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INTERCORRÊNCIAS EM PROCEDIMENTO INVASIVOS ESTÉTICOS SUMÁRIO Página 1. INTRODUÇÃO 4 2. AMBIENTE DE PROCEDIMENTOS 6 3. VIAS DE ADMINISTRAÇÕES E INTERCORRÊNCIAS 8 3.1. VIA SUBCUTÂNEA OU HIPODÉRMICA 9 3.2. VIA INTRADÉRMICA 11 3.3. VIA INTRAMUSCULAR 13 3.4. VIA INTRAVENOSA 15 4. CUIDADOS COM PERFUROS CORTANTES 18 5. USO ADEQUADO DE EPI´S 18 6. RESPOSTAS INFLAMATÓRIAS COMUNS 20 7. EFEITOS COLATERAIS 20 8. ALTERAÇÕES DESAGRADÁVEIS 22 9. FALTA DE RESULTADOS 24 9.1. PARÂMETROS SÃO IMPORTANTES 24 9.2. ENVOLVIMENTO DO CLIENTE NO TRATAMENTO 24 9.3. ORIENTAÇÕES PONTUAIS AO CLIENTE 24 9.4. ORIENTAÇÕES PÓS PROCEDIMENTOS 26 9.5. SABER OS DETALHES DAS TÉCNICAS UTILIZADAS 26 9.6. ALTERAÇÕES DE PRODUTOS USADOS NAS TÉCNICAS 28 9.7. SUBSTÂNCIAS QUE FORMAM NÓDULOS 28 CONCLUSÃO 30 2 1. Introdução: Procedimentos invasivos seja ele de qualquer natureza que for requer cuidados desde os mais simples até os mais avançados, que vai desde conhecer exatamente a substância que está administrada e o tecido onde está acontecendo o depósito, sua farmacologia, efeitos colaterais e cuidados após a aplicação. O risco sempre existe desde um pequeno desconforto até uma incompatibilidade mais séria que pode inclusive levar a morte, independente da substância que está sendo administrada. Não é pouco comum, independente da formação acadêmica, verificarmos profissionais de saúde, que simplesmente ignoram o que é o clássico e consagrado e realizam interversões como se não as estivessem realizando em seres humanos. É indispensável que se saiba que Estética é Saúde sim, e a consequência do procedimento realizado com a técnica correta é a beleza que altera a estima de nossas(os) clientes. Este modesto trabalho tem como objetivo lhe transmitir um panorama geral de intercorrências relacionadas as técnicas de aplicações de injetáveis, com base no clássico e consagrado a respeito e fazer um paralelo com as atividades estéticas invasivas. 4 2. AMBIENTE DE PROCEDIMENTOS Os ambientes para procedimentos estéticos invasivos devem ser compatíveis com a complexidade das técnicas invasivas proposta aos clientes, logo é necessário que seja sanitariamente seguro e com os respectivos cuidados com os perfuro cortantes, assim como o armazenamento de materiais, ambiente claro e bem iluminado, pia com água corrente, sabonete líquido, álcool 70, papel toalha descartável, produtos de procedência reconhecido ou regulamentado pela ANVISA através de Autorização de Funcionamento da Empresa (AFE) ou Licença de Funcionamento ou Registro do Produto no Ministério da Saúde e com privacidade para atendimento. A seleção dos utensílios adequados para cada procedimento compatível com a técnica é de suma importância, assim como o conhecimento das características de estabilidade e boa conservação. As seringas e agulhas devem ser de boa qualidade e deve-se ter precaução quanto ao seu uso e evitar acidentes antes ou depois de cada procedimento e também ter cuidados com a manipulação ou diluição dos componentes que darão origem a substância a ser administradas. Seguindo essas informações básicas para administração de produtos pelas vias intravenosa, intramuscular, subcutânea e intradérmicas de modo geral, lembrando do clássico para medicamentos as possíveis intercorrências podem ser: Intercorrência Consequências Choque anafilático É uma reação alérgica do organismo por intolerância a substância administrada; Ulceração (ferida aberta) Necrose ou morte do tecido com perda de substâncias em superfície cutânea ou mucosa, devido a administração de produtos contraindicados por essa via; Infecções Inespecíficas Ocorre por contaminação durante o manuseio do material ou uso de material não esterilizado; Sangramento ou desconforto Quando o uso de agulhas de calibre incompatível com técnica e tecido Dor intensa e prurido Ocorre por introdução de substâncias muito concentradas na região de administração. 