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Intercorrências em Procedimentos Invasivos

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INTERCORRÊNCIAS EM PROCEDIMENTO INVASIVOS ESTÉTICOS 
 
 
SUMÁRIO 
 
 
Página 
1. INTRODUÇÃO 4 
2. AMBIENTE DE PROCEDIMENTOS 6 
3. VIAS DE ADMINISTRAÇÕES E INTERCORRÊNCIAS 8 
 3.1. VIA SUBCUTÂNEA OU HIPODÉRMICA 9 
 3.2. VIA INTRADÉRMICA 11 
 3.3. VIA INTRAMUSCULAR 13 
 3.4. VIA INTRAVENOSA 15 
4. CUIDADOS COM PERFUROS CORTANTES 18 
5. USO ADEQUADO DE EPI´S 18 
6. RESPOSTAS INFLAMATÓRIAS COMUNS 20 
7. EFEITOS COLATERAIS 20 
8. ALTERAÇÕES DESAGRADÁVEIS 22 
9. FALTA DE RESULTADOS 24 
 9.1. PARÂMETROS SÃO IMPORTANTES 24 
 9.2. ENVOLVIMENTO DO CLIENTE NO TRATAMENTO 24 
 9.3. ORIENTAÇÕES PONTUAIS AO CLIENTE 24 
 9.4. ORIENTAÇÕES PÓS PROCEDIMENTOS 26 
 9.5. SABER OS DETALHES DAS TÉCNICAS UTILIZADAS 26 
 9.6. ALTERAÇÕES DE PRODUTOS USADOS NAS TÉCNICAS 28 
 9.7. SUBSTÂNCIAS QUE FORMAM NÓDULOS 28 
 CONCLUSÃO 30 
 
2 
1. Introdução: 
 
Procedimentos invasivos seja ele de qualquer natureza que for requer cuidados desde os 
mais simples até os mais avançados, que vai desde conhecer exatamente a substância que 
está administrada e o tecido onde está acontecendo o depósito, sua farmacologia, efeitos 
colaterais e cuidados após a aplicação. O risco sempre existe desde um pequeno desconforto 
até uma incompatibilidade mais séria que pode inclusive levar a morte, independente da 
substância que está sendo administrada. 
 
Não é pouco comum, independente da formação acadêmica, verificarmos profissionais de 
saúde, que simplesmente ignoram o que é o clássico e consagrado e realizam interversões 
como se não as estivessem realizando em seres humanos. É indispensável que se saiba que 
Estética é Saúde sim, e a consequência do procedimento realizado com a técnica correta é a 
beleza que altera a estima de nossas(os) clientes. 
 
Este modesto trabalho tem como objetivo lhe transmitir um panorama geral de 
intercorrências relacionadas as técnicas de aplicações de injetáveis, com base no clássico e 
consagrado a respeito e fazer um paralelo com as atividades estéticas invasivas. 
 
4 
2. AMBIENTE DE PROCEDIMENTOS 
 
Os ambientes para procedimentos estéticos invasivos devem ser compatíveis com a 
complexidade das técnicas invasivas proposta aos clientes, logo é necessário que seja 
sanitariamente seguro e com os respectivos cuidados com os perfuro cortantes, assim como 
o armazenamento de materiais, ambiente claro e bem iluminado, pia com água corrente, 
sabonete líquido, álcool 70, papel toalha descartável, produtos de procedência reconhecido 
ou regulamentado pela ANVISA através de Autorização de Funcionamento da Empresa (AFE) 
ou Licença de Funcionamento ou Registro do Produto no Ministério da Saúde e com 
privacidade para atendimento. 
A seleção dos utensílios adequados para cada procedimento compatível com a técnica é de 
suma importância, assim como o conhecimento das características de estabilidade e boa 
conservação. As seringas e agulhas devem ser de boa qualidade e deve-se ter precaução 
quanto ao seu uso e evitar acidentes antes ou depois de cada procedimento e também ter 
cuidados com a manipulação ou diluição dos componentes que darão origem a substância a 
ser administradas. 
Seguindo essas informações básicas para administração de produtos pelas vias intravenosa, 
intramuscular, subcutânea e intradérmicas de modo geral, lembrando do clássico para 
medicamentos as possíveis intercorrências podem ser: 
Intercorrência Consequências 
Choque anafilático É uma reação alérgica do organismo por intolerância a 
substância administrada; 
Ulceração (ferida aberta) Necrose ou morte do tecido com perda de substâncias em 
superfície cutânea ou mucosa, devido a administração de 
produtos contraindicados por essa via; 
Infecções Inespecíficas Ocorre por contaminação durante o manuseio do material 
ou uso de material não esterilizado; 
Sangramento ou desconforto Quando o uso de agulhas de calibre incompatível com 
técnica e tecido 
Dor intensa e prurido Ocorre por introdução de substâncias muito concentradas 
na região de administração. 
 
