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Introducao epitermal

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UNIVERSIDADE WUTIVI
FACULDADE DE ENGENHARIAS, ARQUITECTURA E PLANIAMENTO FISICO
Curso: Geologia Aplicada
Cadeira: Jazigos Minerais 
…. o Ano
Tema: Deposito de ouro epitermal
Discentes: Arcenio Artur Munguambe
Docente: 
Boane, Maio de 2021
Índice
1.	Introdução	1
1.1.	Objectivos	1
1.1.1.	Geral	1
1.1.2.	Específicos	1
1.2.	Metodologia	1
2.	Deposito de ouro epitermal	2
Definição	2
2.1.	Génese dos depósitos epitermal	2
2.2.	Processos de formação do jazigo	3
2.2.1.	Baixa sulfetação	3
2.2.2.	Alta sulfetação:	3
2.3.	Geologia do jazigo.	5
2.3.1.	Con d ic io name ntos ígneos	5
2.3.2.	Condicionamentos tectônicos	5
2.3.3.	Condicionamentos estruturais	5
2.4.	Minerais que se pode encontrar no deposito	6
3.	Considerações finais	8
Referencias bibliográficas	9
1. 
2. Introdução 
O presente trabalho surge na cadeira de Jazigos Minerais, com tema em foco Deposito de ouro epitermal.
O termo epitermal refre-se actualmente a uma classe de depósitos hidrotermais formados a relativas baixas temperaturas (< 300oC0 e profundidades de 1-2 km. Mas a despeito das baixas profundidades há evidencias de componentes magnéticos nos fluidos.
Depósitos epitermais são encontrados em uma variedade de ambientes geológicos, refletindo os diferentes condicionamentos, sejam estes ígneos, tectónicos e estruturais.
Depósitos epitermais têm sido explorados no mundo desde os tempos préromanos, tanto para ouro quanto prata. Eles formam-se a menos de 1 km da superfície, principalmente em cinturões vulcânicos, possuindo uma variedade de formas, dependendo da permeabilidade primária das rochas encaixantes e da secundária estrutural. A bonanza de veios de ouro é bem conhecida, particularmente em riftes vulcânicos nas Américas, e os enormes sistemas de veios no México estão entre os maiores produtores de prata do mundo; veios polimetálicos, ricos em zinco e chumbo, também contém prata e outras substâncias valiosas como irídio. 
2.1. Objectivos 
2.1.1. Geral
· Debruçar em tornos do deposito de ouro epitermal.
2.1.2. Específicos 
· Definir depósitos de ouro epitemal; 
· Falar do Génese e Processos de formação do jazigo epitermal;
· Falar da Geologia do jazigo 
· Mencionar os minerais que pode-se encontrar no deposito.
2.2. Metodologia 
Para consecução dos objetivos propostos, será utilizado o método de pesquisa bibliográfica, que segundo Lakatos e Marconi (2005) tem por objetivo posicionar o pesquisador sobre tudo o que já foi dito ou escrito sobre o objeto da pesquisa e fundamentar as bases teóricas e conceituais. Constitui-se em um reforço paralelo na análise das informações, não se configurando como mera repetição do que já foi dito ou escrito sobre certo assunto, mas o exame de um tema sob novo enfoque ou abordagem.
3. Deposito de ouro epitermal
Definição 
Depósito
De acordo com dicionário online. Deposito é a concentração natural de qualquer substância de natureza rochosa, ou orgânica: depósito calcário, depósito pelágico.
Deposito mineral 
Os depósitos minerais são corpos rochosos formados por processos de transformações geológicas ao longo de centenas de milhões de anos, que tem algum tipo de aplicação na vida do ser humano.
