de 28/04/21 a 04/04/2021. 
 
Naturalmente, uma parcela da população não se conformou com a restrição à 
liberdade de locomoção, popularmente conhecida como o direito de ir e vir, pois, a 
liberdade é um valor duramente conquistada e causa discordância e insatisfação 
quando tolhida, ainda que para impedir perigo iminentemente grave. 
 
3 – LIBERDADE DE MANIFESTAÇÃO DO PENSAMENTO 
 
Outro espectro da liberdade é o direito individual de pensar sobre o que bem entender 
sem que para isso seja punido pelo Estado ou receba a condenação moral pela 
sociedade. Tomamos de empréstimo o texto da CF/88 no Art.5º inciso IV 
determinando que “é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o 
anonimato”. 
 
 
5 
 
Reforça esse entendimento o Art. 206 inciso II CF/88, trazendo como direito 
fundamental o ensino a “liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o 
pensamento,a arte e o saber”. Nesse artigo o direito de manifestação do pensamento 
ganha a liberdade de expressão, em diversas formas sem que receba a imposição de 
censura, ressalvado àqueles que recomendam a prática de crimes. 
Por fim, o Art. 220 caput consolida o entendimento apresentado no parágrafo anterior 
pois afirma que a “manifestação do pensamento, a criação, a expressão e a 
informação, sob qualquer forma, processo ou veículo não sofrerão qualquer restrição, 
observado o disposto nesta Constituição. 
4 – LIBERDADE DE CONSCIÊNCIA E DE CRENÇA 
 
Além das liberdades já citadas, a de manifestação de crença é outro direito inviolável 
constitucionalmente conforme descrito no Art.5º VI e VIII da CF/88. Sobre a liberdade 
de credo percebeu-se na sociedade brasileira outro ponto de controvérsia, pois as 
restrições de locomoção fizeram com que as pessoas não pudessem se deslocar aos 
templos de sua vocação espiritual, pois estariam desrespeitando as normas de 
isolamento social para evitar a propagação do coronavírus. 
 
Sobre esta questão questionou-se inclusive a laicidade do Estado, pois esta medida 
trouxe maior discordância às igrejas neopentecostais, notadamente contrárias às 
medidas de isolamento social, inclusive com o argumento de que as igrejas prestam 
um serviço essencial à saúde púbica, especificamente, a saúde mental das pessoas 
abaladas pela pandemia do coronavírus. 
 
5 – LIBERDADE DE EXPRESSÃO 
 
A discussão sobre a liberdade de expressão trouxe à memória alguns “fantasmas” do 
período ditatorial no Brasil, período marcado pelo Regime Militar de governo entre os 
anos de 1964 a 1985. Isto ocorreu com a emergência ao poder do atual governo 
brasileiro em 2018. 
 
 
6 
 
Mas, qual a conexão com a questão da pandemia de covid-19? Vejamos, crise 
sanitária trouxe um impacto financeiro sem precedentes a economia brasileira e 
mundial. Em tempos de crise econômica e de saúde, muitos setores da economia 
sofreram queda no faturamento, tais como o comércio, a indústria e os serviços. Nas 
economias liberais, como é o caso do Brasil, predominam na produção da riqueza do 
país os serviços e o comércio. Portanto, muitos brasileiros perderam o acesso aos 
itens de conforto e a população menos favorecida, itens básicos de sobrevivência, 
sendo susceptíveis às promessas evasivas de governos populistas. 
 
O contexto então, mostrou-se favorável a emergência de agentes políticos que 
apresentavam como solução à crise o retorno da Ditadura Militar como forma de 
governo para resolver os problemas e o retorno à um período, supostamente, melhor 
que o atual. Surgiram então, movimentos e manifestações, de orientação política 
ultradireita, pedindo a intervenção militar e, apoiadas extraoficialmente pelo atual 
governo do país, colocando em discussão a liberdade de expressão. 
 