6 De modo geral, todos que já trabalham com medicamentos injetáveis tem consciência dessas possíveis manifestações e esse é o motivo da cautela e bom senso sempre, e não se pode dispensar as seguintes observações: Habilitação para exercer tais procedimentos; Ambiente sanitários, evite o home care, para serviços injetáveis de estética não é a melhor alternativa, muitas vezes as pessoas possuem animais de estimação e nem sempre o ambiente vai apresentar a higiene necessária compatível com prática; Conhecimento das características físico-químicas, volume de administração e região de administração, sem invencionismo para não expor o cliente a risco desnecessários e você profissional e outros profissionais do segmento também; 3. VIA DE ADMINISTRAÇÃO E INTERCORRÊNCIAS A abordagem de cada uma das vias e suas principais intercorrências na prática de administrações clássicas nos faz ter uma ótima referência para os cuidados nas práticas estéticas invasivas. Todas as vias de administração de produtos oferecem riscos, não negligencie ou subestime qualquer uma delas. As intercorrências trabalhadas a seguir são as mais importantes para o segmento de estética e são elas: Subcutânea ou Hipodérmica; Intradérmica; Intramuscular; Intravenosa; 8 3.1. VIA SUBCUTÂNE OU HIPODÉRMICA Intercorrência Consequências Abcessos e infecções Ocorrem normalmente devido ao manuseio indevido do material, contaminação, no momento do preparo do produto para aplicação, podendo haver formação de secreções pruriginosas no local da administração; Embolia ou gangrena Embolia é a obstrução de um vaso sanguíneo por coágulos, bolhas de gás ou substâncias oleosas. A gangrena é a morte do tecido causada por bactérias. Também pode ocorrer por introdução de substâncias em vasos sanguíneos incompatíveis ou em concentrações elevadas; Ulceração ou necrose Necrose ou morte do tecido com perda de substâncias em superfície cutânea ou mucosa, devido a administração de produtos contraindicados por essa via; Choque anafilático É uma reação alérgica do organismo por intolerância a substância administrada; Lipodistrofia Atrofia ou hipertrofia do tecido subcutâneo no local da aplicação, o qual ocorre basicamente com uso substâncias concentradas ou que promova alterações químicas bruscas que são capaz de ativar o sistema imunológico ou também volume excessivo de substâncias com tais concentrações repetitivamente no mesmo local; Hematomas Quando por lesão de um vaso sanguíneo, ocorrendo um extravasamento de sangue no local da aplicação; Nódulos É o endurecimento das fibras do tecido, ocorrendo em geral no local da administração, em decorrência de aplicações repetidas no mesmo ponto ou substâncias extremamente irritativas; Lesão dos Nervos Principalmente quando realizada a administração em locais contraindicados. Essas lesões podem ser acompanhadas de dor intensa. 9 A importância de conhecer essas intercorrências, do ponto de vista clássico, faz entender o motivo pelo qual algumas substâncias utilizadas em procedimentos estéticos que formam nódulos ou dor em excesso. O destaque vai para formação de nódulos, hematomas e lesão de nervos, que respectivamente aparecem com uma certa frequência, principalmente quando se usa substâncias como desoxicolato que promove a formação de nódulos principalmente e até muita dor durante a administração, para isso é importante se verificar a prega de gordura onde está sendo administrado, o ideal que seja superior a 3cm para evitar tal intercorrência, administrar exatamente no tecido adiposo, e já como efeito preventivo associar as aplicações a drenagem linfática 48 horas depois da aplicação, se persistir, realizar hidrolipoclasia com administração de soro fisiológico somente e ultrassom próximo aos nódulos. Já os hematomas desaparecem de 3 a 7 dias naturalmente, masa precaução é no momento da aplicação verificar se não há nenhum vaso na direção da agulha se houver, mesmo que tenha realizado a marcação naquele ponto desvie suavemente para evitar tal agressão. Já a lesão de nervos é mais rara, mas pode ocorrer