Deposito epitermal 
Depósitos epítennais são aqueles formados a baixas profundidades (até l km da superficie), através de sistemas hidrotermais de baixas temperaturas (abaixo de 300° C), associados a ambientes vulcânicos ou subvu!cânicos. (Seoane, 1999, P.27)
3.1. Génese dos depósitos epitermal 
Em altas pressões, uma parte dos metais magmáticos particiona para uma fase volátil, coexistindo com uma salmoura rica em metais, como descreve o processo de efervecência ou degaseificação, mostrado na figura 1. Esta separação da fase volátil durante a ascenção causa complexação cloro-metais, como ouro e cobre. A mistura de fluidos magmáticos com os fluidos superficiais, de águas conatas é o principal fator descomplexante e desinstabilizador dos metais e formador dos depósitos.Figura 1. Evolução de um fluido de origem magmática (5% NaCl) que ocorre como uma fase supercrítica em zonas de pressão litostática altas. O líquido exsolve do magma a temperaturas próximas de 800oC. 
3.2. Processos de formação do jazigo
Dois estilos de mineralização são reconhecidos, os depósitos de Alta Sulfetação e os de Baixa Sulfetação (Figura 1), sendo que alguns autores sugerem ainda um terceiro tipo, transicional, onde ocorre a mistura dos dois.
3.2.1. Baixa sulfetação
São geralmente formados em riftes continentais e arcos de ilhas contendo vulcanismo bimodal, por fluidos profundos com pH próximos a neutralidade, devido a mistura com água meteórica. Ricos em H2S e HS- e gases como CO2, os fluidos apresentam salinidade baixa (1-2w% eq NaCl) e ascensão relativamente lenta, resultando em um sistema dominado pela rocha. Boiling é um processo importante (Bongiolo, 2006).
Ao atingir a superfície, o líquido deposita sinters (terraços) de sílica. Os sulfetos principais são pirita, pirrotita, asenopirita e esfalerita. Como as temperaturas são relativamente menores, podem ocorrer até 6km de distância do conduto vulcânico.
3.2.2. Alta sulfetação:
Ocorre nas proximidades de condutos principais (vulcânicoshidrotermais), associados a ambientes de arcos de ilha ou continentais, em regime extensional a compressivo, mas em geral se desenvolvem destes dois tipos de depósitos em associação ocorre comumente durante a diminuição do stress regional. O sistema é dominado por fluidos, que são ricos em SO2 HSO4-e SO2-4 (estado oxidado do enxofre e, embora sejam de origem magmática, a mistura de fluidos é mais importante que o boiling. Suas principais características são as fumarolas de alta temperatura e condensados de água extremamente ácida. Enargita, luzonita, covelita e pirita são os sulfetos que cristalizam (Bongiolo, 2006).
Seu pH ácido e oxidante é capaz de lixiviar a maioria dos elementos maiores das rochas vulcânicas e vulcanossedimentares hospedeiras, deixando textura vuggy (porosa) e alteração argílica avançada (Robb, 2005).
Figura 2. Processos que ocorrem em sistemas vulcânico-hidrotermal e geotérmico. Onde ocorrem depósitos epitermais de alta e baixa sulfetação, associados a uma fonte de calor que pode gerar depósitos do tipo pórfiro. Traduzido de Hedenquist & Lowenstern (1994) por Bongiolo (2006),
Tabela 1. Assembleias mineralógicas de vários estados de pH, de sulfetação e de oxidação usados para distinguir minérios epitermais. Os hifens entre os minerais indica um conjunto de equilíbrio para os quais todas as fases têm de estar presente.
	PH ácido
Alumita, caulinita (dickita), pirofilita residual, quartzo vesicular (‘’vuggy’’)
	
	PH neutro
Quatzo-adularia ± ilita, calcita
	Alta sulfetação
Pirita-enargita ± luzonita, covelita-digenita, famatinita, orpimento
	Intermedaria sulfetação
Temanita, tetradrita, hermatita-pirita-magnetita, oirita, calopirita, esfarelita-pirita pobre em Fe
	Baixa Sulfetação
Arsenopirita-loelinquita-pirrotita, pirrotita, pirrita-esfarelita rica em Fe 
	Oxidado
Alumita, hermatita-magnetita 
	
	Redução
Magnetita-pirita-pirrotita, clorita-pirita
Fonte: Simmons et al. (2005)
3.3. Geologia do jazigo.
Depósitos epitermais são encontrados em uma variedade de ambientes geológicos, refletindo os diferentes condicinamentos, sejam estes ígneos, tectônicos e estruturais.