6 
De modo geral, todos que já trabalham com medicamentos injetáveis tem consciência dessas 
possíveis manifestações e esse é o motivo da cautela e bom senso sempre, e não se pode 
dispensar as seguintes observações: 
 Habilitação para exercer tais procedimentos; 
 Ambiente sanitários, evite o home care, para serviços injetáveis de estética não é a 
melhor alternativa, muitas vezes as pessoas possuem animais de estimação e nem 
sempre o ambiente vai apresentar a higiene necessária compatível com prática; 
 Conhecimento das características físico-químicas, volume de administração e região 
de administração, sem invencionismo para não expor o cliente a risco desnecessários 
e você profissional e outros profissionais do segmento também; 
 
 
 
3. VIA DE ADMINISTRAÇÃO E INTERCORRÊNCIAS 
A abordagem de cada uma das vias e suas principais intercorrências na prática de 
administrações clássicas nos faz ter uma ótima referência para os cuidados nas práticas 
estéticas invasivas. 
Todas as vias de administração de produtos oferecem riscos, não negligencie ou subestime 
qualquer uma delas. 
As intercorrências trabalhadas a seguir são as mais importantes para o segmento de estética 
e são elas: 
 
 Subcutânea ou Hipodérmica; 
 
 Intradérmica; 
 
 Intramuscular; 
 
 Intravenosa; 
 
8 
3.1. VIA SUBCUTÂNE OU HIPODÉRMICA 
 
Intercorrência Consequências 
Abcessos e infecções Ocorrem normalmente devido ao manuseio indevido 
do material, contaminação, no momento do preparo 
do produto para aplicação, podendo haver formação 
de secreções pruriginosas no local da administração; 
Embolia ou gangrena Embolia é a obstrução de um vaso sanguíneo por 
coágulos, bolhas de gás ou substâncias oleosas. A 
gangrena é a morte do tecido causada por bactérias. 
Também pode ocorrer por introdução de substâncias 
em vasos sanguíneos incompatíveis ou em 
concentrações elevadas; 
Ulceração ou necrose Necrose ou morte do tecido com perda de 
substâncias em superfície cutânea ou mucosa, 
devido a administração de produtos contraindicados 
por essa via; 
Choque anafilático É uma reação alérgica do organismo por intolerância 
a substância administrada; 
Lipodistrofia Atrofia ou hipertrofia do tecido subcutâneo no local 
da aplicação, o qual ocorre basicamente com uso 
substâncias concentradas ou que promova 
alterações químicas bruscas que são capaz de ativar 
o sistema imunológico ou também volume excessivo 
de substâncias com tais concentrações 
repetitivamente no mesmo local; 
Hematomas Quando por lesão de um vaso sanguíneo, ocorrendo 
um extravasamento de sangue no local da aplicação; 
Nódulos É o endurecimento das fibras do tecido, ocorrendo 
em geral no local da administração, em decorrência 
de aplicações repetidas no mesmo ponto ou 
substâncias extremamente irritativas; 
Lesão dos Nervos Principalmente quando realizada a administração em 
locais contraindicados. Essas lesões podem ser 
acompanhadas de dor intensa. 
 
