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Bioquímica - Aspectos Bioquímicas da Urina

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1 
Beatriz Machado de Almeida 
Bioquímica – Aula 6 
Funções do rim 
• Regulação da osmolaridade do plasma e seu 
filtrado e da própria urina → Eliminação de 
elementos filtrados do plasma → Regulando o 
volume de sangue e a pressão sanguínea. 
• Secreção de hormônios: Renina, eritropoetina, 
calcitriol (ativação da vitamina D), gliconeogênese 
(relação com o jejum prolongado). 
• Equilíbrio ácido base. O rim é um importante 
mecanismo compensatório relacionado com a 
pressão parcial de CO2, devido a filtração, 
interferindo no equilíbrio ácido – base. 
• Detoxificação de radicais livres, resíduos 
metabólicos e drogas. 
Resíduos metabólicos humanos 
O subproduto das reações químicas no corpo precisa 
ser excretado. O acúmulo desses compostos adoece 
e pode ser letal. 
 
Em relação aos resíduos metabólicos tem os 
relacionados ao CO2 e a reabsorção de bicarbonato. 
A relação é entre Pco2, concentração de bicarbonato 
e reestabelecimento do bicarbonato através tanto da 
relação com sistema respiratório e urinário. 
Principais componentes da urina: resíduos 
nitrogenados. Tem como mecanismo de eliminação o 
sistema urinário. 
Resíduos nitrogenados 
 
A ureia representa 50% desse composto na urina. É 
chamado também de produto nitrogenado não 
proteico que vem do metabolismo de degradação das 
proteínas. 
Outra molécula importante como resíduo nitrogenado 
é o ácido úrico vem do metabolismo de degradação 
dos ácidos nucleicos, principalmente das purinas. 
Então a degradação desses produtos, principalmente 
da ureia se chama de azotemia. Que é justamente 
uma relação de capacidade de detoxificação do 
produto nitrogenado não proteico, do que não está 
sendo utilizado para compor a proteína. Isso é um 
aspecto importante, porque a gente tem uma 
capacidade grande de utilizar o nitrogênio, mas desde 
que ele esteja ligado a unidades de carbono. Quando 
o nitrogênio não está ligado ao carbono, ele tende a 
formar amônia que é potencialmente tóxico para o 
organismo. Então é importante que a azotemia seja 
principalmente controlada pela capacidade de 
produzir a ureia e eliminá-la na urina. 
Conceito azotemia: Somatório de compostos 
nitrogenados não proteicos que podem 
potencialmente formar amônia no seu organismo. 
Toda vez que tem uma degradação de proteínas ou 
aminoácidos e essas moléculas de nitrogênio não 
estão mais ligadas a cadeia de carbono, as aminas 
podem formar amônia que é potencialmente tóxica. 
Essa toxicidade é chamada de azotemia e o que vai 
regular é a ureia com sua eliminação na urina, 
chamada de uremia. 
Outro composto nitrogenado não proteico é a 
creatina, que advém do metabolismo muscular e a 
creatinina que é o metabólito discreto, é o resíduo 
nitrogenado da creatina. 
Urina 
Líquido que contém muitos resíduos metabólicos, 
principalmente ureia e outros produtos nitrogenados 
constituintes inorgânicos. 
A ureia corresponde a 50% de todo o conteúdo 
orgânico presente na urina. É o principal. 
Aspectos Bioquímicos da Urina 
 
2 
Beatriz Machado de Almeida 
Bioquímica – Aula 6 
Lembrando que a urina fica armazenada na bexiga, 
existe um controle da micção para ela ser desprezada 
para um ambiente externo através da uretra. 
Ultrafiltrado do plasma 
• Urina primária: Primeira composição do plasma. É 
o produto da filtração glomerular que é um líquido 
que é isotônico ao plasma, ou seja, tem uma 
relação de concentração hidroeletrolítica e até 
de alguns componentes orgânicos de baixo peso 
molecular idênticos ao plasma. 
• Moléculas aniônicas são repelidas: carga da 
membrana basal é negativa. 
• Componentes > 64KDa bloqueados. 
 
