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– L Essa é a área das meninges: 1. Aracnóide: tecido conjuntivo frouxo vasculaizado 2. Pia-máter 3. Parênquima encefálico Na região cortical temos a presença dos corpos celulares neuronais, chamados de pericários, em substâncias cinzenta. Tem um núcleo grande, repleto de cromatina roxa, e para enxergar bem os prolongamentos, seriam necessárias as colorações a base de prata. Em cortes corados por HxE, não vemos de forma adequada esses prolongamentos, apenas os axônios, já que a imagem favorece os núcleos celulares. No entorno há células da glia. É importante lembrar que os neurônios apresentam grande diversidade morfológica, e com diferentes dimensões e aspectos, sendo acompanhados pelos componentes gliares. Célula parenquimatosa: neurônio. : aqui é evidenciados os prolongamentos dos neurônios, envoltos por bainha de mielina, que tem composição lipídica, e por isso frequentemente o tecido assume aspecto de vacuolização. Acompanhando essas bainhas de mielina temos os oligodendrócitos, células microgliais e astrócitos. : na substância cinzenta é mais homogênea, e na substância branca pé mais vacuolizada. Envolvidos na geração, condução transmissão de impulsos nervosos. Na imagem observamos os corpos celulares, matriz com aspecto vacuolizado (acidofílica, viscosa, padrão fasciculado), devido a natureza lipídica da mielina. Em cortes corados com HxE, observamos apenas os corpos celulares. Os prolongamentos não são evidentes (apenas em coloração a base de prata). Então, em rotina, avaliamos o aspecto do tecido nervoso apenas pelos seus componentes nucleares, devido a essa coloração. A seguir veremos alterações neuronais descritas na descrição de lesões: aparecem após a injúria isquêmica. Picnose nuclear e retração do citoplasma, que fica acidofílico, dando um aspecto avermelhado a célula pela condensação do citoplasma. Ou seja, são neurônios apoptóticos. Costuma aparecer após 12-24hrs da injúria isquêmica. Comum nas áreas de lesão por acidente vascular encefálico O esperado para a área é o da esquerda, e o atrófico é o da direita. Relacionada a um microambiente adverso, ou por restrição de oxigenação, perca de estimulação trófica (compressão). neuro patologia patologia neuro – O neurônio é uma célula permanente, pós mitótica. Portanto, se ele morre, não é reposto. Porém, se há lesão a um compartimento neuronal, pode-se desenvolver uma regeneração local. Exemplo: se ocorre lesão no axônio, no prolongamento neuronal, ele pode ser restituído. A cromatólise central evidencia esse fenômeno. Se há injúria axonal, a substância de início, composta por retículo endoplasmático granular, migra para a área de lesão para sintetizar os componentes axonais para o reparo local. Então, o neurônio perde a substância de início do pericárdio, já que migrou para fazer o reparo, que gera perca de granulomatose neuronal. Aspecto “pintado”, é a presença da substância de início (reticulo endoplasmático granular) , que faz síntese proteica. É um indicador de lesão axonal São as principais células intersticiais do tecido nervoso, compondo a glia estrutural. Os pés astrocitários participam na constituição da barreia hematoencefálica São células importantes para o reparo (cicatrização) do tecido nervoso, que envolve a proliferação e hipertrofia deles. ́É o aumento do número de astrócitos, que são células estáveis, ou seja, que mediante estímulo podem se multiplicar. Frente a injúria, é frequente uma astrocitose. Além de aumentar em número, os astrócitos podem aumentar em tamanho Frequentes respostas hipertróficas e hiperplásicas astrositárias. : são os astrócitos hipertróficos, que aumentam a sua atividade sintética A população astrocitárias é composta por células estáveis, e mediante a estímulo se proliferam e podem responder hipertrofiando Aumenta a acidofilia do citoplasma e apresenta deslocamento periférico do núcleo Acúmulo de gemistócito no tecido caracteriza a gemistocitose. São células que sintetizam mielina no sistema nervoso central. No sistema nervoso periférico, quem produz mielina é a célula de schwann São menores que os astrócitos : fica próximo dos corpos celulares, próximo dos pericários. Frequentemente são chamados de células satélite. : formam fileiras entre as fibras nervosas, entre feixes axonais mielinizados. Tem pequena capacidade replicativa, contudo, por serem células estáveis, podem replicar frente a um estímulo. Mas, são muito sensíveis a injúria (principalmente a suspensão da oxigenação), só perdendo para os neurônios (e os astrócitos são mais resistentes). : É a multiplicação e agregação de oligodendrócitos ao redor de neurônios injuriados. Nessa fotomicrografia, há um neurônio degenerado, e ao seu redor, uma expansão de oligodendrócitos. Componente fagocitário autóctone do sistema nervoso central. Ao contrário dos macrófagos de outros territórios, que são células grandes, as micróglias são pequenas. – : São as micróglias que fagocitaram resto de mielina. Como a mielina é lipídica, gera o aspecto espumoso