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SISTEMAS DE RECOMENDAÇÃOSISTEMAS DE RECOMENDAÇÃO A NOVA ERA DIGITALA NOVA ERA DIGITAL Autor: Me. George Santiago Alves Revisor : Jackson Luis Schir igat t i I N I C I A R 1.00 Introdução Caro(a) estudante, embora seja temerário fazer generalizações, a transformação digital pretende reorientar todas as esferas da práxis social. Aparentemente, é uma perspectiva que se deseja crer que a síntese dialética entre o físico e o virtual se dará pela integração da tecnologia, no sentido de ensejar a criação de uma realidade híbrida. No entanto, referir-se a essas premissas pode, à primeira vista, parecer uma projeção subjetiva de um panorama inevitável para o cenário econômico. Subjetivamente, há uma relação entre os hábitos dos indivíduos e a própria dimensão do trabalho, pois as organizações terão que introduzir rapidamente tecnologias emergentes e digitais nas atividades do ambiente corporativo. A partir desse contexto, nesta unidade, discutiremos sobre a sociedade da informação e a tecnologia, em que a concepção do ciberespaço é uma síntese dialética entre o mundo virtual e o real; uma percepção quanto aos domínios de uma sociedade digitalizada, que interage ativamente no imaginário de uma realidade subjetiva; portanto cabe destacar que a transformação digital é um processo de mudança por meio da introdução de tecnologias emergentes no cotidiano da sociedade e nos negócios - como os sistemas colaborativos. introdução O desenvolvimento tecnológico das últimas três décadas costuma ser visto pela literatura e pelos pro�ssionais técnicos como o marco inicial de uma profunda transformação na práxis social. Desde então, embora seja temerário fazer generalizações, todas as organizações precisam se adaptar rapidamente às novas condições do mercado; isto é, um ambiente dinâmico, com uma concorrência acirrada e condições imprevisíveis. Segundo Kotler e Keller (2019) a tendência dominante das tecnologias digitais na formação da cibercultura é um fenômeno que enseja por um dos ativos mais importantes e valiosos de uma sociedade virtualizada: adaptabilidade. No entanto a naturalização da adaptabilidade no espaço da práxis social é um conceito que está enraizado na atividade humana desde os primórdios do estágio pleistoceno inferior; época na qual o Homo habilis passou a coletar e confeccionar instrumentos rudimentares, com base em indicadores do ambiente externo. A Sociedade daA Sociedade da Informação e daInformação e da TecnologiaTecnologia Observe, portanto, que o conceito de transformação e adaptabilidade precede o desenvolvimento das tecnologias de informação e de comunicação. Referir-se a essas premissas pode, à primeira vista, parecer um conceito subjetivo, mas, embora a sociedade da informação e a tecnologia sejam conceitos referenciados ao escopo da transformação digital, veri�ca-se, de fato, que as primeiras alterações que forjaram a realidade emergente de uma sociedade pós-modernista ocorreu com a transição do trabalho manual para o mecanizado (ROGERS, 2017). Nesse contexto, vejamos uma breve descrição do advento da tecnologia no infográ�co a seguir: #PraCegoVer: o infográ�co apresenta quatro tópicos em linha horizontal que descreve, brevemente, o advento da tecnologia. Ao clicar no primeiro tópico, é apresentado o título “Automação industrial”, logo abaixo, segue o conceito “As primeiras inovações implementadas pelo estudo do �uxo de carga elétrica nos componentes industriais permitiu automatizar os processos de produção - de�nida como automação industrial”; ao lado, há a imagem ilustrativa de três operadores de máquinas que estão próximos ao maquinário robótico. Ao clicar no segundo tópico, é apresentado o título “Terceira revolução industrial”, logo abaixo, segue o conceito “Convergindo com a dialética entre a eletrônica e a tecnologia da informação, a terceira revolução industrial foi um marco que deu início a geração digital”; ao lado, há uma imagem ilustrativa com várias �guras: um calendário, uma mão segurando o celular, uma xícara e uma prancheta. Acima da xícara, há uma lupa, acima da prancheta, contém um ícone de e-mail e acima desse ícone, um ícone de wi�. Atrás Automação industrial As primeiras inovações implementadas pelo estudo do �uxo de carga elétrica nos componentes industriais permitiu automatizar os processo de produção - de�nida como automação industrial. 123rf.com Aparentemente, de acordo com Schmidt e Cohen (2013), de fato, as fronteiras atuais que marcam o advento tecnológico estão deixando de ser vistas como um elemento estável; isto é, a sociedade está envolvida no próximo marco da revolução industrial - uma transformação que enseja por processos inovativos, dinâmicos e digitais, conforme a �gura 1.1. dessas �guras, contém grá�cos em barras e linhas. Ao clicar no terceiro tópico, é apresentado o tema “Era digital”, logo abaixo, segue o conceito “A era digital é um período em ascensão, cuja tendência dominante seria a introdução de tecnologias modernas na práxis social e empresarial”; ao lado, há a imagem ilustrativa de uma mão sobre a tela do tablet. Ao redor do tablet há outras �guras: máquina de automação industrial, engrenagens, caminhão, notebook, provetas, lâmpada e computador. Ao clicar no quarto tópico, é apresentado o tema “Inovação”, logo abaixo, segue o conceito “Para Kotler e Keller (2019), cada fase ou era que precedeu as revoluções na história da humanidade foi pautada pela inovação - como o desenvolvimento da escrita; consequentemente, um elemento de relativização, por vezes, de grandes mudanças nas fronteiras da re�exão �losó�ca sobre o comportamento da sociedade”; ao lado, há a imagem ilustrativa