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SISTEMA DE ENSINO
DIREITO PENAL
Concurso de Pessoas
Livro Eletrônico
DOUGLAS DE ARAÚJO VARGAS
Agente da Polícia Civil do Distrito Federal, apro-
vado em 6º lugar no concurso realizado em 
2013. Aprovado em vários concursos, como Po-
lícia Federal (Escrivão), PCDF (Escrivão e Agen-
te), PRF (Agente), Ministério da Integração, 
Ministério da Justiça, BRB e PMDF (Soldado – 
2012 e Oficial – 2017).
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Concurso de Pessoas
Prof. Douglas Vargas
Introdução ................................................................................................5
1. Concurso de Pessoas ...............................................................................5
1.1. Coautores e Partícipes ..........................................................................7
1.2. Requisitos do Concurso de Pessoas .........................................................7
1.3. Relevância Causal e Jurídica das Condutas...............................................9
1.4. Vínculo Subjetivo entre os Agentes .......................................................10
1.5. Entendendo Melhor a Autoria Colateral ..................................................11
1.6. Identidade de Infração Penal ...............................................................13
1.7. Teorias sobre o Concurso de Pessoas ....................................................13
2. Autoria, Coautoria e Participação ............................................................15
2.1. Autor ................................................................................................16
2.2. Teoria do Domínio do Fato ...................................................................18
3. Outras Classificações de Autoria..............................................................19
3.1. Autoria Imediata ................................................................................19
3.2. Autoria Mediata .................................................................................20
3.3. Autoria Colateral ................................................................................22
3.4. Autoria de Reserva .............................................................................23
3.5. Participação.......................................................................................23
3.6. Participação Material...........................................................................24
3.7. Participação Moral ..............................................................................25
3.8. Cooperação Dolosamente Distinta ........................................................25
3.9. Comunicabilidade de Circunstâncias Pessoais .........................................27
3.10. Impunibilidade .................................................................................31
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Resumo ...................................................................................................33
Questões de Concurso ...............................................................................37
Gabarito ..................................................................................................46
Gabarito Comentado .................................................................................47
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Introdução
Queridos alunos e alunas, compreender a prática de uma única infração penal 
por um só autor já é algo que requer um bom entendimento de nossa disciplina. No 
entanto, é hora de dar o próximo passo e adentrar as possibilidades de concurso 
no direito penal.
Na aula de hoje, vamos entender de forma detalhada o que acontece e quais 
são os requisitos do concurso de pessoas. Ao final, faremos exercícios para fixação. 
Bons estudos!
1. Concurso de Pessoas
Enquanto o concurso de crimes trata da execução de mais de um delito pelo 
mesmo agente, o concurso de pessoas trata da execução de um crime por mais 
de um agente.
Primeiramente, vamos ver o que dispõe o Código Penal:
TÍTULO IV
DO CONCURSO DE PESSOAS
Art. 29. Quem, de qualquer modo, concorre para o crime incide nas penas a este comi-
nadas, na medida de sua culpabilidade.
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O conteúdo do art. 29 é básico, no entanto, já nos permite fazer uma pergunta 
relevante: o concurso de pessoas é sempre opcional?
Via de regra, os tipos penais necessitam apenas de um indivíduo para a sua prá-
tica. Eventualmente, quando tais delitos são praticados por mais de um indivíduo, 
dizemos que ocorreu o chamado concurso eventual, que nada mais é do que um 
concurso de pessoas realizado de forma opcional.
Excepcionalmente, entretanto, o Código Penal e outras leis especiais apresen-
tam figuras típicas que exigem a pluralidade de agentes para sua configura-
ção. São os chamados delitos de concurso necessário!
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1.1. Coautores e Partícipes
Outro ponto sobre o qual o Código Penal não trata de forma explícita versa sobre 
a classificação dos indivíduos que concorrem para a realização de uma infração pe-
nal. Estamos falando, é claro, da divisão em autoria, coautoria e participação:
Dependendo da situação, portanto, o indivíduo poderá ser considerado autor, 
coautor ou partícipe da conduta criminosa.
Certo. Já sabemos que o concurso de pessoas está dividido em eventual e ne-
cessário, e que aqueles que concorrem para a execução de um delito podem ser 
classificados, em regra, como autores, coautores e partícipes. Vamos seguir 
adiante!
1.2. Requisitos do Concurso de Pessoas
Para a configuração do concurso de pessoas não basta simplesmente que dois 
autores concorram para a execução de um crime. Existem alguns requisitos que 
precisam ser observados e você vai conhecê-los agora!
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Pluralidade de Agentes e Condutas
O primeiro tópico, como já falamos, é simples: deve haver mais de um agente 
praticando cada um uma conduta relevante para a prática da infração penal.
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A observação sobre o inimputável é muito importante, pois é recorrente em 
provas. Muitas vezes, um menor de idade vai agir em concurso com um maior de 
idade. Nesses casos, acontece o seguinte:
1.3. Relevância Causal e Jurídica das Condutas
O segundo requisito, relevância causal e jurídica da conduta, também é muito 
querido pelos examinadores. Questões nas quais um dos partícipes executa uma 
conduta considerada irrelevante para a realização do delito são muito comuns, e 
você deve ficar bastante atento(a) a essa informação: se a conduta do indivíduo for 
um irrelevante penal, não existirá concurso de pessoas!
Por exemplo:
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Note que, no caso apresentado, a conduta de Aurélio em nada influiu na prática 
do delito. Emprestando ou não a arma para John, o homicídio teria sido praticado. 
Houve a quebra da relevância causal de sua conduta, de modo que não se pode 
mais falar em concurso de pessoas!
1.4. Vínculo Subjetivo entre os Agentes
O vínculo subjetivo entre os agentes nada mais é do que a vontade de agir em 
conjunto na prática do delito.
Este vínculo não se confunde com a chamada “prévia combinação – pactum scele-
ris”. Não há a necessidade de que os agentes tenham combinado previamente para 
que exista o concurso de pessoas.
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Por exemplo:
Na situação acima, a conduta de Tyler irá contribuir para o delito de furto a ser 
praticado por um terceiro. Embora não tenha existido prévia combinação, Tyler quis 
atuar para auxiliar o infrator, de modo que ficou configurada sua vontade de aderir 
à prática criminosa (a chamada convergência de vontade).
1.5. Entendendo Melhor a Autoria Colateral
Perceber a importância da convergência de vontades é fundamental para que 
você não confunda o concurso de pessoas com a chamada autoria colateral:
Na autoria colateral, dois agentes concorrem para um mesmo resultado delituoso, 
porém, um não conhece a vontade do outro.
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É recorrente o exemplo em provas de concurso no qual dois indivíduos envene-
nam uma mesma pessoa, sem saber da vontade do outro de matar a vítima. Nesse 
caso, não teremos um concurso de pessoas, e sim a autoria colateral (cada um 
responderá pelos atos que praticou de forma desvinculada).
No entanto, se estivermos diante de dois indivíduos que quiseram contribuir 
para um mesmo resultado delitivo e cujas condutas tiveram relevância para causar 
o resultado criminoso, estaremos diante do concurso de pessoas. A diferença pa-
rece sutil, mas não é!
