Buscar

O passado como dimensão explicativa do presente

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 4 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

“O passado como dimensão explicativa do presente” 
 
PRECONCEITO 
 
Preconceito (prefixo pré- e conceito) é um "juízo" preconcebido, manifestado 
geralmente na forma de uma atitude "discriminatória" perante pessoas, lugares ou 
tradições, considerados diferentes ou "estranhos". Costuma indicar desconhecimento 
pejorativo de alguém, ou de um grupo social, ao que lhe é diferente. As formas mais 
comuns de preconceito são: social, racial e sexual. 
A questão do preconceito não é algo recente , pois se trata de um fenômeno 
historicamente construído e consolidado em diferentes sociedades, ao longo de 
anos.Embora tenha passado por significativas tranformações, o preconceito se mostra 
presente em diversas áreas da vida humana e a análise de sua trajetória histórica permite 
a compreensão que determinadas atitutes assumiram no presente. 
Ele se contrapõe às qualidades de caráter, como lealdade, compromisso, honestidade, 
propósitos que afirmam valores atemporais e regras éticas. As demandas nos espaços de 
trabalho, sobretudo em relação às mulheres, por exemplo, exigem juventude, boa 
aparência (magreza, altura, altivez, cabelos lisos e claros, dentes perfeitos, porte, 
postura, etc.), além da cor branca. As mulheres não-brancas são aceitas na proporção em 
que tais atributos estejam presentes associados à sensualidade, à exuberância erótica, 
evidenciado a vulnerabilidade e manipulação dos componentes do preconceito. 
Uma série de conceitos preconceituosos de grandes pensadores contribuiu para relegar a 
mulher a uma posição de inferioridade e reprimir qualquer manifestação do feminino na 
história. 
A imagem de fragilidade e submissão sempre esteve ligada à mulher na história, 
principalmente na antiguidade, idade média e moderna. Muitos pensadores, teólogos e 
filósofos contribuíram para aumentar sua posição de inferioridade, mas o que não 
impediu que muitas mulheres se rebelassem contra tal atitude em todos os tempos. 
Muitos são eles que contribuíram para o preconceito contra o sexo feminino ao longo 
dos tempos veja alguns deles. Na antiguidade Platão dizia “que os homens covardes que 
foram injustos durante sua vida, serão provavelmente transformados em mulheres 
quando reencarnarem”; Aristóteles afirmava que “a fêmea é fêmea em virtude de certas 
faltas de qualidade”. 
Na idade média as mulheres foram classificadas de três formas como prostitutas, bruxas 
ou santas servindo como modelo a virgem Maria. As prostitutas eram as que se 
entregavam aos vícios da carne e utilizavam seus corpos para saciar os desejos ou para 
ganho. As mulheres bruxas eram as que de alguma forma iam contra os dogmas da 
igreja, muitas mulheres que tinham de alguma forma acesso as artes, as ciências ou a 
literatura padeceram nas mãos da santa inquisição. Buscar alguma forma de 
conhecimento custou à vida de milhares de mulheres. As mulheres da idade média 
tinham que ser moldes de virtudes da Virgem Maria, dóceis, puras e devotadas aos seus 
maridos. Religiosos como São Tomas de Aquino dizia que “ela era um ser acidental e 
falho e que seu destino é o de viver sob a tutela de um homem, por natureza é inferior 
em força e dignidade”, Tertuliano dizia que “era a porta do Demônio”. 
Na idade moderna não foi muito diferente, renomados pensadores tiverem sua parcela 
de contribuição nas justificativas de sexo frágil. Rousseau no século XVIII, disse que a 
mulher é um ser destinado ao casamento e a maternidade, Napoleão não menos 
Machista afirmava “a mulher é nossa propriedade e nós não somos propriedade dela”, 
Nietzsche “o homem deve ser educado para a guerra, a mulher para a recreação do 
guerreiro”, 
Exemplos são o que não faltam na história de preconceitos contra o gênero feminino, 
como alguns que continuam a resistir ao tempo e vem mascarado, a exemplo, temos a 
música, que cada vez mais traz em suas letras “piriguetes, safadonas, cachorronas, 
mulheres melancias, maçãs, enfim mulheres frutas” rótulos que acabam fazendo sucesso 
entre o público masculino, mas que limitam as mulheres ao culto de seus corpos. 
Mesmo com a implacável perseguição ao longo dos séculos, que colocou as mulheres 
em uma posição de inferioridade, houve uma mudança cultural dos papeis atribuídos a 
elas. Muitas tiveram um papel essencial para tais mudanças e acabaram colocando seus 
nomes na história, a exemplo de: Anita Garibaldi “a heroína de dois mundos”, Indira 
Gandhi, Lady Di, Joana D’Arc., Madre Teresa de Calcutá, Maria Bonita, Marilyn 
Monroe entre outras tiveram grande importância em diversas áreas. 
A repressão perdura por várias fases históricas, mas hoje as mulheres respiram mais 
aliviadas com a conquista de vários direitos, como o avanço no mercado de trabalho 
(apesar do sexo masculino ainda ganhar mais) e o direito ao voto. 
Se a sociedade brasileira deseja combater o preconceito injusto e a discriminação 
indevida, a solução não é impor igualdade mascarada e fictícia por intermédio de leis. A 
solução é admitir e esclarecer as diferenças, as aparências e as realidades para que o 
sistema de defesa humano as compreenda e não rejeite o que for normal e saudável. 
Tentar impor qualquer tipo de igualdade, por força de lei, é semear a hipocrisia, o 
desrespeito e, por conseqüência, a violência. 
E como diz a frase da primeira dama da Califórnia Maria Shriver “mulheres bem-
comportadas não fazem história”. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Bibliografia 
MASSUNO, Elizabeth. "Delegacia de Defesa da Mulher: uma resposta à violência de 
gênero". Em BLAY, Eva A. Igualdade de oportunidades para as mulheres. São Paulo, 
Humanitas, 2002. 
Nogueira, Oracy. Preconceito racial de marca e preconceito racial de origem: 
sugestão de um quadro de referência para a interpretação do material sobre 
relações raciais no Brasil. Tempo soc., Jun 2007, vol.19, no.1, p.287-308. ISSN 0103-
2070. 
BANDEIRA, LOURDES and BATISTA, ANALÍA SORIA Preconceito e 
discriminação como expressões de violência. Rev. Estud. Fem., Jan 2002, vol.10, 
no.1, p.119-141. ISSN 0104-026X.

Outros materiais