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ESTUDO DE CASO CLÍNICO N1

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CENTRO DAS FACULDADES METROPOLITANAS UNIDAS
ESCOLA DAS CIÊNCIAS DA SAÚDE
CURSO DE GRADUAÇÃO EM PSICOLOGIA
ESTUDO DE CASO CLÍNICO EM AVALIAÇÃO PSICOLÓGICA
CASO 5
Disciplina: Bases da Avaliação Psicológica
Docente: Me. Barbara C. Niero
Elaine Cristina O. da Silva - RA 1593870
Gabriel Goloni Lolo - RA: 5959667
Sandra Vasconcelos Ceolin RA 1699884
Soraia Aparecida Cunha Souto RA: 1488888
Valquíria T. Cavalli RA 8247586
São Paulo
2021
B.D.E., 22 anos, sexo feminino, solteira, estudante do primeiro ano de Administração em uma faculdade privada da cidade. Reside em um sítio com os pais e tem dois irmãos muito mais velhos, um de 42 anos e o outro de 40. Os pais de B.D.E. são idosos e a gravidez ocorreu quando a mãe tinha 41 anos de idade. Foi encaminhada para Avaliação Psicológica por dificuldades no desempenho acadêmico. 
A paciente relata ter um cotidiano normal, mas que sempre teve dificuldades na escola. Estudou em escola rural, a qual os professores a criticavam e diziam que ela nunca “seria ninguém na vida”. B.D.E. demonstrava estar sempre “no mundo da lua”, e era preciso repetir várias vezes as instruções das atividades. 
A paciente reclama de um zumbido persistente no ouvido, quando perguntada se sabe o motivo, ela diz que sempre sentiu isso, e o médico da Unidade de Saúde da Zona Rural lhe disse que era normal. Nunca passou por nenhum exame de audiometria e nem exames neurológicos. 
Quando tinha quatro anos, teve uma inflamação muito severa nos ouvidos, relata se lembrar de sentir muita dor. A mãe contou, posteriormente, que recorreu a uma simpatia, colocando um algodão embebido em azeite quente dentro do ouvido da criança, deixando por alguns dias. E que isso resolveu a inflamação “sem usar esse monte de remédio”. 
B.D.E. afirma que tem dificuldades de mergulhar em piscinas ou rios, sente muita pressão no ouvido. E que quando viaja também se sente muito enjoada, desorientada, e com mal estar. 
B. é bastante retraída, acredita que por conta de sua dificuldade de aprendizagem e compreensão, é motivo de piada aos amigos. Frequentou a igreja com a família durante a infância e a adolescência, mas atualmente, diz que não sente vontade de frequentar as missas. Isto é um motivo de grande conflito entre ela e os pais. 
Diz que sempre se sentiu muito sozinha, pois a mãe não tinha tempo e nem paciência para brincar. É a única filha do sexo feminino, e considera que os irmãos e o pai são demasiadamente protetores. Não se considera uma mulher atraente, costuma usar roupas largas para disfarçar a magreza e os cabelos sempre presos. Gostaria de usar maquiagem, mas relata que as poucas vezes que tentou se maquiar “fiquei parecendo uma palhaça”. Relata que sente “vontade de sumir” e acredita que ninguém sentiria sua falta.
QUESTIONÁRIO
1) Qual é a queixa ou demanda inicial identificada no caso pelo grupo? Forneçam detalhes, eventos, características encontradas no caso que consideram relacionadas à queixa. 
A paciente B.D.E. apresenta um caso complexo, com queixas variadas que começam pelo aspecto físico, por um incomodo persistente no ouvido e um mal estar generalizado, se estendendo para o emocional, apresentando uma elevada baixa de autoestima, dificuldade de relacionamento e baixo desempenho acadêmico, além da dificuldade de concentração.
2) Tendo em vista a queixa levantada, quais construtos o grupo acha necessário investigar no caso? Justifiquem as escolhas com base no histórico do caso. 
	Através dos debates em grupo consideramos importante ser avaliados construtos cognitivos (atenção, memória, memória ecóica, organização perceptual auditiva, inteligência), características da personalidades (problemas de ensino e aprendizagem, comportamento e relação) e afetos. Tais construtos devem ser avaliados e/ou testados para melhor compreensão da queixa inicial, baseado na entrevista e anamnese. 
Destacamos os contrutos abaixo para o caso analisado:
Atenção: verificar se ela tem foco para isso utiliza-se bateria strup de atenção- Bender.
Memória de longo prazo: se consegue através da atenção reter informações de longo prazo
Organização perceptual auditiva: se sua memória ecoica capta o processo operacional verbal. Memória Ecóica: é um componente da memória de curto prazo (entre três e quatro segundos) responsável por reter as informações auditivas. A imagem sonora permanece ativa na mente e pode ser reproduzida durante esse breve período após a apresentação do estímulo auditivo. (Téllez Muñoz, 2005)
Caraterísticas da personalidade: Se existe traço de personalidade como o neuroticismo, que se for intenso, pode vir a causar muito sofrimento e dificuldade de relacionamento ao paciente. Afeto: a partir da definição de Bock, Fortado e Teixeira (2008) o estudo dos ajudam avaliar as situações, servindo de critério de valorização positiva ou negativa para as situações da nossa vida. Preparam nossas ações, logo, participam ativamente da percepção que temos das situações vividas, e do planejamento de nossas reações ao meio. Deste modo, através da entrevista percebe-se sua dificuldade de relacionamento sente-se só, sua vida social foge dos padrões social e cultural, causando estranheza e dificuldades de inserção em vários contextos. 
