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Corte no eixo Y 
em máquinas multitarefas 
e centros de torneamento
O eixo Y se tornou um 
recurso padrão em 
máquinas avançadas 
para torneamento 
Corte no eixo Y 
oferece ganhos de 
produtividade signi-
ficativos e melhorias 
na segurança do 
processo
As soluções para 
operações de cortes 
no eixo Y se baseiam 
em engenharia 
avançada da análise 
FEM para garantir a 
máxima integridade 
estrutural da lâmina
- 2 -
Introdução ...........................................................................................................................................................................3
Máquinas-ferramentas atualizadas com ferramentas acionadas e eixo Y ....................................4
Desafios no corte ............................................................................................................................................................5
Corte no eixo Y .................................................................................................................................................................6
Benefícios de cortes no eixo Y ................................................................................................................................8
Aspectos específicos da máquina para corte no eixo Y ..........................................................................9
Como iniciar ......................................................................................................................................................................11
Condições de investimento e ROI .........................................................................................................................12
Sumário
- 3 -
Uma das mega tendências na manufatura das últimas décadas é simplificar 
e maximizar o número de set-ups de usinagem necessários para produzir 
uma peça específica. Os mercados demandam prazos de fabricação mais 
curtos e estoques reduzidos e isto cria um incentivo claro para OEMs e, 
talvez até mais, para os fornecedores buscarem maneiras de agilizar a 
produção da peça o máximo possível.
Perfis complexos devem ser feitos com um número mínimo de set-ups e 
operações, preferencialmente em uma única máquina. A lucratividade de 
uma determinada peça pode ainda depender da capacidade de se combinar 
vários set-ups em uma única máquina.
- 4 -
Um aspecto da tendência de set-up simples é a inclusão 
de ‘ferramentas acionadas’, ou seja, ferramentas 
rotativas em centros de torneamento. Para realizar isso, 
as máquinas de tornofresamento com eixo Y foram 
lançadas no final dos anos 90. A ideia inicial foi simples-
mente possibilitar o direcionamento de uma fresa, broca 
ou macho para roscar em uma ou mais posições da 
ferramenta na torre, para eliminar limitações de interpo-
lação circular e as respectivas dificuldades de progra-
mação.
Entretanto, os primeiros tipos simples de ferramentas 
acionadas nos centros de torneamento tinham uma 
limitação significativa. Uma vez que as fresas rotativas 
eram, na maioria dos modelos de máquinas, simples-
mente adicionados à torre, elas podiam apenas ser 
movimentadas nos mesmos dois eixos de movimento, 
como as ferramentas de torneamento, ou seja, nos 
eixos X e Z. Como resultado, qualquer recurso da peça 
que não fosse paralelo ou perpendicular à linha de 
centro do fuso ou que estivesse localizado ao longo da 
linha de centro da peça, não estava dentro do alcance 
direto da broca, da fresa ou do macho acionados pela 
torre.
Para melhorar o alcance, foram adicionadas maneiras 
extras de mover a ferramenta acionada ao longo da 
face do fuso. Isto foi obtido montando as ferramentas 
acionadas nos lados do revólver ou em sua face, 
instalando o eixo Y em um barramento inclinado, ou 
usando uma cabeçote de fresamento independente.
Os fabricantes de máquinas-ferramenta logo perce-
beram os benefícios desta abordagem. Agora, cerca 
de duas décadas depois, o eixo Y se tornou um recurso 
padrão em praticamente todas as máquinas multitarefas 
e opcional em muitos centros de torneamento novos.
A inclusão do eixo Y no centro de torneamento 
oferece angularidade de 90 graus entre os três eixos 
lineares, de forma muito semelhante ao centro de 
usinagem de 3 eixos. Isto porque normalmente o eixo 
Z é paralelo à linha de centro do fuso na maioria dos 
tornos. O eixo X proporciona movimento de avanço 
em mergulho no torneamento convencional. O 
movimento no eixo Y foi adicionado para que a ferra-
menta avance através da face do fuso, criando um 
plano vertical perpendicular aos eixos Z e X.
Máquinas-ferramentas atualizadas 
com ferramentas acionadas e eixo Y
Eixo Z
Eixo Y
Eixo
 X
- 5 -
O corte é um estágio crucial em qualquer processo de 
torneamento em que ele é necessário. A operação de corte 
demora um pequeno percentual do tempo de usinagem 
total, porém, é geralmente a última operação antes da 
conclusão da peça. Uma quebra da ferramenta de corte 
pode facilmente resultar em tempo de máquina parada e 
em problemas de qualidade e, em um pior cenário, pode 
ser necessário sucatear a peça e todo o valor agregado, 
durante os estágios de trabalho anteriores, será perdido. 
Por este motivo, os fabricantes relutam antes de compro-
meter de alguma forma a segurança do processo de uma 
operação de corte.
 
