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MARCOS MENDONÇA 
CURSOVILABRASIL.COM.BR
PÁGINA 2 
INTRODUÇÃO
 Este curso é destinado para professores que estejam iniciando a carreira 
de ensino de português como língua estrangeira, ou mesmo para aqueles que 
já possuem experiência em outra língua, mas que querem saber como organizar 
melhor uma aula de português. 
 Nele você terá uma noção básica das abordagens utilizadas no ensino de 
línguas para que suas aulas tenham sempre um embasamento teórico. Aprenderá 
na prática também a organizar um plano de curso a partir de um syllabus, fazer 
planos de aula, selecionar e preparar materiais didáticos, além de receber dicas e 
sugestões de atividades. 
APRESENTAÇÃO
Introdução
O que é ensinar uma LE?
 Onde ensinar?
 Qual abordagem utilizar?
 Como elaborar um curso PLE?
 Planejamento de curso
 Plano de aula
Referências
O QUE É ENSINAR UMA LE?
 Primeiramente, devemos levar em consideração que para se ensinar 
uma língua, é necessário haver uma preparação por meio de uma formação. 
Diferentemente de como faz parte do senso comum acreditar que falantes 
nativos já estão prontamente aptos para o ensino da própria língua. Professores 
dessa área sabem muito bem os desafios que se apresentam quando estamos 
de fato em sala de aula. 
 Podemos ilustrar com exemplos a necessidade de uma formação. 
Professores de português como L1 (ou seja, primeira língua) passaram por uma 
formação acadêmica, estagiaram e entraram no mercado de trabalho, de maneira 
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PÁGINA 3 
que se tornaram preparados para o ensino de português para brasileiros. Quando 
estes mesmos professores se deparam com alunos estrangeiros, percebem que 
a forma de ensinar é muito diferente. Os conteúdos e as estratégias são outras, e 
é bem possível que, não havendo uma preparação, eles não saibam como agir. 
 Caso semelhante acontece com professores de português para estrangeiros 
indo para a sala de aula repleta de brasileiros, ou então um professor de inglês que 
queira atuar no ensino de outra língua. É sempre preciso conhecer as diferenças 
e se adaptar a elas. O objetivo deste curso é mostrar como você pode se preparar 
e elaborar um curso de português para estrangeiros. 
 Uma grande diferença entre ensinar língua materna e língua estrangeira 
está entre os conceitos de aquisição e aprendizagem. Quando falamos sobre 
aquisição, podemos usar como exemplo, para facilitar a compreensão, a maneira 
como as crianças adquirem a língua. Desde o útero, somos expostos à fala e, 
quando nascemos, estamos em contato constante com nossa língua materna, de 
forma que não precisamos ir para a escola para aprendê-la. Nem mesmo somos 
ensinados sistematicamente por nossos pais e outros adultos nos primeiros anos. 
 
 Quando vamos para a escola, já sabemos nos comunicar tranquilamente, 
cabendo à educação institucional nos ensinar a escrever e a dominar os códigos 
formais. Já quando aprendemos uma segunda língua, vamos a um curso ou 
temos aulas particulares. Seja como for, é preciso que alguém nos ensine como 
falar e a partir desse processo, envolvendo um tutor, vamos aprendendo essa 
nova língua. 
 Resumidamente, de acordo com Krashen (apud SILVA, 2017) não existe 
uma separação categórica entre essas duas práticas quando tratamos de sala 
de aula, uma vez que nossos alunos podem vivenciar momentos de aquisição, 
quando, por exemplo, discutem com seus colegas ou professores utilizando a 
língua-alvo. Da mesma forma que uma criança ainda em fase de aquisição da 
língua materna pode ter momentos de aprendizagem, quando é corrigida pelos 
pais. 
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ONDE ENSINAR?
 Temos muitas possibilidades de ensinar o português. Podemos ser 
professores de um curso formal com salas de aula, onde nossos alunos vão 
regularmente; podemos ser professores particulares e ir ao encontro dos 
estudantes em suas casas, trabalhos ou mesmo cafés e restaurantes; há ainda 
a possibilidade de ensinar a distância por meio de videoconferências utilizando 
ferramentas como Skype e Zoom.