9 
A importância de conhecer essas intercorrências, do ponto de vista clássico, faz entender o 
motivo pelo qual algumas substâncias utilizadas em procedimentos estéticos que formam 
nódulos ou dor em excesso. O destaque vai para formação de nódulos, hematomas e lesão 
de nervos, que respectivamente aparecem com uma certa frequência, principalmente 
quando se usa substâncias como desoxicolato que promove a formação de nódulos 
principalmente e até muita dor durante a administração, para isso é importante se verificar 
a prega de gordura onde está sendo administrado, o ideal que seja superior a 3cm para evitar 
tal intercorrência, administrar exatamente no tecido adiposo, e já como efeito preventivo 
associar as aplicações a drenagem linfática 48 horas depois da aplicação, se persistir, realizar 
hidrolipoclasia com administração de soro fisiológico somente e ultrassom próximo aos 
nódulos. Já os hematomas desaparecem de 3 a 7 dias naturalmente, masa precaução é no 
momento da aplicação verificar se não há nenhum vaso na direção da agulha se houver, 
mesmo que tenha realizado a marcação naquele ponto desvie suavemente para evitar tal 
agressão. Já a lesão de nervos é mais rara, mas pode ocorrer ao passar pela derme, mas além 
da dor o processo não traz grandes complicações se desaparecerá em 24 a 48 horas. Veja o 
choque anafilático é pouco comum por essa via, e quando se trabalha com saúde estética na 
maioria das vezes administramos substância conhecidas e também de baixa concentração, 
impossível de ocorrer não, mas artigos científicos apontam para processos alérgicos menos 
graves e também para respostas neurovegetativas que desmaios rápidos, menos de um 
minuto, onde a pessoa rapidamente à consciência. 
 
Mas todas as intercorrências devem serem conhecidas e se ter noções que podem ocorrer e 
não se deve negligenciar e se não conseguir reverter rapidamente por falta de equipamentos 
ou habilidades o cliente deve ser rapidamente levado ao hospital mais próximo. 
10 
3.2. VIA INTRADÉRMICA 
 
Intercorrência Consequências 
Choque anafilático É uma reação alérgica do organismo por intolerância a 
substância administrada; 
Ulceração (ferida aberta) Necrose ou morte do tecido com perda de substâncias em 
superfície cutânea ou mucosa, devido a administração de 
produtos contraindicados por essa via; 
Infecções Inespecíficas Ocorre por contaminação durante o manuseio do material 
ou uso de material não esterilizado; 
Sangramento ou desconforto Quando o uso de agulhas de calibre incompatível com 
técnica e tecido 
Dor intensa e prurido Ocorre por introdução de substâncias muito concentradas 
na região de administração. 
 
O destaque na via intradérmica, além dos apontamentos realizados no tópico anterior, vai 
para dor intensa e prurido, é o mais comum que desaparece as vezes entre 10 e 30 minutos, 
pois a administração de substância entre as camadas da pele epiderme e derme são, na 
maioria das vezes, irritativas pela diferença de pH e até mesmo o volume que na maioria das 
vezes pequenos mas que irritam muito. O outro ponto importante é o cuidado com o 
manuseio das substâncias e também seringas e agulhas, às vezes, o profissional subestima 
devido o produto ser administrado superficialmente e em pequeno volume, o injetável é 
sempre invasivo. 
 
11 
3.3. VIA INTRAMUSCULAR 
Intercorrência Consequências 
Lesão de artérias e veias 
calibrosas 
Hematomas 
Lesão dos nervo ciático Parestesia e até paralisia da perna afetada; 
Lesão de nervos Em glúteo superior e inferior, cranial, póstero-femorocutâneo, 
caudal e femoro-dorsicutâne, perônio comum, com paralisia do 
músculo dorsiflexor do pé, com déficit sensorial e anidrose; 
Atrofia Redução de volume muscular, em decorrência de lesão de um 
nervo da perna; 
Meurite ou endoneurite Inflamação do nervo, provocada pela infiltração de medicamentos 
irritantes na camada que o envolve, ou no seu interior; 
Abcessos e infecções Em decorrência do manuseio indevido do material; no preparo do 
produto e na sua aplicação; 
Ulceração ou necrose Necrose ou morte do tecido com perda de substâncias em 
superfície cutânea ou mucosa, devido a administração de 
produtos contraindicados por essa via; 
Fibrose e nodulação Quando da aplicação repetida de substâncias irritantes no mesmo 
local, ocorrendo endurecimento das fibras do musculo; 
Inflamação Por administração de substâncias irritantes aplicadas 
superficialmente e em grande volume para esse músculo; 
Choque anafilático É uma reação alérgica do organismo por intolerância a substância 
administrada; 
Hematomas Quando por lesão de um vaso sanguíneo, ocorrendo um 
extravasamento de sangue no local da aplicação; 
Embolia ou gangrena Embolia é a obstrução de um vaso sanguíneo por coágulos, bolhas 
de gás ou substâncias oleosas. A gangrena é a morte do tecido 
causada por bactérias. Também pode ocorrer por introdução de 
substâncias em vasos sanguíneos incompatíveis ou em 
concentrações elevadas; 
Mielite transversa É a inflamação da medula, com distúrbio motores apresentando 
fenômenos paraplégicos flácidos ou espasmódicos, hipo-
arreflexias ou arreflexias no membro afetado. 
 
