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PEDIATRIA I Relembrando: PNI Ao nascer: BCG, Hep. B Aos 2 meses: Pentavalente + VIP + Pneumocócica 10valente + Rotavírus Aos 3 meses: Meningo C Rede privada Aos 2 meses: Hexavalente + Pneumo 13 + Rotavírus pentavalente Aos 3 meses: Meningo ACWY e Meningo B 4 meses PNI: Vacina pentavalente VIP Pneumo 10 valente Rotavírus monovalente Rede privada: Pentavalente (hexa – hep B) + Pneumo 13 + Rotavírus Pentavalente 5 meses PNI: vacina Meningo C Rede privada: vacina Meningo ACWY e vacina Meningo B 6 meses PNI: Vacina Pentavalente VOP Rede privada: Vacina Hexavalente + Rotavírus Pentavalente + Pneumo13v PEDIATRIA I Apesar do PNI ter retirado o reforço de pneumo 10 do 6º mês, tanto SBP quanto SBIm continuam recomendando a dose Vacina contra influenza: A partir dos 6 meses de vida é ministrada em 2 doses com intervalo de 30 dias entre elas tanto na rede pública quanto na privada O vírus influenza é sazonal, sendo que no sudeste ele inicia circulação em meados de abril com pico em junho/julho. Por isso a necessidade de se vacinar antes do pico de circulação O influenza pode causar quadros muito díspares, de um simples quadro gripal até mesmo DRAG, pneumonias virais e levar a óbito, principalmente gestantes, crianças <2 anos e idosos Diferença entre as vacinas PNI: normalmente trivalente, sua composição no ano de 2020 foi: influenza A/Brisbane – H1N1 + A/South australia – H3N2 + B/Washington Privada: normalmente quadrivalente, sua composição em 2020 foi a mesma da trivalente acrescida de mais uma cepa B/phuket (yamagata) 9 meses Vacina de febre amarela Composição: vírus vivo atenuados da febre amarela (cepa 17D-204) Esquema de doses: 9 meses e 4 anos Via de adm: SC deltoide Casos graves podem levar a alterações cardíacas, hepáticas e falência renal Surtos com macacos mortos: vírus selvagem está circulando A doença Causada por um vírus da família Flaviviridae, gênero Flavivirus e transmisitida pela picada de mosquitos hematófagos Possui dois ciclos: selvagem (mosquitos Haemagogus e Sabethes infectam macacos) e urbano (Aedes aegypti infecta humano). O ciclo silvestre é endêmico, sob a forma de surtos com intervalos de 3 a 7 anos, mas irregularidade das ocorrências não permite afirmar que tenha uma apresentação cíclica; já os surtos humanos costumam ser precedidos por epizootias com mortes de macacos Os macacos que são infectados são picados pelos mosquitos na fase virêmica e o ciclo se amplifica e se mantém na natureza. Os mosquitos, uma vez infectados, assim ficam por toda a vida. Algumas vezes, os macacos infectados morrem, sendo a mortalidade desses animais um dos principais indicadores de vigilância epidemiológica da circulação do vírus e da doença O homem se infecta acidentalmente ao se aproximar ou entrar na mata (fase amarela selvagem), não existindo transmissão direta (pessoa para pessoa) Período de incubação: 3 a 6 dias PEDIATRIA I Sintomas comuns: febre, cefaleia, vômitos, icterícia, calafrios, manifestações hemorrágicas, oligúria ou anúria, coma, choque e bradicardia 12 meses Rede privada: reforços das vacinas Pneumo 13 + Meningo ACWY + Meningo B + Hepatite A + Tetra viral (varicela + sarampo + caxumba + rubéola) PNI: reforço da Pneumo 10v + reforço da Meningo C + Tríplice viral Tríplice viral: Composta de vírus vivo atenuado de sarampo, rubéola e caxumba Via de adm: subcutânea em região triceptal Esquema básico: 12 meses e 15 meses Proteção contra sarampo, caxumba e rubéola (doenças exantemáticas) Efeitos adversos: febre e erupção cutânea Contra-indicações: reação anafilática, adm de imunoglobulina humana, sangue total ou plasma nos últimos 3 meses Caxumba/parotidite epidêmica A doença Doença endêmica de transmissão respiratória, que esporadicamente se apresenta sob a forma de surtos Acomete principalmente crianças entre 5 e 9 anos, mas pode ocorrer em qualquer faixa etária Manifestações clínicas: edema doloroso nas parótidas (uni