 Nossas aulas podem ser tanto no Brasil quanto no exterior e isso faz uma 
diferença significativa. Utilizando como exemplo alunos que fazem um curso no 
Brasil, eles passam cerca de 1h30 em sala de aula ouvindo e falando português 
e, ao saírem, precisam falar com outros brasileiros como o motorista do ônibus 
ou do Uber, os vendedores das lojas, os prestadores de serviço como atendentes 
de telemarketing e muitas vezes precisam resolver questões burocráticas. A isso 
chamamos de imersão, o que quer dizer que eles de fato estão em contato com 
a língua falada no país e com a cultura. O oposto disso, pode ser exemplificado 
com um aluno que estuda português em seu país de origem e, após o fim de sua 
1h30 de aula, ainda que utilize vários recursos como ler livros, ver filmes e fazer 
exercícios em português, ele não tem acesso direto à sociedade brasileira. Nesse 
caso consideramos que é um contexto de não-imersão. 
 No entanto, não devemos julgar que fazer um curso no Brasil seja 
obrigatoriamente imersão e fazer um curso fora do Brasil seja necessariamente 
não-imersão. Há muitos casos de estrangeiros que moram no Brasil e só têm 
contato com o português durantes as aulas. Fora disso, se isolam e vivem 
completamente em suas línguas nativas ou utilizam inglês para se comunicar 
com os brasileiros que conhecem. Há também a possibilidade de um estrangeiro, 
vivendo em seu país, fazer aulas e se cercar de músicas, áudios, vídeos, falar com 
brasileiros pela internet e estudantes de universidades locais, além de frequentar 
comunidades brasileiras. 
 É sempre preciso analisar com cuidado quando tratamos sobre imersão e 
não-imersão e nunca as julgar fora de contexto. Muito disso também está ligado 
à dedicação e disposição do aluno, independentemente de onde esteja. 
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PÁGINA 5 
QUAL ABORDAGEM UTILIZAR?
 Quando falamos sobre abordagem, nos referimos à concepção filosófica 
que temos sobre o que é língua e como isso vai nos guiar na elaboração de nosso 
curso e determinar a forma de nossas aulas. No passado, quando ainda não havia 
estudos sobre a área de aprendizagem de línguas, a maneira mais comum de 
se aprender outros idiomas era por meio do método da gramática e tradução. 
Não havia materiais didáticos específicos, senão os próprios livros literários e 
acadêmicos na língua-alvo, os dicionários e os compêndios gramaticais. 
 Ainda que essa maneira de ensinar e aprender já não seja mais encontrada 
nos cursos de línguas, ainda está presente no imaginário de muitas pessoas que 
acreditam que para aprender uma língua precisam estudar bastante gramática 
e saber a tradução exata de cada termo. Acontece que as línguas não possuem 
equivalências exatas e diretas, e qualquer pessoa que tentar traduzir e entender 
algo literalmente em algum momento irá se frustrar. 
Abordagem estruturalista
 Por volta das décadas de 1960 e 1970, a abordagem de ensino que se 
difundiu foi o estruturalismo. Influenciado pelo comportamentalismo, vertente 
da psicologia, os métodos utilizados eram a repetição e o preenchimento de 
lacunas. Nessa abordagem, a língua é tida como uma estrutura hierárquica 
(fonética, morfologia, estruturas sintáticas) e o foco é a aprendizagem das 
estruturas linguísticas em si, sem a devida atenção ao contexto. Todavia, ainda que 
seja tratada como uma abordagem do passado, aindahoje utilizamos exercícios 
estruturalistas quando temos determinados objetivos. Veja o exercício a seguir.
Você mora em São Paulo? Moro, sim.
1. (começar) Você ____________ o curso amanhã. Eu ____________ hoje.
2. (morar) A senhora ____________ aqui? ____________, sim.
3. (morar) Eu não ____________ em apartamento. E você?
4. (morar) Nossos amigos ____________ na Espanha.
5. (falar) Ele ____________ inglês e alemão e ela ____________ espanhol.
6. (morar) Vocês não ____________ no Brasil? ____________, sim.
7. (falar) O senhor ____________ francês, mas eu não ____________. 
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 Esse exercício é retirado do livro Falar... Ler... Escrever em português. 
Considerando que tenhamos alunos bem iniciantes e que ainda não tenham 
insumo para se comunicar sobre determinado assunto, podemos utilizar, 
sem peso na consciência, exercícios para trabalhar pontos específicos, seja de 
gramática, seja de vocabulário. 
