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correr amar resistir brincar dividir ser mudar sair comer abraçar andar ver escovar abrir ir caminhar escrever aprender vencer ler convidar cantar namorar escolher digitar decidir encantar responder começar beijar morrer rir compartilhar fingir perguntar entristecer compreender curtir merecer pontuar varrer apontar corrigir amolecer dançar estar assistir viver correr amar resistir brincar dividir ser mudar sair comer abraçar andar ver escovar abrir ir caminhar escrever aprender vencer ler convidar cantar namorar escolher digitar decidir encantar responder começar beijar morrer rir compartilhar fingir perguntar entristecer compreender curtir merecer pontuar varrer apontar corrigir amolecer dançar estar assistir viver correr amar resistir brincar dividir ser mudar sair comer abraçar andar ver escovar abrir ir caminhar escrever aprender vencer ler convidar cantar namorar escolher digitar decidir encantar responder começar beijar morrer rir compartilhar fingir perguntar entristecer compreender curtir merecer pontuar varrer apontar corrigir amolecer dançar estar assistir viver Editora Paula Perin Comitê Editorial Ana Paula Oliveira Santana (UFSC) Aline Rodrigues Nogueira (URCA) Aucélia Vieira Ramos (UFPI) Dannytza Serra Gomes (UFC) Eulália Vera Lúcia Fraga Leurquin (UFC) Fabiana dos Santos Lima (IFCE) Hérica Paiva Pereira (UFCG) Maria João Broa Martins Marçalo (Universidade de Évora, Portugal) Maria Lúcia de Souza Agra (URCA) Palmira Virgínia Bahia Heine Alvarez (UEFS) Sandra Maia Farias Vasconcelos (UFC) Preparação dos originais e Revisão Ana Célia Clementino Moura Mônica de Souza Serafim Rose Maria Leite de Oliveira Capa, projeto gráfico e diagramação Francisco Rafael Mota de Sousa Este material foi produzido gratuitamente e sua distribuição é livre, desde que citada a fonte. Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil) Moura, Ana Célia Clementino Jogos para o ensino de língua portuguesa [livro eletrônico] : em foco o estudo do verbo / Ana Célia Clementino Moura, Mônica de Souza Serafim, Rose Maria Leite de Oliveira. — 1. ed. — Juazeiro do Norte, CE : Editora Perin, 2021. PDF ISBN 978-65-994596-2-7 1. Aprendizagem 2. Atividades criativas na sala de aula 3. Jogos nos ensino de língua portuguesa 4. Língua portuguesa – Verbos – Estudo e ensino 5. Linguística I. Serafim, Mônica de Souza. II. Oliveira, Rosa Maria Leite de. III. Título. 21-69669 CDD-469.8 Índices para catálogo sistemático: 1. Jogos para o ensino da língua portuguesa : Linguística aplicada 469.8 Maria Alice Ferreira – Bibliotecária – CRB-8/7964 Editora Perin Rua Augusto Dias de Oliveira, 1554 Novo Juazeiro, CEP 63031-760 Juazeiro do Norte – CE Telefone: +55 (88) 99851-9202 APRESENTAÇÃO José Américo Bezerra Saraiva LÍNGUA PORTUGUESA: UM JEITO GOSTOSO DE TE ENCARAR Ana Célia Clementino Moura METACOGNIÇÃO E METALINGUAGEM: CONCEITOS E DEFINIÇÕES Rose Maria Leite de Oliveira REFLEXÕES SOBRE O ENSINO DO VERBO Mônica de Souza Serafim JOGO 1 — Dominó Verbal JOGO 2 — Dominó de Quatro Pontas I JOGO 3 — Dominó de Quatro Pontas II JOGO 4 — Baralho Verbal I JOGO 5 — Baralho Verbal II JOGO 6 — Bingo Verbal I JOGO 7 — Bingo Verbal II JOGO 8 — Bingo Verbal III JOGO 9 — Bingo na Fábula JOGO 10 — Bingo em Poemas I JOGO 11 — Bingo em Poemas II JOGO 12 — Bingo em Parlendas ANEXO 1 — Poemas utilizados ANEXO 2 — Fábulas utilizadas ANEXO 3 — Parlendas utilizadas Dedicamos esse material aos professores e aos alunos da educação básica, que tanto lutam por uma educação de qualidade! Professor do Curso de Letras e do Programa de Pós-Graduação em Linguística da Universidade Federal do Ceará Tal é a lição que fica depois de percorrermos as pági- nas deste livro: nada ensina mais e melhor do que o manu- seio do objeto a ser estudado. É assim, por exemplo, que, movida pela curiosidade, pelo desejo de apreender apren- dendo ou aprender apreendendo, uma criança desmonta um brinquedo para remontá-lo em seguida, com maior ou menor êxito. Ela sabe brincar o brinquedo e encanta-se pe- la brincadeira. Encantada, a criança não quer pôr fim ao jo- go do brincar e, para continuar jogando criativamente, co- meça então a perguntar-se pelas condições de possibilida- de do brincar ou, se se preferir uma expressão mais pueril mas não menos filosófica, ela se pergunta como funciona o brinquedo. O próximo passo é desmontá-lo. É esse o modo de conceber o processo de ensino-apren- dizagem deste livro. Nele, o brincar toma a dianteira e mo- ve e comove pelo prazer. Ao priorizar o jogo como estraté- gia, este livro mantém-se em consonância com o dito da sabedoria popular que sentencia não deixarem de ser os adultos eternas crianças, porém com brinquedos diferen- tes. Assumir o processo de ensino-aprendizagem dessa for- ma é admitir o lugar central que, ao lado da atividade cog- nitiva, a atividade lúdica ocupa na educação, na contínua construção do humano, numa confluência feliz entre o sa- bor do saber e o saber do sabor. A consciência de tudo isso vem se firmando cada vez mais entre os educadores e se traduzindo em diversas prá- ticas e variadas estratégias de ensino. Para se aquilatar a extensão dessa difusão, basta constatar a existência de fra- ses, já tornadas clássicas de tão recorrentes, que lhe dão expressão. Particularmente, gosto muito do teor lúdico das frases-síntese, aparentemente paradoxais, utilizadas para dar forma a essa concepção de ensino-aprendizagem, todas girando em torno da ideia de que “aprender brincando é coisa séria”. É o caso dos exercícios propostos neste livro. Eles são brincadeiras sérias na medida em que tornam o jogo (dominó, baralho, bingo) instrumento potencializador do processo de ensino-aprendizagem, estratégia pedagógi- ca acionada para nele envolver o aluno, ativa e prazerosa- mente. O ensino da Língua Portuguesa está carecendo de in- tervenções desse tipo, digamos, mais ludicizantes, interven- ções capazes de promover o seu manuseio a partir de ativi- dades coletivas cooperativamente prazerosas. Os doze jo- gos propostos neste livro para o estudo da categoria verbal atendem a esse objetivo. Trata-se de uma clara opção pelo que Ana Célia Clementino Moura chama de ensino produ- tivo do português, isto é, a adoção de uma ação pedagógi- ca destinada a reduzir o excessivo espaço ocupado pelas práticas normativistas e descritivistas adotadas por muitos professores de língua. Aliás, logo nas primeiras páginas, a autora oferece ao leitor uma condensada e boa reflexão so- bre esses modos de promover-se o estudo de uma língua, suas adequações e inadequações, suas vantagens e des- vantagens, para, enfim, argumentar em favor da concep- ção de ensino-aprendizagem na qual acredita, aquela cujo centro está na produção. Vêm somar-se a essa reflexão de Ana Célia Clementi- no Moura os textos das duas outras autoras do livro, Rose Maria Leite de Oliveira e Mônica de Souza Serafim. A pri- meira apresentaalguns elementos sobre a atividade meta- cognitiva sempre presente independentemente do que quer que seja considerado e sua natural relevância para o pro- cesso de ensino-aprendizagem. A segunda traça um ligeiro perfil da categoria verbal e fornece ao leitor mais interes- sado os elementos essenciais para um aprofundamento posterior no assunto. Se, de fato, as autoras deste livro têm razão ao dar des- taque à dimensão lúdica de todo processo de ensino-apren- dizagem ao propor os doze jogos a seguir para o estudo da categoria verbal em Língua Portuguesa, coisa na qual tam- bém acredito, então fique aqui o convite para os leitores, professores ou não, jogarem os jogos que estas páginas apresentam como estratégia de ensino capitaneada pelo prazer. correr amar resistir brincar dividir ser mudar sair comer abraçar andar ver escovar abrir ir caminhar escrever aprender vencer ler convidar cantar namorar escolher digitar decidir encantar responder começar beijar morrer rir compartilhar fingir perguntar entristecer compreender curtir merecer pontuar varrer apontar corrigir amolecer dançar estar assistir viver Professora do Curso de Letras e do Programa de Pós-Graduação em Linguística da Universidade Federal do Ceará Há décadas, os tipos de ensino de língua têm sido alvo de discussão no âmbito das ciências linguísticas. Halliday, McIntosh e Strevens (1974) distinguem três tipos: a) pres- critivo; b) descritivo; e c) produtivo. Considerando que há di- ferentes formas de ensinar, algumas questões emergem, como: em que consiste cada tipo? Deve o professor optar por uma das formas somente? Se assim proceder, fará sua escolha com base em que critérios? As aulas revelarão a concepção de ensino do professor? Talvez pudéssemos começar a responder tomando co- mo ponto de partida a última pergunta. Certamente a forma de o professor abordar o conteúdo de sua aula revelará sua concepção de ensino. Se, por exemplo, ele pretende levar os alunos a substituírem padrões linguísticos considerados inaceitáveis, embora