de uma lâmpada, esta lâmpada contém duas engrenagens dentro dela. Ela está ao meio de dois lápis. Abaixo dos lápis e da base da lâmpada, há gases quentes, como o de um foguete, Figura 1.1 - A evolução do homem Fonte: Adaptado de Nicolaci-da-Costa e Pimentel. #PraCegoVer: a �gura 1.1 apresenta um pipeline de �uxo da evolução dos seres humanos. O �uxo está representado por quatro �guras do gênero homo. Seguindo da esquerda para a direita, o primeiro do gênero homo a ser representado na �gura é o Homem hábil (ou homo habilis), que está agachado segurando duas pedras, demonstrando suas habilidades em construir e usar ferramentas de pedra lascada. A próxima �gura representa o homem ereto (ou homo erectus), que está em pé, segurando uma tocha acesa, representando a evolução do Homem hábil e demonstrando sua capacidade de locomoção bípede, ou seja, erguido. O terceiro a ser representado na �gura é o Homem sábio (ou homo sapiens), que está em pé, segurando uma lança, ao lado de desenhos primitivos gravados em uma pedra; o homo sapiens tem a capacidade de raciocínio abstrato, de linguagem e é introspectivo. Por último, apresenta-se a �gura do Homem digital (ou homo digitus), que é representado por um homem pulando com um notebook em suas mãos um computador; sua cabeça é representada por um sinal de arroba, um caractere formado pela letra a e um círculo semifechado ao seu redor. O Homem digitus habita o ciberespaço, livre de limitações físicas e temporais (interação assíncrona); eles são sujeitos múltiplos. Partindo dessas premissas, a chamada indústria 4.0 é uma expressão caracterizada pela integração de tecnologias emergentes em todas as dimensões da vida cotidiana. Segundo Rogers (2017, p. 12), “a transformação digital não tem a ver com tecnologia – tem a ver com estratégia e novas maneiras de pensar. Transformar-se para a era digital exige que o negócio atualize sua mentalidade estratégica, muito mais que sua infraestrutura de TI”. Inauguradora de uma nova era na economia global, a introdução de tecnologias modernas nos processos de uma organização é, à primeira vista, uma dimensão multifacetada que implica em mudanças estruturais nas abordagens dos negócios digitais. Segundo Schmidt e Cohen (2013, p. 13), "em breve, toda a gente na face da Terra estará conectada". A convergência dessa ideia é corroborada pelos relatórios anuais da agênciaWe Are Social USA - especializada em marketing digital, cujas métricas de 2020 indicam que quase 4,5 bilhões de indivíduos usam algum dispositivo para se conectar à internet - como um smartphone, computador ou tablet. Ou seja, o mundo digital encontra-se em plena evolução, com quase 60% da população mundial envolvida em alguma atividade no âmbito da internet. Todavia, conforme nos lembra Ries (2011), o desenvolvimento de mecanismos de interação virtual impôs uma nova problemática no âmbito dos negócios; uma realidade em que a concepção dos processos inovativos e a própria geração de dados se encontra a um nível exponencial. Consequentemente, a digitalização global reorienta a economia digital mais rápido do que a capacidade dos indivíduos de se adaptar. Portanto, à medida que as inovações tecnológicas continuam evoluindo no ciberespaço, as empresas precisam criar condições favoráveis ao desenvolvimento do ambiente digital em seus negócios (KOTLER e KELLER, 2019). reflitaRe�ita Nos últimos anos, observamos uma trajetória no marketing que busca conceber uma criação, ou talvez, a recriação da sua própria identidade; visto que, por meio da condição de existência da transformação digital, os pro�ssionais de marketing operam na dimensão dos consumidores. Observe, portanto, que o marketing frente a digitalização do mercado é um conceito que reinventa sua atuação, mas permanece com sua essência pautada nas ferramentas, nas formas e nos métodos de promoção de produtos, de marcas e de serviços para potenciais consumidores. Dessa forma, o marketing digital promove uma transmutação, que, sem dúvida, utiliza da e�cácia da pluralidade dos modernos canais de divulgação, para transmitir as informações necessárias para o mercado. Rogers (2017, p. 35) a�rma que “qualquer empresa pode ajustar-se e prosperar na era digital”; logo, no que tange o desenvolvimento tecnológico na dimensão do trabalho, as empresas devem buscar compreender as principais transformações no âmbito das diferentes estratégias de atuação no ambiente digital, isto é, quais processos, ferramentas, abordagens e instrumentos são melhores para agregar e entregar valor aos clientes? Quais canais de comunicação são mais efetivos para determinadas ações? Que elementos serão integrados ao planejamento, para implementar um plano de marketing? Em síntese, tais questionamentos revelam-se como parâmetros necessários para compor uma identidade bem delimitada de uma empresa, de um negócio, de uma marca ou de um produto, frente a experiência da transformação digital. Conhecimento Teste seus Conhecimentos (Atividade não pontuada) Leia o trecho a seguir: “As tecnologias digitais mudaram a maneira como nos conectamos com os clientes e lhes oferecemos valor. Muitos de nós crescemos em um mundo em que as empresas transmitiam mensagens e forneciam produtos aos clientes. Hoje, porém, a relação é muito mais interativa, de mão dupla. As mensagens e as avaliações dos clientes os tornam muito mais in�uentes que a propaganda e as celebridades, transformando a participação dinâmica dos clientes em indutor crítico do sucesso das empresas” (ROGERS, 2017, p.18). ROGERS, D. L. Transformação digital: repensando o seu negócio para a era digital. 