CRIATIVIDADE, IDEAÇÃO ECRIATIVIDADE, IDEAÇÃO E RESOLUÇÃO DE PROBLEMASRESOLUÇÃO DE PROBLEMAS TÉCNICAS DETÉCNICAS DE RESOLUÇÃO DERESOLUÇÃO DE PROBLEMASPROBLEMAS Autor: Esp. Anderson Marcol ino Pereira de Ol iveira Reviso r : Ra fa e l Ara ú jo INICIAR introduçãoIntrodução A velocidade extrema com que mudanças ocorrem, no mercado globalizado atual, incita a necessidade de estarmos aptos a resolver os problemas que estão surgindo em grande quantidade e alta complexidade. A grande situação, nesse caso, é que precisamos desenvolver, rapidamente, nossos conhecimentos, pois �cam obsoletos com o passar do tempo, devido ao desenvolvimento da tecnologia e da ciência. Ao longo deste conteúdo, abordaremos as características do surgimento dos problemas no sistema produtivo e apresentaremos algumas técnicas de solução de problemas, desconstruindo e reconstruindo o nosso processo cognitivo, nos proporcionando a capacidade de produzir soluções sob perspectivas diferentes. Segundo Albert Einstein (1953), os problemas não podem 7ser resolvidos pela mesma inteligência que o criou. Temos que reaprender a enxergar o mundo. Vamos aprender a nos reconstruir juntos? O mercado globalizado que a tal “Era da informação” desenvolveu trouxe consigo um conjunto de complexos problemas que os novos pro�ssionais precisam solucionar para que as empresas se insiram neste processo. Os problemas, de fato, não são possíveis de serem evitados, visto que muitos deles (a maioria?) são oriundos de fontes externas às organizações de maneira geral (inclusive os nossos!). Portanto, não nos resta outra opção senão saber como lidar com eles da melhor maneira, buscando evitá-los, se possível, e, quando não pudermos fugir, poder resolvê-los com e�cácia, para progredirmos em nossos objetivos. Conceitos sobreConceitos sobre Resolução deResolução de ProblemasProblemas Para tanto, apresentaremos, aqui, duas metodologias de resolução de problemas, as quais se baseiam em um esteio essencial, que são as competências sutis (soft skills): método CPS – “Creative Problem Solving”, também conhecido como “processo Osborn-Parnes”; método TRIZ – Teoria da Solução Inventiva de Problemas. saibamaisSaiba mais Saiba mais sobre as competências sutis - soft skills - nas palavras de Ruy Costa, professor do Departamento de Matemática da FCT/UNL, em Portugal, que sugere a importância destas competências para os pro�ssionais do futuro, inclusive até superando a relevância das competências técnicas, também conhecidas como hard skills. ASS IS T IR O processo de resolução criativa de problemas - Creative Problem Solving (CPS) -, também conhecido como processo Osborn-Parnes é uma forma de desenvolver fórmulas, para solucionar problemas de forma criativa. A metodologia CPS foi desenvolvida, inicialmente, por Alex Osborn, idealizador do conceito de brainstorm e fundador da Fundação CEF - Creative Education Foundation - e sócio de uma importante agência de publicidade, nos anos 1960, em Nova Iorque. Método CPS –Método CPS – Creative ProblemCreative Problem SolvingSolving As soluções criativas, usualmente, não surgem de maneira espontânea, na mente das pessoas, muito pelo contrário, elas são o resultado de uma sequência de ações intencionais, objetivando resolver um problema especí�co ou alcançar uma meta particular. O CPS se propõe a oferecer um processo simples que pretende destrinchar o problema em etapas para compreendê-lo, evidenciando insights para gerar ideias de solução dos problemas e avaliá-las, para utilizar as soluções mais e�cazes. É o processo que as pessoas ditas criativas executam, muitas vezes, sem nem associar. Outras estudam e executam esses passos, para resolver seus problemas (TREFFINGER; ISAKSEN; STEAD-DORVAL, 2005). O CPS é desenvolvido sobre duas hipóteses básicas (CEF, 2016): reflitaRe�ita O brainstorm - a tempestade de ideias - é uma das ferramentas mais utilizadas no desenvolvimento de soluções, que tem por objetivo aproveitar todo o potencial criativo em prol da resolução