• Reabsorção ativa (gasto de energia): glicose, 
aminoácidos, sais. 
• Reabsorção passiva (difusão): água. 
Nos capilares do glomérulo, tem-se capilares 
fenestrados e essas fenestras dessa rede endotelial 
somada a mais dois outros fatores é o que vai garantir 
a seletividade para a filtração. Esses dois outros 
fatores são: carga da membrana basal que é negativa 
favorece a filtração - formação da urina primária de 
substâncias catiônicas e fazendo que aniônicas sejam 
repelidas e o segundo fator é o diferencial de 
pressão. 
Alterações da composição plasmática como, por 
exemplo, pacientes com IRA, HAS, nessa cápsula de 
Bowman podem alterar a composição da urina. 
Então os fatores são: 
• Organização desse endotélio (capilares 
fenestrados). 
• Carga da membrana basal que repele moléculas 
aniônicas (que tem cargas iguais a membrana 
basal). 
• Diferencial de pressão que existe na cápsula, 
favorecendo a filtração. 
Importante lembrar que componentes com peso 
molecular elevado >64kDa são bloqueados, então 
proteínas e moléculas de alto peso molecular vão ser 
bloqueadas. Mas nem todas as proteínas são 
bloqueadas, existe um limiar de filtração, 
principalmente quando se fala de substâncias 
orgânicas ou que são osmolares – como a glicose, que 
é filtrada, mas tem o limiar relacionado a 
osmolaridade da molécula- e filtra proteínas de baixo 
peso molecular. 
Moléculas abaixo de 15 kDa são filtradas livremente. 
Entre 15 e 64 KdA (é o peso molar) e a relação com a 
osmolaridade (glicose). 
Componentes orgânicos 
Então temos alguns componentes orgânicos nesse 
fluido, que varia de volume ao longo do dia. Algumas 
literaturas falam de 0,5 L a 2L e outras de 750mL a 
2L por dia. 
Tem o pH que varia entre 4,8 e 7,5. 
Densidade: 1015 a 1022 ou 1030. 
 
Então tem alguns componentes orgânicos que são os 
mais prevalentes: 
1. Ureia: tem uma prevalência bastante significativa 
em relação a todas as outras moléculas. Tem de 
20-35 gramas de ureia na urina. É composição 
bastante significativa 
2. Ácido úrico: 0,3 a 2 gramas. 
3. Creatinina produto de degradação da creatina e 
da fosfocreatina. Varia 1,0-1,5 grama. 
4. Creatina pode ter uma perda espontânea, mas é 
muito pequena, só se tiver um catabolismo 
muscular acentuado. Varia 0,05 a 1 grama. 
 
3 
Beatriz Machado de Almeida 
Bioquímica – Aula 6 
5. Acido Hipúrico: resíduo nitrogenado que compõe 
a urina e é um marcador importante para 
exposições a solventes orgânicos como, metanol 
ou etanol. Pode estar na forma de hipurato ou 
ácido hipúrico, em geral está na forma de ácido 
hipúrico que é a composição ácida da urina. 
6. Além de outros componentes: Glicose, corpos 
cetônicos, proteínas, pouquíssimos aminoácidos 
além de constituintes inorgânicos 
Para lembrar: Ureia é o principal resíduo nitrogenado 
orgânico. 
Constituintes inorgânicos 
 