1. ed. São Paulo: Autêntica Business, 2017. Sendo assim, de acordo com as premissas de Rogers (2017), assinale a alternativa que apresenta a de�nição de transformação digital. a) Transformação digital é um processo em que existe a integração de tecnologias digitais em todos os aspectos da práxis social e empresarial. b) É um fenômeno que marca o início da segunda revolução industrial, atualizando os processos de trabalho pela implementação da eletrônica na indústria. c) Um fenômeno emergente, que foi iniciado pela inserção dos dispositivos mobile em todas as esferas da atividade humana. d) Um tópico recente e popular de discussão entre a literatura e profissionais técnicos, descrevendo a cultura que busca eliminar as tecnologias analógicas da práxis social. e) Um processo que define modelos operacionais dinâmicos e flexíveis, que são adotados pelas empresas para compor suas atividades no âmbito digital. As perspectivas que se delineiam na literatura sobre a interação entre o sujeito e a tecnologia tem sido um ponto de ampla discussão nas pesquisas sobre a transformação digital, desde o início da década de oitiva do século passado (KOTLER; KELLER, 2019). Partindo dessa premissa, querendo ou não, as tecnologias de informação e comunicação passaram a fazer parte integrante de quase todas as esferas da práxis social, incluindo os movimentos que moldaram o contexto sociocultural da sociedade pós-moderna, como: a transformação digital; a cibercultura; a sociedade da informação e a sociedade digitalizada; dentre outros termos que buscam a melhor perspectiva para ensejar a pretensão de que há uma dialética no virtual e no digital (SCHMIDT; COHEN, 2013). SociedadeSociedade Digitalizada: aDigitalizada: a Concepção doConcepção do CiberespaçoCiberespaço Falando noutros termos, conforme Vianna et al. (2012) nos lembra, o ciberespaço é um conceito que está por trás da próxima revolução industrial - também denominada de transformação digital, ou mesmo Indústria 4.0 -, que envolve, à primeira vista, experiências subjetivas que se revelam uma injunção tecnológica entre o homem e a máquina, na condição de uma realidade totalmente virtualizada. Aparentemente, de acordo com McKinsey Quarterly (2016), chega-se a uma posição desa�adora buscar indícios a partir da perspectiva subjetiva dos processos inovativos que permitem de�nir claramente a estrutura da esfera digital, bem como a essência da sua in�uência e dos desa�os nas dimensões sociais. Nesse sentido, as transformações que operam na reorientação da estrutura da sociedade é, segundo tudo indica, uma realidade formada pela interseção entre o físico e o virtual; o que corrobora com a premissa de que as tecnologias digitais estão cada vez mais incorporadas às dimensões da práxis social. Como resultado, pode-se argumentar sobre até que ponto as tecnologias de informação e comunicação podem se sobrepor a identidade individual dos sujeitos na era das relações comunitárias no ciberespaço. Em primeiro lugar, a consciência crítica recomenda uma visão multifacetada perante essas premissas, pois as tecnologias digitais assumiram dimensões diferentes nas atividades de uma sociedade conectada; portanto, na esfera social, a pluralização dos instrumentos tecnológicos promoveu a formação de uma perspectiva subjetiva quanto à liberdade pessoal da tomada de decisões (TINTAREV; MASTHOFF, 2015; BECKER et al., 2018). Em diversos sentidos, a natureza multidimensional do desenvolvimento cientí�co e tecnológico tende a estimular um individualismo subjetivo na esfera virtual, pois, enquanto a saibamaisSaiba mais O texto, a seguir, busca elucidar o impacto do advento e da integração de novas tecnologias em todas as esferas da atividade humana; dessa forma, importa ressaltar que o tema abrange uma pluralidade de conceitos e vertentes que, à primeira vista, buscam compor uma parte vital da próxima revolução industrial - a Indústria 4.0. Saiba mais lendo o artigo: Business Cibercultura e Mobilidade: a era da conexão. Autor: André Lemos. Ano: 2018. A C E S S A R http://ww.revistarazonypalabra.org/index.php/ryp/article/view/1145 conectividade e a portabilidade evidenciaram o caráter único de cada sujeito na cibercultura, contrariamente, existe uma manifestação que transcorreu um fenômeno no qual as decisões dos indivíduos são baseadas na coletividade. De acordo com Rogers (2017), devido ao seu caráter de massa, a cultura comunicativa da internet na sociedade pós-moderna é uma estrutura complexa, que estaria sendo baseada nas relações sociais para moldar os padrões comportamentais dos indivíduos, como o processo de decisão de compra, os hábitos de consumo, o comportamento social, a autoexpressão individual, a linguagem na comunicação humana, e assim por diante. Reconhecendoessa tendência, de que a dimensão da cibercultura é uma construção dialética entre a multicentralidade independente da internet e a comunicação colaborativa dos indivíduos, Hansen, Shah e Klas (2015, p. 23) a�rmam que “na era de hoje, com cada vez mais conteúdo gerado pelo usuário e compartilhamento online, computador e os cientistas da informação têm um interesse renovado em informações colaborativas”. Aparentemente, o ciberespaço é, à primeira vista, uma nova realidade para a práxis social, no qual, por meio do conceito de presença, é possível virtualizar o processo comunicativo entre os indivíduos. Conhecimento Teste seus Conhecimentos (Atividade não pontuada) Leia o trecho a seguir: “Com a adesão prevista de mais cinco mil milhões de pessoas ao mundo digital, a expansão da conectividade digital trará ganhos em produtividade, saúde, educação, qualidade de vida e numa miríade de outras áreas do mundo físico. E isto será verdade para toda a gente, desde as mais altas elites dos utilizadores mais elitistas