Como sempre, vamos comparar dois exemplos para que você entenda melhor:
Veja como agora ficou fácil entender a diferença entre a autoria colateral e o 
concurso de pessoas: no concurso de pessoas, há a chamada unidade de desíg-
nios. O agente sabe da intenção delituosa do outro e deseja ajudá-lo a perpetrar a 
conduta – havendo ou não uma combinação prévia entre eles!
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Já na autoria colateral, temos uma mera coincidência. Dois indivíduos, sem sa-
ber que há outro tentando cometer um mesmo crime de forma simultânea.
1.6. Identidade de Infração Penal
O último requisito apresentado é a identidade de infração penal. Todos os in-
divíduos concorrentes em uma infração penal, em regra, devem responder pelo 
MESMO crime.
Para entender melhor esse requisito precisamos estudar as teorias sobre o con-
curso de pessoas, que são justamente o próximo tópico de nossa aula!
1.7. Teorias sobre o Concurso de Pessoas
Existem basicamente três teorias sobre o concurso de agentes: teoria monis-
ta, pluralista e dualista. Para fins de concurso público, no entanto, basta que 
você domine duas delas: a teoria monista e a teoria pluralista.
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Dessa forma, quando dois indivíduos concorrem para a prática de uma trans-
gressão da lei penal, responderão pelo mesmo crime. Por exemplo:
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A situação acima é bastante simples: ambas as envolvidas (Sansa como par-
tícipe e Arya como autora) irão responder pelo mesmo crime (art. 121 do CP – 
Homicídio). Temos, claramente, a aplicação da teoria monista!
Embora essa seja a regra geral, excepcionalmente o legislador vai fazer a previ-
são da conduta de cada agente em um tipo penal diverso. Por exemplo:
Na situação acima, Tyrion irá incidir no art. 333 do Código Penal (Corrupção 
ATIVA), enquanto que Bronn terá praticado o art. 317 (Corrupção PASSIVA). Esta-
mos diante de um único fato, mas de um crime para cada agente delitivo. Aplica-se, 
portanto, a teoria pluralista!
2. Autoria, Coautoria e Participação
Para finalizar a aula de hoje, precisamos discutir em detalhes os conceitos de 
autoria, coautoria e participação.
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2.1. Autor
A concepção majoritariamente adotada para a definição do autor do crime e sua 
diferenciação para o partícipe vem da chamada teoria objetivo-formal.
Segundo tal teoria, temos o seguinte:
Esses conceitos ficam fáceis de entender com um exemplo. Vejamos:
Filme: Truque de Mestre (2013)
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No filme Now you see me (Truque de Mestre), o personagem Dylan Rhodes (inter-
pretado por Mark Ruffalo) seleciona quatro indivíduos para perpetrar diversas con-
dutas delituosas em seu nome.
Enquanto a equipe pratica roubos e outras fraudes de forma direta, Dylan fica 
apenas na retaguarda, contribuindo para a execução dos delitos sem executar o 
núcleo dos tipos penais.
Na situação narrada, todos os envolvidos responderão pelos delitos prati-
cados, no entanto, Daniel e Merritt responderão pela autoria/coautoria (pois exe-
cutaram os núcleos dos tipos penais, ou seja, o verbo das condutas de roubo e 
fraude) e Dylan responderá como partícipe (pois não executou o elemento dos tipos 
penais, apenas instigando e auxiliando os demais a fazê-lo).
O “Problema” do Partícipe
Observando a situação acima, é possível notar que a teoria em estudo possui 
um pequeno problema: algumas vezes, há um plano de execução de um delito que 
levará alguém com uma participação de grande importância a ser considerado 
partícipe, o que irá influir no cálculo da pena, beneficiando indevidamente o agente 
delitivo.
Em outras palavras: o indivíduo cuja conduta é a mais importante re-
ceberá uma pena menor, por nunca ter “colocado a mão na massa”, por 
assim dizer.
No caso do filme Truque de Mestre, por exemplo, Dylan não era mero partícipe, 
ele arquitetou um plano complexo e utilizou os quatro outros membros 
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para executar o seu intento. Comandou e coordenou as ações do grupo, e o 
tempo todo tinha o domínio dos resultados dessas ações.
No fim das contas, como poderia Dylan receber a menor das penas, 
quando o plano foi todo arquitetado por ele?
É obvio que punir Dylan como partícipe seria inadequado. Afinal de contas, a sua 
conduta não era de menor importância! Pelo contrário, suas ações foram as mais 
importantes, a despeito de nunca ter executado diretamente nenhum dos delitos.
Felizmente, a solução para esse problema existe, sendo apresentada por uma 
outra teoria, a chamada teoria do domínio do fato.
2.2. Teoria do Domínio do Fato
A teoria do domínio do fato passou a ser objeto de provas de concursos após a 
famosa Ação Penal n. 470 do STF, que tratou do caso que foi apelidado pela mídia 
como mensalão.
Nessa ação penal, foi aplicada a teoria do domínio do fato para equiparar a 
conduta dos indivíduos que decidiram e ordenaram a prática de delitos a seus su-
bordinados, de modo que esses não fossem considerados como meros partícipes, 
quando, na verdade, tinham uma participação mais importante.
Por força da teoria do domínio do fato, uma participação importante (como a de 
quem dá ordens para a realização de condutas criminosas) poderá ser considerada 
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como autoria, e não como participação, mesmo que o autor não pratique o núcleo 
do tipo penal.
3. Outras Classificações de Autoria
3.1. Autoria Imediata
A autoria imediata é a regra. É aquela que ocorre quando o próprio indivíduo 
executa a conduta delituosa diretamente, sem utilizar de um terceiro para tal.
Vejamos um exemplo:
Indivíduo desfere golpes de faca contra seu inimigo, levando-o a óbito.
Quanto à autoria imediata, temos uma observação interessante que já foi obje-
to de prova:
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3.2. Autoria Mediata
A autoria mediata, por sua vez, é aquela empregada por um indivíduo que se 
utiliza de um terceiro como instrumento para executar seu intento criminoso.
Na autoria mediata, obviamente, o terceiro é inocente, está atuando sem in-
tenção de participar da empreitada criminosa, afinal de contas, se o terceiro tivesse 
a intenção de participar do crime, seria considerado coautor.
A conduta praticada, é claro, será imputada ao autor mediato, e não ao 
terceiro que agiu de forma inocente.
A autoria mediata possui diversas variações. Vejamos quais são:
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Observações sobre a Autoria Mediata
Ainda sobre a autoria mediata, são observações importantes para fins de prova:
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3.3. Autoria Colateral
A autoria colateral você já conhece. Também chamada de autoria paralela, é 
aquela que ocorre quando dois ou mais indivíduos concorrem para uma conduta 
visando um mesmo resultado, porém, desconhecem a intenção um do outro.
Como não há liame subjetivo, na autoria colateral não existe concurso de 
pessoas!
Observações sobre a Autoria Colateral
Em primeiro lugar, a autoria colateral pode resultar na autoria incerta, quando, 
por algum motivo, após a execução do delito, não for possível determinar qual dos 
autores causou o resultado.
Além disso, quando ocorre uma autoria colateral em que o resultado só ocorreu 
com a soma das condutas praticadas, temos a chamada autoria acessória ou 
autoria colateral complementar.