 
13 
Uma das aplicações mais comuns em nosso dia a dia, contudo, tem essa série de 
intercorrências que podem ser percebidas a partir de sua administração e em função da 
substância administrada e desvio de conduta para no procedimento. 
Um aspecto de bastante relevância é o volume, sempre o volume, percebe que ele influencia 
em várias intercorrências e pode trazer prejuízos irreparáveis, tenha muita atenção com isso. 
Outro aspecto bastante importante são as características físico-químicas dos produtos 
administrados, existem substâncias que até mesmo quando injetadas em pequenos volumes 
trazem uma grande fadiga muscular, são elas corticoides e medicamentos com veículos 
oleosos que guardando-se as devidas proporções, 1mL praticamente equivale a 5mL, em 
relação a fadiga. Como isso é sério, as vezes no segmento de estética recebe clientes que por 
conta própria ou através de profissionais não qualificados estão fazendo uso de hormônio 
para ganho de massa muscular e não comunica tal procedimento, e iniciando um tratamento 
com combinação de aminoácido de 5mL na mesma região, por exemplo, e se manifesta 
inflamações, fibroses e até podendo caminhar para um episódio de necrose, portanto, uma 
boa anamnésia é indispensável acompanhada da boa e velha percepção profissional. 
 
14 
3.4. VIA INTRAVENOSA 
 
Intercorrência Consequências 
Dor e edema (inchaço) Provocados por introdução rápida da preparação ou extravasamento 
de substâncias medicamentosas 
Necrose Local É a morte do tecido, podendo ocorrer quando da introdução de 
substâncias irritantes fora da veia; 
Embolia Ocorre quando da aplicação de ar ou substância oleosa na veia; 
Gangrena Causada por introduções de substâncias contraindicadas por essa 
via; 
Infecções inespecíficas Por contaminação de material durante o preparo do produtos a ser 
injetado ou após a sua aplicação, quando da colocação de pedaços 
de esparadrapos para impedir o sangramento; 
Flebites É a inflamação da parede interna da veia (túnica), causada por 
contaminação ou substâncias irritantes ou concentradas; 
Tromboflebites É uma alteração ocorrida na parede da veia, associada à formação 
de coágulos na veia inflamada, frequentemente em consequência de 
substância irritante; 
Reações pirogênicas São reações com elevação da temperatura, causada por 
contaminação durante o preparo ou elementos estranhos presentes 
no produto administrado, e/ou material (espirógenos); 
Choque de velocidade Aplicação rápida do medicamento; 
Hematomas Causado por transfixação da veia ou rompimento desta, ocorrendo 
extravasamento do sangue; 
Sobrecarga circulatória Administração de volumes de substâncias acima do suportado pelo 
sistema circulatório; 
 
15 
Quando se trata de via de administração intravenosa parece que não tem nada a ver com o 
segmento de estética, mas não podemos nos esquecer dos microvasos, onde se administra 
uma substância concentrada em vasos de pequenos calibres, e se pode verifica uma série 
desses incidentes ocorrendo. A atenção quando se trabalha com injetáveis ou invasivo é a 
melhor ferramenta. 
 
CONSIDERAÇÕES GERAIS: 
Todos os procedimentos são envolvidos por risco, isso é inevitável, seja ele invasivo ou não, 
por esse motivo, se faz necessário conhecer o básico e clássico para não ficar à mercê da 
sorte. 
As agulhas trazem sempre desconforto, se não fosse assim, o procedimento não seria 
invasivo. Os produtos são considerados corpos estranhos para o organismo humano, outra 
situação importante que pode nos levar as intercorrências. Nem sempre as pessoas sabem 
que são alérgicas, muitas vezes descobrem no momento de procedimento, e o que vai 
prevalecer é a habilidade do profissional para reverter a situação ou chegar a um prontoatendimento onde uma complicação maior pode ser resolvida com infraestrutura adequada 
para tal emergência. 
Expectativas de clientes com relação a dor e até mesmo com a velocidade de resposta do 
tratamento é um ponto para ser trabalhado com critério e grande habilidade. Muitos chegam 
esperando um passe de mágica, mas com saúde não se brinca as mudanças e resultados não 
acontecem da noite para o dia, por isso, a sinceridade acompanhada de uma boa dose de 
integridade moral e ética fará com que seu cliente saiba exatamente o que esperar e reduzira 
bastante uma expectativa fora da realidade e com certeza será surpreendido por ter sido 
bem orientado e com os resultados alcançados. 
 