3.3.1. Condicionamentos ígneos
A maioria dos depósitos epitermais são espacial e temporariamente associado com rochas vulcânicas subaéreas relacionadas a ¡ntrusões subvulcânicas (Sillitoe & Bonham, 1984).
A atividade ígnea tem um importante papel na formação de depósitos epitermais somente se fornecer o calor necessário para formação de células de convecção de fluidos hidrotermais, além de contribuir com fluidos magmát¡cos.
As rochas que comumente hospedam depósitos epitermais são efusivas ou piroclásticas de composiçäo intermediária à ácida (Sillitoe & Bonham), e suites cálcio-a lca linas a alcalinas podem conter depósitos significantes.
3.3.2. Condicionamentos tectônicos
Vulcanismo subaéreo pode ocorrer em vários contextos teciônicos, sendo o principaldeles em arcos vulcânicos associados a zonas de subducção oceânicacontinental ou oceân¡ca-oceânica. Regiões de derrames basálticos de composição tholeítica a dacítica não contém depósitos epitermais, assim como também não ocorrem associados a cadeias oceânicas (White & Hedenquist, 1990). 
Depósitos epitermais podem ocorrer em ambientes distensivos associados a rfts de retro-arco, originando depósitos como o de Taupo Volcanic Zone (Nova Zelândia) (White & Hedenquist, 1990)..
3.3.3. Condicionamentos estruturais
Alguns depósitos epitermais estão regionalmente associados com estruturas vulcânicas. Falhamentos regionais comumente exercem importantes controles em depósitos epitermais por condicionarem muitas vezes a colocaçäo de massas magmáticas (Hedenquist, 1986a, em White & Hedenquist, 1990).
Embora as falhas regionais muitas vezes controlem a localização de depósitos, a mineralização tem como controle maior as estruturas menores subordinadas as regionais ou outras feições, como acamamentos, contatos e intersecções, relacionadas a permeabilidae da rocha,
3.4. Minerais que se pode encontrar no deposito
O termo epitermal refere-se à classe de depósitos hidrotermais, relacionados a fluidos magmáticos. São formados a temperaturas menores que 300°C e profundidades de até 2Km . Os depósitos epitermais são divididos em:
alta sulfetação (HS de high sulphidation),
sulfetação intermediária (IS)
baixa sulfetação (LS, low sulphidation)
Tabela 2 - Características de campo para diferenciar depósitos do tipo epitermais.
	
	Alta Sulfetação (HS) 
	Baixa Sulfetação (LS) 
	Ambiente de formação 
	Oxidante e pH ácido 
	Redutor e ~ neutro 
	R. vulcânicas associadas 
	Andesitos - riodacitos 
	Riodacito – riolito (nem sempre vinculado) 
	Zonas de alteração hidrotermal 
	Extensiva e proeminente (muitos Km2) 
	Restrita e menos marcante 
	Minerais-chaves de alteração 
	Caulinita-alunita, cristalina, pirofilita (níveis + profundos) 
	Sericita (ilita)- cadulária, Vmica (alcalinas), clorita 
	Tipo de estrutura 
	Vuggy quartz (pH ácido) 
	Veios de carbonato laminado (pH neutro) 
	Ganga de quartzo 
	Grão fino, maciço; cavidades c/ ouro. Se formam por substituição 
	Calcedônia ou qz crustiforme, colomorfo, preenchimento de espaços abertos 
	Ganga de carbonato 
	Ausente (ambiente ácido) 
	Comumente de manganês 
	Outros minerais de ganga 
	Barita (associada ao minério) S nativo preenche cavidades 
	Barita e fluorita localmente, barita acima do minério 
	Abundância de sulfetos 
	10-90% do vol., pirita de grão muito fino laminada 
	1-20%, < 5%, pirita predominante 
	Principais sulfeto 
	Sulfossais de Cu (enargitaluzonita); sulfetos de Cu (calcocita, covelita, bornita) 
	Esfalerita, galena, tetrahedrita. Cu só calcopirita. 