Para entender melhor:
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3.4. Autoria de Reserva
É aquela autoria perpetrada pelo indivíduo que “fica esperando para ver se vai 
tudo dar tudo certo”. Veja um exemplo simples:
A e B decidem praticar um roubo a transeunte.
B fica aguardando a execução do delito por parte de A, observando escondido e 
decidindo atuar apenas se A não conseguir subtrair os bens da vítima sem ajuda.
Nessa situação, note que B poderá responder como coautor ou partícipe, depen-
dendo do desfecho da situação no caso concreto.
As classificações doutrinárias de autoria são inúmeras. Felizmente, as que apre-
sentamos até agora são as mais importantes e são mais cobradas em prova. É hora 
de passar para o próximo tópico: a participação.
3.5. Participação
A participação é a conduta criminosa do indivíduo que não realiza a figura 
típica (o núcleo) da figura típica praticada pelos envolvidos.
Lembre-se que, por força da teoria do domínio do fato, esse conceito de partí-
cipe só se aplica se o indivíduo não for o mandante ou superior hierárquico 
do grupo que está realizando a conduta criminosa.
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O partícipe atua induzindo, instigando ou auxiliando os autores principais do delito.
Vejamos agora quais são as espécies de participação:
3.6. Participação Material
A participação material nada mais é do que o auxílio na prática de uma determina-
da conduta delituosa. O indivíduo não instiga ou induz (sua participação não é moral), 
mas realiza conduta relevante para ajudar na execução ou preparação do delito.
Por exemplo:
Na situação acima, temos que Charlize não será autora, e sim partícipe do delito 
de roubo. Sua atuação, no entanto, não foi moral, e sim material, tanto na prepara-
ção para o cometimento do delito (empréstimo do armamento) quanto na execução 
(ficando de “batedor” enquanto o assalto era realizado).
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3.7. Participação Moral
A participação moral, por sua vez, caracteriza-se no induzimento ou na insti-
gação dos outros envolvidos na prática do delito. Vejamos qual é a diferença entre 
essas duas modalidades:
Importância da Participação
A participação, por expressa previsão no Código Penal, pode ser considerada de 
menor importância, ato em que poderá ser reduzida a pena do partícipe de 1/6 
a 1/3. Veja só:
§ 1º Se a participação for de menor importância, a pena pode ser diminuída de um sexto 
a um terço.
3.8. Cooperação Dolosamente Distinta
Esse instituto de nome complicado está previsto no art. 29, parágrafo 2º, do CP, 
e em breve você vai ver que não há nada de complexo sobre ele. Primeiramente, 
vejamos o que dispõe o Código Penal:
§ 2º Se algum dos concorrentes quis participar de crime menos grave, ser-lhe-á aplica-
da a pena deste; essa pena será aumentada até metade, na hipótese de ter sido previ-
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sível o resultado mais grave. Essa pena será aumentada até metade, na hipótese de ter 
sido previsível o resultado mais grave.
O que acontece é o seguinte: pode ser que dois indivíduos combinem de praticar 
um determinado crime e que um deles pratique uma conduta mais grave do que 
foi anteriormente combinado entre ele e seu parceiro.
Nessa situação, se não era previsível esse resultado mais grave, o indivíduo que 
concordou apenas com a prática de um delito mais leve deverá responder por ele. 
Vejamos um exemplo clássico que facilita muito esse entendimento:
Na situação acima, Charlize não queria participar de uma conduta mais grave 
(roubo), que foi perpetrada por James. Dessa forma, Charlize responderá pelo de-
lito que inicialmente desejava praticar (furto), enquanto James irá responder pelo 
roubo (tendo em vista a violência que utilizou contra a vítima).
Entretanto, como o próprio parágrafo 2º do art. 29 prevê, se o resultado mais 
grave for previsível, o autor ainda responderá pelo delito menos grave, mas com 
a pena aumentada da metade.
Vejamos outro exemplo:
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Charlize e James decidem furtar uma casa, aproveitando que o proprietário está 
dormindo. Planejam quebrar a fechadura do portão e furtar a televisão sem serem 
notados.
Charlize decide ficar aguardando no carro, enquanto James ficou responsável por 
arrombar a fechadura e furtar a TV.
Acontece que James, ao quebrar a fechadura do portão, faz muito barulho, o que 
veio a acordar o proprietário. Desse modo, James teve de usar de violência e grave 
ameaça para conseguir subtrair a televisão.
Nessa situação, embora Charlize quisesse participar de conduta menos grave 
(furto), era previsível que a conduta poderia se agravar, afinal de contas, o vizinho 
estava em casa, apenas dormindo. Nessa situação, Charlize ainda responderá por 
furto, mas com a pena aumentada da metade.
3.9. Comunicabilidade de Circunstâncias Pessoais
O próximo tópico merece enorme atenção: simplesmente despenca em provas. 
Estamos falando, é claro, do teor do art. 30 do CP:
Circunstâncias incomunicáveis
Art. 30. Não se comunicam as circunstâncias e as condições de caráter pessoal, salvo 
quando elementares do crime.
Primeiramente, vamos entender o que é uma elementar.
Elementares são os dados que integram o tipo penal. Exemplo:
Art. 121. Matar alguém.
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Em segundo lugar, precisamos entender o que são as circunstâncias.
Circunstâncias são outros dados relacionados ao crime, que não afetam o tipo 
penal básico, mas que podem influenciar a pena cominada.
Um bom exemplo está no parágrafo 1º do crime de furto:
§ 1º A pena aumenta-se de um terço, se o crime é praticado durante o repouso noturno.
Agora que você sabe o que são elementares e o que são circunstâncias para fins 
penais, podemos adentrar a questão da pessoalidade.
Tanto as elementares quanto as circunstâncias podem ou não ter caráterpes-
soal. Veja só:
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Excelente. Já sabemos diferenciar circunstâncias, elementares, e, também, 
como entender se as mesmas possuem caráter pessoal ou não. Podemos enfim 
tratar da chamada comunicabilidade das elementares e circunstâncias.
Em outras palavras: podemos entender quando é que as circunstâncias e ele-
mentares aplicáveis a um autor irão “passar” para os demais no concurso de pes-
soas.
A regra é a seguinte:
Confuso, certo? Calma que eu explico. Imagine a seguinte situação:
Indivíduo pratica um homicídio sob domínio de violenta emoção, logo em seguida 
de injusta provocação da vítima (homicídio privilegiado).
Nessa situação, se houver concurso de pessoas, a circunstância subjetiva do homi-
cídio privilegiado não vai se comunicar ao coautor/partícipe que não estava sob 
domínio de violenta emoção.
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Sabe por que essa circunstância pessoal não se comunica? Porque ela não é 
uma elementar do crime (não faz parte do caput do art. 121, ou seja, não integra 
o tipo penal de homicídio).
Entretanto, vejamos uma situação em que a circunstância pessoal é elementar 
do crime (integra a descrição do tipo penal):
Peculato
Art. 312. Apropriar-se o funcionário público de dinheiro, valor ou qualquer outro 
bem móvel, público ou particular, de que tem a posse em razão do cargo, ou desviá-lo, 
em proveito próprio ou alheio:
Pena – reclusão, de dois a doze anos, e multa.
Agora sim! Aqui temos uma circunstância pessoal (a qualidade de funcionário 
público) que é uma elementar do crime (integra a descrição do art. 312).