16 
4. CUIDADO COM PERFURO CORTANTES 
Qualquer procedimento invasivo exige cuidados especiais, seja no manejo dos utensílios e 
também no seu descarte. Recipientes adequados para descarte são exigências da vigilância 
sanitária com objetivo de proteger os profissionais envolvidos no processo e também a 
sociedade que entra em contato com tais resíduos. Por esse motivo, a segregação, descarte, 
coleta por empresa especializada e incineração se faz necessário, seguindo o plano de 
gerenciamento de resíduos, muito preconizado nos dias atuais. 
As ingerências desses cuidados podem resultar em intercorrências fatais para saúde do 
profissional e em alguns casos pode comprometer ao cliente também com essa imperícia, 
então a recomendação é: “Siga os preceitos da saúde e evite acidentes desnecessários por 
negligência”. 
 
5. USO ADEQUADO DE EPI´S 
 
Os EPI´S deve ser compatível com o procedimento a ser realizado, lembrando que a sigla 
significa Equipamento de Proteção Individual, esse individual alerta para um indivíduo no 
caso aquele que está realizando o procedimento, que pode ser exatamente você! A sua 
proteção é de suma importância, pois está exposta a várias pessoas, na maioria das vezes em 
um ambiente fechado de circulação de ar artificial e se expondo a exsudatos humanos que 
na maioria das vezes é o sangue, veículo importante para transmissão de doenças das mais 
variadas natureza possível. Claro que todos gostam de um avental ou jaleco personalizado 
bonito com sua propaganda, tudo bem, se ele fizer o seu papel, já mascaras, luvas e óculos 
de proteção obrigatoriamente tem que guardar respectivamente a boca e as mãos e os olhos 
de possíveis resíduos biológicos durante os procedimentos, esse cuidado na melhor das 
hipóteses lhe previne de uma hepatite A no melhor caso. 
 
18 
6. RESPOSTAS INFLAMATÓRIAS COMUNS 
O organismo humano sempre que provocado ele reage e a resposta vem em forma de 
processo inflamatório, que é caracterizado por dor, rubor e vermelhidão. Lembrando que 
agulha e substâncias ativas de características físico-químicas diferentes da região 
administradas são corpos estranhos que vão provocar o organismo humano e que bom que 
ele reage, pois isso é significa que os sentinelas guardiões do sistema estão atentos e prontos 
para responder. Portanto, saiba que essa é uma intercorrência até esperada em 
procedimentos invasivos, oriente seus clientes quanto a isso, assim ele ficará muito mais 
tranquilo e lidará melhor com o estado passageiro que se encontra sem grandes surpresas. 
 
7. EFEITOS COLATERAIS 
 
Na grande maioria dos procedimentos estéticos os efeitos colaterais não são considerados 
graves quando se guarda as devidas proporções e não há exageros, lembrando menos 
sempre é mais, é muito melhor acrescentar na próxima sessão do exagerar na atual, pois 
quando se instala um efeito colateral importante em um cliente, pode acreditar, esse 
provavelmente não voltará para realizar outros procedimentos, principalmente com você. 
Entre as intercorrências relacionadas aos efeitos colaterais existe um que é muito como que 
é a reações neurovegetativas, queda rápida de pressão arterial seguida de desmaio de pouco 
tempo de duração, menos de um minuto, que se reverte favorecendo a oxigenação com 
exercícios simples de fácil manobra. 
Um alerta importante vale para as pessoas que são alérgicas declaradas, fique atento a essa 
informação na anamnésia e não a subestime. Pessoas alérgicas a frutos do mar não são 
tolerante a L-carnitina, por exemplo, fique atento a o que seu cliente diz e escreve, se ele não 
disser nem escrever pergunte. Isso vale também com associamos estimulantes do sistema 
nervoso central, por exemplo: cafeína e ioimbina, mistura perigosa contraindicada 
principalmente para pessoas com problemas cardiovasculares, mesmo que aleguem estar 
controlado. 
Em muitos casos, alguns clientes reclamam de um prurido e dependendo do tratamento de 
coriza, o que é característico de determinados produtos geralmente de pH diferenciado ou 
vasodilatadores, que aqui chamamos de venotróficos. 
 