Nesse caso, é possível trazer limitação constitucional à estas manifestações com base 
na Lei de Segurança Nacional nº7.170 de 14/12/83, vejamos: 
 
 Art.22 - Fazer, em público, propaganda: 
I - de processos violentos ou ilegais para alteração da ordem política 
ou social; 
II - de discriminação racial, de luta pela violência entre as classes 
sociais, de perseguição religiosa; 
III - de guerra; 
IV - de qualquer dos crimes previstos nesta Lei. 
Pena: detenção, de 1 a 4 anos. 
§ 1º - A pena é aumentada de um terço quando a propaganda for feita 
em local de trabalho ou por meio de rádio ou televisão. 
§ 2º - Sujeita-se à mesma pena quem distribui ou redistribui: 
a) fundos destinados a realizar a propaganda de que trata este artigo; 
b) ostensiva ou clandestinamente boletins ou panfletos contendo 
a mesma propaganda. 
§ 3º - Não constitui propaganda criminosa a exposição, a crítica 
ou o debate de quaisquer doutrinas. 
 
Ou ainda, 
 
Art. 23 - Incitar: 
I - à subversão da ordem política ou social; 
II - à animosidade entre as Forças Armadas ou entre estas e as 
classes sociais ou as instituições civis; 
III - à luta com violência entre as classes sociais; 
IV - à prática de qualquer dos crimes previstos nesta Lei. 
 
7 
 
Pena: reclusão, de 1 a 4 anos. 
 
Diante do exposto é oportuno aprimorar o debate entre o que é liberdade de expressão 
e o que é crime, pois a liberdade não é um direito absoluto. 
 
6 –DA PONDERAÇÃO DE PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS DE ROBERT ALEXY 
 
Sobre as normas constitucionais criadas pelo legislador é esperado que tragam 
fundamentos necessários para a organização social, do Estado e a manutenção do 
convívio harmônico entre as pessoas. Por isso, essas normas precisam atingir 
diretamente os problemas e trazer-lhes caminhos resolutivos plausíveis, possíveis e 
eficazes. 
 
No entanto, é possível e, até certo ponto comum, a colisão entre os direitos 
constitucionais ou até mesmo um conflito interno dentro do mesmo princípio e suas 
ramificações. É o caso do direito fundamental de liberdade, que colocou em rota de 
colisão, por exemplo, com do direito da locomoção e o direito de crença em época de 
restrições ao direito de locomoção. 
 
Nessa situação é oportuno trazer o que pensa Robert Alexy, vejamos: 
 
As colisões entre princípios devem ser solucionadas de forma 
completamente diversa. Se dois princípios colidem - o que ocorre, por 
exemplo, quando algo é proibido de acordo com um princípio e, de 
acordo com o outro, permitido-, um dos princípios terá que ceder. Isso 
não significa, contudo, nem que o princípio cedente deva ser declarado 
inválido, nem que nele deverá ser introduzida uma cláusula de 
exceção. Na verdade, o que ocorre é que um dos princípios tem 
precedência em face do outro sob determinadas condições (ALEXY, 
1986, p.93). 
 
Então a colisão entre princípios não invalida um em detrimento de outro, assim como 
não estabelece uma relação de hierarquia entre os princípios. O que determina o uso 
de um princípio em relação aos outros é a situação fática e o(s) direito(s) atacado(s) 
dentro do contexto. 
 
7 – RELATIVIZAÇÃO DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS EM TEMPOS DE CRISE 
 
8 
 
As normas constitucionais são criadas pelo legislador para que tragam fundamentos 
necessários para a organização social, do Estado e manutenção do convívio 
harmônico entre as pessoas. Por isso, essas normas precisam atingir diretamente os 
problemas e trazer-lhes caminhos resolutivos plausíveis, possíveis e eficazes. 
 