e microvacuolizado. AVC: neurônios vermelhos (mortos), progressivamente fragmentados e fagocitados pelas células da micróglia, junto da mielina. A limpeza desse território dará o ingresso de gemitócitos, que sintetizam matriz e repovoam essa região necrótica. É a agregação de fagócitos ao redor do pericário, ou seja, do corpo celular neuronal A neuroniofagia ocorre quando há morte neuronal. Os neurônios vermelhos vão sendo degradados pela ação das células da micróglia. Mais evidente quando há infecções neuronais, já que a célula infectada é fagocitada. : Agregados hipercelulares, associando células microgliais com astrócitos. Nódulos hipercelulares com frequente associação com astrócitos em infecções virais e por riquétisias. Nódulos gliais: agregados gliais mistos: células na micróglia + astrócitos. Esse é um corte de substância branca encefálica, e para quem não tem conhecimento, parece que as células presentes nesse tecido nervoso são as mesmas. Contudo, percebemos diferenças em seus núcleos. 1. Astrócitos: núcleo ovalado, cromatina frouxa, núcleos maiores, fracamente basofílico 2. Oligodendrócitos: núcleo arredondado, cromatina condensada, mais escura, bem basofílico 3. Microglia: núcleo alongado e pequeno, eventualmente tem pequena clivagem. Essa célula delimita os ventrículos e a cavidade medular. Inflamações do sistema nervoso central Envolvem muitos processos infecciosos transmissíveis e fatais. Muitas vezes, os sinais clínicos são inespecíficos, e por isso, muitas vezes o patologista é solicitado para o diagnostico etiológico e diferencial dessas lesões. Geralmente, esse diagnóstico já é pós mortem. Mesmo após a morte, é importante em termos de sanidade animal e saúde de rebanho, para que assim se tenha um controle da situação, e seja possível traçar uma solução : excelentes territórios para a propagação de vários microrganismo. Existe a barreira hematoencefálica, que é um limitante importante, mas uma vez ultrapassada, devido ao baixo acesso de componentes imunes no sistema nervoso, acaba sendo um território propenso. − Mesmo os patógenos considerados fracos e pouco virulentos podem produzir lesões severas e progressivas no SNC. – 1. Encéfalo: encefalite 2. Medula espinal: mielite 3. Epêndima: ependimite 4. Plexo coróide: coroidite 5. Meninge: − Pia/aracnóide: leptomeninge − Dura-máter: paquimeningite − Todas as meninges: meningite Tanto em encéfalo quando em medula espinal há substância branca e cinzenta. E existem termos para designar cada uma dessas regiões: 1. Inflamação da substância branca encefálica: leuco-encefalite 2. Inflamação da substância branca medular: leuco-mielite 3. Inflamação da substância cinzentamedular espinal: poliomielite (igual a doença viral humana). 4. Inflamação da substância cinzenta encefálica: pólio-encefalite 5. Todos o encéfalo (substância branca e cinzenta): panencefalite As vezes, é possível visualizar o gente no corte histológico, ou alterações relacionadas a ela, como corpúsculos de inserção, estruturas bacterianas e fúngicas etc. Quando isso é possível, o diagnostico é mais fácil, como no caso de: 1. Criptococose 2. Listeriose 3. Raiva 4. Cinomose 5. Aujeszky Contudo, quando não é possível, tentamos fazer o diagnostico etiológico pelo padrão das lesões e pela topografia dela. Mas, nem sempre é possível alcançar esse objetivo de diagnóstico etiológico. Em quadros infeciosos, temos três padrões principais de lesão: 1. Infiltrados linfocíticos: associados principalmente a infecções virais 2. Processos supurativos: principalmente relacionados a infecções bacterianas 3. Lesões proliferativas: principalmente associadas a lesões fúngicas ou por bactérias intracelulares. São os mais relevantes, disparando respostas não-supurativas. Então, normalmente, o que encontramos é: Neurodegeneração Infiltrados (manguitos) perivasculares mononucleares, principalmente linfociticos Gliose focal ou difusa Ou seja, é o aumento de células da glia., uma lesão inespecífica. Essa é a imagem clássica de padrão histopatológico da inflamação em encefalites virais. Vaso sanguíneo com espaço perivascular todo tomado por infiltrado mononuclear, com predomínio linfocítico (há alguns poucos macrófagos). O que distingue entre os processos é a distribuição desse processo inflamatório. Alguns processos infecciosos do SNC cursam com desmielinização, e como é restrita a algumas doenças, ajuda no diagnóstico diferencial. O corante Luxol Fast Blue cora a mielina de azul, e assim, podemos observar se há presença de desmielinização. Cinomose (morbilivirus): infecção viral canina, o animal desenvolve encefalite linfocítica, mas em associação ocorre desmielinização. Artrite encefalite (CAE): em caprinos (lentivirus) Visna Maedi (lentivirus): em ovinos Os tumores do SNC são infrequentes nos animais, e dentre as espécies mais acometidas está o cão, principalmente os braquicefálicos. E dentre esses tumores centrais, o de maior frequência é o tumor de meninge, o meningioma, que em geral são benignos.
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