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@farmasapiens 1 Células Gliais As células gliais são um grupo de células humanas que integram o tecido nervoso. Ainda que sejam responsáveis por uma série de funções dentro do Sistema Nervoso Central (SNC) e sejam bastante numerosas, muitas vezes, seu estudo é negligenciado e os neurônios ganham centralidade quando se trata do SNC. Tipos de células gliais O tecido nervoso é formado pelos neurônios, conhecidos por realizar o processo de transmissão de informações, e pelas células de glia, que desempenham diversas funções, de acordo com o seu tipo. Estima-se que, para cada neurônio, existem 10 células gliais, mas como elas são menores, ocupam apenas metade do tecido. De acordo com o tamanho, as células de glia são classificadas em dois tipos principais, são eles microglias e macroglias. Essa última possui ainda quatro subdivisões, cujas células têm estrutura e funções próprias, são os oligodendrócitos, astrócitos, células de Schwann, células ependimárias. Entre as funções desempenhadas pelas células gliais estão a nutrição, proteção e auxílio na sustentação do tecido nervoso. Microglias São um tipo de célula do SNC que entre outros papéis, tem função similar à dos glóbulos brancos na corrente sanguínea. As micróglias fazem a vigilância ativa no tecido cerebral e da medula. As micróglias exercem ainda papel nas respostas imunológicas do Sistema Nervoso. As microglias são um grupo de células gliais muito pequenas. Elas têm o formato alongado e possuem prolongamentos curtos e irregulares. O núcleo celular das microglias possui um formato de bastão e a cromatina encontra-se https://www.educamaisbrasil.com.br/enem/biologia/nucleo-celular https://www.educamaisbrasil.com.br/enem/biologia/nucleo-celular @farmasapiens 2 condensada. Esse grupo celular possui função atrelada à defesa imunológica do SNC. As microglias entram em funcionamento sempre que o indivíduo é acometido por uma infecção, lesão ou doença degenerativa. Nesse momento, há aumento na produção celular e elas realizam a fagocitose do agente causador do distúrbio. Astrócitos São células da neuroglia, são as mais abundantes do SNC e são as que possuem as maiores dimensões. Desempenham funções muito importantes como a sustentação e a nutrição dos neurônios. Tem projeções sobre os vasos sanguíneos. Os astrócitos fazem parte do grupo das macroglias. Essas células, como o próprio nome diz, possuem formato de estrela. Constituem o grupo de células gliais mais comum, além de serem as maiores encontradas no tecido nervoso. Os astrócitos estabelecem a ligação entre os neurônios e os capilares sanguíneos e a pia-máter. Eles também são responsáveis por regular algumas funções neuronais e criam uma barreira contra agentes tóxicos encontrados no sangue. Células de Schwann As células de Schwann compartilham com os oligodendrócitos a função de formar a bainha mielina nos neurônios, promovendo assim o isolamento elétrico das células. Contudo, sua atuação se limita aos neurônios localizados no sistema nervoso periférico. Cada célula forma a bainha em somente um neurônio e, para isso, se enrolam em volta dos axônios. Esse processo faz com que os impulsos elétricos sejam propagados de maneira mais rápida e eficiente. Oligodendrócitos A função dos oligodendrócitos é a mesma das células de Schwann. Contudo, esses grupos de células gliais se diferenciam pelo número de células envolvidas pela bainha de mielina criada e pelo tipo de células com os quais https://www.educamaisbrasil.com.br/enem/biologia/sangue https://www.educamaisbrasil.com.br/enem/biologia/sistema-nervoso-periferico @farmasapiens 3 interage. Enquanto cada célula de Schwann envolve apenas um neurônio, os oligodendrócitos podem envolver um total de até 60 axônios de neurônios. A outra distinção consiste no fato de que os neurônios envolvidos por esse grupo de células gliais são localizados no sistema nervoso central e não no sistema nervoso periférico, como acontece com as células de Schwann. Células Ependimárias Esse grupo de células gliais também é conhecido como ependimócitos e sua função é promover o revestimento do sistema nervoso. Dessa forma, elas possibilitam que haja a movimentação do líquido cefalorraquidiano (LCR) ou líquor. As células ependimárias estão presentes nas cavidades existentes no cérebro - os ventrículos - e no canal central da medula espinhal. Líquor: Líquido Cefalorraquidiano (LCR), é um liquido produzido nos ventrículos laterais (cavidades localizadas no interior do cérebro). Sua principal função é fornecer uma barreira mecânica e imunológica, protegendo o SNC (revestindo as cavidades encefálicas). Sua maior diferença está no número de proteínas. O líquor precisa ser cristalino (como a água), se apresentar coloração diferente é meningite (rigidez na nuca é um sinal de meningite também). Plexo coroide: é onde é formado o líquor (protetor, forma de abastecimento – sistema de proteção). Se a pressão intracraniana aumentar, os neurônios morrem e os movimentos são perdidos (só se movimenta os olhos). Quando isso acontece, é necessário retirara a calota craniana até o cérebro desinchar, e somente depois, recolocar a calota craniana (normalmente guarda-se o osso da calota na barriga através de uma pequena cirurgia). O tecido nervoso O tecido nervoso, no qual são encontradas as células gliais, realiza o processo de comunicação interna e externa do indivíduo. Desse modo, absorve mensagens e informações dos ambientes externo e interno e, após decodificá-las, elabora a resposta que será executada pelo indivíduo. https://www.educamaisbrasil.com.br/enem/biologia/cerebro @farmasapiens 4 Esse tecido é acionado sempre que identificamos um cheiro, sentimos um sabor, respondemos ao frio e ao calor. Ele também é acionado nos processos de aprendizagem, construção de memórias, pensamento e etc. Além disso, é o por ação do tecido nervoso que há produção de secreções pelas glândulas e respostas musculares. Se o vaso sanguíneo não tem poros, as substancias hidrofílicas não conseguem sair ou entrar nos vasos. Quanto mais lipossolúvel for a substancia, ela consegue passar com mais facilidade nos vasos encefálicos (substancias hidrofóbicas). Ex: barreira placentária (barreira biológica). O álcool não ultrapassa a barreira placentária dependendo da quantidade, mesmo quando ingerido altas doses, não passa 100% da bebida. O bebê pode desenvolver síndrome alcoólica fetal por excesso de álcool que ultrapassa essa barreira biológica. Podem ocorrer alterações morfológicas: atraso no desenvolvimento, podendo demorar mais para andar, falar, acompanhar o desenvolvimento escolar até aproximadamente os 9 anos de idade, depois disso, a criança pode ter um desenvolvimento de acordo com a sua idade.
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