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Forame de Huschke

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- FORAME DE HUSCHKE - 
INTRODUÇÃO:
O forame de Huschke está presente na formação embriológica e 
desenvolvimento da porção timpânica do osso temporal, obliterando-
se naturalmente por volta dos 4 ou 5 anos de vida. Está presente em 
todos os indivíduos e localiza-se na região central da placa timpânica 
(parede posterior da fossa articular ou parede anterior do meato 
acústico externo). O forame recebeu o nome do otorrinolaringologista 
Emil Huschke, que o descreveu em 1832. A persistência deste 
forame, na vida adulta foi relatava por vários autores, sendo 
caracterizada como uma anomalia anatômica. 
PERSISTÊNCIA DO FORAME DE HUSCHKE NA VIDA ADULTA: 
O forame de Huschke é resultado da fusão inicialmente incompleta do 
anel timpânico, na sua porção anterior e inferior. Essa fusão tem o 
objetivo de separar o canal auditivo externo superiormente e o 
forame de Huschke inferiormente, porém quando esse forame 
persiste na vida adulta, a porção medial do canal auditivo externo e a 
região retrodiscal da articulação temporomandibular (ATM) ficam 
separadas apenas por tecido mole, não havendo a ossificação da 
porção ântero-inferior da placa timpânica, que é de origem 
intramembranosa. 
A tomografia computadorizada (TC) é extremamente importante, 
como exame imaginológico de eleição mais apropriado para 
visualização da presença e persistência desse forame e das estruturas 
anatômicas associadas. 
 
 
 
 
 
FORAME DE HUSHKE PERSISTENTE 
Fonte: MELGAÇO; PENNA; SEDARIAN, 2003. 
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IMPLICAÇÕES CLÍNICAS: 
A persistência do forame de Huschke foi relatada como provável 
causa de enfraquecimento da estrutura óssea do canal auditivo 
externo, com possível tendência à fratura em casos de trauma. Foi 
também relacionado a infecções da orelha média e externa para os 
tecidos da ATM, por permitir a comunicação, separada apenas por 
tecidos moles, entre a fossa articular e o meato acústico externo. 
Estudos abordam várias implicações decorrentes do não fechamento 
desse forame, como otites externas e médias, artrites infecciosas, 
hérnias e fístulas no conduto auditivo externo, lesões de orelha média 
e interna com comprometimento auditivo, fraturas ósseas pelo 
enfraquecimento da parede do meato acústico externo, além de 
danos neuromotores faciais. 
O forame de Huschke é mais frequente nos indivíduos do sexo 
feminino, pode incidir uni ou bilateralmente, e está presente em cerca 
de 10% da população brasileira. Sua presença explica a 
vulnerabilidade das estruturas do ouvido médio e interno, que podem 
ser facilmente perfurados, por exemplo, pelos instrumentos utilizados 
na artroscopia, um exame utilizado no diagnóstico de distúrbios da 
ATM. Alguns estudos relataram injúrias decorrentes de perfuração da 
membrana timpânica com perda auditiva condutiva, por 
instrumentais utilizados em procedimentos de artroscopia, no qual 
atingiu a parede posterior da fossa articular onde persistia o forame 
de Huschke. Por isso, ao realizar esse procedimento, o profissional 
deve estar atento ao ângulo de inserção e profundidade de 
penetração dos instrumentos e a presença dessa anomalia 
anatômica. 
Dessarte, sua importância clínica tem sido reconhecida, por ser uma 
rota potencial de disseminação de infecções advindas no meato 
acústico externo, acometendo a ATM e a glândula salivar parótida. 
Sendo associadas também a tumores na fossa articular e que 
atingem o meato acústico externo, fístula salivar espontânea no 
meato acústico externo e complicações nos procedimentos de 
artroscopia da ATM. 
 
 
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CONCLUSÃO: 
É de extrema importância que os profissionais que atuam na região 
de ATM e ouvido tenham conhecimento acerca das implicações que 
decorrem da persistência do forame de Huschke na vida adulta, a fim 
de evitar intercorrências e também diagnosticar e entender situações 
clínicas na presença dessa anomalia. 
 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS: 
 MELGAÇO, C. A.; PENNA, L. M.; SERAIDARIAN, P. I. O forame 
de Huschke e suas implicações clínicas. Revista Brasileira de 
Otorrinolaringologia, v. 69, n. 3, p. 406-413, 2003. 
 
 REIS, H. N. et al. Persistência do forame de Huschke: um 
estudo tomográfico. Radiologia Brasileira, v. 39, n. 4, p. 
273-276, 2006. 
 
 
 
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