até aos da base da pirâmide. Mas estar «conectado» terá signi�cados muito diferentes para as diversas pessoas, em grande medida porque os problemas que defrontam diferem abissalmente” (SCHMIDT; COHEN, 2013, p.23) SCHMIDT, E.; COHEN, J. A nova era digital. Rio de Janeiro: Intrínseca, 2013. Considerando essas informações e o conteúdo estudado sobre o impacto da transformação digital na práxis social, analise as a�rmativas a seguir: I. O ciberespaço é uma construção dialética entre a �loso�a e a �cção, sendo um espaço que limita ou exclui a comunicação como forma de expressão entre os indivíduos. II. O ciberespaço é uma perspectiva pautada no âmbito dos negócios tradicionais, pois decorre das relações objetivas e contratuais entre o indivíduo e um serviço físico. III. A pluralização dos instrumentos tecnológicos promoveu a formação de uma perspectiva subjetiva quanto à liberdade pessoal da tomada de decisões. IV. O ciberespaço pode ser considerado uma nova fronteira entre o homem e o virtual, uma realidade subjetiva que faz o sujeito o centro de seu imaginário. Está correto o que se a�rma em: a) I, apenas. b) II, apenas. c) III, apenas. d) II e IV, apenas. e) III e IV, apenas. Embora seja temerário fazer generalizações, de acordo com Kotler e Keller (2019), novos termos derivados da palavra "digital" entraram no léxico ativo das dimensões da práxis social: tecnologias digitais; digitalização; economia digital; transformação digital; cultura digital; negócios digitais e assim por diante. Nesse sentido, podemos observar que o desenvolvimento tecnológico parece ser uma força capaz de conduzir mudanças no âmbito da vida cotidiana da sociedade, uma direção promissora para a digitalização ou virtualização de um ambiente complemente híbrido entre o virtual e o físico. No entanto, conforme nos lembram Ustundag e Cevikcan (2017), no contexto atual do desenvolvimento socioeconômico global, as esferas da sociedade estão se tornando mais tecnológicas; na prática, o autor supracitado comenta que o virtual é uma tendência dominante nas relações econômicas, sociais e políticas no âmbito da globalização. Portanto o virtual ou a digitalização é uma característica não apenas útil para os processos da economia, mas uma condição inevitável ou, até mesmo, urgente. Os Domínios daOs Domínios da TransformaçãoTransformação DigitalDigital Nas condições modernas, o acesso à informação em tempo real é uma realidade que reorientou a produtividade e competitividade dos negócios; isto é, o avanço das tecnologias digitais e, à primeira vista, a própria inclusão digital é um indicador da ruptura de fronteiras da indústria, que antes eram bem delimitadas geogra�camente. Todavia o signi�cado de ser digital é uma dimensão multifacetada que, segundo Kotler e Keller (2019), ainda está no início da sua integração com as esferas sociais; é uma perspectiva focada em inovação. Dessa forma, a problematização da inovação, que concerne à evolução digital, afeta inevitavelmente a competitividade da economia, pois, em síntese, exigem-se mudanças no mindset dos indivíduos. Convém lembrar, segundo Dweck (2017), que o mindset pode ser interpretado pela ótica do dinamismo do mercado; isto é, um conjunto de pensamentos, crenças e atitudes que compõe a complexidade humana com as quais moldam, à primeira vista, a atitude mental dos indivíduos e a sua forma de interpretar, sentir e se comportar perante a um contexto distinto. Nesse âmbito, Salomon (2011, p.151) comenta que o mindset é um termo que tem uma pluralidade de interpretações, no entanto tem um sentido semelhante à motivação, pois “é todo o conjunto de fatores psicológicos conscientes ou inconscientes de ordem �siológica, intelectual ou afetiva, os quais agem entre si e determinam a conduta de um indivíduo”. Fazendo um balanço das perspectivas das tecnologias digitais, deseja-se crer que o pro�ssional da indústria 4.0 busque propor soluções inovadoras para o ecossistema digital; para tanto, é imprescindível um estado mental dinâmico, para compor uma perspectiva multifacetada sobre a transformação digital. Partindo dessas premissas, percebe-se que o desenvolvimento tecnológico inaugurou uma nova era na economia digital, em que a essência dos negócios é reorientada pelo dinamismo do mercado; uma realidade cuja subjetividade da cibercultura é cada vez mais imperativa na interação entre os negócios e o mercado (SCHMIDT; COHEN, 2013). Logo, por meio das tecnologias digitais, o futuro das relações no âmbito corporativo é uma condição diretamente relacionada ao conceito de evolução nas formas de comunicação da sociedade. Admitindo a pertinência dessa hipótese, a problemática é, à primeira vista, uma percepção na qual se torna essencial compreender que a comunicação é uma dimensão subjetiva da cibercultura, na nova era digital, em que o processo comunicativo é uma realidade complexa e multifacetada no âmbito da representação e da construção imaginária do eu no espaço virtual. Observe, portanto, que as inovações da conectividade – como os aplicativos mobile – são recursos da comunicação que operam na transição entre o individualismo e a consciência coletiva contidas no ciberespaço (SCHMIDT; COHEN, 2013; KOTLER; KELLER, 2019). Em face de tudo isso, importa ressaltar que é necessária uma integração das tecnologias digitais na práxis empresarial, exigindo que as organizações estabeleçam uma comunicação bidirecional com os consumidores, para uma atuação bem sucedida no escopo dos negócios digitais. Uma das tentativas de elucidar as discussões em curso sobre as perspectivas de atuação no mercado digital foi o trabalho de Rogers (2017). Esse autor aborda questões sobre o novo fenômeno digital