 Nesse exercício, o foco é a conjugação dos verbos terminados em -ar 
(primeira conjugação) no presente do indicativo. Após ser apresentado à estrutura 
de conjugação dos verbos regulares, pede-se ao aluno que preencha as lacunas 
com a conjugação adequada do verbo, seguindo pessoa e número. Mesmo que 
se diga que o estruturalismo não leva em consideração o contexto cultural e 
foca somente na gramática, ainda assim é possível a partir desse exercício que o 
professor ou professora aborde questões de formalidade no português do Brasil, 
como a utilização de “você” e “senhor/senhora”, uma vez que língua e cultura não 
são separáveis. 
Abordagem comunicativa
 Essa abordagem começou na década de 1960, se tornou popular nos anos 
80 e é bastante utilizada até hoje. 
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 Nessa parte do livro, vemos que há um texto produzido com objetivo 
didático, ou seja, foi produzido especialmente para o livro com fins pedagógicos, 
e não retirado de algum material autêntico1. 
 Abaixo, temos um diálogo também artificial feito a partir de um roteiro. 
Notamos que na abordagem comunicativa, não só a leitura e escrita, mas 
também a produção e compreensão oral são abordadas, o que já é uma inovação 
em relação ao estruturalismo. 
 
 Como você pode observar, o enunciado não deixa claro se os alunos devem 
produzir em seguida diálogos próprios com os colegas ou escrever sozinhos em 
seus cadernos, pois não é possível inferir isso do verbo organizar. No entanto, fica 
a critério do(a) professor(a) elaborar atividades a partir desse exercício. 
 Ao lado, temos a apresentação de expressões e vocabulário pertinente 
quando se trata de pedir e dar informações. A maioria dos livros didáticos que 
temos atualmente segue a abordagem comunicativa. 
Abordagem sociointeracional
 A abordagem sociointeracional surgiu a partir dos conhecimentos da 
sociolinguística aplicados ao ensino de línguas. Ela não considera o ser humano 
como uma tábula rasa ou um sujeito passivo que apenas recebe o conhecimento 
de seus instrutores. Pelo contrário, o conhecimento é construído a partir de nossa 
relação com o mundo e também do mundo em relação a nós mesmos, sempre 
num processo dinâmico de troca que leva não simplesmente à comunicação, 
mas à interação. 
 Aprender uma língua, de acordo com essa abordagem, envolve o fato 
de estarmos inseridos em um contexto social que está repleto de sistemas 
simbólicos construídos. Por exemplo, alguns objetos podem ser considerados 
como elementares para nós, de maneira que nunca contestamos a natureza de 
suas existências. No entanto, se formos a uma outra cultura, podemos constatar 
que a relação das pessoas daquela realidade com seus objetos é diferente. 
1 Material autêntico são documentos da língua escrita e oral correntes do dia a dia de um 
povo, como por exemplo reportagens de uma revista, o vídeo de um telejornal ou novela, uma 
reportagem de rádio. São materiais não produzidos com um fim didático, mas que podem ser 
usados com esse intuito. 
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 No Brasil, por influência da cultura europeia, temos portas com maçanetas 
e dobradiças, a qual chamamos de “porta”. Já no Japão, as portas tradicionais 
correm por um trilho. Tanto é que para nomear as “portas ocidentais” que 
conhecemos, os japoneses precisaram emprestar o termo do inglês2. Esse é 
apenas um exemplo entre muitos outros que demonstram a relação da cultura 
com a língua, e como ensinar língua vai muito além de ensinar palavras. Nós 
professores, somos responsáveis por proporcionar a mediação de todo um 
universo simbólico aos nossos alunos. 
 Assim, considerando que os aprendizes já possuem toda uma 
bagagem e uma formação cultural trazida até aquele momento, os exercícios 
sociointeracionais buscam usar essa base dos alunos para que eles possam 
construir um novo conhecimento.
 Podemos observar no exercício abaixo, retirado do livro Interagindo em 
português (apud SILVA, 2017) que algumas informações não são dadas a priori. 
Assim, o aluno é estimulado a utilizar seus conhecimentos prévios. Por exemplo, 
quem são as pessoas do diálogo? O que elas estão fazendo? Em que contexto 
estão inseridas?
2 O termo japonêsドア(doa) é um empréstimo da palavra “door” para designar portas com 
dobradiça.