Nessa situação, se o coautor ou partícipe de um delito de peculato não for 
funcionário público, mas tiver ciência de que está em concurso de pessoas 
com um funcionário público, responderá também pelo delito de peculato, pois 
a circunstância de caráter pessoal irá se comunicar a ele.
Ainda nesse sentido, vejamos mais um exemplo:
Infanticídio
Art. 123. Matar, sob a influência do estado puerperal, o próprio filho, durante o parto 
ou logo após:
Pena – detenção, de dois a seis anos.
No delito de infanticídio, o autor, via de regra, é a mãe da criança, que, duran-
te o parto ou logo após, tira a vida de seu próprio filho.
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Entretanto, note que a circunstância pessoal (influência do estado puerperal) 
também integra o tipo penal do art. 123. Dessa forma, suponha que a mãe peça 
uma faca para um terceiro que está na sala, logo após o parto, e este terceiro a 
auxilie fornecendo o objeto.
O terceiro responderá como partícipe do delito de infanticídio, pois a 
circunstância de caráter pessoal irá se comunicar.
3.10. Impunibilidade
Seguindo adiante, você ainda precisa conhecer o instituto do art. 31 do CP, que 
trata da impunibilidade em alguns casos de participação. Veja só:
Art. 31. O ajuste, a determinação ou instigação e o auxílio, salvo disposição expressa 
em contrário, não são puníveis, se o crime não chega, pelo menos, a ser tentado.
Vamos analisar esse artigo de uma forma fragmentada, para facilitar seu enten-
dimento:
Ajuste
O ajuste nada mais é do que o acordo realizado sobre a prática do delito. Ocorre 
quando dois ou mais indivíduos “combinam” de praticar uma determinada conduta 
delituosa.
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Caso a conduta desses indivíduos não entre em execução, ou seja, nun-
ca venha a ser tentada, em regra, o mero ajuste não irá ensejar a punibilidade 
dos indivíduos, pois o delito nunca saiu da esfera de cogitação.
Determinação
A determinação é a participação daquele que faz nascer a vontade de delinquir 
em um terceiro. Caso este terceiro nunca venha a iniciar a execução do delito, da 
mesma forma que no ajuste, em regra, não haverá a punibilidade da conduta do 
indivíduo que inicialmente tentou incentivar a prática delituosa.
Instigação e Auxílio
A instigação (estímulo a uma ideia já existente) e o auxílio (prestação material 
de ajuda na preparação do delito), via de regra, também não serão puníveis se o 
crime não entrar ao menos na fase de execução (tentativa).
Querido(a) aluno(a), detonamos o tema concurso de pessoas. Simplesmente 
não deixamos pedra sobre pedra!
Mas, como sempre, só faltam duas coisas: revisar e exercitar. Então, nada de 
descansar ainda!
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RESUMO
Concurso de Pessoas
• Concurso Eventual:
 – o tipo penal não exige a pluralidade de agentes.
• Concurso Necessário:
 – o tipo penal EXIGE a pluralidade de agentes.
Autores, Coautores e Partícipes
• Autor:
 – é o indivíduo que pratica o núcleo do tipo penal (a conduta principal).
 – a concepção majoritariamente adotada para a definição do autor do crime e 
sua diferenciação para o partícipe vem da chamada teoria objetivo-formal.
• Partícipe:
 – realiza uma conduta acessória, auxiliar.
Teorias sobre o Concurso de Pessoas
• Teoria Monista:
 – é a regra em nosso ordenamento jurídico.
 – todos os autores, coautores e partícipes respondem pelo mesmo crime.
• Teoria Pluralista:
 – os agentes praticam condutas concorrendo para um único fato, porém, res-
pondem cada um por um crime.
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Teoria do Domínio do Fato
Por força da teoria do domínio do fato, uma participação importante (como a de 
quem dá ordens para a realização de condutas criminosas) poderá ser considerada 
como autoria, e não como participação, mesmo que o autor não pratique o núcleo 
do tipo penal.
Autoria Imediata
• A autoria imediata é a regra: é aquela que ocorre quando o próprio indivíduo 
executa a conduta delituosa diretamente.
Autoria Mediata• É aquela utilizada por um indivíduo que se utiliza de um terceiro como instru-
mento para executar seu intento criminoso.
Autoria Colateral
• Também chamada de autoria paralela, é aquela que ocorre quando dois ou 
mais indivíduos concorrem para uma conduta visando um mesmo resultado, 
porém, desconhecem a intenção um do outro.
Autoria de Reserva
• É aquela autoria perpetrada pelo indivíduo que “fica esperando para ver se 
vai dar tudo certo”.
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Participação
• É a conduta criminosa do indivíduo que não realiza a figura típica (o núcleo) 
da figura típica praticada pelos envolvidos.
• O partícipe atua induzindo, instigando ou auxiliando os autores principais do 
delito.
Participação Material
É o auxílio na prática de uma determinada conduta delituosa. O indivíduo não 
instiga ou induz (sua participação não é moral), mas realiza conduta relevante para 
ajudar na execução ou preparação do delito.
Participação Moral
• Caracteriza-se no induzimento ou na instigação dos outros envolvidos na prá-
tica do delito.
 – Induzimento:
 - Indivíduo faz surgir a vontade de praticar o delito em um terceiro.
 – Instigação
 - O terceiro já possui a intenção de agir de forma criminosa, e o partícipe 
reforça essa vontade.
Importância da Participação
Se a participação for de menor importância, a pena pode ser diminuída de um 
sexto a um terço.
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Cooperação Dolosamente Distinta
Se algum dos concorrentes quis participar de crime menos grave, ser-lhe-á apli-
cada a pena deste. Essa pena será aumentada até metade, na hipótese de ter sido 
previsível o resultado mais grave.
Comunicabilidade de Circunstâncias Pessoais
Não se comunicam as circunstâncias e as condições de caráter pessoal, salvo 
quando elementares do crime.
Impunibilidade
O ajuste, a determinação ou instigação e o auxílio, salvo disposição expressa 
em contrário, não são puníveis se o crime não chega, pelo menos, a ser tentado.
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QUESTÕES DE CONCURSO
Questão 1 (VUNESP/PREFEITURA-SP/PROCURADOR JURÍDICO) Sobre o con-
curso de pessoas, assinale a alternativa correta.
a) Quem, de qualquer modo, concorre para o crime incide nas penas a este comi-
nadas, na medida de sua personalidade.
b) Se a participação for de maior importância, a pena pode ser majorada de um 
sexto a um terço.
c) Se algum dos concorrentes quis participar de crime menos grave, ser-lhe-á apli-
cada a pena deste; essa pena será aumentada até o dobro, na hipótese de ter sido 
previsível o resultado mais grave.
d) Não se comunicam as circunstâncias e as condições de caráter pessoal, salvo 
quando elementares do crime.
e) O ajuste, a determinação, a sedição ou instigação e o auxílio ou cooperação ma-
terial não são puníveis, se o crime não chega, pelo menos, a ser executado.
Questão 2 (VUNESP/PC-CE/INSPETOR DE POLÍCIA) No que diz respeito ao con-
curso de pessoas, segundo as disposições previstas no Código Penal, é correto 
afirmar que
a) não se comunicam as circunstâncias e as condições de caráter pessoal, mesmo 
quando elementares do crime.
b) quem, de qualquer modo, concorre para o crime incide nas penas a este comi-
nadas, independentemente se quis participar de crime menos grave
c) o ajuste, a determinação ou instigação e o auxílio, salvo disposição expressa em 
contrário, não são p uníveis, se o crime, apesar de iniciada a execução, não chega 
a ser consumado.