no escopo da economia global, em que o uso das tecnologias digitais está relacionado às forças ou aos domínios fundamentais para compor uma atuação bem sucedida no mercado: clientes; competição; dados; inovação; e valor (conforme a �gura 1.2). Aparentemente, em seu sentido conceitual, percebe-se que esses cinco domínios buscam estabelecer um diálogo entre as principais características que compõem o mundo híbrido da economia digital. Vejamos um pouco mais sobre o efeito sinérgico dos cinco princípios fundamentais de Rogers (2017), no âmbito da transformação digital. O primeiro ponto de discussão quanto à importância de compreender a pluralidade da natureza multifacetada dos negócios na indústria 4.0 é, à primeira vista, buscar formas para nortear o processo de comunicação com o novo tipo de consumidor, isto é, os clientes. Embora seja temerário fazer generalizações, no contexto da globalização, todos os potenciais consumidores estão conectados entre si, um fato que reorienta a interação entre o cliente e as empresas. Observe, portanto, que o advento da internet tornou possível o compartilhamento de experiências de compra e de uso de produtos e serviços; logo, a conectividade moldou o processo de compra na esfera da economia digital. Agora, um consumidor pode pesquisarpor um produto na web, praticamente em qualquer local, 24 horas por dia, buscando, de acordo com Kotler e Keller (2019), informações transparentes sobre determinado artefato. Dessa forma, Rogers (2017) comenta que um aspecto imprescindível é a presença da empresa - ou da marca - no ambiente digital, além da capacidade de compreender às necessidades dos consumidores e adaptar as ofertas do produto com base na personalização da experiência de compra. O segundo domínio fundamental no processo de digitalização da economia e da sociedade é a competitividade. De acordo com Rogers (2017, p. 22), "[...] a competição é, cada vez mais, uma disputa por in�uência entre empresas", pois as manifestações atuais da cultura digital são uma tendência predominante nos negócios das empresas. Dessa forma, vamos começar com o óbvio: a conectividade dos usuários na internet. Nesse caso, a empresa deve buscar reflitaRe�ita Conforme Schmidt e Cohen (2013) nos lembra, o processo de seleção dos canais de divulgação dos produtos e serviços, via perspectivas on-line e o�- line, revela-se uma problemática quanto a suas experiências variadas; isto é, atualmente, a tecnologia permite uma liberdade subjetiva para compor as estratégias de atuação no manejo da comunicação entre a empresa e o mercado. Dessa forma, o processo de de�nição das mídias é multifacetado e depende de uma análise minuciosa dos principais aspectos que compõem as estratégias de posicionamento de mídia. fortalecer as relações com os consumidores por meio do uso de linguagens que estão próximas à realidade do mercado; atualmente, é uma perspectiva pautada na comunicação mediada pelas redes sociais (VIANNA et al., 2012; KOTLER; KELLER, 2019). Além disso, de acordo com Kotler e Keller (2019), é necessário conhecer as estratégias dos concorrentes para atuar no escopo digital, que vai desde os canais digitais para uma comunicação bidirecional, a oferta de produtos e serviços para um determinado segmento de mercado, o posicionamento da marca, a promoção de conteúdo, e assim por diante. Em outras palavras, apesar do dinamismo do mercado, o processo de análise dos fatores externos da empresa é imprescindível para compor estratégias de atuação no mercado, sobretudo para projetar uma vantagem competitiva na esfera digital. O próximo domínio da transformação digital são os dados, ou melhor, como as empresas utilizam os dados para compor sua atuação no âmbito digital. Nesse sentido, a gestão da informação é um processo que se delineia com base na forma “como as empresas produzem, gerenciam e usam a informação” (ROGERS, 2013, p. 22). Diversos autores, como Schmidt e Cohen (2013), Rogers (2017) e Kotler e Keller (2019), a�rmam que os dados são o principal ativo de uma organização frente a um mercado altamente dinâmico, competitivo e multifacetado. Na prática, com base na análise dos dados, é possível compreender os principais fatores internos e externos que estão associados aos negócios da empresa; em seguida, é possível resolver problemas associados aos fatores internos e adaptá-los a realidade da empresa, com base nos fatores externos, mesmo que sejam um indicador subjetivo e imprevisível. Corroborando com tais perspectivas, Kotler e Keller (2019), descrevem a análise dos dados com base nas variáveis internas e externas do ambiente corporativo. Os chamados fatores e variáveis que compõem o ambiente interno, também denominado como microambiente, são elementos controlados pela própria organização, por exemplo: a tecnologia, o capital humano, as vantagens competitivas, a capacidade �nanceira, a imagem da empresa, a infraestrutura, e outros elementos que compõe os recursos tangíveis e intangíveis da empresa. Por sua vez, os fatores externos, ou macroambiente, são uma dimensão que pode ser descrita como todos os elementos que afetam a organização, mas que não podem ser controlados por ela como um todo. De acordo com Kotler e keller (2019), o macroambiente inclui os fatores demográ�cos, ambientais, jurídicos, socioculturais, econômicos, culturais, políticos e tecnológicos. O quarto elemento chave que Rogers (2017) busca discutir a importância na transformação digital é, inevitavelmente, a inovação. Face à tendência dominante dos instrumentos tecnológicos no âmbito econômico, a inovação é um elemento que deve fazer parte de uma estratégia de atuação no mercado digital. Para tanto, os autores Jannach et