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O excerto exemplar constitui pequena amostra de atividade 
sociointerativa. Além de acionar conhecimentos do conteúdo explícito 
nas estruturas e outros da construção delas próprias, evoca pressupostos 
nas informações que são de ordem socioculturais. A seleção vocabular de 
algumas palavras e expressões, como “supercaseiro” e “Nem te conto o 
que aconteceu” revela que os personagens do diálogo se tratam de duas 
pessoas que estabelecem relação de amizade, pois, associadas a outras 
textuais, tais palavras, típicas de registro informal de fala, são usadas por 
pessoas próximas. O comando da atividade conduz o aprendiz a elaborar 
estratégias inferenciais sobre os participantes do diálogo, estratégias 
essas que vão sendo construídas nas instâncias da interação, exigindo, 
também, um conhecimento de mundo que envolve tanto a dimensão 
social quanto a cultural sobre tais pessoas. Assim sendo, justifica-se que o 
exercício contempla técnicas peculiares à Abordagem Sociointeracional, 
embora o diálogo já se apresente construído. (SILVA, 2017, pp. 44-45)
COMO ELABORAR UM CURSO DE PORTUGUÊS?
 Diferentemente do conteúdo programático de português como língua 
materna, em que os alunos são divididos por faixa etária, nos cursos de língua 
estrangeira em geral (não somente os de português), a divisão é feita por nível de 
conhecimento. 
 
 Provavelmente, você está familiarizado(a) com a estrutura de cursos 
divididos em básico, intermediário e avançado, além do fato de que as turmas 
de línguas estrangeiras são normalmente bem heterogêneas. Nelas se podem 
encontrar pessoas de diferentes idades vindas de lugares diferentes. 
 Esses níveis são determinados por meio de um syllabus. Ou seja, um 
documento que organiza o conteúdo e a ordem em que esse conteúdo deve ser 
dado. Temos na página seguinte o exemplo do syllabus3 de iniciante 1, utilizado 
no curso Vila Brasil.
3 O syllabus geralmenteé convencionalmente compartilhado entre os cursos de língua mundo 
afora, de maneira que há uma uniformidade de conteúdos. Todavia, o ensino de cada língua 
tem suas especificidades, uma vez que algumas línguas têm estruturas mais complexas que 
outras que devem ser ensinadas em níveis mais elevados, o que determina uma organização 
diferente de conteúdos. O mesmo pode ocorrer no léxico: algumas culturas podem considerar 
mais importante que determinados temas sejam ensinados antes de outros.
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 A organização desse conteúdo segue uma gradação lógica. Basta pensar o 
que normalmente aprendemos no primeiro dia de aula de qualquer língua nova 
que vamos aprender. Aprendemos a cumprimentar as pessoas, falar sobre quem 
nós somos e perguntar para elas quem elas são. 
 Bom dia, meu nome é Maria. Sou brasileira. Eu falo português.
 Assim, nessa primeira aula o estudante vai aprender um cumprimento 
comum no Brasil (bom dia), utilizar pronomes (eu, meu), verbos no presente do 
indicativo (sou, falo) e falar sobre línguas e nacionalidades (brasileira, português). 
Além disso, a função comunicativa desse aprendizado é cumprimentar e se 
apresentar. O syllabus é feito para que o(a) professor(a) organize não apenas sua 
aula, mas todo o curso e possa avaliar o progresso do aluno. Não cabe ao aluno 
saber claramente que, em determinada aula, está aprendendo pronomes, verbos 
no presente e que usará isso para cumprimentar e se apresentar. 
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 O exemplo dado a partir do syllabus do iniciante 1 demonstra uma maior 
concretude. No entanto, veja como em um nível mais avançado as ideias se 
tornam mais abstratas. 
 Tendo conhecimento do que vai ser trabalhado, nossa aula fica muito mais 
objetiva, organizada, bem estruturada e temos claro o que nosso aluno deve saber 
e ser capaz de utilizar ao fim de uma atividade ou aula. Assim, sabemos que por 
trás de um exercício em que o aluno é estimulado a dizer “se eu fosse você, eu 
procuraria outro emprego”, está toda uma estrutura que determina o que deve 
ser trabalhado, não somente em relação à gramática e ao léxico, mas também a 
função comunicativa daquilo. 
Dica: procure na internet syllabus feito para outros cursos de línguas. 