ao passar pela derme, mas além da dor o processo não traz grandes complicações se desaparecerá em 24 a 48 horas. Veja o choque anafilático é pouco comum por essa via, e quando se trabalha com saúde estética na maioria das vezes administramos substância conhecidas e também de baixa concentração, impossível de ocorrer não, mas artigos científicos apontam para processos alérgicos menos graves e também para respostas neurovegetativas que desmaios rápidos, menos de um minuto, onde a pessoa rapidamente à consciência. Mas todas as intercorrências devem serem conhecidas e se ter noções que podem ocorrer e não se deve negligenciar e se não conseguir reverter rapidamente por falta de equipamentos ou habilidades o cliente deve ser rapidamente levado ao hospital mais próximo. 10 3.2. VIA INTRADÉRMICA Intercorrência Consequências Choque anafilático É uma reação alérgica do organismo por intolerância a substância administrada; Ulceração (ferida aberta) Necrose ou morte do tecido com perda de substâncias em superfície cutânea ou mucosa, devido a administração de produtos contraindicados por essa via; Infecções Inespecíficas Ocorre por contaminação durante o manuseio do material ou uso de material não esterilizado; Sangramento ou desconforto Quando o uso de agulhas de calibre incompatível com técnica e tecido Dor intensa e prurido Ocorre por introdução de substâncias muito concentradas na região de administração. O destaque na via intradérmica, além dos apontamentos realizados no tópico anterior, vai para dor intensa e prurido, é o mais comum que desaparece as vezes entre 10 e 30 minutos, pois a administração de substância entre as camadas da pele epiderme e derme são, na maioria das vezes, irritativas pela diferença de pH e até mesmo o volume que na maioria das vezes pequenos mas que irritam muito. O outro ponto importante é o cuidado com o manuseio das substâncias e também seringas e agulhas, às vezes, o profissional subestima devido o produto ser administrado superficialmente e em pequeno volume, o injetável é sempre invasivo. 11 3.3. VIA INTRAMUSCULAR Intercorrência Consequências Lesão de artérias e veias calibrosas Hematomas Lesão dos nervo ciático Parestesia e até paralisia da perna afetada; Lesão de nervos Em glúteo superior e inferior, cranial, póstero-femorocutâneo, caudal e femoro-dorsicutâne, perônio comum, com paralisia do músculo dorsiflexor do pé, com déficit sensorial e anidrose; Atrofia Redução de volume muscular, em decorrência de lesão de um nervo da perna; Meurite ou endoneurite Inflamação do nervo, provocada pela infiltração de medicamentos irritantes na camada que o envolve, ou no seu interior; Abcessos e infecções Em decorrência do manuseio indevido do material; no preparo do produto e na sua aplicação; Ulceração ou necrose Necrose ou morte do tecido com perda de substâncias em superfície cutânea ou mucosa, devido a administração de produtos contraindicados por essa via; Fibrose e nodulação Quando da aplicação repetida de substâncias irritantes no mesmo local, ocorrendo endurecimento das fibras do musculo; Inflamação Por administração de substâncias irritantes aplicadas superficialmente e em grande volume para esse músculo; Choque anafilático É uma reação alérgica do organismo por intolerância a substância administrada; Hematomas Quando por lesão de um vaso sanguíneo, ocorrendo um extravasamento de sangue no local da aplicação; Embolia ou gangrena Embolia é a obstrução de um vaso sanguíneo por coágulos, bolhas de gás ou substâncias oleosas. A gangrena é a morte do tecido causada por bactérias. Também pode ocorrer por introdução de substâncias em vasos sanguíneos incompatíveis ou em concentrações elevadas; Mielite transversa É a inflamação da medula, com distúrbio motores apresentando fenômenos paraplégicos flácidos ou espasmódicos, hipo- arreflexias ou arreflexias no membro afetado. 