ou bilateralmente) e febre. Indivíduos masculinos (no período pré ou pós pubertário) podem apresentar orquite decorrente da caxumba (esterlite muito rara; é uma complicação frequente da doença). A meningite viral é uma complicação frequente, mas geralmente evoluindo sem sequelas PEDIATRIA I Agente causador: Paramyxovirus: parotidite Dosar amilase para diagnóstico diferencial Sarampo: A doença: Doença exantemática causada por paramuxovírus Sinais clínicos: febre, exantema macular, conjuntivite, síndrome catarral oculonasal com tosse seca. O quadro clínico característica é procedido por um pródromo de 2 a 3 dias, durante o qual o paciente apresente febre e exantema característico da doença em mucosa oral (manifestações de Koplik) Período de incubação: cerca de 10 dias Complicações: - Pneumonia bacteriana secundaria, com grande mobilidade e mortalidade em lactentes jovens. - Encefalite pós-infecciosa - Panencefalite esclerosante subaguda Rubéola A doença Doença exantemática de etiologia viral e comum na infância Transmissão: contato direto com secreção de pessoas infectadas via nasofaringe Período de incubação: 14 a 21 dias. Na semana que antecede o aparecimento da erupção cutânea, o paciente já transmite o vírus, permanecendo o contágio até uma semana após o início do exantema Pacientes assintomáticos ou oligossintomáticos. Sintomas: exantema macular transitório de progressa craniocaudal, adenopatia, particularmente retroauricular a cervical, conjuntivite e artrite especialmente nos pacientes mais velhos Grande risco da doenla: infecção de mulheres gravidas suscetíveis A infecção pode levar ao desenvolvimento de cardiopatia, alterações oculares e surdez Adquirida Vírus da rubéola (RNA) Exantema: maculo-papular, crânio-caudal Adenopatia: pré-exantema, retroauricular PEDIATRIA I Febre Articular (artralgia e artrite) Congênita Crianças sem anomalias Abortamento espontâneo Prematuridade Baixo peso Surdez Cardiopatia congênita Microcefalia Retardo mental Segurança do lactente de 4 a 12 meses Atualmente no Brasil: acidentes/lesões não intencionais são a principal causa de morte de crianças na faixa etária de 1 a 14 anos, representando uma séria questão de saúde pública no país Sufocação Obstrução das vias respiratórias seja por brinquedos, alimentos pequenos, objetos macios e até mesmo com conteúdo gástrico Essa é a principal causa de morte acidental de bebês <1 ano de idade Nos bebês, a falta de habilidade de levantar a cabeça ou livrar-se de lugares apertados coloca-se em grande risco Prevenção: corte os alimentos em pedaços bem pequenos na hora de alimentar a criança Não dê alimentos redondos e duros, como uvas, pipoca, cenoura crua e nozes para crianças < 1ano Remova do berço todos os brinquedos, travesseiros, cobertores, protetores e qualquer outro objeto macio quando o bebê estiver dormindo. Isso ajuda a reduzir o risco de asfixia A partir de 6 meses vida, é permitido deixar o bebê dormir com mantas pois ele já sabe virar Não deixe brinquedos pequenos, peças, botões, moedas ao alcance delas Não deixe as crianças sozinhas dentro do carro, mesmo com o vidro levemente aberto Quedas De 0 a 4 anos de idade, algumas características físicas e psicológicas próprias do desenvolvimento da criança podem favorecer a queda, como: Não reconhecem os perigos PEDIATRIA I Ainda estão desenvolvendo sua coordenação motora e o peso de sua cabeça possui uma proporção muito alta em relação ao peso total do corpo, o que favorece o desequilíbrio Prevenção: Instale grades ou redes de proteção nas janelas, sacadas e mezaninos Cuidado com pisos escorregadios e coloque antiderrapante nos tapetes Nunca coloque o bebê conforto em lugares altos, com superfícies lisas e escorregadias, como mesas e balcões Andador O bebê aprende a correr de maneira errada fora do tempo normal Atrapalha o processo natural da marcha Ensina o bebê a caminhar na postura errada Prejudica o exercício físico a criança despende menos energia