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CURSO IRDR (INCIDENTE DE RESOLUÇÃO DE 
DEMANDAS REPETITIVAS) 
Prof UBIRAJARA CASADO 
 
CURSO IRDR 
 
AULA 3 
 
- Processamento do IRDR 
- Fixação da tese e força normativa 
- Jurisprudência do STJ 
 
1. PROCESSAMENTO DO IRDR 
 
Art. 984, CPC/2015: 
 
Art. 984. No julgamento do incidente, observar-se-
á a seguinte ordem: 
I - o relator fará a exposição do objeto do incidente; 
II - poderão sustentar suas razões, sucessivamente: 
 
 
 
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a) o autor e o réu do processo originário e o 
Ministério Público, pelo prazo de 30 (trinta) 
minutos; 
b) os demais interessados, no prazo de 30 (trinta) 
minutos, divididos entre todos, sendo exigida 
inscrição com 2 (dois) dias de antecedência. 
§ 1º Considerando o número de inscritos, o prazo 
poderá ser ampliado. 
§ 2º O conteúdo do acórdão abrangerá a análise de 
todos os fundamentos suscitados concernentes à 
tese jurídica discutida, sejam favoráveis ou 
contrários. 
 
Do acórdão que julga o IRDR cabe: 
- Especial para o STJ; 
- Extraordinário para o STF. 
 
Quem pode recorrer? 
- Partes do IRDR 
- MP e DP, sejam partes ou não do IRDR 
- Amicus Curiae 
Art. 138, CPC/2015: 
§ 3º O amicus curiae pode recorrer da decisão que 
julgar o incidente de resolução de demandas 
repetitivas. 
 
Características do RE e REsp em IRDR: 
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Art. 987. Do julgamento do mérito do incidente 
caberá recurso extraordinário ou especial, 
conforme o caso. 
§ 1º O recurso tem efeito suspensivo, presumindo-
se a repercussão geral de questão constitucional 
eventualmente discutida. 
§ 2º Apreciado o mérito do recurso, a tese jurídica 
adotada pelo Supremo Tribunal Federal ou pelo 
Superior Tribunal de Justiça será aplicada no 
território nacional a todos os processos individuais 
ou coletivos que versem sobre idêntica questão de 
direito. 
 
2. FIXAÇÃO DA TESE E FORÇA NORMATIVA 
 
Art. 985. Julgado o incidente, a tese jurídica será 
aplicada: 
I - a todos os processos individuais ou coletivos que 
versem sobre idêntica questão de direito e que 
tramitem na área de jurisdição do respectivo 
tribunal, inclusive àqueles que tramitem nos 
juizados especiais do respectivo Estado ou região; 
II - aos casos futuros que versem idêntica questão 
de direito e que venham a tramitar no território de 
competência do tribunal, salvo revisão na forma do 
art. 986. 
§ 1º Não observada a tese adotada no incidente, 
caberá reclamação. 
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Aplica-se a tese aos casos futuros com força de 
precedente vinculante até que seja revisado pelo 
mesmo Tribunal ou superada pelo STF ou STJ (por 
exemplo, julgamento de ADI ou de RE ou REsp 
afetado para julgamento segundo a sistemática dos 
recursos repetitivos). A revisão pode ser requerida 
apenas pelo MP ou DP. 
 
Art. 986. A revisão da tese jurídica firmada no 
incidente far-se-á pelo mesmo tribunal, de ofício ou 
mediante requerimento dos legitimados 
mencionados no art. 977, inciso III. 
 
Efeito da aplicação da tese em processos futuros 
(FORÇA NORMATIVA): 
 
1. Juiz de 1º grau: 
Causas que dispensam produção de provas, o juiz 
julga improcedente o pedido de forma liminar com 
base no entendimento firmado no IRDR (art. 332, 
III). 
 
2. Relator: 
Monocraticamente, nega ou dá provimento a 
recurso, conforme a decisão recorrida esteja em 
conformidade ou não com o que se decidiu em IRDR 
(art. 932, IV, “c”, e V, “c”). 
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Em caso de não aplicação da tese em IRDR, contra 
essa decisão cabe RECLAMAÇÃO. 
 
3. IRDR com força de lei (Art. 985, parágrafo 2º): 
§ 2º Se o incidente tiver por objeto questão relativa 
a prestação de serviço concedido, permitido ou 
autorizado, o resultado do julgamento será 
comunicado ao órgão, ao ente ou à agência 
reguladora competente para fiscalização da efetiva 
aplicação, por parte dos entes sujeitos a regulação, 
da tese adotada. 
 
3. JURISPRUDÊNCIA DO STJ 
 
1. AgInt na Pet 11.838-MS 
STJ admite IRDR no próprio STJ em causas de 
competência originária e de recursos ordinários. 
1. O novo Código de Processo Civil instituiu 
microssistema para o julgamento de demandas 
repetitivas - nele incluído o IRDR, instituto, em 
regra, afeto à competência dos tribunais estaduais 
ou regionais federal -, a fim de assegurar o 
tratamento isonômico das questões comuns e, 
assim, conferir maior estabilidade à jurisprudência 
e efetividade e celeridade à prestação jurisdicional. 
2. A instauração de incidente de resolução de 
demandas repetitivas diretamente no Superior 
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Tribunal de Justiça é cabível apenas nos casos de 
competência recursal ordinária e de competência 
originária e desde que preenchidos os requisitos do 
art. 976 do CPC. 
 
2. STJ. 2ª Turma. AREsp 1470017-SP 
Não caberá a instauração de IRDR se já encerrado o 
julgamento de mérito do recurso ou da ação 
originária, mesmo que pendente de julgamento 
embargos de declaração. 
STJ. 2ª Turma. AREsp 1470017-SP, Rel. Min. 
Francisco Falcão, julgado em 15/10/2019 (Info 658). 
OBS: vimos que o IRDR é cabível quando houver 
processo pendente no TJ ou TRF (recurso, remessa 
ou processo de competência originária), logo, para 
o STJ se já julgada o recurso ou ação originária, 
pendente ED, não existe mais causa pendente. 
 
3. STJ. 3ª Turma. REsp 1631846-DF 
É irrecorrível o acórdão que admite ou inadmite o 
Incidente de Resolução de Demandas Repetitivas – 
IRDR. 
STJ. 3ª Turma. REsp 1.631.846-DF, Rel. Min. Paulo 
de Tarso Sanseverino, Rel. Acd. Min. Nancy 
Andrighi, julgado em 05/11/2019 (Info 661). 
OBS: embora não tenha sido ressalvado na decisão, 
cabem ED do acórdão que admite ou inadmite o 
Incidente de Resolução de Demandas Repetitivas, 
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os doutrinadores citados no voto vencedor na 3ª 
Turma, admitem os ED, no caso. 
 
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