al. (2010), Agarwal e Chen (2016) e saibamaisSaiba mais O texto a seguir busca conceituar o termo Business Intelligence para o apoio à tomada de decisão em uma era com dados disponíveis para qualquer organização. Como atividade complementar, busque compreender o processo de tomada de decisão no âmbito digital e, em seguida, realize uma análise da Taxonomia do Business Intelligence, para compreender o seu funcionamento. Saiba mais lendo o artigo: Business Intelligence e a ciência da informação na era dos dados abertos e Big Data. Autores: Alexandre Lucas e Angel Freddy Godoy Viera Ano: 2019 A C E S S A R http://eprints.rclis.org/38642/ Kotler e Keller (2019), a inovação na esfera da transformação digital é um ciclo de construção, avaliação e aprendizagem; isto é, as organizações precisam se concentrar em analisar as necessidades do mercado e, em seguida, propor soluções com base em testes experimentos e protótipos, avaliados pela empresa e, paralelamente, por uma parcela do público-alvo. Portanto, no mundo moderno, a transformação digital é um fenômeno que altera a práxis empresarial, o que obriga as empresas a implementar novas abordagens no que tange os processos operacionais, táticos, estratégicos e gerenciais dos negócios. Esse conceito que pode ser visualizado na Figura 1.3, que lista as possíveis estratégias e conceitos-chaves de cada componente supracitado nos domínios da transformação digital. Figura 1.3 - Guia da transformação digital Fonte: Adaptado de Rogers (2017). #PraCegoVer: a �gura 1.3 apresenta um quadro que demonstra um guia para atuar no mercado digital utilizando os conceitos de domínios da transformação digital discutidos. O quadrado está dividido em 3 colunas e 6 linhas. Seguindo as colunas, da esquerda para a direita, temos, na primeira linha, os itens: "Domínios", "Temas Estratégicos" e "Conceitos-Chave". Na segunda linha, coluna "domínios, está "Clientes"; na coluna "Temas Estratégicos" está "Explore as redes de clientes"; na coluna "Conceitos-chaves", está: reinvenção do funil de marketing; jornada de compra; e principais comportamentos das redes de clientes. Na terceira linha, coluna domínios, está "Competição"; na coluna "Temas Estratégicos", está "Construa plataformas, não apenas produtos"; na coluna "Conceitos-Chaves", está: modelos de negócio de plataforma; efeitos de rede (in)diretos; (des)intermediação; e Trens de Valor Competitivos. Na quarta linha, coluna "Domínios", está "Dados", na coluna "Temas Estratégicos", está "converte dados em ativos"; na coluna "Conceitos-Chave", está: padrões de valor dos dados, drivers para o Big Data; e tomada de decisão baseada em dados. Na quinta linha, coluna "Domínios", está "Inovação"; na coluna "Temas Estratégicos", está "Inove por experimentação rápida"; na coluna "Conceitos- chave", está: experimentação divergente; experimentação convergente; MVP O último domínio da transformação digital é o valor, um elemento que, segundo Rogers (2017, p.23), “é o valor que o negócio entrega aos clientes”. Nesse âmbito, deseja-se crer que o valor é um elemento dinâmico em que a empresa busca por novas abordagens para se adaptar ao mercado, agregando valor a suas operações e, consequentemente, aos seus consumidores. Observe, portanto, que a empresa pode otimizar os processos internos com base na análise de dados do mercado, adaptando os negócios de diferentes maneiras, como propor uma reorientação organizacional, automatizando processos de fabricação, investindo em tecnologias, eliminando etapas desnecessárias no ciclo produtivo, implementando soluções com base nas necessidadesdo consumidor, e assim por diante (NORMAN, 2008). praticar Vamos Praticar Fazendo um balanço das perspectivas que compõem o processo de desenvolvimento de um novo produto ou serviço; importa ressaltar que o MVP (Produto Mínimo Viável) (Produto Mínimo Viável); e caminhos a serem escalados. Na sexta linha, coluna "Domínios", está "Valor"; na coluna "Temas Estratégicos", está "Adapte a sua proposta de valor"; Na coluna "Conceitos-chaves", está: conceitos de valor de mercado; caminhos de saída de um mercado em declínio; e passos para a evolução da proposta de valor. não é um produto, mas um processo em que é possível obter um feedback signi�cativo sobre determinada hipótese. Dessa forma, o MVP é projetado para minimizar possíveis riscos ao longo do desenvolvimento de um produto, como software e serviços digitais. Assim, ao desenvolver o MVP, busque seguir os seguintes passos: 1. Formule uma hipótese objetiva sobre determinada problemática - por exemplo, a gami�cação pode ser implementada em mídias sociais para melhoria do engajamento de um produto ou serviço? 2. Determine os critérios pelos quais sua viabilidade será determinada. 3. Faça um produto mínimo viável para con�rmar a hipótese e obtenha o feedback, por exemplo, do público-alvo. 4. Meça os indicadores de desempenho. 