13 Uma das aplicações mais comuns em nosso dia a dia, contudo, tem essa série de intercorrências que podem ser percebidas a partir de sua administração e em função da substância administrada e desvio de conduta para no procedimento. Um aspecto de bastante relevância é o volume, sempre o volume, percebe que ele influencia em várias intercorrências e pode trazer prejuízos irreparáveis, tenha muita atenção com isso. Outro aspecto bastante importante são as características físico-químicas dos produtos administrados, existem substâncias que até mesmo quando injetadas em pequenos volumes trazem uma grande fadiga muscular, são elas corticoides e medicamentos com veículos oleosos que guardando-se as devidas proporções, 1mL praticamente equivale a 5mL, em relação a fadiga. Como isso é sério, as vezes no segmento de estética recebe clientes que por conta própria ou através de profissionais não qualificados estão fazendo uso de hormônio para ganho de massa muscular e não comunica tal procedimento, e iniciando um tratamento com combinação de aminoácido de 5mL na mesma região, por exemplo, e se manifesta inflamações, fibroses e até podendo caminhar para um episódio de necrose, portanto, uma boa anamnésia é indispensável acompanhada da boa e velha percepção profissional. 14 3.4. VIA INTRAVENOSA Intercorrência Consequências Dor e edema (inchaço) Provocados por introdução rápida da preparação ou extravasamento de substâncias medicamentosas Necrose Local É a morte do tecido, podendo ocorrer quando da introdução de substâncias irritantes fora da veia; Embolia Ocorre quando da aplicação de ar ou substância oleosa na veia; Gangrena Causada por introduções de substâncias contraindicadas por essa via; Infecções inespecíficas Por contaminação de material durante o preparo do produtos a ser injetado ou após a sua aplicação, quando da colocação de pedaços de esparadrapos para impedir o sangramento; Flebites É a inflamação da parede interna da veia (túnica), causada por contaminação ou substâncias irritantes ou concentradas; Tromboflebites É uma alteração ocorrida na parede da veia, associada à formação de coágulos na veia inflamada, frequentemente em consequência de substância irritante; Reações pirogênicas São reações com elevação da temperatura, causada por contaminação durante o preparo ou elementos estranhos presentes no produto administrado, e/ou material (espirógenos); Choque de velocidade Aplicação rápida do medicamento; Hematomas Causado por transfixação da veia ou rompimento desta, ocorrendo extravasamento do sangue; Sobrecarga circulatória Administração de volumes de substâncias acima do suportado pelo sistema circulatório; 15 Quando se trata de via de administração intravenosa parece que não tem nada a ver com o segmento de estética, mas não podemos nos esquecer dos microvasos, onde se administra uma substância concentrada em vasos de pequenos calibres, e se pode verifica uma série desses incidentes ocorrendo. A atenção quando se trabalha com injetáveis ou invasivo é a melhor ferramenta. CONSIDERAÇÕES GERAIS: Todos os procedimentos são envolvidos por risco, isso é inevitável, seja ele invasivo ou não, por esse motivo, se faz necessário conhecer o básico e clássico para não ficar à mercê da sorte. As agulhas trazem sempre desconforto, se não fosse assim, o procedimento não seria invasivo. Os produtos são considerados corpos estranhos para o organismo humano, outra situação importante que pode nos levar as intercorrências. Nem sempre as pessoas sabem que são alérgicas, muitas vezes descobrem no momento de procedimento, e o que vai prevalecer é a habilidade do profissional para reverter a situação ou chegar a um prontoatendimento onde uma complicação maior pode ser resolvida com infraestrutura adequada para tal emergência. Expectativas de clientes com relação a dor e até mesmo com a velocidade de resposta do tratamento é um ponto para ser trabalhado com critério e grande habilidade. Muitos chegam esperando um passe de mágica, mas com saúde não se brinca as mudanças e resultados não acontecem da noite para o dia, por isso, a sinceridade acompanhada de uma boa dose de integridade moral e ética fará com que seu cliente saiba exatamente o que esperar e reduzira bastante uma expectativa fora da realidade e com certeza será surpreendido por ter sido bem orientado e com os resultados alcançados. 