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d) quem, de qualquer modo, concorre para o crime incide nas penas a este comi-
nadas, na medida de sua culpabilidade.
e) se algum dos concorrentes quis participar de crime menos grave, a pena pode 
ser diminuída de um sexto a um terço
Questão 3 (VUNESP/CÂMARA-SP/ANALISTA LEGISLATIVO) CP, art. 30: quando 
se verifica o concurso de pessoas em matéria penal, não se comunicam as circuns-
tâncias e as condições de caráter pessoal,
a) salvo nos crimes contra a Administração Pública.
b) salvo no caso de extinção da punibilidade.
c) salvo nos crimes contra a Fé Pública.
d) salvo quando elementares do crime.
e) em hipótese alguma.
Questão 4 (VUNESP/DPE-MS/DEFENSOR PÚBLICO) No que tange ao concurso 
de pessoas nos crimes de corrupção ativa e passiva, o Código Penal adotou a teoria
a) monista.
b) causal.
c) dualista.
d) pluralística
Questão 5 (FGV/TJ-RO/OFICIAL DE JUSTIÇA) O Código Penal brasileiro traz di-
versos crimes que podem ser praticados por uma única pessoa, mas também prevê 
algumas hipóteses em que o concurso de pessoas é necessário. Como regra geral, 
quando duas ou mais pessoas, unidas em ações e desígnios, praticam em conjunto 
um delito, pode-se falar em concurso de pessoas. Sobre esse tema, é correto afir-
mar que o Código Penal adotou, em regra, a Teoria:
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a) Pluralista, com exceções;
b) Dualista, sem exceções;
c) Monista, com exceções;
d) Dualista, com exceções;
e) Monista, sem exceções.
Questão 6 (FGV/PROCEMPA/ANALISTA) Com relação ao tema responsabilidade 
penal no concurso de pessoas, assinale a afirmativa incorreta.
a) A responsabilidade penal é individual, devendo cada agente responder na medi-
da de sua culpabilidade.
b) Ocorrendo desvio subjetivo entre os agentes, quem quis participar de crime 
menos grave responde por este e não pelo crime mais grave praticado pelo outro 
agente.
c) Sendo a participação de menor importância, a pena pode ser reduzida de 1/6 a 
1/3.
d) O Código Penal adotou a Teoria Monista sobre concurso de agentes sem exce-
ção, devendo todos os participantes responder pelo mesmo crime.
e) Não há participação dolosa em crime culposo.
Questão 7 (FGV/PC-RJ/OFICIAL DE CARTÓRIO) Com relação ao concurso de 
pessoas, assinale a afirmativa incorreta.
a) Quem, de qualquer modo, concorre para o crime incide nas penas a este comi-
nadas, na medida de sua culpabilidade.
b) Se a participação for de menor importância, a pena pode ser diminuída de um 
sexto a um terço.
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c) Se algum dos concorrentes quis participar de crime menos grave, ser-lhe-á apli-
cada a pena deste, salvo quando previsível o resultado mais grave, caso que será 
aplicada a pena do crime mais grave.
d) Não se comunicam as circunstâncias e as condições de caráter pessoal, salvo 
quando elementares do crime.
e) O ajuste, a determinação ou instigação e o auxílio, salvo disposição expressa 
em contrário, não são puníveis, se o crime não chega, pelo menos, a ser tentado.
Questão 8 (FCC/CNMP/ANALISTA – DIREITO) No concurso de pessoas,
a) se algum dos concorrentes quis participar de crime menos grave, ser-lhe-á apli-
cada a pena deste, essa pena será aumentada de 1/3 a 2/3, na hipótese de ter sido 
previsível o resultado mais grave.
b) quem, de qualquer modo, concorre para o crime incide nas penas a este comi-
nadas, na medida de sua periculosidade.
c) não se comunicam as circunstâncias e as condições de caráter pessoal, salvo 
quando elementares do crime.
d) o ajuste, a determinação ou instigação e o auxílio, salvo disposição expressa em 
contrário, não são puníveis, se o crime não chega a ser consumado.
e) se a participação for de menor importância, a pena pode ser diminuída até me-
tade.
Questão 9 (FCC/DPE-PE/DEFENSOR PÚBLICO) No concurso de pessoas,
a) há autoria colateral quando os concorrentes se comportam para o mesmo fim, 
conhecendo a conduta alheia.
b) a infração penal não precisa ser igual, objetiva e subjetivamente, para todos os 
concorrentes.
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c) é necessário que cada concorrente tenha consciência de contribuir para a ativi-
dade delituosa de outrem, dispensada a prévia combinação entre eles.
d) os concorrentes devem necessariamente realizar o fato típico.
e) dispensável a adesão subjetiva à vontade do outro.
Questão 10 (FCC/TJ-CE/JUIZ) Em tema de concurso de pessoas, é possível afir-
mar que
a) o concorrente, na chamada cooperação dolosamente diversa, responderá pelo 
crime menos grave que quis participar, mas sempre com aumento da pena.
b) indispensável a adesão subjetiva à vontade do outro, embora desnecessária a 
prévia combinação.
c) o ajuste, a determinação ou instigação e o auxílio nunca são puníveis, se o crime 
não chega, pelo menos, a ser tentado.
d) não se comunicam as circunstâncias e as condições de caráter pessoal, ainda 
que elementares do crime.
e) a participação de menor importância constitui causa geral de diminuição da 
pena, incidindo na segunda etapa do cálculo.
Questão 11 (FCC/METRO-SP/ADVOGADO) Joaus, Joseh e Pedrus acertaram, me-
diante prévio ajuste, a prática de um crime de furto qualificado em residência. Pe-
drus escolheu a residência e emprestou seu veículo para o transporte dos objetos 
furtados. Joaus arrombou a porta da residência indicada por Pedrus e entrou. Joseh 
entrou em seguida. Joaus e Joseh recolheram todos os objetos de valor, colocaram 
no veículo e fugiram do local. Nesse caso,
a) Joaus, Joseh e Pedrus foram coautores.
b) Joaus foi autor, Joseh partícipe e Pedrus autor mediato.
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c) Joaus e Joseh foram partícipes e Pedrus foi autor imediato.
d) Joaus, Joseh e Pedrus foram autores.
e) Joaus e Joseh foram coautores e Pedrus partícipe.
Questão 12 (FCC/TRT1/JUIZ DO TRABALHO) Quanto aos demais agentes do cri-
me, o parentesco entre o autor e a vítima;
a) comunica-se, desde que elementar ao tipo.
b) comunica-se sempre, desde que por aqueles conhecido.
c) comunica-se para agravamento genérico da pena concreta.
d) comunica-se para atenuação genérica da pena concreta.
e) não se comunica em qualquer hipótese.