sejam regularmente empregados por eles, por outros classificados como corretos e, portanto, acei- táveis, o professor estará assumindo a perspectiva de um ensino prescritivo. Se o professor manifesta desejo de subs- tituir o padrão “errado” pelo “certo” é porque elabora um juízo de valor sobre o padrão em uso, e o julgamento ocorre com base em algo institucionalizado, determinado, prescri- to. Ao proceder dessa forma, esquece que, enquanto lingua- gem, quer no nível da gramática, do léxico, da fonologia ou da fonética, o padrão empregado pelo usuário, no caso, o estudante, é bom e válido se cumpre o objetivo de comu- nicação. Ao adotar o ensino prescritivo, o professor seleciona os padrões “eleitos” por alguns membros de uma comunida- de linguística, especialmente os mais influentes, e vai exi- gir de seus alunos o uso dessas práticas padronizadas, le- vando-os a se “moldarem” àqueles padrões. Pode até o pro- fessor tentar dar explicações sobre a adoção de determina- das formas, mas essa postura não alterará sua concepção de ensino, ou seja, sua pretensão de que seu aluno empre- gue com “perfeição” a linguagem, desconsiderando e des- prezando toda e qualquer experiência do aprendiz. Ou se- ja, dizer ao aluno que deve falar “entre mim e você” e não “entre eu e você” porque a primeira construção é “melhor” ou “ mais clara” que a segunda não corresponde a nada na experiência desse aluno. Estas instruções poderiam adqui- rir maior peso se fossem feitas associações com outras con- venções sociais. Diz-se “entre mim e você”, certamente, pe- la mesma razão pela qual agasalhos são usados no frio, mas não no calor, ou seja, porque certos adultos preferem assim. O ensino prescritivo, em geral, refere-se tanto à língua falada quanto à escrita. Nesta última aparece o caso espe- cial de prescrições que se referem à transferência de mode- los de linguagem falada para a linguagem escrita, particu- larmente nas fases iniciais de aprendizagem da língua. É um procedimento prescritivo ensinar às crianças que alguns padrões aceitáveis na fala não devem ser transferidos para a escrita. Na verdade, consideramos que o professor preci- saria, sim, aprender a lidar com a linguagem escrita e a fa- lada, respeitando a especificidade de cada uma. Assim, não há como negar que corrigir aspectos for- mais da linguagem escrita do aluno, não lhe permitindo transferir para a língua escrita padrões aceitáveis na lín- gua falada, é um tipo de ensinamento prescritivo que, co- mo tal, apresenta perigos. O aluno que vê as formas fala- das aceitáveis punidas, quando usadas por escrito, pode chegar a se sentir inibido no tocante à “correção” de qual- quer texto que escreva. Este aluno pode julgar que lhe está sendo exigido aprender uma forma completamente nova de usar a língua, forma que tem pouca relação com aquela que conhece. Preocupamo-nos com o fato de o ensino prescrito poder ocupar muito tempo das aulas de língua portuguesa, pois, se assim acontecer, certamente se estará estabelecendo nos alunos a concepção de uma falsa imagem da natureza da linguagem, a qual impedirá o uso e a apreciação da lín- gua, quando, na verdade, sabemos que há nela coisas mui- to interessantes de se analisar, de se estudar, de se ver fun- cionar. Como professores de língua portuguesa, precisamos lembrar que não é culpa do aluno se sua imagem principal da “língua portuguesa” é esta: “Indique o que está errado nas seguintes frases”. Partir para a descrição é outra forma de abordagem de ensino da língua. A finalidade do ensino descritivo é dire- ta: o que está sendo ensinado é o modo como a linguagem funciona e também como funciona determinada língua. No ensino descritivo, a língua deve desempenhar o papel prin- cipal, pela simples razão de ser a que o aluno melhor conhe- ce. Ora, se consideramos relevante que os alunos apren- dam tudo que é possível sobre como a sociedade funciona, sobre o modo como a televisão funciona e de onde vem a água das bicas e por que preservá-las, sobre como prote- ger o meio ambiente, então também deverá fazer parte de sua educação saber como a linguagem funciona. Dessa forma, entendemos como o ensinamento des- critivo aquele que busca mostrar ao aluno como a língua funciona, mediante a exposição, a ordenação e os acrésci- mos relativos ao uso que faz da língua. Àqueles que argu- mentarem ser essa atitude muito teórica, ou seja, que se estaria “fazendo linguística nas aulas”, não negaríamos. Ora, no mesmo sentido e no mesmo grau que se ensina o funcionamento do dinheiro, por exemplo, levando as crian- ças a “brincarem de comprar”, do mesmo modo se “brinca- ria” de usar a língua em diferentes contextos e dizer como ela se comporta nesta ou naquela situação de uso. Que mal há nisso? Acreditamos que há métodos de ensino linguís- tico, e ao mesmo tempo descritivo, apropriados para qual- quer idade. Muitos conhecimentos podem ser abordados sem o foco na terminologia. Ou com o mínimo de termino- logia possível. Não é necessário dar os nomes das catego- rias linguísticas para mostrar como funcionam; afinal, até brincando com a língua o professor oferece as oportunida- des para que o aprendiz compreenda as estruturas linguís- ticas. Qualquer situação por meio da qual as crianças ob- servam o resultado do que dizem pode conduzir ao apren- dizado da língua. A este respeito, somos favoráveis a que se estimule o aluno a usar a língua escrita recorrendo ao próprio uso da linguagem falada. O papel do professor é exatamente mos- trar que a língua assumirá diferentes feições e funções de- pendendo das escolhas que fazem os usuários, ou seja, se usarmos um termo em lugar de outro, isso determinará ou- tros fatores observáveis na situação. Sobreisso, Halliday, McIntosh e Strevens (1974) exem- plificam: o aluno relata um acidente de automóvel e diz que “O motorista ficou ferido; teve a mão cortada pelo vidro que- brado”. Um ponto a discutir é por que a frase está na passi- va, e que efeito teria se a substituíssemos por outra, que estivesse na ativa. A resposta é diferente nas duas frases. Se a locução verbal na primeira frase for substituída por uma forma ativa, acrescenta-se então um novo elemento à estrutura da oração: por quê? Qualquer expressão oral do aluno ou do professor pode ser usada para mostrar a mági- ca da língua viva. Seja qual for o ponto em que mergulha- mos na gramática, há um caminho para o observador cui- dadoso começar sua viagem de exploração. Também exemplifica muito bem Antunes (2009:175), quando trata do ensino dos pronomes pessoais. Para ela, “apenas apresentar o quadro dos pronomes pessoais, na sua múltipla classificação, é insuficiente e adianta muito pouco. Adiantaria ver, em diferentes gêneros orais e escri- tos, formais e informais, de que maneira os pronomes apa- recem na sequência do texto; onde costumam aparecer; on- de e por que convém que não apareçam; que efeitos seu emprego traz para a continuidade e coerência; que diferen- ças podem apresentar nesse ou naquele gênero de texto; quando, em lugar do pronome, poderíamos recorrer a uma elipse; que consequências traria o mau empego do prono- me; o que seria ‘um mau emprego do pronome’ etc. O estu- do centrado em pares de frases — reduzido à substituição de substantivos por pronomes — não é capaz de dar res- postas a essas e a outras perguntas. Tampouco, é capaz o estudo apressadinho, em duas ou três aulas — apenas pa- ra cumprir o programa — sem o suporte de textos, de mui- tos textos, de diferentes gêneros, para serem minuciosa- mente analisados”. O terceiro tipo de ensino é o produtivo. Enquanto o en- sino descritivo da língua visa a mostrar ao aluno o modo co- mo o português funciona, o que inclui dar-lhe a noção de seu próprio uso do português, o ensino produtivo objetiva ajudá-lo a estender o uso que faz da língua de maneira mais eficiente. Ao contrário do ensino prescritivo, o produtivo não pretende alterar padrões que o aluno já adquiriu, mas au- mentar os recursos que possui, e fazer isso de modo que te- nha a seu dispor, para uso adequado, a maior escala possí- vel de potencialidade da língua, em todas as diversas situa- ções em que tem necessidade dela. Na verdade, a criança precisa aprender as variedades da língua adequadas a diferentes situações, a amplitude e o uso dos registros linguísticos. Uma parte deste mate- rial, sem dúvida, será apresentada descritivamente. Ao exa- minar o uso e a significação de determinado padrão ou ele- mento, o professor ao mesmo tempo chama a atenção para a tendência dos diferentes padrões e elementos se associa- rem a diferentes tipos de situação. Esta tendência que tem a linguagem de assumir diferentes variedades já é encon- trada no ensino da leitura e da escrita. Mais cedo ou mais tarde a criança aprende que certos padrões da fala não ocorrem na escrita. Vale ressaltar que o ensino destas distinções de regis- tro pode acontecer em qualquer nível de ensino. Por exem- plo, se o professor