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Áreas de atuação do enfermeiro

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ÁREAS DE ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO 
 
 
 
Área de Atuação 
 
De acordo com a resolução 577/2018 entre diversas atribuições do 
Enfermeiro, está o exercício da liderança, ou seja, compreender todas as nuances da 
liderança e transpor a teoria para a prática é um desafio no cotidiano da gestão de 
pessoas, e cabe ressaltar que há grandes oportunidades de desenvolvimento nesse 
contexto. (SOARES; et al., 2016). 
Lorenzetti, et al. (2014) afirma que a gestão no ramo hospitalar se faz 
singular pela criticidade da execução das atribuições do enfermeiro, é uma atividade 
complexa, visto que, o gestor em tempo integral está à frente de tomada de 
decisões. 
Atividades como planejar o cuidado, coordenar ações da equipe de 
enfermagem, atender as perspectivas da instituição e dos clientes em relação à 
assistência, ser o elo entre a equipe e o paciente são algumas das demandas de 
trabalho que o enfermeiro desenvolve. Parte dessa gestão é garantir que tudo ocorra 
bem durante seu plantão, ressaltando ainda que há uma linha tênue entre ser líder e 
ser chefe que poucas pessoas reconhecem. Ser líder é você além de ordenar, se fazer 
presente e auxiliar a sua equipe visando o bem estar geral, em contra partida, ser 
chefe é somente ordenar e se importar apenas com os resultados apresentados e 
assim, consequentemente, não observando pequenos atos que podem ser 
prejudiciais para toda a organização. Sendo assim, concluímos que a partir dos 
resultados sobre o comportamento do líder, os profissionais poderão fazer uma 
reflexão da sua liderança, determinar o que melhor atende às expectativas dos 
profissionais de enfermagem e as necessidades das instituições hospitalares. 
O assédio moral no que diz respeito à profissão de enfermagem tem sido 
pouco estudado, apesar de apresentar consequências nefastas para o indivíduo, 
organização e sociedade. Segundo Sá (2008), constitui um problema, disseminado 
nos vários setores de prestação de cuidados, que pode originar um clima prejudicial 
ao profissional, conduzindo a estados de má saúde mental com reflexos na 
qualidade dos cuidados prestados. Pode, além disso, influenciar o enfermeiro, de 
modo a ser obrigado a abandonar a profissão. 
Os enfermeiros estão inseridos em equipas de trabalho onde existem vários 
fatores que podem afetar a motivação e coesão dos seus elementos. Por exemplo, o 
modo de interagir com a equipe e a forma de gerir os eventuais conflitos. Além 
disso, a perda de valores, como o da solidariedade, foi alterada por comportamentos 
perversos de inveja, rivalidade e de incentivo descontrolado à competitividade pelo 
emprego, proveniente de colegas de trabalho ou de superiores hierárquicos. 
Inúmeras vezes, os profissionais trabalham em estresse constante, a fim de dar uma 
resposta imediata e conclusiva aos seus superiores, podendo até mesmo encontrar-
se numa relação de subordinação injusta, em face de outros profissionais de 
trabalho com o mesmo grau de escolaridade e de responsabilidade, e também uma 
conclusão para os pacientes e seus familiares. 
É fundamental avaliar a natureza e a escala dos riscos para a saúde do 
trabalhador e aplicar medidas eficazes de controle. As recomendações sobre o 
assédio moral devem estar integradas num processo de dinamização, 
desenvolvimento, verificação e controle das condições de trabalho das empresas 
sendo como um pilar de sustentação a prevenção. 
A adoção de medidas preventivas é indispensável para se evitar um 
ambiente de trabalho destrutivo. Em 2003 a OMS propôs medidas que ressaltam a 
importância da criação de legislação específica com a efetivação de parâmetros 
preventivos para a ocorrência do assédio, como por exemplo, medidas de proteção 
às vítimas capazes de denunciar o assédio, suporte monetário e de reinserção laboral 
nas situações mais graves, e, medidas de punição para os agressores e 
empregadores, na proporção em que estes últimos permitiram o assédio. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Área 1 
Gestão de Urgências e Emergências 
 