 
20 
8. ALTERAÇÕES DESAGRADÁVEIS 
 
Com base em todas as intercorrências relacionadas as vias de administrações que podemos 
fazer uso na saúde estética agora fica claro que algumas alterações desagradáveis são até 
esperadas entre elas as principais são: 
 Hematomas; 
 Edemas; 
 Nódulos, principalmente quando se trabalha na mesoterapia com desoxicolato e se 
administra grandes concentrações ou em tecidos diferentes do adiposo ou até 
mesmo em sua margem; 
 Deslocamento de líquidos para outras regiões próximas ao local de administração, 
isso é muito comum acontecer em mesoterapia para tratamento capilar quando se 
faz aplicações de mais de 0,1mL por ponto em várias regiões do couro cabeludo, 
pois pela própria força da gravidade as substâncias se desloca para região frontal 
ou nuca, o que parece uma aberração, mas é reativamente comum quando se 
exagera no volume de substância. Isso também pode acontecer na administração 
de toxinas botulínicas tipo A e se obter uma intercorrência de paralisia de uma 
musculatura não desejada trazendo aparências bizarras ao cliente; 
 Urina de cor avermelhada, também comum em tratamentos de mesoterapia, 
quando se agrega a mesclas substância coloridas tais como vitamina B12, 
principalmente quando se deveria administrar na região subcutânea e se atinge um 
musculo, ou seja, ao invés de se ter a ação localizada de tratamento de gordura 
localizada se tem uma ação sistêmica, que por suas vez reduzirá a resposta desejada 
e localizada; 
 
 
22 
 Alterações gastrointestinais, em alguns casos existem relatos de irritação gástrica e 
diarreia momentânea, possivelmente relacionada com uma situação de estresse e 
dor, para aquelas pessoas mais ansiosas. Contudo, existem relatos relativamente 
comuns de pessoas que recebem por via intramuscular combinações de 
aminoácidos que em frações de minutos relatam náuseas e vômitos, geralmente 
isso se dá pela sobreposição de combinação de aminoácidos por via intramuscular 
com a suplementação oral promovendo a sobrecargas do sistema hepático e/ou 
renal, por esse motivo se recomenda que haja esse tipo de conduta; 
 Pápulas que demoram desaparecer, isso pode ocorrer devido as características 
físico-químicas da substância administrada ou erro na seleção da via de 
administração, nesses casos é possível que o desaparecimento da pápula demore 
até meses. 
 
 
23 
9. FALTA DE RESULTADOS EVIDENTES 
 
Aqui é importante também salientar pontos mais comuns desse tipo de intercorrência. 
 
9.1. PARÂMETROS SÃO IMPORTANTES 
Estabelecimento de paramentos de referência, tais como: medicas, pesos, prega de gordura, 
fotos entre outros dentro de um critério que facilite a avaliação e evidencia do andamento 
do tratamento é muito importante para evidenciar os resultados ou as ausências deles, 
portanto, nas avaliações isso se faz necessário e fazer o cliente ciente deles imprescindível, 
pois diante de fatos não há contra argumentação. 
 
9.2. ENVOLVIMENTO DO CLIENTE NO TRATAMENTO 
O cliente de estar ciente da parte dele no processo de tratamento de saúde estética, pois na 
grande maioria das vezes 50%dos resultados são construídos pela capacidade intelectual do 
profissional atrelado os seus recursos tecnológicos e os outro 50% ao comportamento do 
cliente diante da conduta verdadeira de querer buscar o resultado sob a orientação do 
profissional que a assiste. 
 
9.3. ORIENTAÇÕES PONTUAIS AO CLIENTE 
O profissional deve orientar seus clientes de forma clara e objetiva, no que ele deve e não 
deve fazer. Especificar os caminhos os quais terá resultados mais rápidos ou mais lentos de 
forma que ele escolha e assuma sua responsabilidade, isso lhe deixará em situação mais 
confortável e segura diante dos resultados, não abra mão desse recurso. 
 