explorar quatro modos de narrar o mes- mo acontecimento, como o de uma competição de natação, a) registrado no diário de uma escola; b) contado por uma filha aos pais; c) descrito no jornal local; e d) referida pela diretora num discurso, os alunos facilmente perceberão, pri- meiro, que não há tantas diferenças gramaticais e lexicais entre as duas narrativas faladas; segundo, que há muitas semelhanças entre os dois relatos escritos; e, terceiro, que uma exposição falada e outra escrita apresentam especifi- cidades. Para explorar bem esses aspectos em sala de au- la, o professor poderá propor uma atividade na qual, tendo dado uma notícia escrita aos alunos, solicita para que a transformem em uma notícia para ser lida em um progra- ma de rádio; ou poderá pedir que de uma notícia gravada do rádio produzam o texto para ser lido na televisão, ou pu- blicada em um jornal da cidade, ou seja, imprima à notícia características da língua escrita. Por conseguinte, é a am- plitude e o uso das diferentes variedades da língua, mais do que a real introdução de novos padrões e elementos, que constitui o foco de ensino linguístico produtivo. A distinção entre ensino produtivo e prescritivo consis- te em que o primeiro visa à aprendizagem de novos pa- drões e elementos e de seu uso em diferentes registros; o segundo trata da substituição do que o aluno já conhece por alguma coisa supostamente superior. Talvez já seja possível concluir que todos os empregos e variedades da língua devem fazer parte do ensino, em al- gum momento. Ao invés de procurar traçar uma linha entre as que são dignas de estudo e as que não são, deveríamos certamente examinar mais de perto o uso que fazem da lín- gua os cidadãos. Não há razões para defendermos que a compreensão de uma apólice de seguros de um automóvel seja menos importante — ou mais — que a compreensão de um texto literário. Se assim o fizermos, simplesmente perderemos de vista o valor de ambos os documentos e, con- sequentemente, o valor dos usos da língua, porque teremos divorciado um uso sem o qual o cidadão pode passar (o da apólice) de outro igualmente indispensável ao seu deleite (a literatura). No estudo da língua, não há lugar para este tipo de oposição e de dicotomia, pois a experiência humana pode ser, aliás, tem de ser, organizada em forma de linguagem. A língua serve a inúmeras finalidades, e o trabalho dos pro- fessores, responsáveis pela organização do ensino, é prever para que ela desempenhe todas as suas funções. O ensino produtivo precisa entrar na aula de língua, pa- ra que sejam focados o modo como ocorrem os padrões lin- guísticos, sua extensão e aplicação. Procuramos tornar cla- ra a distinção entre juízos de valor sobre a própria língua, sobre padrões ou variedades particulares, e a avaliação da eficiência do uso da língua em relação com objetivos espe- cíficos. Não existe “o bom português”; existe, sim, o “portu- guês adequado e eficiente para determinado propósito”. E é a capacidade de falar e escrever este português que o en- sino produtivo procura criar. Talvez ainda exista excessiva carga de prescrição no ensino do português, mas o mais importante é sabermos que é possível reduzir o ensino prescritivo ao mínimo, intro- duzir a descrição científica válida e alargar os horizontes do ensino produtivo, principalmente se considerarmos co- mo finalidade do ensino da língua: i) que todos os usuários conheçam o modo como a língua funciona; ii) que todos aprendam a usar a língua o mais eficientemente possível; iii) que conhecer a língua é uma forma de estar bem equi- pado para alcançar objetivos coletivos e pessoais. O conhecimento do modo como a lingua funciona e o uso eficaz da língua nas diversas situações sociais para que se alcance objetivos coletivos e pessoais emergem quando o falante possui uma consciência sobre tudo isso, questão que veremos a seguir. ANTUNES, I. Língua, texto e ensino: escola possível. São Pau- lo: Parábola: 2009. ________. Aula de português: encontro e interação. São Paulo: Parábola, 2003. BRANDÃO, H. Gêneros do discurso na escola. São Paulo: Cor- tez, 2000. BRONCKART, J.-P. Atividades de linguagem, discurso e desen- volvimento humano. Campinas-SP: Mercado das Letras, 2006. GARCIA, O. Comunicação em prosa moderna. Rio de Janeiro: Fundação Getúlio Vargas, 1986. HALLIDAY, M.; McINTOSH, A.; STREVENS, P. As ciências lin- guísticas e o ensino de línguas. Petrópolis: Vozes, 1974. TRAVAGLIA, L. Gramática e interação: uma proposta para o en- sino da gramática. São Paulo: Cortez, 1996. VIEIRA, I. Escrita pra que te quero? Fortaleza: Edições Demó- crito Rocha; UECE, 2005.correr amar resistir brincar dividir ser mudar sair comer abraçar andar ver escovar abrir ir caminhar escrever aprender vencer ler convidar cantar namorar escolher digitar decidir encantar responder começar beijar morrer rir compartilhar fingir perguntar entristecer compreender curtir merecer pontuar varrer apontar corrigir amolecer dançar estar assistir viver Professora do Curso de Letras e do Mestrado Profissional em Letras da Universidade Federal de Campina Grande Após o advento da Linguística enquanto ciência autô- noma e de outros ramos do saber, muitos dos estudos so- bre a aprendizagem da linguagem centraram-se nas capa- cidades cognitivas e nos fatores motivacionais responsá- veis pelo desenvolvimento escolar do aprendiz, sendo que, somente na década de 70, surgiu uma nova modalidade ou categoria de estudo, que investiga as aptidões cognitivas envolvidas na memória, na leitura e na compreensão e pro- dução de textos: a dos processos metacognitivos. Dentre a gama de estudiosos desta modalidade estão Flavell (1976), Brown (1987), Gombert (1992), Bialystok (1993) e Flavell, Miller & Miller (1999) que discutem o seu valor para o de- senvolvimento e processo de aprendizagem do sujeito. O termo metacognição, para Flavell (1976), refere-se ao conhecimento que o indivíduo tem sobre seus processos cognitivos e produtos desse processamento cognitivo, ou, em outros termos, é a cognição sobre a cognição. Segundo esta definição, o sujeito detém o conhecimento sobre quan- do e como utilizar suas estratégias, bem como sua utilida- de e eficácia durante a realização de tarefas. Mas é importante considerar que, acerca da noção de metacognição, apesar de ter grande relevância no proces- so de aprendizagem do sujeito, parece não haver consenso quanto à definição. De acordo como Brown (1987 apud Cor- rêa, 2003), o que dificulta uma definição deste termo é, pri- meiro, “o fato de não se estabelecer o que é meta e o que é cognitivo, e, segundo, porque o termo representa um pro- blema multifacetado” (p. 110), já que ele se relaciona com uma amplitude de utilização em algumas áreas do saber, como a Psicologia, por exemplo. Essa amplitude de utilização, delineada por diferentes correntes teóricas, acabou por dar lugar a numerosas con- fusões como, por exemplo, a famosa definição de Flavell (1976), considerado pioneiro no domínio da metacognição. Para o autor: A metacognição refere-se ao conhecimento que temos dos nossos próprios processos cognitivos, produtos e tudo o que afeta, por exemplo, as propriedades relevantes para a aprendizagem de informações ou de dados [...] A meta- cognição refere-se, entre outras coisas, a uma avaliação ativa na organização e regulação desses processos ou de posições de objetos ou dados sobre os quais nos apropria- mos, geralmente para uma dada finalidade ou objetivo (p. 232). De acordo com Noël (1991), muitos pesquisadores, em face desta definição, crivada de diversos aspectos, como linguagem, pensamento, cognição, aprendizagem, contro- le psicológico, acabaram por chegar a conclusões confusas e muitas vezes generalizadas quanto a sua interpretação. Para a autora, a definição de Flavell (op. cit.) comporta três aspectos diferentes: o conhecimento pelo sujeito de seus próprios processos e do produto dos processos; o conheci- mento das propriedades pertinentes em relação à aprendi- zagem da informação ou dos dados; e a regulação dos pro- cessos cognitivos. Muitos pesquisadores, segundo Noël (op. cit.), quando estudam o conhecimento que o sujeito tem dos fatores que favorecem a aprendizagem, acabam por relacionar esse co- nhecimento à metacognição, muitas vezes utilizando este termo abusivamente, no lugar de reservá-lo para o conhe- cimento que o sujeito tem de seus próprios processos men- tais, o que, a seu ver, é bem diferente. Na verdade, muitas são as distinções, em termos de processos mentais relati- vos à aprendizagem, que se confundem com metacogni- ção, mas que, de certa forma, são considerados como pos- síveis acepções desta modalidade: a metamemória, a meta- compreensão, a metarresolução, dentre outros, tendo sido a primeira, a metamemória, a mais largamente estudada. No âmbito destas acepções e dos domínios da meta- cognição, a metalinguagem é, sem dúvida, uma das habi- lidades essenciais ao processo de aprendizagem e desen- volvimento