No entanto, é plenamente possível que ocorra a antinomia, que poderá ser decidida 
pelos critérios hierárquico, cronológico e da especialidade. Mas, no caso dos 
princípios e dos direitos fundamentais não se pode utilizar os mesmos critérios 
adotados para resolver o conflito entre as normas, visto que, do ponto de vista 
objetivo, os princípios, por exemplo, não são normas expressas. 
 
Por fim, a pandemia de covid-19 trouxe grandes desafios aos governos, pois 
precisam lidar com a manutenção da ordem pública, da economia, da manutenção 
da arrecadação de impostos em níveis governáveis e sem descuidar-se dos 
aspectos políticos e de sua imagem frente ao eleitorado. 
 
Essa tarefa exige que o corpo técnico e científico do Estado esteja na frente de 
batalha para orientar as melhores decisões. E o arcabouço jurídico somado aos 
operadores do direito precisam adaptar-se à essa nova realidade, buscando 
interpretações dos códigos que respondam às demandas judicias de forma 
contextualizada. 
 
CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
Até aqui, diante do que apresentamos, é possível extrair que o direito fundamental de 
liberdade até aqui discutido, associados às reflexões sobre os pesos dos direitos 
fundamentais, em especial em tempos de crise, são instrumentos hermenêuticos 
importantes para a garantia de efetividade e eficácia da constituição nacional. Os 
princípios, ainda que não possuem o condão de Leis propriamente ditas, o fazem ser 
percebidos em sua aplicação. Fica claro também que não podemos estabelecer uma 
hierarquia entre os princípios e direitos fundamentais constitucionais, que não seresumem aos que foram abordados nesse trabalho, pois não resguardam “direito 
absoluto”. 
 
 
9 
 
REFERÊNCIAS 
 
ALEXY, Robert. Teoria dos Direitos Fundamentais. Tradução de Virgílio Afonso da 
Silva – São Paulo: Malheiros Editores, 2008. 
 
BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil. 
Disponívelem:<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicaocompilad
o.htm. Acesso em: 09 abr. 2021. 
 
BRASIL. Lei. Nº 13.979 de 06 de fev.2020. Dispõe sobre as medidas para 
enfrentamento da emergência de saúde pública de importância internacional 
decorrente do coronavírus responsável pelo surto de 2019. Disponível em:<http 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2019-2022/2020/lei/l13979.htm. Acesso em: 
26 mai. 2021. 
 
BRASIL. Decreto Nº 10.282 de 20 de mar.2020. Regulamenta a Lei nº 13.979, de 6 
de fevereiro de 2020, para definir os serviços públicos e as atividades 
essenciais. Disponível em:< http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2019-
2022/2020/lei/l13979.htm. Acesso em: 26 mai. 2021. 
 
BRASIL. Decreto Nº 7.170 de 14 de dez.1983. Define os crimes contra a segurança 
nacional, a ordem política e social, estabelece seu processo e julgamento e dá 
outras providências. Disponível em:< http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2019-
2022/2020/lei/l13979.htm. Acesso em: 26 mai. 2021. 
 
ESPÍRITO SANTO. Decreto. Nº 4.859 de 03 de abr.2021. Dispõe sobre medidas 
qualificadas para o enfrentamento da emergência de saúde pública decorrente 
do novo coronavírus (COVID-19) nos Municípios do Estado do Espírito Santo 
classificados no risco extremo, e dá outras providências. Disponível em:< 
https://coronavirus.es.gov.br/Media/Coronavirus/Legislacao/Decreto%20n%C2%BA 
%204859-R%20-%20Risco%20Extremo%20-%20atualizado%20em%2015.05-1.pdf. 
Acesso em: 26 mai. 2021. 
 
FERREIRA, Eduardo Henrique. A eficácia do direito fundamental geral de 
liberdade durante a crise da Covid-19. Revista Consultor Jurídico, 27 de novembro 
de 2020, 18h25. Disponível em: https://www.conjur.com.br/2020-nov-27/ferreira-
direito-fundamental-geral-liberdade-covid-19. Acesso em 26 mai de 2021.

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