Prejudica o desenvolvimento psicomotor Gera mais quedas do que o normal Oferece mais riscos de traumatismo craniano bebê Propicia independência à uma criança que ainda não tem maturidade para isso Desequilibra gerando mais risco de queimaduras e afogamentos Acidentes de trânsito Uso de dispositivos de retenção veicular reduzem em até 71% o risco de morte em acidentes de trânsito Ficar atento ao tipo de equipamento, idade, peso e tamanho da criança Só use o bebê conforto, cadeirinha e assento de elevação que possuam o selo do Inmetro Nunca saia de carro com crianças sem usar o bebê conforto, a cadeirinha ou o assento de elevação, nem mesmo para ir só até a esquina. Sempre colocar o cinto de segurança do dispositivo O airbag do passageiro pode machucar seriamente uma criança quando essa estiver sentada no banco da frente, por isso crianças sempre no banco de trás Entradas de garagens, quintais sem cerca, ruas ou estacionamento não são locais seguros para que as crianças brinquem (fora do alcance de visão do motorista) Queimaduras Causas: escaldadura, por convecção, por inflamáveis e por corrente elétrica Prevenção: PEDIATRIA I Não utilize toalhas de mesa compridas pois as crianças podem puxar esses tecidos derrubando sobre elas possíveis líquidos quentes causando escaldadura ou queimadura de contato Durante o banho de bebê, coloque primeiro água fria e verifique a temperatura da banheira imergindo a mão inteira na água, espalhando os dedos e movendo a mao por toda a extensão da banheira, para ter certeza de que não há nenhum ponto muito quente Não deixe as crianças brincarem por perto quando você estiver passando roupa ou utilizando outro aparelho que produza calor, como secador de cabelo. Ao utilizá-los, desligue, tire da tomada e os guarde longe do alcance de crianças Evite cuidar, ficar perto ou carregar as crianças no colo enquanto mexe em panelas no fogão ou manipula líquidos quentes. Até um simples cafezinho pode provocar graves queimaduras na pele de um bebê As tomadas devem estar protegidas por tampas apropriadas, esparadrapo, fita isolante ou mesmo cobertas por moveis Evite ligar vários aparelhos eletrônicos em uma mesma tomada Verifique sempre o estado das instalações elétricas. Substitua as fiações antigas e desencapadas. Os fios devem ficar isolados em locais adequados como canaletas e conduítes e longe do alcance das crianças Guarde fósforos, isqueiros, velas e outros produtos inflamáveis em locais altos e trancados, longe do alcance de crianças Muito cuidado com o álcool. Ele é responsável por um grande número de queimaduras graves em crianças. Nunca jogue álcool sobre chamas ou brasas, nem utilize esse produto para cozinhar Tire todos os aquecedores portáteis do alcance de crianças Afogamento Nunca deixe crianças sozinhas quando estiverem dentro ou próximas da água, nem por um segundo. Nessas situações, garanta que um adulto estará as supervisionando de forma ativa e constante o tempo todo Fique atento: crianças pequenas podem se afogar em qualquer recipiente com mais de 2,5cm de água ou outros líquidos, seja uma banheira, pia, vaso sanitário, balde, piscina, praia ou rio Piscinas devem ser protegidas com cercas de, no mínimo, 1,5cm de altura e portões com cadeados ou trava de segurança. Atenção: alarmes e capas de piscina garantem mais proteção, mas não eliminam o risco de acidentes Intoxicação A exploração do espaço é um atividade importante para o desenvolvimento infantil Crianças são naturalmente curiosas e colocar objetos na boca ou tentar pegar frascos com líquidos coloridos são comportamentos característicos dessa fase, mas que podem colocar os pequenos em grande risco de envenenamento e intoxicação não intencional PEDIATRIA I Crianças podem ser envenenadas por muitos produtos domésticos comuns, como produtos de limpeza, cosméticos, bebidas alcóolicas, plantas etc Quando exposta ao veneno, a criança sofre consequências mais serias do que um adulto, pois possui