dos sujeitos e a compreensão do que ela do que ela abrange vem sendo alvo de inúmeras investigações lin- guísticas. Para Gombert (1993), são várias as habilidades que metacognitivas, dentre elas, a metalinguagem, que se diferencia das outras habilidades (a metamemória, a meta- -atenção, a metacompreensão, por exemplo) por ser caracte- rizada a partir de seu objeto, a linguagem. As outras habili- dades são definidas pela função cognitiva a que se referem. Contudo, segundo Garton & Pratt (1990) e Gombert (1992), deve-se considerar que existem dois pontos de con- vergência nas definições de metalinguagem encontradas na literatura psicológica: um, voltado para a reflexão sobre a linguagem, considerada como objeto independente do sig- nificado que veicula; outro, relativo à manipulação inten- cional das estruturas linguísticas. De qualquer forma, a metalinguagem é visualizada co- mo um construto multidimensional que envolve diversas competências, sendo que muitos são os construtos teóricos atuais acerca das habilidades ou atividades metalinguís- ticas empregadas pelo sujeito ao ler e produzir textos. As primeiras e mais tradicionais classificações destas habili- dades, no universo dos estudos linguísticos e psicolinguís- ticos, advêm de uma vasta literatura formada com o interes- se em descobrir que influências elas possuem no processo de aprendizagem e desenvolvimento da linguagem no apren- diz. Para Bialystok (1993), são elas: a consciência fonológi- ca, a consciência da palavra, a consciência sintática e a consciência pragmática, representando, respectivamente, cada uma delas, uma reflexão acerca da estrutura fonoló- gica da língua, da natureza da palavra como unidade, da estrutura sintática da língua e do entendimento dos usos sociais da linguagem. Dentre as habilidades metalinguísticas está a da natu- reza da palavra como unidade, o que engloba os elementos do campo morfológico, como morfemas, prefixos e sufixos. Dentre as diversas classes de palavras que compõem a lín- gua portuguesa estão os verbos, foco deste material, que trataremos a seguir. BIALYSTOK, E. Metalinguistic awareness: the development of children’s of language. In: PRATT, C.; GARTON, A. (Org.). Sys- tems of representation in children: development and use. New York: Wiley, 1993. p. 211-233. BROWN, A. Metacognition, executive control, sef-regulation and other more mysterious mechanisms. In: WEINERT, F.; KLUVE, R. (Orgs.). Metacognition, motivation and understanding. Hills- dale, N.Y.: Erlbaum, 1987. p. 1-16. FLAVELL, J. Metacognitive aspects of problem solving. In: RES- NICK, L. (Org.). The nature of intelligence. Hilsdale, N.Y.: Erl- baum, 1976. p. 231-235. FLAVELL, J.; MILLER, P.; MILLER, S. Desenvolvimento cogni- tivo. 3. ed. Porto Alegre: Artes Médicas, 1999. GARTON, A.; PRATT, C. Learning to be literate: the develop- ment of spoken & written language. Oxford: Blackwell, 1990. GOMBERT, J. Metalinguistic development. London: Harvester- -Wheat Sheaf, 1992. _________. Metaconition, metaliguage and metapragmatics. International journal of Psychology, 28 (5), 1993, p. 571-580. NOËL, B. La métacognition. Paris: Éditions Universitaires, 1991. OLIVEIRA, R. M. L. de. O que revelam os textos das crianças: ati- vidades metalinguísticas na escrita infantil. 2009. Tese (Douto- rado em Linguística) — Departamento de Letras Vernáculas, Universidade Federal do Ceará. Fortaleza, 2009.correr amar resistir brincar dividir ser mudar sair comer abraçar andar ver escovar abrir ir caminhar escrever aprender vencer ler convidar cantar namorar escolher digitar decidir encantar responder começar beijar morrer rir compartilhar fingir perguntar entristecer compreender curtir merecer pontuar varrer apontar corrigir amolecer dançar estar assistir viver Professora do Curso de Letras e do Programa de Pós-Graduação em Linguística da Universidade Federal do Ceará O verbo é o principal responsável por carrear uma no- ção de tempo nas línguas naturais, embora saibamos que a temporalização não é um atributo exclusivo do verbo (CO- RÔA, 1985). Além dessa noção, o verbo apresenta as noções de modo, número e pessoa, todas elas atreladas, principal- mente, aos morfemas. A noção de tempo, segundo Câmara Júnior (1974), é a própria “alma do verbo”, daí sua denominação alemã (Zeitwort — palavra de tempo). O tempo é o que assinala a relação temporal do acontecimento comunicado com o momento da fala. Assim, o presente encerra este momen- to, o passado é anterior e o futuro ocorrerá depois deste mo- mento. Desde a mais remota Antiguidade, os estudos grama- ticais sobre o estatuto do verbo como classe gramatical dão- -lhe o estatuto de palavra que expressa a temporalidade por excelência. Em grego e em latim, já se reconheciam con- trastes sistemáticos expressos pelas noções de presente, passado e futuro. Segundo Benveniste (1989), seja qual for o tipo de língua, verificamos por toda parte uma certa orga- nização linguística da noção de tempo; isto ocorre porque a temporalidade é um quadro inato do pensamento huma- no. De uma forma ou de outra, uma língua distingue sem- pre “tempos”, como um passado e um futuro, separados por um “agora”, o tempo em que se fala, tempo esse eterna- mente presente. Daí vislumbrarmos a importância de se trabalhar em sala de aula o verbo e seus traços semânticos e morfossintáticos. A noção de modo Câmara Júnior (1985) sustenta que não é possível separar tempo verbal e modo, pois o próprio morfema acumula as duas noções, sendo comum a utiliza- ção de tempos verbais do indicativo com valor modal, po- dendo estes verbos perderem a expressão temporal em fun- ção da modalidade. Modo e modalidade são duas definições que estão re- lacionadas. O modo é uma categoria formal do verbo e pos- sui uma função modal, isto é, a atitude do falante (modali- dade) em relação ao que disse pode ser expressa pelo mo- do do verbo e envolve, geralmente, um conjunto de para- digmas verbais que mudam de uma língua para outra. Em português (MATEUS et al., 1991), temos os modos indicati- vo, subjuntivo e imperativo, e é por meio deles que a rela- ção modal entre o locutor e o estado de coisas se expressa. No modo indicativo, o locutor reconhece o estado de coi- sas como altamente provável ou necessário; no modo sub- juntivo, o estado de coisas é possível e, no imperativo, o alocutário torna-se preponderante, pois há uma determina- ção de levá-lo a determinada ação ou a um comportamen- to específico. A noção de número expressa a capacidade do verbo em indicar se se refere a algo ou a alguém no singular ou no plural. Mais à frente essa noção se amplia à ordem da sin- taxe, expressando, segundo Cunha e Cintra (2008, p. 510), “solidariedade entre o verbo e o sujeito, que ele faz viver no tempo, exteriorizando-se na concordância, isto é, na va- riabilidade do verbo para conformar-se ao número e à pes- soa do sujeito”. Finalmente, a noção de pessoa diz respeito à posição do sujeito no discurso: eu, a pessoa que fala; tu, a pessoa com quem se fala e ele, a pessoa de quem se fala. Essa ver- são tripartida das pessoas do discurso evidencia, segundo Benveniste (1989) que o fato de o pronome eu designar a pessoa que se apropria do discurso concretiza a realização de uma experiência humana, de alguém que enuncia. Essa noção é algo essencial que jamais poderá faltar a uma lín- gua, pois ela mostra que um discurso se realiza por al- guém tendo como foco sempre um outro (tu ou ele). A nossa atenção, enquanto professores, deve se cen- trar nesses elementos que compõem o verbo tendo como foco as propriedades morfossintáticas e semânticas. Isso é muito mais importante do que a necessidade de nomear a categoria gramatical e obrigar o aluno a dominar uma nomenclatura sem utilidade alguma. Para a BNCC (BRASIL, 2017), a habilidade para apren- der as classes gramaticais se torna interessante se prever- mos um trabalho reflexivo de observação, análise, compa- ração e derivação de regularidades e se usarmos os sabe- res gramaticais como ferramentas de constituição da legi- bilidade do que se pretende dizer. A produção escrita ou falada de um texto requer, ao mesmo tempo, um conjunto de conhecimentos sobre aná- lise linguística (ortográfica, morfossintática, sintática e se- mântica) e de outros conhecimentos específicos a eles as- sociados, para serem adequadamente colocados em produ- ções textuais dos alunos. Situar o verbo nesse ínterim é fun- damental para que possamos reconhecer a importância des- sa classe de palavras na composição de quaisquer textos. Convém lembrarmos ainda que os conhecimentos mor- fossintáticos relacionados ao verbo e as outras categorias gramaticais refletirão em outras habilidades em que se des- dobram os conhecimentos sobre esta classe, tais como as concordâncias verbal e nominal e a manutenção e correla- ção dos tempos verbais necessárias para a coesão e a coe- rência. Sugerimos que o professor aproveite o momento de ca- da resposta dos jogos a fim de refletir com os alunos os usos e significados de cada verbo dentro da oração para que eles possam, ao invés de observar para aprender, eles reflitam para descobrir como ela funciona (SERAFIM, 2005). Isso é de suma importância para que o sujeito compreenda os ele- mentos que usa para o seu projeto de dizer. Enfim, introduzir nas aulas de língua portuguesa re- flexões sobre o que se usa é uma forma de explorar as po- tencialidades e as descobertas sobre a língua materna! BENVENISTE, E. Problemas de Linguística Geral II. Campinas: Pontes, 1989. BRASIL. Base Nacional Comum Curricular. Brasília: MEC, 2017. CÂMARA JR, J. Princípios de Linguística Geral. Rio de Janeiro: Acadêmica, 1974. ________. Estrutura da Língua Portuguesa. Petrópolis: Vozes, 1985. CORÔA, M. O tempo nos verbos do português: uma introdução à sua interpretação semântica. Brasília: Thesurus, 1985. CUNHA, C.; CINTRA, L. Nova gramática do português contem- porâneo. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2008. MATEUS, M., VIANA, ANDRADE, A.; VILALVA, A. Fonética, fonologia e morfologia do português. Lisboa: Universidade Aber- ta, 1991. SERAFIM, M. A expressão da futuridade em narrativas infan- tis: um estudo longitudinal. Dissertação (Mestrado em Lin- guística) — Departamento de Letras Vernáculas, Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, 2005. correr amar resistir brincar dividir ser mudar sair comer abraçar andar ver escovar abrir ir caminhar escrever aprender vencer ler convidar cantar namorar escolher digitar decidir encantar responder começar beijar morrer rir compartilhar fingir perguntar entristecer compreender curtir merecer pontuar varrer apontar corrigir amolecer dançar estar assistir viver correr amar resistir brincar dividir ser mudar sair comer abraçar andar ver escovar abrir ir caminhar escrever aprender vencer ler convidar cantar namorar escolher digitar decidir encantar responder começar beijar morrer rir compartilharfingir perguntar entristecer compreender curtir merecer pontuar varrer apontar corrigir amolecer dançar estar assistir viver Grafar palavras utilizando regras de correspon- dência fonema-grafema regulares diretas e contextuais. Ler e escrever, corretamente, palavras com sí- labas VV e CVV em casos nos quais a combinação VV (di- tongo) é reduzida na língua oral (ai, ei, ou). Grafar palavras utilizando regras de correspon- dência fonema-grafema regulares, contextuais e morfológi- cas e palavras de uso frequente com correspondências irre- gulares. Escrever palavras com correção ortográfica, obedecendo as convenções da língua escrita. Utilizar, ao produzir texto, conhecimentos lin- guísticos e gramaticais: ortografia, regências e concordân- cias nominal e verbal, modos e tempos verbais, pontuação. Identificar a expressão de presente, passado e futuro em tempos verbais do modo indicativo. Fixação da terminação verbal OU. De 2 a 6 jogadores. O Dominó Verbal tem 30 cartelas, imitando as pedras do dominó tradicional. Somente uma das cartelas tem sílaba repetida, com a qual o jogo deve começar. Nas demais car- telas estão escritas sílabas que deverão formar verbos ter- minados em OU. Cada cartela tem sílabas diferentes. Cada jogador recebe cinco cartelas. Se tiver o número má- ximo de jogadores, não haverá reserva de cartelas. O banco de reserva fica empilhado com a parte escrita para cima, a fim de aumentar a participação do grupo. O jogo se inicia com a cartela da sílaba repetida no centro da mesa (TRA – TRA). Em seguida, o próximo jogador veri- fica se tem, entre suas cartas, uma sílaba que complemen- te o verbo iniciado pela cartela exposta. Se tiver, coloca a cartela ao lado, para formar a palavra e, então, ele fala em voz alta o nome do verbo (por exemplo, se ele formou “fa- lou”, diz em voz alta “falar”). O jogo prossegue com os jogadores seguintes procedendo da mesma forma. Se o jogador não tiver nenhuma sílaba para formar os verbos iniciados nas cartelas, deverá recorrer ao banco empilhado, até encontrar a sílaba que caiba. O jogo termina quando um dos jogadores esgotar suas car- telas; este jogador será considerado o vencedor. Como no dominó tradicional, poderá haver trancamento do jogo, ou seja, impossibilidade de continuar o jogo. Neste caso, o vencedor será quem tiver menos car- telas. Se houver empate, será vencedor o último que tiver formado o verbo antes do trancamento. Este jogo, além de servir para fixar a grafia dos verbos que vão ser formados, serve também para fixar a grafia dos no- mes destes verbos (infinitivo) e, consequentemente, a ter- minação AR. A cada verbo formado, o jogador deverá escrevê-lo numa folha de papel, grafando ao lado o nome desse verbo (infi- nitivo). Neste caso, o vencedor poderá ser aquele que tiver escrito o maior número de verbos ao longo do jogo. Nesse caso, o professor precisa verificar a gra- fia dos verbos, e só serão computados os escritos de forma adequada. ◼ Prezado professor, recorte as fichas disponíveis nesta página para a construção do DOMINÓ VERBAL. Prezado professor, recorte as fichas disponíveis nesta página para a construção do DOMINÓ VERBAL. GOU MAR MOU LE VOU MA VOU TRA DOU PE GOU NA MOU LE DOU PE LOU MA TOU GE Prezado professor, recorte as fichas disponíveis nesta página para a construção do DOMINÓ VERBAL. Prezado professor, recorte as fichas disponíveis nesta página para a construção do DOMINÓ VERBAL. LOU MA COU ZE DOU FA TRA TRA GOU MAR ÇOU TRA DOU PE VOU TRA COU ZE LOU MAN Prezado professor, recorte as fichas disponíveis nesta página para a construção do DOMINÓ VERBAL. Prezado professor, recorte as fichas disponíveis nesta página para a construção do DOMINÓ VERBAL. COU AN MOU PA COU AN DOU FA MOU PA GOU NA LOU MAN DOU PE TOU GE VOU NA Grafar palavras utilizando regras de correspon- dência fonema-grafema regulares diretas e contextuais. Grafar palavras utilizando regras de correspon- dência fonema-grafema regulares, contextuais e morfológi- cas e palavras de uso frequente com correspondências irre- gulares. Escrever palavras com correção ortográfica, obedecendo as convenções da língua escrita. Utilizar, ao produzir texto, conhecimentos lin- guísticos e gramaticais: ortografia, regências e concordân- cias nominal e verbal, modos e tempos verbais, pontuação. Identificar a expressão de presente, passado e futuro em tempos verbais do modo indicativo. Fixação da terminação verbal IU. De 2 a 4 jogadores. O Dominó de Quatro Pontas I tem 28 cartelas, imitando as pedras do dominó tradicional. Este jogo tem também um conjunto de 4 cartelas interligadas em forma de cruz, com as quais se iniciam o jogo. Se tiver o número máximo de quatro jogadores, cada joga- dor recebe sete cartelas. Se tiver o número máximo de jo- gadores, não haverá reserva. Se o número de jogadores for menor que quatro, as cartelas que sobrarem ficam no ban- co de reserva, empilhado com a parte escrita para cima, a fim de aumentar a participação do grupo. O jogo se inicia com a cartela de quatro pontas. Em segui- da, o jogador que vai iniciar a partida verifica se tem, entre suas cartas, uma sílaba que complete qualquer um dos ver- bos iniciados nas pontas da cartela de quatro pontas. Se ti- ver, coloca a cartela ao lado, para formar a palavra e, então, ele fala em voz alta o nome do verbo (infinitivo). O jogo prossegue com os jogadores seguintes procedendo da mesma forma. Se o jogador não tiver nenhuma sílaba para for- mar os verbos iniciados, deverá recorrer ao banco de reser- va, até encontrar uma sílaba que complemente o verbo. Ca- so não encontre uma parte para formar o verbo, passará sua vez e o próximo jogador continuará a partida. O jogo termina quando um dos jogadores esgotar suas car- telas; este jogador será considerado o vencedor. A cada verbo formado, o jogador deverá escrevê-lo em uma folha de papel, grafando ao lado o nome desse verbo (infi- nitivo). Neste caso, o vencedor poderá ser aquele que tiver escrito o maior número de verbos ao longo do jogo. Nesse caso, o professor precisa verificar a gra- fia dos verbos, e só serão computados os escritos de forma adequada. ◼ Prezado professor, recorte as fichas disponíveis nesta página para a construção do DOMINÓ DE QUATRO PONTAS I. Prezado professor, recorte as fichas disponíveis nesta página para a construção do DOMINÓ DE QUATRO PONTAS I. BRIU PE BRIU SU TIU A TIU FE IU PA RIU SE MIU CO DIU PAR DIU REPE GUIU DECI Prezado professor, recorte as fichas disponíveis nesta página para a construção doDOMINÓ DE QUATRO PONTAS I. Prezado professor, recorte as fichas disponíveis nesta página para a construção do DOMINÓ DE QUATRO PONTAS I. BRIU SA IU SU TIU SA BIU CO BRIU SE GUIU SEN IU A TIU A BIU SER TIU SER Prezado professor, recorte as fichas disponíveis nesta página para a construção do DOMINÓ DE QUATRO PONTAS I. Prezado professor, recorte as fichas disponíveis nesta página para a construção do DOMINÓ DE QUATRO PONTAS I. PIU CUR VIU SEN VIU CUR RIU CA IU FU GUIU CA DIU PAR GIU PERSE