16 4. CUIDADO COM PERFURO CORTANTES Qualquer procedimento invasivo exige cuidados especiais, seja no manejo dos utensílios e também no seu descarte. Recipientes adequados para descarte são exigências da vigilância sanitária com objetivo de proteger os profissionais envolvidos no processo e também a sociedade que entra em contato com tais resíduos. Por esse motivo, a segregação, descarte, coleta por empresa especializada e incineração se faz necessário, seguindo o plano de gerenciamento de resíduos, muito preconizado nos dias atuais. As ingerências desses cuidados podem resultar em intercorrências fatais para saúde do profissional e em alguns casos pode comprometer ao cliente também com essa imperícia, então a recomendação é: “Siga os preceitos da saúde e evite acidentes desnecessários por negligência”. 5. USO ADEQUADO DE EPI´S Os EPI´S deve ser compatível com o procedimento a ser realizado, lembrando que a sigla significa Equipamento de Proteção Individual, esse individual alerta para um indivíduo no caso aquele que está realizando o procedimento, que pode ser exatamente você! A sua proteção é de suma importância, pois está exposta a várias pessoas, na maioria das vezes em um ambiente fechado de circulação de ar artificial e se expondo a exsudatos humanos que na maioria das vezes é o sangue, veículo importante para transmissão de doenças das mais variadas natureza possível. Claro que todos gostam de um avental ou jaleco personalizado bonito com sua propaganda, tudo bem, se ele fizer o seu papel, já mascaras, luvas e óculos de proteção obrigatoriamente tem que guardar respectivamente a boca e as mãos e os olhos de possíveis resíduos biológicos durante os procedimentos, esse cuidado na melhor das hipóteses lhe previne de uma hepatite A no melhor caso. 18 6. RESPOSTAS INFLAMATÓRIAS COMUNS O organismo humano sempre que provocado ele reage e a resposta vem em forma de processo inflamatório, que é caracterizado por dor, rubor e vermelhidão. Lembrando que agulha e substâncias ativas de características físico-químicas diferentes da região administradas são corpos estranhos que vão provocar o organismo humano e que bom que ele reage, pois isso é significa que os sentinelas guardiões do sistema estão atentos e prontos para responder. Portanto, saiba que essa é uma intercorrência até esperada em procedimentos invasivos, oriente seus clientes quanto a isso, assim ele ficará muito mais tranquilo e lidará melhor com o estado passageiro que se encontra sem grandes surpresas. 7. EFEITOS COLATERAIS Na grande maioria dos procedimentos estéticos os efeitos colaterais não são considerados graves quando se guarda as devidas proporções e não há exageros, lembrando menos sempre é mais, é muito melhor acrescentar na próxima sessão do exagerar na atual, pois quando se instala um efeito colateral importante em um cliente, pode acreditar, esse provavelmente não voltará para realizar outros procedimentos, principalmente com você. Entre as intercorrências relacionadas aos efeitos colaterais existe um que é muito como que é a reações neurovegetativas, queda rápida de pressão arterial seguida de desmaio de pouco tempo de duração, menos de um minuto, que se reverte favorecendo a oxigenação com exercícios simples de fácil manobra. Um alerta importante vale para as pessoas que são alérgicas declaradas, fique atento a essa informação na anamnésia e não a subestime. Pessoas alérgicas a frutos do mar não são tolerante a L-carnitina, por exemplo, fique atento a o que seu cliente diz e escreve, se ele não disser nem escrever pergunte. Isso vale também com associamos estimulantes do sistema nervoso central, por exemplo: cafeína e ioimbina, mistura perigosa contraindicada principalmente para pessoas com problemas cardiovasculares, mesmo que aleguem estar controlado. Em muitos casos, alguns clientes reclamam de um prurido e dependendo do tratamento de coriza, o que é característico de determinados produtos geralmente de pH diferenciado ou vasodilatadores, que aqui chamamos de venotróficos. 