Veja se nos materiais didáticos que você tem acesso não há um syllabus 
no índice ou no início de cada unidade. Pergunte para outros professores 
se eles não têm acesso a um syllabus.
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Planejamento de curso
 Aqui apresentamos um exemplo de planejamento básico e simplificado 
para que você possa organizar com mais facilidade um curso de português. Tendo 
claro o conteúdo e os objetivos que o aluno deve alcançar, além dos prazos, suas 
aulas ficam muito mais proveitosas e passam um sentimento de maior confiança 
e profissionalismo para o aluno.
Nível: Iniciante 1
Data de início e término: 01/03 a 05/03
Duração da aula: 1h30
Perfil da turma/aluno: Aula particular com aluna da Inglaterra
Conteúdo:
Aula 1 – Cumprimentos e apresentação
Aula 2 – Falar sobre informações pessoais
Aula 3 – Falar sobre interesses
Aula 4 – Falar sobre rotina
Aula 5 – Revisão
 O curso hipotético foi elaborado para aulas individuais com uma aluna 
inglesa e tem a duração de uma semana, com aulas de 1h30 todos os dias. Ou seja, 
um total de 7h30. O conteúdo descreve o que pode ser razoavelmente trabalhado 
durante esse período. Lembre-se de que o conteúdo deve estar sempre dentro 
do que é possível trabalhar, seja em relação ao tempo, seja quanto à dificuldade.
 
 Na primeira aula, é feito um momento inicial de apresentação do(a) 
professor(a) e do(a) aluno(o). Esse é um momento em que o(a) professor(a) 
tem a oportunidade de traçar um perfil básico sobre o aluno e conhecer suas 
expectativas. Por exemplo, ao sabermos sua língua materna, podemos, com a 
devida experiência, já ter uma noção e prever padrões comuns de determinadas 
nacionalidades. 
 O aluno já estudou português antes ou vai começar completamente do 
zero? Já estudou espanhol? É fluente ou não? Saber disso faz bastante diferença. 
No caso desse curso hipotético, infere-se que o professor já tenha noção de que 
a aluna é do nível básico total (ela pode ter informado previamente que não fala 
nada de português). 
 Caso você não saiba nada do aluno, é aconselhável se preparar para 
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muitas possibilidades. Desde uma aula para um completo iniciante até um texto 
autêntico retirado de algum portal de notícias bem avançado, por exemplo. Se 
for esse o caso, de você não saber quem é seu aluno com antecedência, utilize a 
primeira aula como uma forma de traçar o perfil do estudante e os objetivos. Só 
então, após isso, você poderá organizar o plano de curso. Quando se trata de uma 
turma, é mais comum que já se saiba o nível dos alunos, uma vez que eles foram 
nivelados para a formação do grupo. 
Dica: Tenha sempre um plano B, C e D. Ande com uma pasta com 
exercícios de vários níveis quando você ainda não conhece o aluno. 
Esses planos extras também poderão ser usados em outros momentos, 
quando algo der errado em sala de aula. 
 O conteúdo do curso é organizado a partir de um syllabus, mas não 
necessariamente é uma cópia dele. Adeque-o à duração do curso e divida os 
conteúdos pelas aulas como achar mais pertinente. Alguns tópicos podem ser 
trabalhados mais rapidamente, de forma que ocupam só uma parte da aula, 
enquanto outros podem ter que ser divididos ao longo de mais dias. Cada tópico 
é o ponto inicial para se pensar nas estratégias e materiais que serão utilizados. 
Plano de aula
 O plano de aula abaixo foi elaborado hipoteticamente para uma turma 
de iniciante 2, a fim de ilustrar como você pode organizar uma aula. Leve em 
consideração que os estudantes ou já passaram pelo iniciante 1 ou entraram 
na turma por meio de nivelamento. O plano foi bem detalhado com o tempo 
de realização de cada atividade, o que pode ser útil para professores que estão 
iniciando o trabalho e ainda precisam de um maior controle e organização para 
não se perderem. 
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Data: __ /__ /__ 
Duração da aula: 1h30
Tópicos gramaticais: Pretérito perfeito
Tópicos lexicais: Moradia e partes da casa
Objetivos:
• Identificar partes da casa
Dica: Trace os objetivos a partir do que os alunos devem alcançar e não 
no que você, professor(a), vai fazer durante a aula. Utilize verbos de ação. 