Questão 13 (FCC/DPE-AM/DEFENSOR) Se alguém instiga outrem a surrar inimi-
go comum, mas o instigado se excede e mata a vítima, é correto afirmar que
a) a conduta do partícipe é atípica.
b) o partícipe poderá responder por lesão corporal, sem qualquer aumento de 
pena, se não podia prever o resultado morte.
c) o partícipe poderá responder por homicídio doloso, mas fará jus, necessaria-
mente, ao reconhecimento da participação de menor importância.
d) o partícipe poderá responder por lesão corporal, com a pena aumentada até um 
terço, se previsível o resultado letal.
e) o partícipe não poderá responder por homicídio doloso, mesmo que tenha assu-
mido o risco do resultado morte.
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Questão 14 (FCC/TRE-CE/ANALISTA) José, João e Mario praticam um determi-
nado delito. Contudo, José, um dos concorrentes, queria participar de delito menos 
grave daquele cometido pelos agentes. Neste caso, para José, será aplicada a pena 
do crime
a) menos grave, aumentada de 1/6 a 2/3, independentemente da previsibilidade 
do resultado mais grave.
b) mais grave diminuída de 1/6 a 1/3.
c) mais grave em qualquer hipótese.
d) menos grave, que será aumentada até metade, na hipótese de ter sido previsí-
vel o resultado mais grave.
e) menos grave, em qualquer hipótese, sem nenhuma majoração ou redução
Questão 15 (FCC/TRE-PE/ANALISTA JUDICIÁRIO) De acordo com o Código Pe-
nal brasileiro,
a) não há distinção entre autores, coautores e partícipes, que incidem de forma 
idêntica nas penas cominadas ao delito.
b) os autores, coautores e partícipes incidem nas penas cominadas ao delito na 
medida de sua culpabilidade.
c) ao autor principal será obrigatoriamente imposta pena mais alta que a dos co-
autores e partícipes.
d) ao autor principal e aos coautores será obrigatoriamente imposta pena mais alta 
que a dos partícipes.
e) ao autor principal será imposta a pena prevista para o delito, sendo que os coautores 
e os partícipes terão obrigatoriamente a pena reduzida de um sexto a um terço.
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Questão 16 (FCC/TRT1/TÉCNICO JUDICIÁRIO) João instigou José a praticar um 
crime de roubo. Luiz forneceu-lhe a arma. Pedro forneceu-lhe todas as informa-
ções sobre a residência da vítima e sobre o horário em que esta ficava sozinha. 
No dia escolhido, José, auxiliado por Paulo,ingressou na residência da vítima. José 
apontou-lhe a arma, enquanto Paulo subtraiu-lhe dinheiro e joias. Nesse caso, são 
considerados partícipes APENAS
a) Luiz e Pedro.
b) João, Luiz, Pedro e Paulo.
c) João, Luiz e Pedro.
d) José, Pedro e João.
e) João, José, Luiz e Pedro.
Questão 17 (FCC/TRE-TO/ANALISTA) No concurso de pessoas,
a) se a participação for de menor importância, a pena pode ser diminuída de me-
tade.
b) quem, de qualquer modo, concorre para o crime incide nas penas a este comi-
nadas, na medida de sua culpabilidade.
c) se algum dos concorrentes quis participar de crime menos grave, ser-lhe-á apli-
cada a pena do crime cometido, reduzida de um a dois terços.
d) as circunstâncias e as condições de caráter pessoal se comunicam, sejam, ou 
não, elementares do crime.
e) a instigação e o auxílio, em qualquer hipótese, são puníveis mesmo que o crime 
não ocorra.
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Questão 18 (FCC/TRE-RS/ANALISTA JUDICIÁRIO) “A”, médico, determina à enfer-
meira que seja ministrado veneno ao paciente, e ela o faz, acreditando tratar-se de 
medicamento, verificando-se a morte da vítima. Nesse caso há
a) cooperação dolosamente distinta.
b) participação sucessiva, em relação à enfermeira.
c) concurso de agentes.
d) autoria imediata, em relação ao médico.
e) autoria mediata, em relação ao médico.
Questão 19 (FCC/DPE-MT/DEFENSOR) A respeito do concurso de pessoas, é cor-
reto afirmar que
a) é necessária a presença no local do comparsa para a configuração do concurso 
de agentes.
b) é necessário o ajuste prévio no concurso de pessoas.
c) o Direito Penal brasileiro adotou a teoria unitária.
d) o concurso de agentes pode verificar-se após a consumação do delito.
e) pode ocorrer coautoria sem vínculo subjetivo entre os coautores.
Questão 20 (FCC/DPE-CE/DEFENSOR) No concurso de pessoas,
a) há autoria colateral quando os concorrentes se comportam para o mesmo fim, 
conhecendo a conduta alheia.
b) a infração penal não precisa ser igual, objetiva e subjetivamente, para todos os 
concorrentes.
c) é necessário que cada concorrente tenha consciência de contribuir para a ativi-
dade delituosa de outrem, dispensada a prévia combinação entre eles.
d) os concorrentes devem necessariamente realizar o fato típico.
e) dispensável a adesão subjetiva à vontade do outro.
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GABARITO
1. d
2. d
3. d
4. d
5. c
6. d
7. c
8. c
9. c
10. b
11. e
12. a
13. b
14. d
15. b
16. c
17. b
18. e
19. c
20. c
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GABARITO COMENTADO
Questão 1 (VUNESP/PREFEITURA-SP/PROCURADOR JURÍDICO) Sobre o con-
curso de pessoas, assinale a alternativa correta.
a) Quem, de qualquer modo, concorre para o crime incide nas penas a este comi-
nadas, na medida de sua personalidade.
b) Se a participação for de maior importância, a pena pode ser majorada de um 
sexto a um terço.
c) Se algum dos concorrentes quis participar de crime menos grave, ser-lhe-á apli-
cada a pena deste; essa pena será aumentada até o dobro, na hipótese de ter sido 
previsível o resultado mais grave.
d) Não se comunicam as circunstâncias e as condições de caráter pessoal, salvo 
quando elementares do crime.
e) O ajuste, a determinação, a sedição ou instigação e o auxílio ou cooperação ma-
terial não são puníveis, se o crime não chega, pelo menos, a ser executado.
Letra d.
O assunto de concurso de crimes e de pessoas é bastante rico em doutrina e ju-
risprudência. Apesar disso, é muito comum que o examinador se atenha apenas à 
literalidade do Código Penal (motivo pelo qual eu chego a ser chato recomendando 
a leitura da lei seca de forma complementar aos estudos de nossas aulas).
Foi exatamente o que aconteceu aqui. O examinador fez mudanças em algumas 
palavras dos artigos sobre o concurso de pessoas, de modo que apenas a leitura da 
lei é suficiente para acertar a questão.
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Como você já sabe, as circunstâncias elementares e condições de caráter pessoal 
não se comunicam, salvo quando elementares do crime (art. 30 do CP).
Questão 2 (VUNESP/PC-CE/INSPETOR DE POLÍCIA) No que diz respeito ao con-
curso de pessoas, segundo as disposições previstas no Código Penal, é correto 
afirmar que
a) não se comunicam as circunstâncias e as condições de caráter pessoal, mesmo 
quando elementares do crime.
b) quem, de qualquer modo, concorre para o crime incide nas penas a este comi-
nadas, independentemente se quis participar de crime menos grave
c) o ajuste, a determinação ou instigação e o auxílio, salvo disposição expressa em 
contrário, não são p uníveis, se o crime, apesar de iniciada a execução, não chega 
a ser consumado.
d) quem, de qualquer modo, concorre para o crime incide nas penas a este comi-
nadas, na medida de sua culpabilidade.
e) se algum dos concorrentes quis participar de crime menos grave, a pena pode 
ser diminuída de um sexto a um terço
Letra d.