5. Realize uma análise dos dados coletados e tire conclusões; em seguida, teste a hipótese seguinte, se necessário. A partir do que foi apresentado e dos conteúdos estudados sobre os domínios da transformação digital, selecione um dos cinco domínios no guia da transformação digital e, em seguida, desenvolva um esboço de MVP sobre os conceitos do domínio selecionado. O MVP precisa contemplar uma estratégia para atuar no mercado mobile com base na formulação de uma hipótese sobre um dos cinco domínios. Colaboração é um termo multifacetado que, em essência, conduz uma discussão sobre as formas e as abordagens de interação entre os sujeitos por meio dos sistemas computacionais (MEDEIROS, 2008). No entanto, o nível de interação na nova era da informática vai além das atividades habituais que envolvem a clássica experiência de buscar, �ltrar, recuperar, analisar, compartilhar e usar a informação para a tomada de decisões, por meio de uma ou de múltiplas fontes de informação no meio virtual (HANSEN; SHAH; KLAS, 2015). Diante disso, a �gura 1.4 busca elucidar a interação entre os campos relacionados a procura, à colaboração e à recuperação da informação nas interfaces digitais, em que "a busca de informações é intencional, a colaboração é de�nida explicitamente e objetivo é o benefício mútuo dos indivíduos” (HANSEN; SHAH, KLAS, 2015, p. 23). SistemasSistemas ColaborativosColaborativos No momento, a realidade da colaboração encontra-se no envolvimento dos indivíduos por meio do ciberespaço, para compartilhar e usar informações em diferentes níveis. Observe, portanto, que a compreensão do sujeito como uma Figura 1.4 - A inter-relação entre as vertentes que compõem a busca colaborativa de informações (CIS) Fonte: Adaptado de Hansen, Shah e Klas (2015). #PraCegoVer: a �gura 1.4 demonstra a relação de pertinência entre as quatro vertentes que compõem a busca colaborativa de informações, sendo eles: busca de informações; recuperação de informação; busca colaborativa de informação (CIS); e colaboração. Sendo assim, cada componente é representado por um círculo, com coloração e tamanhos distintos. O círculo grande e da cor amarelo, representa a Busca de informações e está relacionado à recuperação de informação, à busca colaborativa de informação e à colaboração. A Colaboração está representada por um círculo grande de cor azul e está relacionado à busca de informações, à recuperação de informação e à busca colaborativa de informação. A Busca colaborativa de informação é representada por um círculo de tamanho médio de cor rosa e está relacionado à busca de informações, à recuperação de informação e à colaboração. Por último, a recuperação de informação está representada por um círculo pequeno de cor laranja e que está relacionado à busca de informações, à busca colaborativa de informação e à colaboração. entidade individualizada e, ao mesmo tempo, um elemento interdependente e indispensável, de modo a formar um todo na web; é uma re�exão no campo da inteligência computacional que não é só útil para a práxis social, mas urgente. Partindo dessas premissas, de acordo com Hansen, Shah e Klas (2015, p. 15), várias pessoas se reúnam com a intenção e consentimento expresso para buscar, compartilhar e fazer uso de informações e contribuir para o mesmo objetivo mutuamente bené�co. Além disso, a colaboração envolvendo atividades de manuseio de informações também está presente em maior medida nos propósitos do dia a dia, incluindo a compra de uma casa e o planejamento de férias. Na maioria dos casos, a colaboração é exercida para gerenciar o conhecimento de forma e�caz e permanecer competitivo, e�caz e inovador. Atualmente, a maior parte das pesquisas na área do compartilhamento de informações no nível colaborativo está ligada a dois conceitos distintos: groupware e Computer Supported Cooperative Work - CSCW (em português, Trabalho Cooperativo Auxiliado por Computador). Na verdade, segundo Nicolaci-da-Costa e Pimentel (2011), a expressão "Sistemas Colaborativos" é um sinônimo para os termos supracitados, pois foi um termo adotado para descrever os conceitos de groupware e CSCW; “ambos os termos, cunhados mesmo antes da web, estão relacionados a sistemas computacionais para apoiar a colaboração”(NICOLACI-DA-COSTA; PIMENTEL, 2012, p. 13). Nesse contexto, Castells (1999), Booch (2003), Nicolaci-da-Costa e Pimentel (2011) buscam evidenciar a discussão em torno do CSCW sobre a de�nição histórica do termo no campo dos sistemas computacionais; isto é, numa perspectiva histórica, precisamente no ano de 1984, os cientistas da computação Irene Greif e Paul Cashman promoveram um workshop interdisciplinar em Cambridge, Massachusetts, para discutir sobre o uso das tecnologias aplicadas ao suporte integrado de TI. De fato, como apontam Pressman e Maxim (2016), os cientistas supracitados cunharam a sigla CSCW em um diálogo informal sobre a colaboração no âmbito da práxis empresarial; na mesma época, na primeira Conferência europeia sobre trabalho cooperativo apoiado por computador, em 1989, Bannon e Schmidt (1989, p. 358) descreveram o termo CSCW como " uma forma abreviada de se referir a um conjunto de preocupações sobre o suporte de vários indivíduos trabalhando juntos com sistemas de computador ". Por sua vez, o termo groupware foi originalmente rotulado um pouco antes do CSCW, precisamente em 1978, por Johnson-Lenz e Johnson-Lenz (1982); convém lembrar, na dimensão tecnológica, que a década de 1970 foi marcada essencialmente pelo uso dos primeiros sistemas de informação para auxiliar na concepção de relatórios no nível gerencial e operacional das organizações. Dessa forma, os autores descreveram o termo como “processos e procedimentos intencionais do GRUPO para atingir objetivos especí�cos” (JOHNSON-LENZ; JOHNSON-LENZ, 1982, p.130). Supondo a admissão dessas premissas, o termo groupware foi destinado sob uma perspectiva pautada na colaboração dos indivíduos nos processos de trabalho em equipe; assim, até pela limitação e acesso a recursos tecnológicos, de acordo com Pimentel e Fusks (2011), o termo ainda não tinha a intenção de incluir os artefatos tecnológicos na dimensão social do local de trabalho. No entanto, com o passar do tempo, diversos autores buscaram corroborar e complementar a descrição do termo com base no advento de novas tecnologias no ambiente de trabalho; assim, Melo et al. (2020, p. 2) rede�niram o termo como um “sistema baseado em computador para dar suporte a grupos de pessoas engajadas