Estratégias:
• Ao início da aula, os alunos terão um momento de conversação [5 a 10 
minutos]
 Supondo que a aula seja a primeira da semana após o fim de semana, 
é uma boa oportunidade para perguntar para os alunos “Como foi seu fim de 
semana? O que você fez? Para onde você foi?”. Assim, eles já estarão trabalhando 
o tópico da aula que é o uso do pretérito perfeito. Caso eles ainda não tenham 
visto nada da formação do pretérito, é possível que alguns alunos já tenham 
tido contato anteriormente, seja ouvindo outros brasileirosfalar ou mesmo em 
sala de aula com professores fazendo algumas perguntas no passado desde o 
nível anterior. 
• Iniciar a unidade 5 do livro Novo Avenida Brasil 14 [por volta de 5 minutos]
Normalmente, o início das unidades dos livros didáticos apresenta uma 
discussão inicial sobre o tema da unidade, seguindo o tópico lexical que será 
visto dali em diante. No caso da unidade 5 do Novo Avenida Brasil, é apresentado 
o vocabulário sobre moradia, bem como um resumo de outros tópicos que serão 
vistos ao longo da unidade, como o pretérito perfeito (não gostei) e os advérbios 
4 Se você tiver acesso ao livro Novo Avenida Brasil 1, ficará mais fácil visualizar as atividades desse 
plano.
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de lugar (em cima, ao lado). 
• Trabalhar o diálogo da página 34 [5 minutos].
Aqui mais de uma estratégia é possível. Você pode pedir para os alunos 
fecharem os livros e passar o diálogo sem que eles acompanhem inicialmente. 
Em seguida, é feita uma discussão para avaliar a compreensão oral e só após 
isso eles podem ouvir novamente acompanhando a leitura. É possível também, 
pedir que em duplas, os alunos leiam os diálogos.
• Fazer exercício sobre fichas da página 34 [entre 5 e 10 minutos]
A realização das atividades pode variar de turma para turma, ou mesmo de aluno 
para aluno no caso das aulas individuais. Alguns podem ser bem comunicativos 
e falar bastante, fazer perguntas (sejam elas sobre questões linguísticas ou 
culturais) e isso tomar mais algum tempo da aula ou levar para outros rumos. 
Já outras turmas e alunos podem ser bastante calados, e o que você planejou 
para fazer em 10 minutos pode acabar em 3. 
• Trabalhar diálogos da página 35 [15 minutos]
• Apresentar estrutura do pretérito perfeito a partir dos exercícios da 
página 36 e 37 [em média 30 minutos]
Nesse caso, os alunos já terão visto o pretérito perfeito ao longo das primeiras 
páginas da unidade. O próximo passo é apresentar a estrutura, conforme o livro. 
Você pode utilizar recursos como quadro, folha branca (em aulas individuais que 
não sejam em sala de aula com quadro) e até mesmo levar exercícios extras. 
• Apresentação de vídeo [20 minutos]
Agora que você provavelmente já utilizou uma hora da sua aula, pode ser que os 
alunos estejam cansados de ver só um assunto e fazer exercícios. A segunda parte 
da aula pode ser dedicada a assistir um vídeo que você preparou previamente. 
Podemos supor que você tenha escolhido um vídeo simples de 2 minutos em 
que há uma sucessão de acontecimentos do dia a dia (um homem saiu de casa 
e encontrou a vizinha no elevador, então eles conversaram). A partir dessas 
ações, você pode trabalhar com os alunos ações que aconteceram no passado, 
apresentar mais vocabulário, etc.
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• Finalização da aula [minutos finais]
Imaginando que seu plano tenha saído conforme você planejou, sobraram 
alguns minutos ao final da aula. Você pode realizar uma revisão, e caso tenha 
o plano de aula claro em sua mente, você saberá exatamente o que revisar. Por 
exemplo, “iniciamos a aula falando sobre moradia, vimos o pretérito e assistimos 
um vídeo”. Dependendo do perfil dos seus alunos, também é possível fazer um 
outro momento de conversação ou mesmo dar uma prévia do que será visto 
na próxima aula. Se você tiver alunos asiáticos, pode ser que eles realmente 
queiram saber, já que é comum eles estudarem antes e até perguntarem qual 
será o conteúdo da próxima aula. Esse é mais um motivo para se ter aulas 
previamente planejadas. 