É o que rege o art. 29 do CP.
Vejamos:
a) Errada. Se as circunstâncias de caráter pessoal forem elementares do crime, 
irão se comunicar aos partícipes e coautores!
b) Errada. Quem, de qualquer modo, concorre para o crime incide nas penas a 
este cominadas, na medida de sua culpabilidade (art. 29 do CP).
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c) Errada. Não são puníveis se o crime não chega ao menos a ser tentado (art. 31 
do CP).
e) Errada. Se o indivíduo quis participar de um crime menos grave, ser-lhe-á apli-
cada a pena deste; essa pena será aumentada até metade, na hipótese de ter sido 
previsível o resultado mais grave. (art. 29, § 2º).
Questão 3 (VUNESP/CÂMARA-SP/ANALISTA LEGISLATIVO) CP, art. 30: quando 
se verifica o concurso de pessoas em matéria penal, não se comunicam as circuns-
tâncias e as condições de caráter pessoal,
a) salvo nos crimes contra a Administração Pública.
b) salvo no caso de extinção da punibilidade.
c) salvo nos crimes contra a Fé Pública.
d) salvo quando elementares do crime.
e) em hipótese alguma.
Letrad.
Questão muito fácil. Basta se lembrar do art. 30 do CP. É claro que as circunstân-
cias e condições de caráter pessoal não se comunicam, salvo quando elementares 
do crime.
Questão 4 (VUNESP/DPE-MS/DEFENSOR PÚBLICO) No que tange ao concurso 
de pessoas nos crimes de corrupção ativa e passiva, o Código Penal adotou a teoria
a) monista.
b) causal.
c) dualista.
d) pluralística
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Letra d.
Questão bem tranquila. Conforme estudamos, o concurso de pessoas nos delitos de 
corrupção ativa e passiva configura uma exceção à teoria monista, na qual cada en-
volvido responderá por um delito diferente, embora exista apenas um fato delituoso.
Nesse caso, temos a aplicação da chamada teoria pluralista ou pluralística.
Questão 5 (FGV/TJ-RO/OFICIAL DE JUSTIÇA) O Código Penal brasileiro traz di-
versos crimes que podem ser praticados por uma única pessoa, mas também prevê 
algumas hipóteses em que o concurso de pessoas é necessário. Como regra geral, 
quando duas ou mais pessoas, unidas em ações e desígnios, praticam em conjunto 
um delito, pode-se falar em concurso de pessoas. Sobre esse tema, é correto afir-
mar que o Código Penal adotou, em regra, a Teoria:
a) Pluralista, com exceções;
b) Dualista, sem exceções;
c) Monista, com exceções;
d) Dualista, com exceções;
e) Monista, sem exceções
Letra c.
Conforme estudamos, a regra geral adotada pelo CP é a aplicação da teoria MONIS-
TA. Entretanto, existem exceções em que é aplicada a teoria PLURALISTA no que 
diz respeito ao concurso de pessoas!
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Questão 6 (FGV/PROCEMPA/ANALISTA) Com relação ao tema responsabilidade 
penal no concurso de pessoas, assinale a afirmativa incorreta.
a) A responsabilidade penal é individual, devendo cada agente responder na medi-
da de sua culpabilidade.
b) Ocorrendo desvio subjetivo entre os agentes, quem quis participar de crime 
menos grave responde por este e não pelo crime mais grave praticado pelo outro 
agente.
c) Sendo a participação de menor importância, a pena pode ser reduzida de 1/6 a 
1/3.
d) O Código Penal adotou a Teoria Monista sobre concurso de agentes sem exce-
ção, devendo todos os participantes responder pelo mesmo crime.
e) Não há participação dolosa em crime culposo.
Letra d.
Cuidado! Note que o examinador pediu para você assinalar a afirmativa incorreta.
Diante do que estudamos na aula de hoje, sabemos que a teoria monista é a regra 
adotada pelo Código Penal. Entretanto, existem exceções em que é aplicada a teo-
ria pluralista, motivo pelo qual a assertiva D está incorreta!
Questão 7 (FGV/PC-RJ/OFICIAL DE CARTÓRIO) Com relação ao concurso de 
pessoas, assinale a afirmativa incorreta.
a) Quem, de qualquer modo, concorre para o crime incide nas penas a este comi-
nadas, na medida de sua culpabilidade.
b) Se a participação for de menor importância, a pena pode ser diminuída de um 
sexto a um terço.
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c) Se algum dos concorrentes quis participar de crime menos grave, ser-lhe-á apli-
cada a pena deste, salvo quando previsível o resultado mais grave, caso que será 
aplicada a pena do crime mais grave.
d) Não se comunicam as circunstâncias e as condições de caráter pessoal, salvo 
quando elementares do crime.
e) O ajuste, a determinação ou instigação e o auxílio, salvo disposição expressa 
em contrário, não são puníveis, se o crime não chega, pelo menos, a ser tentado.
Letra c.
De novo nosso objetivo é encontrar a assertiva incorreta. Conforme preconiza o 
art. 29, parágrafo 2º, do CP, quando previsível o resultado mais grave, ainda assim 
será aplicada a pena do crime menos grave, no entanto, com aumento de até 1/2.
Questão 8 (FCC/CNMP/ANALISTA – DIREITO) No concurso de pessoas,
a) se algum dos concorrentes quis participar de crime menos grave, ser-lhe-á apli-
cada a pena deste, essa pena será aumentada de 1/3 a 2/3, na hipótese de ter sido 
previsível o resultado mais grave.
b) quem, de qualquer modo, concorre para o crime incide nas penas a este comi-
nadas, na medida de sua periculosidade.
c) não se comunicam as circunstâncias e as condições de caráter pessoal, salvo 
quando elementares do crime.
d) o ajuste, a determinação ou instigação e o auxílio, salvo disposição expressa em 
contrário, não são puníveis, se o crime não chega a ser consumado.
e) se a participação for de menor importância, a pena pode ser diminuída até me-
tade.
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Letra c.
Art. 30 do CP.
Questão simples, na qual o examinador fez pequenas modificações no texto de lei. 
Vejamos:
a) Errada. Se for previsível o resultado mais grave, a pena deve ser aumentada 
até a metade.
b) Errada. Na medida de sua culpabilidade, e não de sua periculosidade, conforme 
afirma a questão.
d) Errada. Se o crime não chega a ser tentado.
e) Errada. A pena pode ser reduzida de 1/6 a 1/3.
Questão 9 (FCC/DPE-PE/DEFENSOR PÚBLICO) No concurso de pessoas,
a) há autoria colateral quando os concorrentes se comportam para o mesmo fim, 
conhecendo a conduta alheia.
b) a infração penal não precisa ser igual, objetiva e subjetivamente, para todos os 
concorrentes.
c) é necessário que cada concorrente tenha consciência de contribuir para a ativi-
dade delituosa de outrem, dispensada a prévia combinação entre eles.
d) os concorrentes devem necessariamente realizar o fato típico.
e) dispensável a adesão subjetiva à vontade do outro.