Prezado professor, recorte as fichas disponíveis nesta página para a construção do DOMINÓ DE QUATRO PONTAS I. Prezado professor, recorte as fichas disponíveis nesta página para a construção do DOMINÓ DE QUATRO PONTAS I. SA S E N A SOR Grafar palavras utilizando regras de correspon- dência fonema-grafema regulares diretas e contextuais. Grafar palavras utilizando regras de correspon- dência fonema-grafema regulares, contextuais e morfológi- cas e palavras de uso frequente com correspondências irre- gulares. Escrever palavras com correção ortográfica, obedecendo as convenções da língua escrita. Utilizar, ao produzir texto, conhecimentos lin- guísticos e gramaticais: ortografia, regências e concordân- cias nominal e verbal, modos e tempos verbais, pontuação. Identificar a expressão de presente, passado e futuro em tempos verbais do modo indicativo. Fixação das terminações verbais AVAM e ARAM. De 2 a 4 jogadores. O Dominó de Quatro Pontas II tem 28 cartelas, imitando as pedras do dominó tradicional. Este jogo tem também um conjunto de 4 cartelas interligadas em forma de cruz, com as quais se iniciam o jogo. Se tiver o número máximo de quatro jogadores, cada joga- dor recebe sete cartelas. Se tiver o número máximo de jo- gadores, não haverá reserva. Se o número de jogadores for menor que quatro, as cartelas que sobrarem ficam no ban- co de reserva, empilhado com a parte escrita para cima, a fim de aumentar a participação do grupo. O jogo se inicia com a cartela de quatro pontas. Em segui- da, o jogador que vai iniciar a partida verifica se tem, entre suas cartas, uma sílaba que complete qualquer um dos ver- bos iniciados nas pontas da cartela de quatro pontas. Se ti- ver, coloca a cartela ao lado, para formar a palavra e, então, ele fala em voz alta a forma verbal que foi formada. O jogo prossegue com os jogadores seguintes procedendo da mesma forma. Se o jogador não tiver nenhuma sílaba para completar a forma verbal iniciada, deverá recorrer ao ban- co de reserva, até encontrar a sílaba que caiba. Caso não encontre uma parte para formar o verbo, passará sua vez e o próximo jogador continuará a partida. O jogo termina quando um dos jogadores esgotar suas car- telas; este jogador será considerado o vencedor. A cada forma verbal formada, o jogador deverá escrevê-la numa folha de papel, grafando ao lado o nome desse verbo (infinitivo). Neste caso, o vencedor poderá ser aquele que ti- ver escrito o maior número de verbos ao longo do jogo. Nesse caso, o professor precisa verificar a gra- fia das formas verbais, e só serão computadas as escritas de forma adequada. ◼ Prezado professor, recorte as fichas disponíveis nesta página para a construção do DOMINÓ DE QUATRO PONTAS II. Prezado professor, recorte as fichas disponíveis nesta página para a construção do DOMINÓ DE QUATRO PONTAS II. ÇAVAM PERFU SAVAM TREI MAVAM CA NAVAM PAS TAVAM NAMO RAVAM SEN VAVAM VE LAVAM LE MAVAM PASSE AVAM SOL Prezado professor, recorte as fichas disponíveis nesta página para a construção do DOMINÓ DE QUATRO PONTAS II. Prezado professor, recorte as fichas disponíveis nesta página para a construção do DOMINÓ DE QUATRO PONTAS II. TAVAM DAN AVAM VE BAVAM COPI LAVAM DERRU ÇARAM PERFU MARAM CA NARAM PAS SARAM TREI TARAM NAMO RARAM SEN Prezado professor, recorte as fichas disponíveis nesta página para a construção do DOMINÓ DE QUATRO PONTAS II. Prezado professor, recorte as fichas disponíveis nesta página para a construção do DOMINÓ DE QUATRO PONTAS II. TARAM LE NARAM PASSE VARAM VE ARAM SOL TARAM DAN BARAM COPI LARAM DERRU ARAM VE Prezado professor, recorte as fichas disponíveis nesta página para a construção do DOMINÓ DE QUATRO PONTAS II. Prezado professor, recorte as fichas disponíveis nesta página para a construção do DOMINÓ DE QUATRO PONTAS II. DAN T R A S O L TOM Grafar palavras utilizando regras de correspon- dência fonema-grafema regulares diretas e contextuais. Ler e escrever, corretamente, palavras com síla- bas VV e CVV em casos nos quais a combinação VV (diton- go) é reduzida na língua oral (ai, ei, ou). Grafar palavras utilizando regras de correspon- dência fonema-grafema regulares, contextuais e morfológi- cas e palavras de uso frequente com correspondências irre- gulares. Escrever palavras com correção ortográfica, obedecendo as convenções da língua escrita. Utilizar, ao produzir texto, conhecimentos lin- guísticos e gramaticais: ortografia, regências e concordân- cias nominal e verbal, modos e tempos verbais, pontuação. Identificar a expressão de presente, passado e futuro em tempos verbais do modo indicativo. Fixação da terminação verbal OU. 4 jogadores. O Baralho Verbal I tem 30 cartelas; em 10 delas constam formas verbais com a terminação explorada (OU). Nas ou- tras 20 cartelas, aparecem as sílabas que irão formar estas formas verbais. As 10 cartas em que constam as formas verbais a serem ex- ploradas serão empilhadas, viradas com o nome para baixo, no meio da mesa. Em seguida serão distribuídas as outras cartas entre os participantes. O jogo se inicia com um jogador virando a carta que está em cima, para que apareça a forma verbal nela escrita. Quem tiver as sílabas que formam esse verbo, deverá colocá-las em cima da mesa e, ao formar o verbo, diz, em voz alta, a forma verbal. Se as sílabas estiverem em mãos diferentes, seus portadores procederão da mesma forma e ambos po- dem marcar ponto no jogo. O jogo tem prosseguimento virando-se outra carta da mesa a cada verbo formado. O jogo termina quando um dos jogadores usar todas as car- telas; este será considerado o vencedor. O professor pode, junto com as crianças, pensar em outras ações a serem feitas comas formas verbais que apareceram. Dependendo da turma em que está sendo usado esse jogo; o professor pode pedir que forme frases com as formas ver- bais; pode pedir que lembre de outro verbo com a mesma terminação. ◼ Prezado professor, recorte as fichas disponíveis nesta página para a construção do BARALHO VERBAL I. Prezado professor, recorte as fichas disponíveis nesta página para a construção do BARALHO VERBAL I. MAN DOU BOU CAL ÇOU CHOU LI XOU GOU CO Prezado professor, recorte as fichas disponíveis nesta página para a construção do BARALHO VERBAL I. Prezado professor, recorte as fichas disponíveis nesta página para a construção do BARALHO VERBAL I. TOU LA FAL VOU A LOU RAS BROU TOM QUE Prezado professor, recorte as fichas disponíveis nesta página para a construção do BARALHO VERBAL I. Prezado professor, recorte as fichas disponíveis nesta página para a construção do BARALHO VERBAL I. MANDOU ACHOU FALTOU TOMBOU COLOU RASGOU LIXOU LAVOU QUEBROU CALÇOU Grafar palavras utilizando regras de correspon- dência fonema-grafema regulares diretas e contextuais. Grafar palavras utilizando regras de correspon- dência fonema-grafema regulares, contextuais e morfológi- cas e palavras de uso frequente com correspondências irre- gulares. Escrever palavras com correção ortográfica, obedecendo as convenções da língua escrita. Utilizar, ao produzir texto, conhecimentos lin- guísticos e gramaticais: ortografia, regências e concordân- cias nominal e verbal, modos e tempos verbais, pontuação. Identificar a expressão de presente, passado e futuro em tempos verbais do modo indicativo. Fixação da terminação verbal IU. 4 jogadores. O Baralho Verbal II tem 30 cartelas; em 10 delas constam formas verbais com a terminação explorada (IU). Nas ou- tras 20 cartelas, aparecem as sílabas que irão formar estas formas verbais. As 10 cartas em que constam as formas verbais a serem ex- ploradas serão empilhadas, viradas com o nome para baixo, no meio da mesa. Em seguida serão distribuídas as outras cartas entre os participantes. O jogo se inicia com um jogador virando a carta que está em cima, para que apareça a forma verbal nela escrita. Quem tiver as sílabas que formam essa forma verbal, deverá colo- cá-las em cima da mesa e, ao formar o verbo, diz, em voz al- ta, a forma verbal. Se as sílabas estiverem em mãos diferentes, seus portadores procederão da mesma forma e ambos mar- cam ponto no jogo. O jogo tem prosseguimento virando-se outra carta da mesa a cada forma verbal formada. O jogo termina quando um dos jogadores usar todas as car- telas; este será considerado o vencedor. O professor pode, junto com as crianças, pensar em outras ações a serem feitas com as formas verbais que apareceram. O professor pode selecionar uma música para que eles ou- çam e registrem numa folha as formas verbais com as mes- mas terminações das que foram trabalhadas. ◼ Prezado professor, recorte as fichas disponíveis nesta página para a construção do BARALHO VERBAL II. Prezado professor, recorte as fichas disponíveis nesta página para a construção do BARALHO VERBAL II. SE RIU DIU RIU FE PERSE PAR GUIU TIU BRIU Prezado professor, recorte as fichas disponíveis nesta página para a construção do BARALHO VERBAL II. Prezado professor, recorte as fichas disponíveis nesta página para a construção do BARALHO