Uma das atividades significativas de filtrar a urina, 
dos estágios diferentes – primária, secundária e 
terciária – é dada pela capacidade de reabsorção de 
água pelo filtrado plasmático e da secreção tubular 
que existe de alguns elementos inorgânicos. 
1. Cloreto é o principal. 
2. Sódio. 
Quase que tem uma equivalência entre cloreto e o 
sódio, mas tem que lembrar que o sódio vai ser 
utilizado para mecanismos de reabsorção do 
bicarbonato. 
Essa relação de absorção do bicarbonato é 
importante para que haja uma relação de aumento de 
cloreto livre em relação a concentração de sódio. Tem 
também um outro transportador que é o SGLT-2, 
transportador de glicose acoplado ao sódio que se 
encontra nos túbulos, que faz também com que haja 
uma reabsorção de sódio significativa de volta para o 
plasma. 
Um dos principais mecanismos de reabsorção de 
bicarbonato é a formação de bicarbonato de sódio. 
Além de canal iônico independente tem o SGLT-2 que 
é um canal iônico com gasto de energia que é um canal 
de sódio acoplado a glicose, que inclusive é um alvo 
molecular de fármacos – metformina. 
3. Fosfato 
É um elemento importante junto com a formação da 
amônia para que tenha uma regulação do pH. 
Então quando se fala de regulação do pH, tem-se o 
fosfato e principalmente o íon amônia. É um dos 
mecanismos importantes da excreção de hidrogênio 
na urina. 
4. Potássioe Cálcio 
Outra relação importante é da eliminação de potássio 
e cálcio pela urina ajudando a desvendar saúde dos 
componentes eletrolíticos do plasma, relação 
importante com a dieta. 
Quanto mais potássio é eliminado na urina, mais 
saudável é o indivíduo em relação ao seu equilíbrio 
eletrolítico e, também, hoje tem uma ação de efeito 
protetivo com a saúde vascular. 
Quanto mais cálcio e sódio for eliminado na urina, pior 
é a dieta e o risco de doenças vasculares. 
5. Sulfato e Magnésio 
Além de outros elementos menos significativos, mas 
são importantes para a regulação do pH, como o 
sulfato podendo ou não formar ácido sulfúrico, a 
depender do pH assim como o fosfato. E o magnésio 
que em pequenas concentrações, junto com o cálcio 
vai ser eliminado. 
Análise dos parâmetros bioquímicos 
1. Propriedades físico químicas: cor, aspecto, 
volume, densidade, odor. Alguns relatos na 
literatura, mas hoje já não é tão utilizado que é o 
odor. 
2. Analise Química: pH, glicose, proteína, corpos 
cetônicos, bilirrubina, urobilinogênio, nitrito. 
3. Aspectos microscópicos: células epiteliais, 
RBC/WBC, cilindros, cristais, micro-organismos. 
4. As células epiteliais e os RBC/WBC podem estar 
presentes, mas em pequenas quantidades. 
Aspecto físico químico 
COR 
Pode variar a cor desde o amarelo claro até o âmbar. 
E essa variação tem uma relação com os componentes 
do plasma e isso pode ou não ser patológico, pode ser 
um reflexo da dieta, fármaco ou excesso de 
 
4 
Beatriz Machado de Almeida 
Bioquímica – Aula 6 
concentração de uma determinada molécula no 
plasma. 
Cor normal é o amarelo que pode variar até o amarelo 
ouro e isso depende da ingesta hídrica. 
A cor mais frequente é o amarelo citrino 
• Pigmento: urobilina. É um produto de degradação 
intestinal da bilirrubina, que da cor a urina e as 
fezes. 
• Vermelha: sangue recente, ou ingesta de 
beterraba. 
• Âmbar: sangue degradado, alcaptona, melanina 
piridina. 
• Amarelo escuro: bilirrubina ou ingesta de 
abóbora. Elevação de bilirrubina, se tiver um 
amarelo muito escuro, quase marrom acima do 
amarelo ouro aí tem uma relação com eliminação 
elevada de bilirrubina que não é normal. 
• Róseo: uratos e fenolftaleínas. 
• Verde: azul de metileno. Relacionado mais com 
medicamentos. 
• Amarelo esverdeado: flavonoide. 
 
ASPECTO – TURBIDEZ DA URINA 
• Urina normal: aspecto claro e límpido. 
A turbidez se relaciona com a alteração. 
Pode estar normal, levemente turba – elementos que 
estão impedindo que exista a limpidez da urina – ou 
totalmente turba. 
• Urina temperatura ambiente: ação de bactérias 
fermentadoras da ureia, produção de amoníaco, 
alcalinização do pH, ppt de fosfatos. 
Por exemplo, pode ser pela presença de bactérias, 
indicativo de infecção. Pode ser ação de bactérias 
fermentadoras de ureia que ficaram expostas após a 
sua coleta, produzindo íons amônia, alcalinizando a 
urina e fazendo precipitação de fosfatos. 
Então uratos e fosfatos, são moléculas normais que 
estarão na urina de formas solubilizadas – diluído, 
então a metabolização de bactérias fermentadoras 
pode levar a formação de íon amônia, mudando pH e 
mudando a ionização das moléculas, fazendo formar o 
precipitado. 
Pode ser a presença de células e das próprias 
bactérias. 
A Turbidez da urina pode ser um indicativo 
• Urina refrigerada: ou com pH ácido em repouso, 
ppt de uratos. ppt = precipitação. 
 