numa tarefa comum (ou objetivo) e que provê uma interface para um ambiente compartilhado”. Para Nicolaci-da-Costa e Pimentel (2011, p. 13), “cada sistema colaborativoconstitui um ciberespaço especí�co. Quem projeta e desenvolve sistemas colaborativos tem o poder de criar novas formas de trabalho e interação social”. Dessa forma, os sistemas de colaboração oferecem suporte à interação entre os indivíduos e as máquinas, buscando reorientar signi�cativamente o desenvolvimento de interfaces e de dispositivos, com base nas mudanças no comportamento humano. Observe, portanto, que as mudanças são, à primeira vista, orientadas pelo advento das tecnologias de informação e comunicação; dessa forma, assume-se que os software corporativos, aplicativos, e-mails, chats, wikis, e outros processos inovativos na dimensão social, enquadram-se na categoria dos sistemas colaborativos (HANSEN; SHAH; KLAS, 2015). Importa ressaltar que, sendo a cibercultura um movimento multifacetado e de rápido desenvolvimento na atual conjuntura da sociedade, é possível observar que a sociedade moderna está cada vez mais dependente dos instrumentos tecnológicos. Por meio da conectividade, a base da práxis social é reorientada pela convergência entre a cultura digital e os indivíduos, pois, de fato, conforme Kotler e Keller (2019), a sociedade está cada vez mais conectada ao mundo virtual, em que práticas como: substituir dinheiro físico para o virtual nas operações inovadoras das �nteches; utilizar serviços de delivery e transporte baseado na localização; além da própria portabilidade dos dispositivos mobile, são dimensões de uma transformação digital. praticar Vamos Praticar Embora seja temerário fazer generalizações, veri�ca-se que a internet, hoje, é parte integrante da cultura moderna; consequentemente, observa-se um aumento de serviços, soluções e outras abordagens que surgiram pela conectividade da internet, por exemplo, as redes sociais. As redes sociais são um fenômeno recente que está reorientando a práxis social, seja pela mobilidade, pela conectividade dos smartphones, pela popularidade das próprias mídias sociais ou pelas tecnologias, e assim por diante. Assim, inúmeras empresas estão trabalhando diretamente na implementação de ferramentas para ofertar produtos e serviços com base nas necessidades do usuário. Com base no exposto e nos conhecimentos sobre os sistemas de colaboração, escolha uma rede social entre as mais populares do mercado, YouTube, Facebooks, Instagram, Twitter, Linkedin etc, e, em seguida, busque indicadores, parâmetros ou indícios da atuação de empresas que estão in�uenciando o comportamento dos usuários para tomada de decisão de compra. Feito isso, descreva um pequeno plano de ação para implementar uma solução com base nos parâmetros analisados que aumente o engajamento dos usuários na rede social selecionada. Material Complementar indicações FILME A Rede Social Ano: 2007 Comentário: O �lme A rede social (The social network) busca elucidar o processo de transformação digital e sua in�uência na práxis social pela história da criação e do desenvolvimento de uma das principais redes sociais do mercado: o Facebook. T R A I L E R LIVRO Estética e Semiótica Editora: InterSaberes Lucia Santaella ISBN: 978-8559728446 Comentário: Essa obra conduz uma profunda discussão acerca dos processos comunicativos ao analisar a fundo as dimensões de experiências digitais. Assim, recomenda-se a leitura do capítulo 5, que fornece importantes conceitos sobre as estéticas da comunicação no âmbito digital. Conclusão Gostemos ou não, a transformação digital é, de certo modo, uma mudança signi�cativa para as atividades econômicas no escopo global. No entanto, é necessária uma consciência crítica perante a convergência dessa ideia para, por exemplo, analisar a subjetividade de áreas, instrumentos e tecnologias emergentes que estão dominando o mercado. Nesse espaço de transformações, observa-se, portanto, que há muita liberdade para construir uma identidade única, no que tange a atuação de uma empresa; de certo modo, o marketing adaptou-se signi�cativamente às novas demandas do mercado e, assim, está se movendo em direção à transformação digital. Todavia, a pluralidade de conceitos que de�nem os aspectos da identidade digital dos processos é, à primeira vista, um processo contínuo; isto é, um processo que muda constantemente e exige uma capacidade de adaptação rápida das empresas, para trabalhar com o dinamismo do mercado. conclusão Referências Bibliográ�cas referências AGARWAL, D. K.; CHEN, B. C. Statistical methods for recommender systems. Cambridge: Cambridge University Press, 2016 A REEDE social. [S. l.: s. n.], 2010. 1 vídeo (1 min). Publicado pelo canal Sony Pictures Brasil. Disponível em: https://www.youtube.com/watch? v=kAwIKMYN6UU&feature=emb_title. Acesso em: 29 nov. 2020. BANNON, L.; SCHMIDT, K. CSCW: Four Characters in Search of a Context. In: CONFERÊNCIA EUROPEIA SOBRE TRABALHO COOPERATIVO APOIADO POR COMPUTADOR, 1., 1989, Londres. Anais [...]. Londres: Gatwick, 1989. p. 358-372. BECKER, A. et al. (2018). Os conceitos da indústria 4.0 associados a abordagem da capacidade dinâmica. Anais da Engenharia de Produção, Chapecó, v. 2, n. 1, p. 123-136. 2018. Disponível em: https://uce�.edu.br/anais/index.php/engprod/article/view/203. Acesso em: 29 nov. 2020. BOOCH, G.; BROWN, A. W. Collaborative Development Environments. In: ZELKOWITZ, M. Advances in Computers. 59. ed. San Diego: Academic Press, 2003. p. 1-27. CASTELLS, M. Sociedade em rede. 11. ed. São Paulo: Paz e Terra, 1999. DWECK, C. S. Mindset: a nova psicologia do sucesso. São Paulo: Objetiva, 2017. 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