20 8. ALTERAÇÕES DESAGRADÁVEIS Com base em todas as intercorrências relacionadas as vias de administrações que podemos fazer uso na saúde estética agora fica claro que algumas alterações desagradáveis são até esperadas entre elas as principais são: Hematomas; Edemas; Nódulos, principalmente quando se trabalha na mesoterapia com desoxicolato e se administra grandes concentrações ou em tecidos diferentes do adiposo ou até mesmo em sua margem; Deslocamento de líquidos para outras regiões próximas ao local de administração, isso é muito comum acontecer em mesoterapia para tratamento capilar quando se faz aplicações de mais de 0,1mL por ponto em várias regiões do couro cabeludo, pois pela própria força da gravidade as substâncias se desloca para região frontal ou nuca, o que parece uma aberração, mas é reativamente comum quando se exagera no volume de substância. Isso também pode acontecer na administração de toxinas botulínicas tipo A e se obter uma intercorrência de paralisia de uma musculatura não desejada trazendo aparências bizarras ao cliente; Urina de cor avermelhada, também comum em tratamentos de mesoterapia, quando se agrega a mesclas substância coloridas tais como vitamina B12, principalmente quando se deveria administrar na região subcutânea e se atinge um musculo, ou seja, ao invés de se ter a ação localizada de tratamento de gordura localizada se tem uma ação sistêmica, que por suas vez reduzirá a resposta desejada e localizada; 22 Alterações gastrointestinais, em alguns casos existem relatos de irritação gástrica e diarreia momentânea, possivelmente relacionada com uma situação de estresse e dor, para aquelas pessoas mais ansiosas. Contudo, existem relatos relativamente comuns de pessoas que recebem por via intramuscular combinações de aminoácidos que em frações de minutos relatam náuseas e vômitos, geralmente isso se dá pela sobreposição de combinação de aminoácidos por via intramuscular com a suplementação oral promovendo a sobrecargas do sistema hepático e/ou renal, por esse motivo se recomenda que haja esse tipo de conduta; Pápulas que demoram desaparecer, isso pode ocorrer devido as características físico-químicas da substância administrada ou erro na seleção da via de administração, nesses casos é possível que o desaparecimento da pápula demore até meses. 23 9. FALTA DE RESULTADOS EVIDENTES Aqui é importante também salientar pontos mais comuns desse tipo de intercorrência. 9.1. PARÂMETROS SÃO IMPORTANTES Estabelecimento de paramentos de referência, tais como: medicas, pesos, prega de gordura, fotos entre outros dentro de um critério que facilite a avaliação e evidencia do andamento do tratamento é muito importante para evidenciar os resultados ou as ausências deles, portanto, nas avaliações isso se faz necessário e fazer o cliente ciente deles imprescindível, pois diante de fatos não há contra argumentação. 9.2. ENVOLVIMENTO DO CLIENTE NO TRATAMENTO O cliente de estar ciente da parte dele no processo de tratamento de saúde estética, pois na grande maioria das vezes 50%dos resultados são construídos pela capacidade intelectual do profissional atrelado os seus recursos tecnológicos e os outro 50% ao comportamento do cliente diante da conduta verdadeira de querer buscar o resultado sob a orientação do profissional que a assiste. 9.3. ORIENTAÇÕES PONTUAIS AO CLIENTE O profissional deve orientar seus clientes de forma clara e objetiva, no que ele deve e não deve fazer. Especificar os caminhos os quais terá resultados mais rápidos ou mais lentos de forma que ele escolha e assuma sua responsabilidade, isso lhe deixará em situação mais confortável e segura diante dos resultados, não abra mão desse recurso. 