As unidades de pronto atendimento funcionam 24 horas por dia, todos os dias da 
semana, e geralmente resolvem grande parte das urgências e emergências, como pressão 
alta ou baixa, febre, fraturas, cortes, infarto e derrame. Nas UPAs podemos realizar exames 
como o Raio X, eletrocardiografia, pediatria, laboratório de exames e leitos de observação 
com isso segundo o ministério da saúde 97% dos casos são solucionados na própria 
unidade. Isto ocorre, pois quando o paciente chega às unidades, os médicos prestam 
socorro imediatamente, controlando o problema e detalham o diagnóstico. Eles analisam 
se é necessário encaminhar o paciente a um hospital ou mantê-lo em observação por 24h. 
Porem foi evidenciado que a sobrecarga nos serviços de urgência e emergência 
resulta em dificuldades na gestão e regulação interna, desviando esses serviços, como o 
Pronto Socorro (PS), da sua função devido às internações e ocupações de leito neste setor. 
Sendo assim, criou- se a Acolhimento com Classificação de Risco (ACR), no qual os 
pacientes com menor risco são classificados com as cores verde e azul para a ordem de seu 
atendimento, sendo então, posteriormente, referenciados e contrareferenciados a Atenção 
Primária (AP) como, por exemplo, as UBS. 
 
 
 
Área 2 
Gestão de Avaliação e Controle em Saúde 
 
Nas décadas de 80 e 90, o conceito de “Qualidade” passou a circular nos meios de 
comunicação, levando as empresas a transformarem-se, com vistas ao futuro pela 
necessidade de sustentabilidade. Para um bom controle é necessário acreditar em padrões 
previamente aceitos, a acreditação tem início com uma avaliação de qualidade e de 
procedimentos baseada em padrões internacionalmente legitimados, gerando um conjunto 
de orientações para a organização, visando à melhoria do seu desempenho, não avaliando 
setores ou departamentos isoladamente, mas todos os serviços da organização, isto por 
que de acordo com a ONA , acreditar significa “conceder reputação a tornar digno de 
confiança” . 
São necessários alguns pontos para que ocorra a avaliação e o controle da 
qualidade de saúde que esta sendo oferecida como: O Foco no cliente entendendo as 
necessidades presentes e futuras do paciente, excedendo as expectativas do cliente. A 
Liderança mantendo a unidade com propósito e direção, mantendo um bom ambiente 
interno de organização, e liderar através de um bom exemplo. Uma abordagem Sistêmica 
de Gestão é totalmente necessária para identificar, entender e gerenciar os processos 
inter-relacionados, visando à eficácia da organização, com isso ocorrerá uma melhora 
contínua e com objetivo permanente. Tomar a decisão eficaz baseada na análise de dados 
e informações e estabelecer a base para criação de valor para as partes baseada no 
relacionamento. 
 
 
 
1. Arcari, Janete Madalena et al. Perfil do gestor e práticas de gestão municipal no Sistema 
Único de Saúde (SUS) de acordo com porte populacional nos municípios do estado do Rio 
Grande do Sul. Ciência & Saúde Coletiva [online]. v. 25, n. 2 [Acessado 7 Abril 2021] , pp. 
407-420. Disponível em: <https://doi.org/10.1590/1413-81232020252.13092018>. ISSN 
1678-4561. https://doi.org/10.1590/1413-81232020252.13092018. 
 
2. ZBITENCOURT, Julia Valeria de Oliveira Vargas et al. PROTAGONISMO DO ENFERMEIRO 
NA ESTRUTURAÇÃO E GESTÃO DE UMA UNIDADE ESPECÍFICA PARA COVID-19. Texto 
contexto - enferm., Florianópolis, v. 29, e20200213, 2020. Disponível em 
<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-
07072020000100207&lng=en&nrm=iso>. acesso em 07 de abril de 2021. Epub em 31 de 
agosto de 2020. https://doi.org/10.1590/1980-265x-tce-2020-0213. 
 
 
3. ZBRASIL. Ministério da Saúde. Manual instrutivo da Rede de Atenção às Urgências e 
Emergências no Sistema Único de Saúde (SUS) / Ministério da Saúde, Secretaria de 
Atenção à Saúde, Departamento de Atenção Especializada, 2013. 
 
4. ONA. OrganizaçãoNacional de Acreditação. Disponível em: http://www.ona.org.br 
https://doi.org/10.1590/1413-81232020252.13092018
https://doi.org/10.1590/1980-265x-tce-2020-0213
http://www.ona.org.br/

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