uma estrutura corporal menor, seu metabolismo é mais rápido e seus órgãos internos são mais vulneráveis a danos quando atacados por toxians Prevenção: Guarde todos os produtos de higiene e limpeza, venenos e medicamentos trancados, em lugar alto e fora do alcance de crianças Mantenha os produtos tóxicos em suas embalagens originais para não confundir as crianças Quando adquirir um brinquedo ou qualquer outro produto para a criança, certifique-se se ele é atóxico, ou seja, que não contenha componentes tóxicos Sempre leia os rótulos e bulas e siga corretamente as instruções ao dar remédios às crianças, baseando-se em seu peso e idade. Use apenas o medidor que acompanha as embalagens de medicamentos infantis Saiba quais plantas e ao redor de sua casa são venenosas, remova-as ou deixe-as inacessíveis para as crianças Entre em contato imediatamente como Centro de Controle de Envenenamento (CEE) de sua cidade para receber as orientações adequadas Caso clínico M.S.J., 9 meses, masculino, natural de Vassouras. Pai relata que há 40 minutos o paciente sofreu queda da escada, com o andador, cerca de 10 degraus. Refere que a queda foi assistida e houve trauma em locais diversos da cabeça sendo a região temporal direita o local mais acometido. Paciente estava andando de andador quando houve a queda, já que a escada de sua casa não possui cerca de proteção. Pai afirma extrema irritabilidade do lactente, porém, nega sonolência, vômitos, perda de consciência ou qualquer outro sinal de alarme imediatamente após o trauma. Nega alergia medicamentosa ou doenças de base. Paciente trazido ao pronto-socorro pelos pais, por meios próprios. Exame físico: Sinais vitais: FC 116 bpm, FR 36irmp Geral: lactente muito irritado, chorando, reativo, hidratado, corado, acianótico, anictérico e afebril, Glasgow 14 Cabeça e pescoço: presença de escoriações em região frontal e hematoma subgaeal importante em região têmporo- parietal bilateral com maior intensidade a direita. Durante a palpação observou hematoma sugaleal bilateral, de maior intensidade a direita, muito doloroso a palpação, com dificuldade na identificação de crepitações devido a irritabilidade do paciente Pupilas isocóricas e fotorreagentes Oroscopoia e otoscopia sem alterações Aparelho cardiovascular: ritmo cardíaco regular, em dois tempos, normofonéticas, sem sopros Aparelho respiratório: murmúrio vesicular universalmente audível, sem roncos de transmissão nasal, sem esforço respiratório Exame de abdome: flácido, indolor à palpação, timpânico, sem massas ou visceromegalias, com peristalse aumentada PEDIATRIA I Exame de MMII e MMSS: escoriações em membros, sem sangramento ativo, sem edema ou hematoma Durante o exame físico paciente iniciou quadro de sialorreia, olhar fixo e vago, sem resposta a estimulo verbal e abalos crônicos somente em mão direita Exames complementares TC de crânio: linha média centralizada, com sulcos. Hemorragia subdural e subaracnoide em região parietal direita Pontos de discussão: 1) Durante o exame físico, o paciente apresentou um quadro correspondente a que? 2) Qual conduta não farmacológica adequada para estabilizar o quadro apresentado durante o exame físico? 3) Em quais situações devemos realizar a TC? Respostas1) Quadro de traumatismo cranioencefálico grave e apresentou uma crise convulsiva focal 2) Importante iniciar o tratamento para estabilizar o paciente, primeiro com uma conduta não farmacológica seguida por uma conduta farmacológica: paciente será transferido para a sala vermelha. Sua cabeça deve ser posicionada para abrir as vias aéreas e evitar uma possível obstrução de vias aéreas superiores. Em seguida, deve-se aspirar as mesmas e oferecer O2 (via venosa ou inalatório) e simultaneamente começar a fazer punção venosa periférica para coleta de exames e monitorar FC e saturação de o2 continuamente. Inicia-se então a conduta farmacológica: diazepam ou midazolam
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