O custo do material é outro fator importante. Principal-
mente quando for trabalhar com materiais caros, como 
superligas resistentes ao calor (HRSA), há um forte 
incentivo para usar pastilhas mais estreitas possíveis.
Estes fatores resultam em dois requisitos diametralmente 
opostos para as ferramentas de corte: elas devem ser as 
mais estreitas e delgadas possíveis para minimizar a perda 
de material e para otimizar o alcance da ferramenta para 
diâmetros de trabalho máximos. Ainda assim, as ferra-
mentas mais delgadas sofrem comumente de estabilidade 
insuficiente e, consequentemente, causam vibrações e 
ruídos. O acabamento superficial e as tolerâncias dimen-
sionais arruinadas por trepidação são, geralmente, riscos 
inaceitáveis em operações de corte.
Desafios no corte
Ff
Fc
Ly
X
Y
Ma
A
Rax
Ray
Lx = CDX
F
α ≈ 30°
Ly X
Y
Ma
A
Rax
Ray
Lx = CDX
FFc
α ≈ 30°
Ff
Lx
Fc
Lx LxLy LyFf FcFc Ff
Ff
Ly>> <<
= ·
· ·· ·- -
1.75
- 6 -
MAConvencional
O eixo Y já tinha ampliado substancialmente as possi-
bilidades de usar ferramentas rotativas em máquinas 
multitarefas e centros de torneamento. Agora, esta 
capacidade inspirou inovações significativas em uma 
das missões originais destes tipos de máquinas-fer-
ramenta: cortes no eixo Y. Esta nova ferramenta e 
método de corte oferecem produtividade e melhorias 
de segurança do processo significativos em pratica-
mente qualquer operação de corte. 
A inovação da Sandvik Coromant, cortes no eixo Y, 
tem como base um princípio incrivelmente simples. 
Enquanto as ferramentas convencionais de corte se 
alinham ao eixo X da máquina-ferramenta, a ferra-
menta do eixo Y foi simplesmente rotacionada em 90° 
no sentido anti-horário para alinhamento com o eixo Y.
Na configuração da ferramenta de corte convencional, 
a lâmina de corte relativamente longa e delgada e o 
suporte avançam com um ângulo de 90° em relação 
à peça rotativa, e a maior força de corte é gerada pela 
velocidade de corte, e o restante pelo movimento 
de avanço. O vetor de força resultante é direcionado 
diagonalmente para a ferramenta em um ângulo de 
aproximadamente 30°, ou seja, através de sua segunda 
seção mais fraca (somente a largura da lâmina é mais 
fraca). Geralmente, isto é compensado reduzindo o 
balanço da lâmina e aumentando sua altura. O ponto 
negativo destas correções é o potencial comprometi-
mento da usabilidade da ferramenta.
Corte no eixo Y
MAcorte no eixo Y
- 7 -
Ao girar o tip seat em 90 graus e usar o eixo Y, a ferra-
menta pode cortar na peça essencialmente com sua 
extremidade frontal, o que quase alinha o vetor da 
força de corte resultante com o eixo longitudinal da 
lâmina.
As análises FEM realizadaspela equipe da Sandvik 
Coromant de R&D confirmaram que uma distribuição 
mais favorável das forças elimina tensões críticas 
típicas nas lâminas convencionais e aumenta a 
rigidez na profundidade de corte máxima (CDX) de 60 
mm (2,36 pol.) em mais de seis vezes. Por outro lado, 
a suscetibilidade às deformações plásticas e à insta-
bilidade é tão baixa quanto um sexto no desenho 
do eixo Y, comparado às deformações típicas das 
lâminas de corte convencionais.
FEM é a abreviação para o método de 
elementos finitos, uma das metodolo-
gias de solução numérica de problemas 
mais comumente usadas em engenha-
ria, matemática e física. Em termos de 
engenharia estrutural, o ponto forte prin-
cipal do FEM é a capacidade de formular 
problemas altamente complexos em um 
sistema de equações algébricas. Graças 
a isto, uma difícil tarefa de análise estru-
tural se torna um conjunto discreto de 
itens desconhecidos para os quais os 
valores podem ser aproximados pela 
área relevante a ser analisada. Em ter-
mos mais concretos, um problema gran-
de é subdividido em partes menores e 
mais simples chamadas de elementos 
finitos. Desta forma, geometrias comple-
xas podem ser representadas de forma 
precisa, materiais diferentes podem ser 
considerados e a solução total pode ser 
representada de forma relativamente 
mais fácil. Neste caso, um benefício par-
ticularmente importante foi a habilidade 
de capturar com precisão os efeitos da 
deformação local.
FEM
- 8 -
Um aumento superior a 500% na rigidez da lâmina permite 
faixas de avanço significativamente mais altas e balanços 
mais longos, sem perda da estabilidade, o que, conse-
quentemente, melhora a produtividade da ferramenta na 
mesma proporção. Graças a isto, as peças podem ser 
cortadas mais próximas do subfuso para economizar 
matéria prima e melhorar a estabilidade da operação. 
Ao invés da rigidez da lâmina de corte e do porta-fer-
ramentas, agora é a pastilha que representa o gargalo 
no aumento do desempenho das operações de corte. 
A recomendação geral para as barras de corte é minimizar 
o balanço (OH) ou, em um balanço longo, usar uma 
geometria de corte leve ou reduzir o avanço. Um valor 
limite comum para se reduzir o avanço é um balanço que 
excede 1,5 vezes a altura da lâmina. Com esta ferramenta 
de eixo Y, é possível obter balanços mais longos sem a 
necessidade de empregar taxas de avanço, geometrias 
ou dimensões da ferramenta que não sejam ideais.