VOLUME 
• Média normal 750 mL a 2000mL em 24 horas. 
• Poliúria: >2000mL (ingestão excessiva de líquido, 
transtornos metabólicos, alterações hormonais e 
ação de drogas). Doenças como diabetes insipidus 
e mellitus. 
• Oligúria: < 750 mL. Retenção compensatória, 
alteração hormonal, inflamatória ou disfunção 
renal. 
• Anúria: valores inferiores a 400 mL nas 24 horas 
(produção apenas catabólica) 
Então o paciente que vai coletar durante 24 horas 
apenas 300ml, vai ser considerado uma perda apenas 
catabólica que pode ser por secreção. Não é uma 
perda que demonstra uma taxa de filtração 
glomerular efetiva, possa ser que o indivíduo não 
tenha filtração glomerular e tenha essa perda. 
Um dado importante e bastante significativo que as 
vezes acaba perdendo porque quando se pede uma 
urina de 24 horas é num frasco só e o paciente não é 
orientado a riscar no frasco a quantidade de volume 
coletado quando estava de vigília e quando era o 
volume quando estava em repouso 
• Diurese diurna superior a diurese noturna 4:1. A 
inversão desta relação leva ao rim compensar a 
sua função em repouso, o decúbito favorece. 
 
5 
Beatriz Machado de Almeida 
Bioquímica – Aula 6 
Quando é ao inverso, pode mostrar que o rim faz 
só a filtração quando não existe uma diferença de 
pressão na circulação, pessoa quando está em 
decúbito que favorece a filtração. 
Urina de 24 horas: risco no volume urinário diurna e 
noturna. Qualquer inversão na proporção pode 
demonstrar um aspecto significativo em relação a 
filtração renal. 
Análise química – Strips ou fita reagente 
 
As fitas reagentes são tiras, que tem unidades de 
quadradinhos de sílica que está impregnada com uma 
reação química que é colorimétrica. 
O importante de saber dessa reação é que é semi- 
quantitativa: mesmo que consiga fazer inferência de 
intensidade de cor com concentração, por exemplo, 
se tem uma concentração de cor mais rosa tem mais 
urobilinogênio do que uma intensidade de rosa claro. 
Elas fazem uma intensidade de cor relacionada a uma 
determinada concentração. Ela mediu a concentração 
exata? Não. Então é semiquantitativa porque faz uma 
relação da cor com uma faixa de concentração. 
Jamais pode falar de concentração de um elemento 
orgânico pela reação semi- quantitativa. Faz apenas 
uma relação da intensidade da cor com uma faixa de 
concentração. 
Isso é importante quando fala de proteínas, que tem 
uma faixa de concentração, mas não determina a 
quantidade de proteína presente. 
Proteinúria é quantitativo e a presença de proteína na 
urina é semiquantitativo. 
DENSIDADE 
Pode ser medida pela fita reagente por uma reação 
poli eletrolítico, avalia relação de íons livres. Então é 
uma relação densidade indireta e tem um aparelho 
que faz isso, o refratômetro, podendo dispensar a 
fita reagente em alguns locais. Esse refratômetro 
mede índice de refletância e o número de partículas 
que transitam ali. 
• Diretamente proporcional a concentração de 
soluto e inversamente proporcional ao volume 
excretado. 
• Varia entre 1003 a 1030. 
Densidade de 1000 não é urina, é água. Para ser urina 
a densidade tem que estar superior a 1002 e 1003. 
Algumas literaturas que falam que se por exemplo 
tiver uma densidade fixa em 1010 mesmo com volume 
aumentado, por exemplo, paciente passa a fazer uso 
de diuréticos ou está em reidratação hídrica e mesmo 
assim o sumário de urina mostra uma densidade de 
1010, isso pode ser indicativo de alguma doença 
tubular, porque nos túbulos é onde tem os ajustes da 
densidade devido aos mecanismos de secreção e 
reabsorção tubular. 
Na filtração glomerular não tem uma relação tão 
importante com a densidade. Vai ganhando densidade 
conforme vai passando nos túbulos, principalmente no 
distal onde tem a secreção e reabsorção. 
• Reabsorção é tudo que volta para o plasma. 
• Secreção é a secreção ativa de eletrólitos que 
ocorre a nível tubular. 
 
PH 
• Normal 5 - 7 com média de 6 
Normalmente a urina é levemente ácida. 
Media populacional é de 6 a 6,5 normal. 
<6 urina mais ácida. >6 → urina mais alcalina. 
 