Recursos: 
• Livro Novo Avenida Brasil 1
• Quadro branco (ou folhas brancas)
• Aparelho de som (pode ser um computador, um celular, tudo que a 
tecnologia permitir e você tiver acesso)
• Computador (dependendo de onde você dá aula e para a quantidade 
de alunos, você pode passar o vídeo na tela do seu próprio notebook, ou 
se estiver em uma instituição com mais recursos, pode ser que tenha um 
retroprojetor. Caso a aula seja em um café, é possível comprar um adaptador 
para conectar dois fones de ouvido em apenas uma saída.
Avaliação:
 Existem muitas formas de se avaliar o aprendizado dos alunos. Em outras 
palavras, devemos nos certificar de que eles alcançaram os objetivos estipulados 
para a aula. Você pode pedir, por exemplo, que no momento de conversação do 
final da aula, eles falem sobre algo que fizeram (descrever ações no passado) 
ou sobre a casa deles (descrever partes da casa) e assim saber até que nível eles 
tiveram um aproveitamento do conteúdo. A avaliação não está ligada a dar notas, 
mas saber se os objetivos foram cumpridos, e caso não tenham sido, é algo que 
pode ser trabalhado nas aulas seguintes. Como bônus para você, na próxima 
página está um plano de uma primeira aula de português com dois alunos 
iniciando do zero. 
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 Para contextualizar, Liu e Chang são dois rapazes chineses que acabaram 
de chegar ao Brasil para passar alguns meses, enquanto o visto de turista 
deles permitir. Eles têm a intenção de explorar o país com o intuito de 
voltar para estudar. Por indicação, eles entraram em contato com você, 
utilizando um inglês bem embargado, a procura de uma aula experimental 
de português, a partir da qual vão decidir se vão ou não continuar o curso. 
Eis o planejamento. 
Data: __ /__ /__
Duração da aula: 1h
Tópicos gramaticais: Pronomes pessoais e possessivos
Tópicos lexicais: Apresentação e expressões básicas de sobrevivência
Objetivos:
• Ser capaz de cumprimentar e se apresentar em português
• Compreender e interagir com outras pessoas a partir de cumprimentos 
e apresentações básicas
• Identificar de maneira geral sons do português através da leitura
• Escrever uma pequena apresentação 
• Utilizar expressões básicas de sobrevivência
Estratégias:
• Ao início da aula, apresentar-se aos alunos utilizando um material 
preparado com muitas imagens. Duas pessoas conversando em uma 
figura durante o dia, dizem “oi, bom dia”. Em outra imagem, com a 
representação da noite, elas dizem “tchau, boa noite”.
A utilização de figuras é importante para que os alunos possam associar 
as imagens ao significado. Além disso, sua explicação também se tornará 
mais fácil. Note que na contextualização, foi dito que os alunos falaram 
com um inglês embargado, o que quer dizer que, mesmo se você falar bem 
inglês, não poderá utilizar a tradução como um auxílio sempre que houver 
incompreensão. 
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• Passar áudios da primeira unidade do livro Muito Prazer para que os 
alunos tenham contato com a pronúncia do português e a contrastem 
com a escrita.
• Conversar diretamente com os alunos utilizando as expressões 
aprendidas nos diálogos e pedir que eles conversem entre si também. 
• Realizar os exercícios de escrita do livro a fim de prepará-los para a 
apresentação escrita.
• Passar um exercício de escrita também previamente elaborado, com 
enunciado escrito e instruções claras no qual os alunos devem escrever 
pequenas frases sobre eles mesmos.
• Apresentar algumas frases de sobrevivência como “Onde é o banheiro?”, 
“Quanto custa?” para que os alunos tenham um referencial prático da 
língua eterminem a aula com mais confiança.
Recursos:
• Material preparado pelo professor
• Livro Muito Prazer
• Computador
• Folhas brancas
Avaliação: 
• A avaliação da compreensão e produção oral será realizada durante o 
momento da conversação e realização dos diálogos.
• A avaliação da escrita será feita a partir da pequena redação.
• Ao final da aula será feita uma breve revisão. 
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Materiais didáticos
• Livros didáticos 
Estes são alguns dos materiais mais utilizados até o momento e que podem 
ser encontrados em livrarias e lojas especializadas em livros didáticos.