Como em todas as operações de torneamento, é impor-
tante posicionar a aresta da ferramenta de corte o mais 
próxima possível da linha de centro da peça para evitar 
a formação de saliências ou a quebra da ferramenta. As 
ferramentas de corte devem ser ajustadas entre ±0,1 mm 
(±0,004 pol.) da linha de centro da peça. A recomendação 
convencional para longos balanços é ajustar a aresta de 
corte 0,1 mm (0,004 pol.) acima do centro para compensar 
a deflexão para baixo. Em virtude do aumento da rigidez e 
a consequente redução da deflexão, a ferramenta no eixo 
Y pode eliminar a necessidade de ajustes ao longo do 
centro e evitar as respectivas desvantagens como quebra 
prematura da pastilha ao avançar em direção ao centro e 
o rápido desgaste de flanco.
A medição do comprimento da ferramenta pede um 
cuidado particular porque em se tratando de ferramentas 
no eixo Y, o comprimento também determina a altura 
de centro. Por outro lado, isto pode ser visto como um 
recurso de segurança contra erros de set-up: porque 
é sempre necessário medir o comprimento, além de 
servir como uma verificação dupla para o ajuste da altura 
de centro. Se for difícil ver a aresta de corte, há também 
um plano de medição na extremidade da ferramenta. A 
distância entre o plano de medição e a aresta de corte é 
marcada nas ferramentas no eixo Y.
Outros benefícios incluem níveis de ruído mais baixos, 
melhor acabamento superficial e um processo mais 
confiável, sem mencionar a capacidade de corte de 
diâmetros maiores do que os atualmente possíveis.
Benefícios dos cortes com eixo Y
Peça
Casos de clientes: Corte convencional vs. Corte no eixo Y
Material
Diâmetro, 
mm (pol.)
Método de avanço atual, 
mm/rot (pol./rot)
Corte no eixo Y com 
avanço, mm/rot (pol./rot)
Produtividade
mais alta
Vida útil da ferramenta
mais alta
Válvula magnética Aço inoxidável HB365 65 (2,56) 0,15 (0,006) 0,3 (0,012) 100% 70%
Parafuso Aço inoxidável 316L 60 (2,36) 0,15 (0,006) 0,3 (0,012) 100% 50%
Rolamento Aço para rolamento 40 (1,57) 0,12 (0,005) 0,3 (0,012) 150% 40%
Carcaça de bomba Aço inoxidável HB365 55 (2.17) 0,12 (0,005) 0,3 (0,012) 150% ±0%
Blank aeroespacial Inconel 718 180 (7.1) Serra de fita (20 min) 0,15 (0,006) 550% Não avaliado
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Aspectos específicos da 
para cortes no eixo Y
Os centros de torneamento geralmente são usados para produção 
em massa com uso de alimentação por barras, geralmente 65 
mm (2,56 pol.) de diâmetro e neste tipo de usinagem, os maiores 
benefícios do corte no eixo Y são a melhora da produtividade e do 
acabamento superficial. As oportunidades para a otimização da 
qualidade também podem ser interessantes, uma vez que o corte 
costuma ser o último estágio de uma peça. Uma oportunidade 
adicional de melhorar a economia de usinagem pela redução da 
largura de corte.
Para máquinas multitarefas, as lâminas de cortes no eixo Y propor-
cionam principalmente maior acessibilidade e capacidade para 
diâmetros maiores. Um pré-teste confirmou um aumento de 50% 
no balanço no corte convencional de uma barra de diâmetro de 
120 mm na capacidade de avanço máximo da pastilha. Foi obtido 
um aumento de produtividade de 300% sem complicações na 
segurança do processo. Em um caso de teste do cliente, o corte 
no eixo Y substituiu a serra de fita para uma barra Inconel de 180 
mm de diâmetro, resultando em melhorias significativas de produti-
vidade devido aos tempos de usinagem dramaticamente menores.
- 10 -
Em uma máquina de barramento inclinado típica, o 
eixo X cria uma inclinação ascendente em direção à 
frente da máquina, com fusos em uma extremidade 
do barramento inclinado ou nas duas e o percurso 
do eixo X costuma ser significativamente mais longo 
do que o percurso do eixo Y. As limitações de espaço 
de trabalho resultantes devem ser avaliadas ao 
considerar a utilização de cortes no eixo Y para uma 
peça específica.
Em uma máquina mutitarefas, que pode ser essen-
cialmente caracterizada como um centro de 
usinagem com opção de torneamento, os conjuntos 
da ferramenta típicos, como Coromant Capto® C6 ou 
o adaptador de lâmina HSK63T, costumam ser relati-
vamente longos para permitir o alcance suficiente 
entre o mandril principal e o submandril. Isto significa 
que o set-up total é fraco na direção X comparado à 
carga do eixo Y, onde a força de corte é direcionada 
para a montagem da ferramenta e para o fuso de 
máquina.
Condições similares se aplicam a muitos centros de 
torneamento equipados com uma opção de ferra-
menta acionada/fresamento no eixo Y. Os conjuntos 
da ferramenta no eixo Y, geralmente baseados em 
um adaptador VDI ou em um adaptador de lâmina 
com parafuso para a unidade de fixação da máquina 
adaptada (MACU), são longos e delgados para 
alcançar entre o mandril principal e o submandril 
e permite o corte mais próximo do mandril. Mais 
uma vez, o resultado é um set-up fraco na direção 
X comparado ao eixo Y, em que a força de corte é 
direcionada para a montagem da ferramenta e para a 
torre. O corte no eixo Y pode ajudar a eliminar estes 
dois problemas.
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. 
 