Inteligência: De acordo com Bock, Fortado e Teixeira (2008) os atos adjetivados como inteligentes acabam sendo afetados pelos componentes afetivos e cognitivos, logo é fundamental a análise dos construtos anteriores para se analisar a inteligência. Para isso utiliza-se o teste WAISS III.
3) Utilizando o site do SATEPSI e a literatura correlata, quais instrumentos de avaliação vocês acham que poderiam utilizar neste caso? Por que?
· Indicador de Inteligencia Geral: A paciente apresenta um quadro de comprometimento geral da inteligência que deve ser investigado com atenção. Desde a dificuldade de aprendizado ao longo da vida, a dificuldade de relacionamento interpessoal, e dificuldade de atenção. Todo seu quadro é comprometido. quadro de co
· Coleção de Testes de Atenção: Não está claro se a paciente tem dificuldades de atenção comprometida devido a dificuldade auditiva, ou à deficiência cognitiva. Portanto entendemos que testes de atenção devam ser aplicados.
· Poderíamos utilizar o teste AC 15 para avaliar a capacidade de concentração de BDE porque os professores diziam que ela estava sempre distraída. A paciente relata que sempre apresentou dificuldades na escola, principalmente em manter a concentração. Esse teste é dividido em três partes, em que o candidato deve, dentro do tempo limite, conferir pares de palavras e números. Por meio dos resultados será possível comparar o rendimento nos primeiros minutos e inferir dessa comparação se a pessoa aumentou sua produção com o transcorrer da prova, se a manteve estável ou se a sua produção caiu no final. A consistência do desempenho introduz na avaliação a verificação da fadiga, a resistência à monotonia e de modo indireto o interesse pelo tipo de trabalho realizado. A correção é realizada pelo total de acertos, pela avaliação quantitativa e qualitativa. 
4) Sabemos que a Avaliação ainda não foi realizada. Por isso, criem um cenário hipotético de resultado da avaliação. Quais encaminhamentos vocês acham que poderiam incluir na devolutiva, diante deste cenário?
	É fundamental que ocorra uma coleta de informações aprofundadas sobre a paciente em terapia, focando em áreas mais importantes de sua vida. Para fundamentar a formulação de hipóteses diagnósticas iniciais, encaminhando com médicos especialistas em fonoaudiólogo, exames como audiometria e neurologista.
5) Quais informações da história do caso vocês acham que poderiam ser aprofundadas ou abordadas? Com que aspecto da investigação estas informações poderiam contribuir? 5) Quais informações da história do caso vocês acham que poderiam ser aprofundadas ou abordadas? Com que aspecto da investigação estas informações poderiam contribuir?
	Nosso grupo entende que seria bastante relevante investigarmos alguns pontos. Nos chama atenção o fato de B.D.E. ter nascido quando sua mãe já tinha41 anos de idade, o que pode ter trazido implicações para sua saúde pela maternidade tardia.
Deve-se investigar detalhadamente com otorrinolaringologista e neurologista as consequências da inflamação no ouvido que a paciente teve na infância. Quando não tratada, a perda auditiva pode causar um grande impacto na vida das pessoas, afeta a qualidade de vida de diversas maneiras. Cada indivíduo sente as consequências da perda auditiva de uma forma, mas a maioria precisa encarar problemas sociais, físicos e psicológicos decorrentes da deficiência auditiva. Não conseguir ouvir sons comuns do dia a dia pode ser muito estressante para quem sofre com a perda auditiva não tratada. Além da irritação diária, o estresse pode levar a outras consequências mais graves.
Deve-se aprofundar o fato de B. D.E ter dificuldades na escola estar relacionada a questões neurológicas por causa do mal-estar, desconforto e zumbidos no ouvido que a paciente relatou. Inclusive desde 4 anos de idade e persistindo até hoje em situações de viagem. O fato de B.D.E ter sofrido muito bullying também é um ponto que merece atenção pelas consequências caudadas em seu comportamento retraído e na questão da autoestima e autoimagem.
Dentre as principais etiologias relacionadas à perda brusca de audição estão as de origem inflamatória (virais, bacterianas, autoimunes e alérgicas), fatores vasculares, afecções neurológicas degenerativas, tumores e traumas (Russo e Santos, 1993; Galindo, 2007). As consequências desses rebaixamentos de limiares auditivos a partir do grau moderado podem ser amenizadas com o uso de recursos de amplificação sonora e, nos casos mais graves, pode ser associada à leitura orofacial e ao uso da língua de sinais (WHO, 2006a).
Durante o processo de diagnóstico, é possível fazer intervenções concomitantes à avaliação que tragam importantes benefícios aos pacientes, contribuindo para operar mudanças significativas no plano comportamental e emocional, visando melhor adaptabilidade social da pessoa. Logo, vale considerar que os efeitos da avaliação clínica dependem não somente de conhecimentos específicos, mas também da postura acolhedora e ativa dos profissionais em relação aos pacientes levando por meio de um breve processo de atendimento a uma condição de vida melhor.
REFERENCIAS
GALINDO, C. A surdez súbita. Disponível em: . Acesso em: 3 nov. 2007.
RUSSO, I. C. P.; SANTOS, T. M. M. A prática da audiologia clínica. 4. ed. São Paulo: Cortez, 1993.
WHO - World Health Organization. Iniqüidades em saúde no Brasil, nossa mais grave doença. [online]. 2006c. Disponível em: http://www. determinantes.fiocruz.br. Acesso em: 10 ago. 2006.
https://www.cepelpsicologia.com.br/produto/ac15-atencao-concentrada/ acesso em 06/05/2021 às 10:05

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