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ENEM – FILOSOFIA A ÉTICA NA FILOSOFIA – Paradigmas II: Mitológico Período que antecede a Filosofia. É o paradigma mais antigo que temos conhecimento e pertencia aos povos até o século 7 de antes de Cristo. Sua cosmovisão é de que a Terra é o centro do universo que está todo ele preenchido de deuses e de espíritos que determinam e animam tudo. Mas este universo não passa da Terra, da Lua, do Sol e das estrelas. Este universo comandado por estes espíritos é terrível, pois a sua natureza atemoriza o homem com os seus fenômenos e as suas feras. Assim, diante deste cenário, o homem se torna pequeno e frágil. A concepção antropológica é de que o homem não se entende como alguém capaz de transformar o mundo onde vive. Para ele, a natureza o subjuga e o faz aceitar as incertezas de sua vida que era dependente da vontade dos deuses: se estivessem descontentes com algo e fizessem guerra entre eles, o homem também fazia guerra; se fizessem a paz, o homem assim agia. Também o homem suplicava a partir de orações e rituais a benevolência dos deuses ou dos espíritos para que não usassem de raios, por exemplo, para eliminar alguns humanos. Na Ética, o homem deve viver conforme a vontade incerta dos deuses. Diante desta situação já determinada, o homem só tem a resignação de ter a sua vida nas mãos dos deuses ou espíritos. Está proibida a revolta neste ambiente emocional de temor e de submissão. Inclusive todo o seu dia a dia é controlado pela vontade das divindades. O homem percebe-se como mais um membro da natureza com destino definido e sem possibilidade de alteração. A crise deste paradigma se agrava no período conforme o homem vai evoluindo em sociedade onde cada vez mais é exigido um entendimento mais exato, mais racional e passível de controle humano para administrar relações humanas cada vez mais complexas, sobretudo o comércio entre povos. O homem começa a sair da chamada Idade Média Antiga a partir de setecentos antes de Cristo e entrar no período onde a filosofia, a geometria e a matemática são mais requisitadas nas sociedades fundantes da cultura ocidental – leia-se gregos.
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