	Metais presentes 
	Cu, Au, As (Ag, Pb) 
	Au e/ou Ag (Zn, Pb, Cu) 
	Metais presentes localmente 
	Bi, Sb, Mo, Zn, Te (Hg) 
	Mo, Sb, As (Te, Se, Hg) 
Fonte: 
Existe estreita associação entre os depósitos de Cu e Au denominados de alta sulfetação e os depósitos do tipo Cu-pórfiro, sugerindo relação genética. Nos depósitos de baixa sulfetação não existem concentrações econômicas de cobre.
Ambiente geotectônico dos depósitos epitermais
Com base no estudo de 43 depósitos epitermais do Circum-Pacífico, é possível caracterizar (Sillitoe, 1989):
Os depósitos epitermal tipo alta sulfetação (HS) e sulfetação intermediária (IS) ocorrem em ambientes de regime geotectônico neutro a fracamente extensional, em arcos predominantemente vulcânicos do tipo andesitos-dacitos pertencentes à série magmática calcio-alcalina. Estes podem ser divididos em:
· 22 domos vulcânicos;
· 12 ventas centrais de vulcões (incluindo IS);
· 3 Calderas;
· 3 Diatremas.
Os depósitos epitermal tipo baixa sulfetação ocorrem em ambiente extensional, como back-arc, rifts pós-colisionais (não estão associados aos pórfiros). O magmatismo principal é bimodal (domos riolíticos-diques de basaltos).
4. Considerações finais 
De acordo com Simmons et al. (2005), os depósitos epitermais são importantes fontes de ouro e prata e se formam a profundidades rasas na crosta (<1,5 km) a temperaturas menores que 300°C e estão associados principalmente a sistemas hidrotermais subaéreos. Eles apresentam uma classificação dos depósitos epitermais baseada nos estados de pH do fluido, de sulfetação e de oxidação.
Dois estilos de mineralização são reconhecidos, os depósitos de Alta Sulfetação e os de Baixa Sulfetação, sendo que alguns autores sugerem ainda um terceiro tipo, transicional, onde ocorre a mistura dos dois.
_ Baixa Sulfetação sendo geralmente formados em riftes continentais e arcos de ilhas contendo vulcanismo bimodal, por fluidos profundos com pH próximos a neutralidade, devido a mistura com água meteórica. 
_ Alta Sulfetação que Ocorre nas proximidades de condutos principais (vulcânicoshidrotermais), associados a ambientes de arcos de ilha ou continentais, em regime extensional a compressivo, mas em geral se desenvolvem destes dois tipos de depósitos em associação ocorre comumente durante a diminuição do stress regional.
Depósitos epitermais são encontrados em uma variedade de ambientes geológicos, refletindo os diferentes condicionamentos, sejam estes ígneos, tectónicos e estruturais.
 
Referencias bibliográficas 
Bongiolo, E. M. (2006). Integração de dados mineralógicos, isótopos estáveis (O, H) e porosidade de rochas (14C-PMMA) no reconhecimento da evolução da alteração no sistema hidrotermal de Lavras do Sul/RS, Brasil. Tese de Doutorado (Tese de Doutorado em Geociências)- UFRGS e Université de Poitiers, Porto Alegre.
Dicionário online de Português. Disponivel em << Depósito - Dicio, Dicionário Online de Português>> acesso no dia 20 de maio de 2021.
Seoane. J.C.S. 1999. GEOLOGIA DO OURO EPITERMAL CASTRO,PR. Uso de Sistema de Informação Geo-referenciada para avaliação de base de dados geológico-geoquímicos. Campinas- São Paulo.
SIMMONS, S. F.; WHITE, N. C.; JOHN, D. A. Geological characteristics of epithermal precious and base metal deposits. Economic Geology 100th anniversary volume, v. 29, p. 485-522, 2005.
SILLITOE, R. H.; BONHAM, H. F., 1984. Volcanic landforms and ore deposits. Economic Geology, v.79, p. 1286-1298
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