VERBAL II. IU DIU DECI IU SA A CA SOR PE GUIU Prezado professor, recorte as fichas disponíveis nesta página para a construção do BARALHO VERBAL II. Prezado professor, recorte as fichas disponíveis nesta página para a construção do BARALHO VERBAL II. SORRIU SAIU PERSEGUIU FERIU SEGUIU PARTIU DECIDIU ABRIU PEDIU CAIU Grafar palavras utilizando regras de correspon- dência fonema-grafema regulares diretas e contextuais. Ler e escrever, corretamente, palavras com síla- bas VV e CVV em casos nos quais a combinação VV (diton- go) é reduzida na língua oral (ai, ei, ou). Grafar palavras utilizando regras de correspon- dência fonema-grafema regulares, contextuais e morfológi- cas e palavras de uso frequente com correspondências irre- gulares. Escrever palavras com correção ortográfica, obedecendo as convenções da língua escrita. Utilizar, ao produzir texto, conhecimentos lin- guísticos e gramaticais: ortografia, regências e concordân- cias nominal e verbal, modos e tempos verbais, pontuação. Identificar a expressão de presente, passado e futuro em tempos verbais do modo indicativo. Fixação das terminações verbais OU, IU, AR, IR. De 4 a 16 jogadores (sempre múltiplos de 4). O Bingo Verbal I tem 4 cartelas, uma para cada grupo e 16 cartelas para serem chamadas pelo professor. Nas cartelas dos grupos, os verbos estão flexionados; nas que serão cha- madas, há os nomes dos verbos (infinitivo). Cada grupo receberá uma cartela. O grupo ficará atento aos verbos chamados, no infinitivo. Caso na cartela do grupo ti- ver a forma verbal flexionada, ele deverá colocar a cartela do infinitivo no espaço logo abaixo da forma flexionada. O professor “chama” o bingo, e o grupo vai preenchendo com o nome do verbo correspondente (infinitivo) à forma flexionada que está na sua cartela. O professor vai retirando cada ficha, lê bem alto o nome do verbo escrito nelas. O grupo vai marcando quando tiver o verbo chamado. A cartela é entregue ao grupo que tem o verbo para ser colocada no espaço logo abaixo da forma ver- bal que existe na cartela. O jogo termina quando um dos grupos preencher a cartela; este grupo será considerado o vencedor. O professor poderá incumbir um dos alunos da sala para ser o que chamará o bingo. Ou poderá pedir que a cada verbo chamado, um participante de cada grupo chame. O profes- sor pode ler textos diferentes em que apareçam as formas infinitas do verbo para os alunos identificarem as que es- tão em sua cartela. O professor pode usar quaisquer gêne- ros textuais: poemas, canções, piadas, parlendas para ler a fim de que o grupo identifique a forma verbal constante em sua cartela. ◼ Prezado professor, recorte as fichas disponíveis nesta página para a construção do BINGO VERBAL I. Prezado professor, recorte as fichas disponíveis nesta página para a construção do BINGO VERBAL I. CHAMAR ACEITAR PARTIR FERIR FICAR COMEÇAR SORRIR ABRIR SAIR DEDICAR DANÇAR CAIR SEGUIR ENTRAR NAMORAR PERSEGUIR Prezado professor, recorte as fichas disponíveis nesta páginapara a construção do BINGO VERBAL I. Prezado professor, recorte as fichas disponíveis nesta página para a construção do BINGO VERBAL I. CHAMOU FICOU DANÇOU NAMOROU ACEITOU COMEÇOU DEDICOU ENTROU Prezado professor, recorte as fichas disponíveis nesta página para a construção do BINGO VERBAL I. Prezado professor, recorte as fichas disponíveis nesta página para a construção do BINGO VERBAL I. FERIU ABRIU SEGUIU SAIU PARTIU SORRIU CAIU PERSEGUIU Grafar palavras utilizando regras de correspon- dência fonema-grafema regulares diretas e contextuais. Ler e escrever, corretamente, palavras com síla- bas VV e CVV em casos nos quais a combinação VV (diton- go) é reduzida na língua oral (ai, ei, ou). Grafar palavras utilizando regras de correspon- dência fonema-grafema regulares, contextuais e morfológi- cas e palavras de uso frequente com correspondências irre- gulares. Escrever palavras com correção ortográfica, obedecendo as convenções da língua escrita. Utilizar, ao produzir texto, conhecimentos lin- guísticos e gramaticais: ortografia, regências e concordân- cias nominal e verbal, modos e tempos verbais, pontuação. Identificar a expressão de presente, passado e futuro em tempos verbais do modo indicativo. Fixação das terminações verbais OU e IU. De 4 a 16 jogadores (sempre múltiplos de 4). O Bingo Verbal II é formado por 4 cartelas, uma para cada grupo. Cada cartela tem quatro frases a serem completa- das com as formas verbais chamadas pelo professor. As for- mas verbais a serem chamadas estão em 16 cartelas que ficam com quem vai “chamar” o bingo. Depois de formados os grupos, uma pessoa, que pode ser o professor ou um aluno, chama os verbos e os grupos veri- ficam se aquela forma verbal completa alguma de suas fra- ses. As cartelas vão sendo completadas ao longo do jogo. O jogo se inicia com uma pessoa chamando a forma verbal para que os grupos verifiquem se ela se encaixa em algu- ma de suas frases. Caso se encaixe, a cartela deve ser en- tregue ao grupo. Se o grupo de alunos em que o jogo será apli- cado ainda não tem muita fluência na leitura, o professor pode no início do jogo ler e mostrar a eles todos as formas verbais que serão chamadas. O jogo deve ser aplicado para contribuir para a aprendizagem da criança, nunca para que ela se sinta incapaz. O jogo tem prosseguimento chamando-se as cartelas até que algum grupo preencha suas frases. O jogo termina quando um dos grupos completar todas as frases; este grupo será considerado o vencedor. O professor poderá fazer esse jogo entregando as quatro fi- chas para serem preenchidas no mesmo grupo. Assim, as fichas podem ficar expostas, de forma a que todos visuali- zem as formas verbais e as frases a serem completadas. O professor poderá pedir que os grupos formem outras frases diferentes daquelas que estão nas cartelas. O professor po- de sugerir, usando as mesmas formas verbais, que cada par- ticipante do grupo escreva, sem que os outros vejam, outra frase com a mesma forma verbal e depois cada um lê a sua frase. Além desses verbos estudados, eles poderão lembrar outros que não se encontram nas cartelas. ◼ Prezado professor, recorte as fichas disponíveis nesta página para a construção do BINGO VERBAL II. Prezado professor, recorte as fichas disponíveis nesta página para a construção do BINGO VERBAL II. CHAMOU FICOU DANÇOU NAMOROU FERIU ABRIU SEGUIU SAIU PEDIU COMEÇOU TRANSFORMOU ENTROU PARTIU PERSEGUIU SORRIU CAIU Prezado professor, recorte as fichas disponíveis nesta página para a construção do BINGO VERBAL II. Prezado professor, recorte as fichas disponíveis nesta página para a construção do BINGO VERBAL II. O ALUNO _______ A PROFESSORA. O VESTIDO _______ LINDO. A BAILARINA _______ NO ESCURO. A MENINA _______ ESCONDIDO. A FACA _________ O HOMEM. MEU PAI _________ A GARRAFA. ELE _________ SEU CAMINHO. MARCOS _________ NOVAMENTE. Prezado professor, recorte as fichas disponíveis nesta página para a construção do BINGO VERBAL II. Prezado professor, recorte as fichas disponíveis nesta página para a construção do BINGO VERBAL II. A MULHER ________ O DIVÓRCIO. O INVERNO ________. A PINTURA ________ O PRÉDIO. O PÉ NÃO ________ NO SAPATO. O ANIVERSARIANTE _______ O BOLO. O RÉU _______ ALIVIADO. A LARANJA _______ ESTRAGADA. O GATO _______ O RATO. Grafar palavras utilizando regras de correspon- dência fonema-grafema regulares diretas e contextuais. Grafar palavras utilizando regras de correspon- dência fonema-grafema regulares, contextuais e morfológi- cas e palavras de uso frequente com correspondências irre- gulares. Escrever palavras com correção ortográfica, obedecendo as convenções da língua escrita. Utilizar, ao produzir texto, conhecimentos lin- guísticos e gramaticais: ortografia, regências e concordân- cias nominal e verbal, modos e tempos verbais, pontuação. Identificar a expressão de presente, passado e futuro em tempos verbais do modo indicativo. Fixação das terminações verbais AVAM e ARAM. De 4 a 16 jogadores (sempre múltiplos de 4). O Bingo Verbal III é formado por 4 cartelas, uma para cada grupo. Cada cartela tem quatro frases a serem completa- das com as formas verbais chamadas pelo professor. As for- mas verbais a serem chamadas estão em 16 cartelas que ficam com quem cai “chamar” o bingo. Depois de formados os grupos, uma pessoa, que pode ser o professor ou um aluno, chama os verbos e os grupos veri- ficam se aquela forma verbal completa alguma de suas fra- ses. As cartelas vão sendo completadas ao longo do jogo. O jogo se inicia com uma pessoa chamando a forma verbal para que os grupos verifiquem se ela se encaixa em algu- ma de suas frases. Caso se encaixe, a cartela deve ser en- tregue ao grupo. Se o grupo de alunos em que o jogo será apli- cado ainda não tem muita fluência na leitura, o professor pode no início do jogo ler e mostrar a eles todas as formas verbais que serão chamadas. O jogo deve ser aplicado para contribuir para a aprendizagem da criança, nunca para que ela se sinta