 
6 
Beatriz Machado de Almeida 
Bioquímica – Aula 6 
GLICOSE 
A presença de glicose-glicosúria. 
Quando que se observa a glicosúria? Quando a 
concentração sanguínea excedeu o limiar renal 
(glicemia >180 mg/dl). 
• O que é o limiar renal? PROVA – quando excede o 
limiar da capacidade tubular. 
A glicose dentro de um limiar (dentro de uma 
concentração plasmática normal)nos indivíduos não 
diabéticos, não vai exercer osmolaridade que 
interfira na carga da membrana basal e vai ser 
filtrada livremente. Mas ela vai ser reabsorvida, não 
é encontrada no plasma. 
Quando ela vai ser encontrada no plasma? Quando 
excede o limiar. Quando ela excede o limiar, quer 
dizer que está com alta concentração do plasma. A 
glicemia em geral está maior que 180mg/dl. Ela 
excedeu o limiar de capacidade de reabsorção 
tubular e essa osmolaridade exercida pela glicose 
pode começar a interferir na carga da membrana 
basal dos glomérulos, então pode levar a um dano 
consequente. 
Outra forma de explicar: 
A glicosúria (glicose) tem uma relação com a glicemia 
em primeiro lugar, em geral observa na prática que 
existe uma relação de glicemia maior igual a 180mg/dl 
que vai exceder o limiar. 
O que é exceder o limiar? São dois aspectos: 
• Primeiro: o aumento da osmolaridade nos 
glomérulos, isso pode ao longo do tempo levar ao 
dano alterando a carga da membrana basal 
(alteração do filtrado). Se o indivíduo persistir 
com a glicemia alta faz com que a osmolaridade 
comece a interferir na carga da membrana basal, 
alterando e causando alteração no filtrado. 
• Segundo: que é o tubular, pode estar associado a 
saturação do SGLT, transportador de glicose 
acoplado ao Na, ou ocorre uma disfunção tubular 
que não depende exclusivamente da glicemia. 
PROVA: fita reagente – reação semiquantitativa. 
BILIRRUBINA 
• Normalmente não contém bilirrubina. 
Não é normal, porque é um elemento com atividade 
endógena importante, vai compor a bile, vai recircular 
no trato intestinal e vai ser degradada pelas 
bactérias colônicas para formar urobilinogênio, que 
esse composto em si é normal. Bilirrubina nem se faz 
referência a concentração na maior parte das fitas. 
• A presença pode ser uma indicação de doença 
hepática, obstrução do ducto biliar ou hepatite. 
• Como a bilirrubina nas amostras é sensível a luz, 
a exposição das amostras de urina a luz por um 
longo período de tempo pode resultar em um 
resultado falso negativo. 
 
CORPOS CETÔNICOS 
• Produtos intermediários do metabolismo de ácido 
graxo. 
Não é normal ter, até traços pode ter. 
A intensidade de cor relacionada a faixa de 
concentração semi quantitativa. 
É interessante observar paciente em risco de 
cetogênese. 
 
SANGUE 
• Pode indicar infecção, trauma ou ter um falso 
positivo. 
Falso positivo: menstruação. 
 
PROTEÍNA 
Importante indicador de doença renal (triagem). 
 
7 
Beatriz Machado de Almeida 
Bioquímica – Aula 6 
• Qualitativo - Não determina os tipos de 
proteínas. 
 
No sumario de urina é só triagem, porque não 
determina o tipo de proteína, tem proteína <64kDa. A 
proteína no sumário de urina é qualitativa porque não 
identifica o tipo de proteína. 
Quando se fala de proteinúria, se fala de um teste 
quantitativo que mede a quantidade de albumina que 
tem peso molecular maior de 64 kDa e que está 
presente na urina. A microalbuminúria é quantitativo 
para concentração de albumina. 
Globulina tem baixo peso molecular. 
UROBILINOGÊNIO 
• Degradação intestinal da bilirrubina. 
• É normal ser encontrado até 2mg/dl. Diferente 
da bilirrubina que não é normal. 
• Aumento doença hepática ou hemolítica. 
Algumas fitas colocam 200microgramas, mas é a 
mesma coisa de 2mg. 
Urobilina dá a cor a urina. Quando mais 
urobilinogênio, mais escura a urina tende a ser. 
 