 
 . 
 
 
 
. 
 
 
 . 
 
 
 .
 
 
 
 . 
 
 
 .
 
 
 
 .
Um investimento em corte no eixo Y é a primeira e mais importante 
mudança na abordagem de operações de corte e nas respectivas 
formas de trabalho. Ele oferece uma maneira de utilizar mais comple-
tamente as capacidades da máquina já equipadas com eixo Y. Como 
alternativa, ele é uma opção que pode aumentar significativamente 
a produtividadedas operações de cortes em uma nova máquina ou 
um processo de set-up modificado. O maior investimento concreto 
é na programação, com implicações óbvias em termos de recursos 
de pessoal e planejamento. O próprio movimento da ferramenta 
é facilmente programado, enquanto que máquinas e sistemas de 
controle diferentes têm configurações de parâmetro diferentes que 
devem ser alterados para obter uma velocidade de corte constante 
no eixo Y. Os ajustes de parâmetro necessários estão descritos no 
manual de controle CNC.
O corte no eixo Y pode até mesmo oferecer uma oportunidade de 
reduzir o estoque de ferramentas porque há menos necessidade 
de lâminas específicas e porque as novas lâminas para eixo Y 
são compatíveis com os adaptadores standard e usam pastilhas 
CoroCut® QD standard.
Como uma consideração prática, é necessário observar que a 
aresta é 7 mm (0,276 pol.) acima da posição Y = 0 quando instalada 
em um adaptador de lâmina standard. O operador deve assegurar 
que esta protrusão seja compensada no programa CNC.
Como iniciar
7 mm 
(0,276 pol.)
- 12 -
• Praticamente qualquer máquina multi-
tarefas ou um centro de torneamento 
equipado com um eixo Y e um alimentador 
de barra tem potencial para cortes no eixo Y 
• A solução de primeira escolha para corte 
em centros de torneamento e máquinas 
multitarefas com eixo Y 
• Principalmente para diâmetros de peças 
grandes de até 180 mm (7 pol.) e para 
longos balanços, para alcançar entre o 
mandril principal e o submandril 
• Alto potencial quando a peça for fixada nas 
duas extremidades – podemos economizar 
tempo genuinamente, pois nenhuma outra 
operação é possível durante o corte 
 
 
 
 
• Praticamente não há custos extras de ferramenta 
• O mesmo programa pode ser usado para 
todas as peças – as modificações necessárias 
implicam um custo único na faixa de 4 a 8 
horas de programação 
• Potencial para ROI significativo devido ao 
investimento inicial muito baixo e potencial 
para melhoria significativa na produtividade 
com dados de corte mais altos
diâmetro máximo da peça
tempo de programação
Condições de investimento e ROI
180 mm 
(7 pol.)
4−8 horas
www.sandvik.coromant.com/corocutqd
Mais sobre CoroCut® QD 
e cortes no eixo Y