incapaz. O jogo tem prosseguimento chamando-se as cartelas até que algum grupo preencha suas frases. O jogo termina quando um dos grupos completar todas as frases; este grupo será considerado o vencedor. O professor poderá fazer esse jogo entregando as quatro fi- chas para serem preenchidas no mesmo grupo. Assim, as fichas podem ficar expostas, de forma a que todos visuali- zem as formas verbais e as frases a serem completadas. O professor poderá pedir que os grupos formem outras frases diferentes daquelas que estão nas cartelas. O professor po- de sugerir, usando as mesmas formas verbais, que cada par- ticipante do grupo escreva, sem que os outros vejam, outra frase com a mesma forma verbal e depois cada um lê a sua frase. Além desses verbos estudados, eles poderão lembrar outros que não se encontram nas cartelas. ◼ Prezado professor, recorte as fichas disponíveis nesta página para a construção do BINGO VERBAL III. Prezado professor, recorte as fichas disponíveis nesta página para a construção do BINGO VERBAL III. CANTAVAM DANÇAVAM PASSEAVAM TRATAVAM PINTARAM FUGIRAM DESENCANTARAM VOARAM NADAVAM PIAVAM PERFUMAVAM ASSUSTAVAM COMPETIRAM DECIDIRAM PEDIRAM VESTIRAM Prezado professor, recorte as fichas disponíveis nesta página para a construção do BINGO VERBAL III. Prezado professor, recorte as fichas disponíveis nesta página paraa construção do BINGO VERBAL III. OS PALHAÇOS ________ PIADAS. OS DANÇARINOS ________ LIGEIRO. AS CRIANÇAS ________ ANIMADAS. OS PAIS ________ BEM OS FILHOS. AS BALEIAS _______ NO MAR. OS PINTINHOS _______ COM FRIO. AS FLORES _______ O AR. OS MONSTROS _______ AS CRIANÇAS. Prezado professor, recorte as fichas disponíveis nesta página para a construção do BINGO VERBAL III. Prezado professor, recorte as fichas disponíveis nesta página para a construção do BINGO VERBAL III. OS ATLETAS _______ E VENCERAM. OS NOIVOS _______ CASAR LOGO. OS CULPADOS _______ PERDÃO. OS PADRES _______ AS BATINAS. OS PINTORES _______ OS QUADROS. OS ANIMAIS _______ PARA FLORESTA. AS FADAS _______ A PRINCESA. OS PÁSSAROS _______ NO CÉU. Grafar palavras utilizando regras de correspon- dência fonema-grafema regulares diretas e contextuais. Ler e escrever, corretamente, palavras com síla- bas VV e CVV em casos nos quais a combinação VV (diton- go) é reduzida na língua oral (ai, ei, ou). Grafar palavras utilizando regras de correspon- dência fonema-grafema regulares, contextuais e morfológi- cas e palavras de uso frequente com correspondências irre- gulares. Escrever palavras com correção ortográfica, obedecendo as convenções da língua escrita. Utilizar, ao produzir texto, conhecimentos lin- guísticos e gramaticais: ortografia, regências e concordân- cias nominal e verbal, modos e tempos verbais, pontuação. Identificar a expressão de presente, passado e futuro em tempos verbais do modo indicativo. Fixação das terminações verbais OU e IU. De 4 a 16 jogadores (sempre múltiplos de 4). O Bingo na Fábula é formado por 2 cartelas: cada cartela tem uma fábula: “A Raposa e o Corvo” e “O Cervo e o Leão”. O jogo tem também 16 cartelas nas quais constam formas verbais que completam espaços existentes na fábula. As formas verbais a serem chamadas devem ficar com quem vai “chamar” o bingo, o professor ou um dos alunos do gru- po. Antes de iniciar a chamada das formas verbais constantes nas cartelas, o professor deve ler as duas fábulas com os es- tudantes, sem que apareça qualquer espaço em branco, vis- to que o foco nesse momento é a leitura e a compreensão. Se na turma os estudantes leem bem, o professor pode so- licitar que algum do grupo leia para os colegas. Antes de iniciar a chamada das formas verbais, é importante que o professor explore a compreensão das fábulas e discuta com os estudantes as ações das personagens. Depois de forma- dos os grupos, uma pessoa, que pode ser o professor ou um aluno, chama os verbos e os grupos verificam se aquela forma verbal se encaixa em algum dos trechos omitidos em sua fábula. As fábulas vão sendo completadas ao longo do jogo. Conforme explicitado no procedimento, o professor deve ler as fábulas com os estudantes. Ou pedir que algum aluno leia para o grupo. O jogo se inicia com uma pessoa chaman- do a forma verbal para que os grupos verifiquem se ela se encaixa em alguma de suas fábulas. Caso se encaixe, a cartela deve ser entregue ao grupo. Se o grupo de alunos em que o jogo será apli- cado ainda não tem muita fluência na leitura, o professor pode, no início do jogo, ler e mostrar a eles todos as formas verbais que serão chamadas. O jogo deve ser aplicado para contribuir para a aprendizagem da criança, nunca para que ela se sinta incapaz. O jogo tem prosseguimento chamando-se as cartelas até que algum grupo complete sua fábula. O jogo termina quando um dos grupos completar a fábula; este grupo será considerado o vencedor. O professor poderá fazer esse jogo entregando as duas fá- bulas para serem preenchidas no mesmo grupo. Nesse caso ele deverá ter mais de duas fábu- las ou ter outros gêneros textuais que podem circular entre os grupos. O professor poderá pedir que os grupos sociali- zem o conteúdo de suas fábulas. O professor pode sugerir que cada participante do grupo escreva um resumo de uma das fábulas, usando as mesmas formas verbais. Além des- ses verbos estudados, eles poderão lembrar outros que não se encontram nas cartelas. ◼ Prezado professor, recorte as fichas disponíveis nesta página para a construção do BINGO NA FÁBULA. Prezado professor, recorte as fichas disponíveis nesta página para a construção do BINGO NA FÁBULA. ROUBOU FUGIU DESEJOU COLOCOU-SE COMEÇOU ABRIU ABOCANHOU SAIU VIU OBSERVOU ACHOU-AS CONSIDEROU SURGIU COMEÇOU PERSEGUI-LO SAIU Prezado professor, recorte as fichas disponíveis nesta página para a construção do BINGO NA FÁBULA. Prezado professor, recorte as fichas disponíveis nesta página para a construção do BINGO NA FÁBULA. A RAPOSA E O CORVO Esopo Um Corvo _________________ um queijo e com ele ____________ para o alto de uma árvore. Uma Raposa, ao vê-lo, _______________ tomar posse do queijo para comer. ____________ ao pé da árvore e ___________ a louvar a beleza e a graça do Corvo, dizendo: — Com certeza és formoso, gentil e nenhum pássaro poderá ser comparado a ti desde que tu cantes. O Corvo, querendo mostrar-se, ____________ o bico para tentar cantar, fazendo o queijo cair. A Raposa ___________ o petisco e ___________ correndo, ficando o Corvo, além de faminto, ciente de sua ignorância. Disponível em: http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/ea000378.pdf. Acesso em: 1 jun. 2021. Prezado professor, recorte as fichas disponíveis nesta página para a construção do BINGO NA FÁBULA. Prezado professor, recorte as fichas disponíveis nesta página para a construção do BINGO NA FÁBULA. O CERVO E O LEÃO Esopo Bebia um Cervo em um riacho quando ___________ seu reflexo na água. ___________ suas pernas finas e ___________ muito feias, enquanto que __________ a galhada de seus chifres muito bonita e formosa. Quando _______________ dali, ______________ um Leão que ____________ a ___________. Com os pés, que havia desprezado, ganhava velocidade e com isso distância de seu perseguidor. Com os chifres, entretanto, se enroscava nos ramos das árvores, o que diminuía sua vantagem. Enquanto corria, pensava: — Como fui bobo, desprezando o que me é mais importante e elogiando o que pra mim tem menos valor. Disponível em: http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/ea000378.pdf. Acesso em: 1 jun. 2021. Grafar palavras utilizando regras de correspon- dência fonema-grafema regulares diretas e contextuais. Ler e escrever, corretamente, palavras com síla- bas VV e CVV em casos nos quais a combinação VV (diton- go) é reduzida na língua oral (ai, ei, ou). Grafar palavras utilizando regras de correspon- dência fonema-grafema regulares, contextuais e morfológi- cas e palavras de uso frequente com correspondências irre- gulares. Escrever palavras com correção ortográfica, obedecendo as convenções da língua escrita. Utilizar, ao produzir texto, conhecimentos lin- guísticos e gramaticais: ortografia, regências e concordân- cias nominal e verbal, modos e tempos verbais, pontuação. Identificar a expressão de presente, passado e futuro em tempos verbais do modo indicativo. Fixação de diversas terminações verbais. De 4 a 16 jogadores (sempre múltiplos de 4). O Bingo em Poemas I é formado por 2 cartelas: cada carte- la tem um poema: “O Eco”, de Cecília Meireles, e “Pontinho de vista”, de Pedro Bandeira. O jogo tem ainda 14 cartelas, dentre as quais somente 12 formas verbais completam os espaços existentes no poema. As formas verbais a serem chamadas devem ficar com quem vai “chamar” o bingo, o professor ou um dos alunos do grupo. Antes de iniciar a chamada das formas verbais constantes nas cartelas, o professor deve ler os dois poemas, comple- tos, sem qualquer espaço em branco,
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