 
 
24 
9.4. ORIENTAÇÕES PÓS PROCEDIMENTOS 
O cliente deve estar completamente ciente do que pode ou não fazer após uma sessão de 
tratamento de saúde estética. Não deixe que saiam de sua clinica sem saber se pode ou não 
manipular a região onde foram infiltradas as substâncias, se pode ou não fazer atividades 
físicas, se imediatamente pode ou não tomar banho e se água deve ser mais ou menos 
quente, por mais meticuloso que tudo isso possa parecer, faz toda a diferença para o pós 
procedimento, se possível transmita essas informações por escrito. 
 
9.5. SABER OS DETALHES DAS TÉCNICAS UTILIZADAS 
Nunca execute qualquer técnica sem a devida supervisão ou domínio dela. Isso pode ser fatal 
e trazer serias consequência para o profissional e cliente. Saiba exatamente o tecido que 
deseja atingir, o volume a ser administrado, cuidados pós administração e nunca caia na 
tentação do excesso de volume esperando um resulta mais rápido e miraculoso. Domine essa 
técnica que tanto se interessou, estude troque informações com profissionais mais 
experiente antes de fazer essa investida. 
26 
9.6. ALTERAÇÕES DE PRODUTOS USADOS NAS TÉCNICAS 
Geralmente, as substâncias usadas para fins invasivos em saúde estéticas são substância 
hidrossolúveis ou hidrofílicas de apresentação translucidas sem separação de fases. É 
indispensável solicitar ao fabricante, caso o produto venha acompanhado de bula, as 
características gerais, principalmente físicas das substâncias utilizadas, como deve ser 
transportadas, conservadas antes e depois de seu uso, se pode ser fracionada ou não, se 
depois de reconstituída se pode ou não ser guardada ou se a partir desse momento deve ou 
não ser armazenada em refrigerado, esses detalhes evitam muitas intercorrências 
relacionadas a falta de resultado e até mesmo reações adversas e o pior é de 
responsabilidade legal do detentor do produto, isso mesmo, do profissional que escolheu 
trabalhar com aquele produto de determinada marcar, se conservou mal ou usou mal a 
responsabilidade é dele. 
Além de respeitar os preceitos anterior, os produtos independente de serem de uso externo 
ou interno, invasivos ou não devem estar dentro do prazo de validade, produto que não 
atende a esse quesito está cometendo falta sanitária grave digna de interdição do 
estabelecimento e responder a falta ética e até mesmo criminal por colocar em risco a saúde 
e a vida de terceiros. 
Alterações físicas indicam que algo está errado com o produto. Nunca se deve administrar 
produtos com precipitados, cristais ou com turvação, pois esse é um sinal que o produto 
perdeu sua estabilidade. 
 
9.7. SUBSTÂNCIAS QUE FORMAM NÓDULOS 
 
Pós procedimento se verificou formação de nódulos o primeiro passo é rever a técnica, 
depois verificar se essa é uma reação esperada para aquele tipo de substância, se for, quanto 
tempo vai durar ou o que se deve fazer para reverter a situação. Atende para o volume 
administrado, para o poder de irritabilidade da substância, inclua no protocolo de tratamento 
drenagens linfáticas e se necessário associe outros procedimentos que favorecem os 
desparecimentos de tais nódulos. Lembre sua ou seu cliente lhe procurou para solucionar 
problemas não para gerar outros. 
 
28 
 
Conclusão: 
 
O presente trabalho foi inspirado em experiencia de mais de 23 anos de atuação na área 
farmacêutica com contato direto com procedimentos invasivos administrando e 
ministrando cursos de técnicas de aplicações de injetáveis para profissionais do segmento 
farmacêutico. Hoje com mais de cinco anos de experiência em saúde estética, 
principalmente com procedimentos invasivos venho compartilhar informações que são 
frutos de aprendizados de sala de aula, ministração de cursos livres e até mesmo pós-
graduações. Portanto, as referências bibliográficas usadas aqui são principalmente de 
manuais de técnicas de aplicações de injetáveis da BD® e casos vividos em minha vida 
profissional, espero ter contribuído para seus conhecimentos. 
 
Grande abraço, 
Prof. Ms. Nilson Oliveira Gonçalves Pita 
 
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