de um problema. Avalie como e em quais situações você pode aplicar o brainstorm, em sua vida pessoal e pro�ssional. Disponível em: https://www.youtube.com/watch? v=j4LSwZ05laQ. Acesso em: 19 jan. 2020. https://www.youtube.com/watch?v=j4LSwZ05laQ Todos somos potencialmente criativos; As habilidades de desenvolvimento de soluções criativas podem e devem ser aprendidas e melhoradas. E sua metodologia é construída sobre o alicerce de princípios fundamentais (CEF, 2016): Deve haver um equilíbrio entre o pensamento divergente e convergente. O ponto chave da produção de soluções é saber dosar a expansão e re�namento das ideias (em instantes diferentes), e ter a noção de quando cada tipo de pensamento deve ser aplicado; Os problemas deverão ser apresentados como perguntas a serem solucionadas, como questões abertas que possuem múltiplas possibilidades de respostas corretas. Tais respostas oferecem mais insights, pois evitam as respostas óbvias, quando as respostas vêm como uma lista de múltipla escolha. Evitar ou eliminar a possibilidade de pré-julgamento. O julgamento imediato tende a esconder ideias por medo de rejeição. A conversão de ideias leva um tempo para ser concretizada. A construção do pensamento deve começar sempre com o foco no “Sim, e...” em vez de “Não, mas...”, pois o foco no sim permite a expansão das ideias e a negação reprime o desenvolvimento da conversa, restringindo as opções. Assim, apresentaremos a metodologia do CPS em suas fases, apresentando-os a partir de sua construção sob os aspectos da divergência (expansão) e, logo em seguida, apresentaremos os aspectos de convergência (re�namento) das ideias. Execução do CPS O processo de Osborn-Parnes para solução de problemas é relativamente simples e pode ser dividido em seis etapas como se segue: 1. Confusão (Mess-�nding - MF) 2. Apuração de fatos (Fact-�nding – FF) 3. Localização de problemas (Problem-�nding – PF) 4. Busca de ideias (Idea-�nding – IF) 5. Localização da solução (Solution-�nding – SF) 6. Busca de aceitação (Acceptance-�nding – AF) As etapas possuem a função de orientar o processo de construção de soluções. Estes passos dizem o que deve ser feito para cada etapa imediata, para que seja possível elaborar uma ou mais soluções viáveis. A característica fundamental desta metodologia é que cada etapa é constituída de um momento de pensamento divergente, em que as ideias são planejadas (capturando fatos, de�nições de problemas, insights, avaliação de critérios, estratégias de desenvolvimento etc.) e, logo após um momento convergente, no qual os fatos realizados no momento anterior, onde são �ltradas as sugestões mais próximas da solução ideal e, assim, segue-se para a etapa seguinte. Fases do CPS A construção da metodologia CPS é baseada na execução de seis fases distintas: Confusão (Mess-�nding), Apuração dos fatos (Fact-�nding), Localização de problemas (Problem-�nding), Busca de ideias (Idea-�nding), Localização da solução (Solution-�nding) e Busca de aceitação (Acceptance-�nding), os quais serão apresentados a seguir. Confusão (Mess-�inding - MF) A fase chamada de “confusão” trata de buscar, no emaranhado de informações disponíveis, o real objetivo que nos propomos resolver. Infelizmente, perdemos muito tempo com metas aleatórias que não são o real propósito no qual deveríamos estar debruçados. Identi�car, corretamente, o objetivo, desejo ou desa�o a ser solucionado é o ponto inicial da construção do CPS. De acordo com a CEF (2016), a fase divergente do MF tem como propósito: Gerir declarações de meta ou desejo; Perguntar aos participantes de maneiras que permitam narrativa (usando uma linguagem convidativa): "Eu desejo ..." e "Seria ótimo se ...". Exemplos de perguntas divergentes: Quais são os objetivos que você deseja alcançar? O que você tem em mente? Por quê? O que você gostaria que funcionasse melhor? Quais são os desa�os? O que você gostaria de fazer diferente? O que você nunca fez e gostaria de fazer? Imagine-se daqui a um ano. Quais