Bem-Vindo
Bons Negócios - Português do Brasil para o Mundo do Trabalho
Brasil Intercultural
Falar... Ler... Escrever em português
Muito Prazer - Fale o Português do Brasil
Novo Avenida Brasil 1, 2 e 3
Terra Brasil
Via Brasil
• Sites
ppple.org
laits.utexas.edu/clicabrasil
coerll.utexas.edu/brazilpod
ufrgs.br/acervocelpebras/acervo
• Vídeos
No YouTube podemos encontrar muitos vídeos autênticos que com a devida 
preparação podemos utilizar em nossas aulas. Além disso, você pode utilizar 
trechos de filmes, ou mesmo passar um filme inteiro dependendo da 
disponibilidade de tempo, da disposição da sala (se há uma televisão ou um 
projetor que ofereça um mínimo conforto), entre outras questões.
• Textos (internet, revistas)
Com alunos mais avançados, é possível utilizar reportagens retiradas 
diretamente de portais como Folha de São Paulo, G1, Veja, Exame, Isto É, Carta 
Capital, Revista Piauí, RFI Brasil. Uma dica é a utilização também dos sites 
em português de jornais estrangeiros como El País, Le Monde Diplomatique, 
BBC, Deutsche Welle. Todos eles possuem a vantagem de ser gratuitos! 
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http://ppple.org
http://laits.utexas.edu/clicabrasil
http://coerll.utexas.edu/brazilpod
http://ufrgs.br/acervocelpebras/acervo
https://www.folha.uol.com.br/
https://g1.globo.com/
https://veja.abril.com.br/
https://exame.abril.com.br/
https://istoe.com.br/
https://www.cartacapital.com.br/
https://www.cartacapital.com.br/
https://piaui.folha.uol.com.br/
http://br.rfi.fr/brasil/
https://brasil.elpais.com/
https://diplomatique.org.br/
https://www.bbc.com/portuguese
https://www.dw.com/pt-br
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Atenção: Sempre que optar por utilizar materiais autênticos, é 
necessário prepará-los para a aula. Por exemplo, se você escolher passar 
um trecho do filme Central do Brasil, qual é seu objetivo com a utilização 
desse vídeo? Você quer trabalhar quais tópicos gramaticais ou aspectos 
culturais? São muitas possibilidades. Você pode trabalhar pronúncias, 
sotaques, questões históricas etc. No entanto, é sempre aconselhável 
que haja uma preparação do aluno para o que vai ser trabalhado e, após 
a utilização do material, seja ele vídeo, áudio, texto, que seja aplicada 
uma atividade. O mesmo vale para músicas. Aproveite a oportunidade 
para explorar questões linguísticas e extralinguísticas da música que 
você escolheu. 
Considerações finais
• Tenha consciência das abordagens utilizadas
• Conheça seus alunos
• Utilize um syllabus
• Prepare um cronograma
• Elabore planos de aula
• Pense em muitas estratégias
• Utilize uma ampla variedade de materiais
Um grande abraço,
Marcos Mendonça
mmendonca@cursovilabrasil.com.br
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REFERÊNCIAS
Lima, Emma Eberlein O. F. Falar... Ler... Escrever... português. Um curso para 
estrangeiros / Emma Eberlein O. F. Lima, Samira A. Iunes. São Paulo : EPU, 1999.
Manual de linguística / Mário Eduardo Martelotta, (org.). – 1. Ed., 3ª reimpressão. 
– São Paulo : Contexto, 2010.
Novo Avenida Brasil, 1: curso básico de português para estrangeiros: livro texto 
+ livro de exercícios / Emma Eberlein O. F. Lima... (et al.) – São Paulo: E.P.U. 2008
Richards, Jack C. Planejamento de metas e objetivos em programas de 
idiomas / Jack C. Richards; tradução Rosana Sakugawa Ramos Cruz Gouveia. – 
São Paulo: Special Book Services Livraria, 2003. – (Portfolio SBS: reflexões sobre 
o ensino de idiomas; 1)
Silva, Francisca Cordelia Oliveira da. (Organizadora). Diálogos em português 
brasileiro como língua adicional / Organizadoras F. Cordelia da Silva, Josenia 
Antunes Vieira – Brasília: Universidade Aberta do Brasil, UAB, 2017. 244 p.: il.; 21 
cm. (O que a distância revela; 4). 
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