24 9.4. ORIENTAÇÕES PÓS PROCEDIMENTOS O cliente deve estar completamente ciente do que pode ou não fazer após uma sessão de tratamento de saúde estética. Não deixe que saiam de sua clinica sem saber se pode ou não manipular a região onde foram infiltradas as substâncias, se pode ou não fazer atividades físicas, se imediatamente pode ou não tomar banho e se água deve ser mais ou menos quente, por mais meticuloso que tudo isso possa parecer, faz toda a diferença para o pós procedimento, se possível transmita essas informações por escrito. 9.5. SABER OS DETALHES DAS TÉCNICAS UTILIZADAS Nunca execute qualquer técnica sem a devida supervisão ou domínio dela. Isso pode ser fatal e trazer serias consequência para o profissional e cliente. Saiba exatamente o tecido que deseja atingir, o volume a ser administrado, cuidados pós administração e nunca caia na tentação do excesso de volume esperando um resulta mais rápido e miraculoso. Domine essa técnica que tanto se interessou, estude troque informações com profissionais mais experiente antes de fazer essa investida. 26 9.6. ALTERAÇÕES DE PRODUTOS USADOS NAS TÉCNICAS Geralmente, as substâncias usadas para fins invasivos em saúde estéticas são substância hidrossolúveis ou hidrofílicas de apresentação translucidas sem separação de fases. É indispensável solicitar ao fabricante, caso o produto venha acompanhado de bula, as características gerais, principalmente físicas das substâncias utilizadas, como deve ser transportadas, conservadas antes e depois de seu uso, se pode ser fracionada ou não, se depois de reconstituída se pode ou não ser guardada ou se a partir desse momento deve ou não ser armazenada em refrigerado, esses detalhes evitam muitas intercorrências relacionadas a falta de resultado e até mesmo reações adversas e o pior é de responsabilidade legal do detentor do produto, isso mesmo, do profissional que escolheu trabalhar com aquele produto de determinada marcar, se conservou mal ou usou mal a responsabilidade é dele. Além de respeitar os preceitos anterior, os produtos independente de serem de uso externo ou interno, invasivos ou não devem estar dentro do prazo de validade, produto que não atende a esse quesito está cometendo falta sanitária grave digna de interdição do estabelecimento e responder a falta ética e até mesmo criminal por colocar em risco a saúde e a vida de terceiros. Alterações físicas indicam que algo está errado com o produto. Nunca se deve administrar produtos com precipitados, cristais ou com turvação, pois esse é um sinal que o produto perdeu sua estabilidade. 9.7. SUBSTÂNCIAS QUE FORMAM NÓDULOS Pós procedimento se verificou formação de nódulos o primeiro passo é rever a técnica, depois verificar se essa é uma reação esperada para aquele tipo de substância, se for, quanto tempo vai durar ou o que se deve fazer para reverter a situação. Atende para o volume administrado, para o poder de irritabilidade da substância, inclua no protocolo de tratamento drenagens linfáticas e se necessário associe outros procedimentos que favorecem os desparecimentos de tais nódulos. Lembre sua ou seu cliente lhe procurou para solucionar problemas não para gerar outros. 28 Conclusão: O presente trabalho foi inspirado em experiencia de mais de 23 anos de atuação na área farmacêutica com contato direto com procedimentos invasivos administrando e ministrando cursos de técnicas de aplicações de injetáveis para profissionais do segmento farmacêutico. Hoje com mais de cinco anos de experiência em saúde estética, principalmente com procedimentos invasivos venho compartilhar informações que são frutos de aprendizados de sala de aula, ministração de cursos livres e até mesmo pós- graduações. Portanto, as referências bibliográficas usadas aqui são principalmente de manuais de técnicas de aplicações de injetáveis da BD® e casos vividos em minha vida profissional, espero ter contribuído para seus conhecimentos. Grande abraço, Prof. Ms. Nilson Oliveira Gonçalves Pita 30
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