Letra c.
Conforme estudamos, para que ocorra a configuração do concurso de pessoas, 
é necessário que os autores tenham a vontade de contribuir para o resultado da 
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atividade delituosa, mas a prévia combinação entre os autores é perfeitamente 
dispensável!
Questão 10 (FCC/TJ-CE/JUIZ) Em tema de concurso de pessoas, é possível afir-
mar que
a) o concorrente, na chamada cooperação dolosamente diversa, responderá pelo 
crime menos grave que quis participar, mas sempre com aumento da pena.
b) indispensável a adesão subjetivaà vontade do outro, embora desnecessária a 
prévia combinação.
c) o ajuste, a determinação ou instigação e o auxílio nunca são puníveis, se o crime 
não chega, pelo menos, a ser tentado.
d) não se comunicam as circunstâncias e as condições de caráter pessoal, ainda 
que elementares do crime.
e) a participação de menor importância constitui causa geral de diminuição da 
pena, incidindo na segunda etapa do cálculo.
Letra b.
Outra questão que trata simplesmente do mesmo assunto da anterior! A adesão 
subjetiva à vontade do outro (vontade de contribuir para o fato delitivo) é indispen-
sável, mas é desnecessária a prévia combinação!
Questão 11 (FCC/METRO-SP/ADVOGADO) Joaus, Joseh e Pedrus acertaram, me-
diante prévio ajuste, a prática de um crime de furto qualificado em residência. Pe-
drus escolheu a residência e emprestou seu veículo para o transporte dos objetos 
furtados. Joaus arrombou a porta da residência indicada por Pedrus e entrou. Joseh 
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entrou em seguida. Joaus e Joseh recolheram todos os objetos de valor, colocaram 
no veículo e fugiram do local. Nesse caso,
a) Joaus, Joseh e Pedrus foram coautores.
b) Joaus foi autor, Joseh partícipe e Pedrus autor mediato.
c) Joaus e Joseh foram partícipes e Pedrus foi autor imediato.
d) Joaus, Joseh e Pedrus foram autores.
e) Joaus e Joseh foram coautores e Pedrus partícipe.
Letra e.
Ao recolherem os objetos de valor, Joaus e Joseh praticaram o núcleo do tipo penal 
(subtrair), de modo que devem ser considerados coautores da infração penal.
Já Pedrus teve participação acessória: não executou o núcleo do tipo penal de furto, 
mas forneceu auxílio aos demais, ao escolher a residência e emprestar seu veículo 
para o transporte dos objetos furtados. Dessa forma, deve ser considerado partí-
cipe!
Questão 12 (FCC/TRT1/JUIZ DO TRABALHO) Quanto aos demais agentes do cri-
me, o parentesco entre o autor e a vítima;
a) comunica-se, desde que elementar ao tipo.
b) comunica-se sempre, desde que por aqueles conhecido.
c) comunica-se para agravamento genérico da pena concreta.
d) comunica-se para atenuação genérica da pena concreta.
e) não se comunica em qualquer hipótese.
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Letra a.
Comunicabilidade das circunstâncias pessoais é um assunto bastante recorrente, 
como você já deve ter percebido.
E, como você já deve estar cansado(a) de saber, as circunstâncias pessoais não se 
comunicam, salvo quando elementares do tipo.
Lembre-se do crime de infanticídio (que é praticado pela mãe contra seu filho). É 
perfeitamente possível que tal condição se comunique, pois é uma elementar do 
art. 123 do Código Penal!
Questão 13 (FCC/DPE-AM/DEFENSOR) Se alguém instiga outrem a surrar inimi-
go comum, mas o instigado se excede e mata a vítima, é correto afirmar que
a) a conduta do partícipe é atípica.
b) o partícipe poderá responder por lesão corporal, sem qualquer aumento de 
pena, se não podia prever o resultado morte.
c) o partícipe poderá responder por homicídio doloso, mas fará jus, necessaria-
mente, ao reconhecimento da participação de menor importância.
d) o partícipe poderá responder por lesão corporal, com a pena aumentada até um 
terço, se previsível o resultado letal.
e) o partícipe não poderá responder por homicídio doloso, mesmo que tenha assu-
mido o risco do resultado morte.
Letra b.
Nessa questão, temos um caso de partícipe que queria praticar um delito menos 
grave do que o realizado pelo autor. Nessa situação, ele deverá responder pelo de-
lito menos grave que queria causar (lesões corporais).
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Caso o resultado mais grave seja previsível, a pena é aumentada da metade, e não 
de 1/3, motivo pelo qual a assertiva D está errada.
Já a afirmação da assertiva B está correta: se o resultado mais grave (a morte) não 
era previsível, deve o partícipe responder pelo delito menos grave (lesões corpo-
rais) sem qualquer aumento de pena!
Questão 14 (FCC/TRE-CE/ANALISTA) José, João e Mario praticam um determi-
nado delito. Contudo, José, um dos concorrentes, queria participar de delito menos 
grave daquele cometido pelos agentes. Neste caso, para José, será aplicada a pena 
do crime
a) menos grave, aumentada de 1/6 a 2/3, independentemente da previsibilidade 
do resultado mais grave.
b) mais grave diminuída de 1/6 a 1/3.
c) mais grave em qualquer hipótese.
d) menos grave, que será aumentada até metade, na hipótese de ter sido previsí-
vel o resultado mais grave.
e) menos grave, em qualquer hipótese, sem nenhuma majoração ou redução
Letra d.
Mais uma vez o assunto é o art. 29, § 2º, do CP, sobre o indivíduo que quis praticar 
de delito menos grave. Conforme estudamos, nesse caso o concorrente que queria 
participar de delito menos grave deve receber a pena menos grave, que será au-
mentada até a metade, na hipótese de o resultado mais grave ser previsível.
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Questão 15 (FCC/TRE-PE/ANALISTA JUDICIÁRIO) De acordo com o Código Pe-
nal brasileiro,
a) não há distinção entre autores, coautores e partícipes, que incidem de forma 
idêntica nas penas cominadas ao delito.
b) os autores, coautores e partícipes incidem nas penas cominadas ao delito na 
medida de sua culpabilidade.
c) ao autor principal será obrigatoriamente imposta pena mais alta que a dos co-
autores e partícipes.
d) ao autor principal e aos coautores será obrigatoriamente imposta pena mais alta 
que a dos partícipes.
e) ao autor principal será imposta a pena prevista para o delito, sendo que os co-
autores e os partícipes terão obrigatoriamente a pena reduzida de um sexto a um 
terço.
Letra b.
Questão simples. É claro que autores, coautores e partícipes incidem nas penas 
cominadas ao delito na medida de sua culpabilidade. Simples assim!
Questão 16 (FCC/TRT1/TÉCNICO JUDICIÁRIO) João instigou José a praticar um 
crime de roubo. Luiz forneceu-lhe a arma. Pedro forneceu-lhe todas as informa-
ções sobre a residência da vítima e sobre o horário em que esta ficava sozinha. 
No dia escolhido, José, auxiliado por Paulo, ingressou na residência da vítima. José 
apontou-lhe a arma, enquanto Paulo subtraiu-lhe dinheiro e joias. Nesse caso, são 
considerados partícipes APENAS
a) Luiz e Pedro.
b) João, Luiz, Pedro e Paulo.
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