LEUCÓCITOS 
• Usualmente indica infecção. 
• Leucócito esterase. 
Não é a célula que é identificada, mas sim a enzima 
leucócito esterase presente no citosol dos leucócitos. 
Então não se assustem se chegar um laudo positivo, 
porque o laudo separa aspecto físico químicos dos 
aspectos microscópicos e ao separar pode dar 
positivo nos aspectos físico químicos medidos pela 
fita e não ter leucócito presente como célula na 
contagem, então acham que é o laudo errado, mas não 
é, ele está identificando a enzima. 
Os leucócitos podem estar 
degradados durante a infecção. 
Então tem uma fita reagente muito 
positiva com a presença de poucos 
leucócitos microscopicamente. 
Isso é possível! 
NITRITO – PROVA 
• Nitrito formado por bactérias gram negativas. 
• Nitrato em nitrito (lipo polissacarídeos). 
É elemento importantíssimo. 
Um dos principais componentes orgânicos da urina são 
os resíduos nitrogenados, que podem ser 
metabolizados – reduzidos, fazer uma redução de 
óxido redução que só acontece devido a propriedades 
dos lipopolissacarídeos presentes na membrana das 
bactérias gram negativas, que vão reduzir o nitrato 
(que não é identificado nos testes bioquímicos da 
urina) em nitrito, que é identificado. Só se vê positivo 
e negativo, não tem grau de intensidade. 
Nitrito positivo: indicativo de presença de bactérias 
gram negativas. 
Não se usa só o nitrito para diagnosticar o paciente 
com a presença de E. coli, mas é um forte indicativo. 
Bom indicativo de monitorização terapêutica. Por 
exemplo: paciente usa tal antibiótico e repete o 
sumário de urina após a antibioticoterapia, se tiver 
nitrito positivo ainda vai ter uma monitorização 
bacteriana. 
 
• Valor preditivo: força que um determinado 
elemento tem para positivar ou negativar uma 
doença e esses aspectos são valores positivos 
para ITU. 
• Positivo: 97% para infecção bacteriana. 
• Presença de bactérias: 93% 
É menor que a do nitrito, porque a bactéria pode 
estar colonizando o trato e estar presente em 
abcessos, assim tem uma urina estéril. Pode até ter 
 
8 
Beatriz Machado de Almeida 
Bioquímica – Aula 6 
leucócitos, mas tem piúria estéril, urina estéril. As 
bactérias não estão presentes na urina, mas estão 
colonizando o trato e podem estar restritas ao 
abcesso, por exemplo. 
• Leucocitúria maior igual 8/ campo 70%. 
Sedimento urinário 
• Cristais: oxalato, fosfato, urato, droga. 
Os cristais são elementos normais do plasma, mas que 
deveriam estar solubilizados e quando se precipitam 
e formam cristais eles vão representar uma forte 
precipitação. Pode até relacionar cristal com 
litíase/cálculos, mas pode ter cálculo sem cristal. 
Dúvida: Quais alterações no sumário de urina 
indicariam nefrolitíase? Presença de sangue e a 
presença de cristais, mas não é sinal patognomônico. 
Além de ter um quadro infeccioso porque tem lesão 
de capilares. 
PROVA = cilindro 
• Cilindro: hialino, granulosos, leucocitários, 
hemáticos, gordurosos, cereos. 
Cilindro é a precipitação de uma proteína tubular 
chamada de Tamm-hosfall, é uma proteína presente 
nas células tubulares normais e quando ela migra das 
células para a luz do túbulo e passa a formar um 
agregado proteico, constrói uma estrutura chamada 
de cilindros que podem ser hialinos (não tem nada em 
cima dele) ou eles podem ser cilindros com elementos 
em cima, ex. leucocitários. Então tem proteínas 
invisíveis embaixo que formaram um precipitado. O 
cilindro tem relação com doenças tubulares ou 
doenças inespecíficas como febre. 
Glomerunefrite lúpica: a presença de cilindro 
hemático é patognomônico para essa doença. 
• Células sanguíneas: hemácias (até 5/campo), 
leucócitos (até 8/campo), eosinófilos. 
• Agentes biológicos: bactérias e fungos. 
Automoção 
A automação não cabe em serviços ambulatoriais 
pequenos, só em serviços hospitalares de médio a 
grande porte. 
As fitas reagentes são lidas pelo aparelho e não por 
humanos. 
Inovação 
Tiras reativas de urina contidas em cassete com 400 
unidas, permitindo a substituição fácil e rápida. Não 
há necessidade de calibração após a troca do cassete. 
Exatidão 
Sistema de homogeneização de amostras. Evita 
falsos resultados por sedimentação. Não sofre 
interferência de ácido ascórbico nos campos de 
glicose e sangue. Evita resultados falso negativos. 
Leitura da densidade por refratometria. 
Determinação automática de cor e aspecto da urina. 
Dispensão precisa de volumes individualmente em 
cadaárea reativa, melhorando a precisão de análise.

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