Tendências e fatores na expectativa de vida na terceira idade

Prévia do material em texto

Tendências e Fatores na expectativa de vida na terceira idade
7/5
Questões para a reflexão
Terceira idade? O que significa esse termo? Como surgiu? Ser idoso significa estar no grupo da terceira idade? 
Por que envelhecemos? Existem diferenças entre envelhecimento e velhice?
Determinantes sociais do processo saúde de vida e a expectativa de vida: que relações podem ser estabelecidas?
Os homens brasileiros vivem em média 7 anos menos do que as mulheres. Com base nessa constatação, cabe indagar: 
Quais são os fatores que causam essa diferença? 
De que forma o psicólogo, ao articular o desenvolvimento físico e psicossocial do adulto com os determinantes sociais do processo saúde doença, poderá contribuir para transformar essa dinâmica? 
 
Fatores que interferem (de forma positiva ou negativa) na expectativa de vida da pessoa com idade igual ou superior a 60 anos.
Expectativa de vida: é o número médio de anos que a população de um país pode esperar viver, caso sejam mantidas as mesmas condições de vida vivenciadas no momento do nascimento.
A expectativa de vida está relacionada com a qualidade de vida que um país possui, já que fatores como educação, saúde, assistência social, saneamento básico, segurança no trabalho, índices de violência, ausência ou presença de guerras e de conflitos internos influenciam-na diretamente.
Sobrevida: Continuação da vida para além do suposto ou esperado.
Longevidade (Tempo de vida) ≠ Expectativa de vida (esperança de vida). 
Qualidade de vida e os determinantes sociais do processo saúde doença
Segundo o conceito de 1947 da Organização Mundial da Saúde (OMS), a saúde é definida como: “Um estado de completo bem-estar físico, mental e social, e não apenas a ausência de doença ou enfermidade.”
Nesse sentido a condição de saúde pode variar de um extremo de mais perfeito bem-estar até o extremo da morte, com uma série de processos e eventos intermediários entre os dois. 
Por isso, nos referimos ao processo saúde doença. Isto significa que nenhum ser humano (ou população) será totalmente saudável ou totalmente doente. 
Ao longo de sua existência, viverá condições de saúde/doença, de acordo com suas potencialidades, suas condições de vida e sua interação com elas. 
	O PROCESSO SAÚDE DOENÇA E OS DETERMINANTES SOCIAIS DA SAÚDE
	 
 SAÚDE  BEM-ESTAR BIOPSICOSSOCIAL  indivíduo, grupos e coletividades 
   
 QUALIDADE de vida  ESTILO de vida 
Trabalho, empregabilidade, lazer, saneamento, educação, habitação; alimentação, segurança pública, renda, meio-ambiente, justiça social e equidade, transporte, mobilidade, emprego, acesso e posse da terra, acesso aos serviços de: saúde, educação e lazer.
Possibilidade de escolhas
Liberdade de escolhas
Consciência de escolhas
AUTONOMIA
Longevidade e questões de gênero
	Longevidade e questões de gênero: algumas constatações 
	O uso dos serviços de saúde pelos homens tende a estar concentrado na assistência dos fatores de risco das doenças e dos agravos à saúde  ocorre em situações extremas de emergência e/ou em nível especializado ou de urgência. 
Na atenção básica  ênfase nas ações curativas, nos serviços de hipertensão, diabetes, consulta médica e odontológica. 
	Diante dessas constatações, cabe indagar: 
Quais são os obstáculos enfrentadas/vivenciadas pelos homens para adotar cuidados de prevenção/promoção da saúde?
Perspectivas da população masculina : estereótipos de gênero
O ato de cuidar da casa/corpo é inerente às mulheres.
 O homem ainda é representado como sendo o provedor da família (horário de trabalho incompatível com o do serviço de saúde).
 
 No imaginário social, homem que é homem não fica doente.
 Dificuldade do homem em “despir-se” (sentido literal e simbólico) diante do profissional de saúde. 
Por que envelhecemos?
Múltiplas respostas: o senso comum, as ciências, as religiões, a arte entre tantas outros saberes e crenças arriscam teorias e práticas relacionados ao envelhecer.
O processo de envelhecer é quase sempre visível para as outras pessoas que convivem, de forma direta ou indireta, com o/a idosa (mudanças na autoimagem são provocadas, em inúmeras ocasiões, a partir das pistas indicadas pelo outro). 
Envelhecimento: marcadores biológicos. Velhice: construção sócio-histórica.
 A velhice enquanto destino biológico é uma realidade inquestionável, embora o destino psicossocial da pessoa idosa seja uma realidade socialmente construída, segundo o contexto sociopolítico-cultural no que ela se insere (BEAUVOIR, 1990)
O “nascimento” do envelhecer....
O idoso também partilha das representações sociais que definem o velho em geral, mas não os definem em particular. Dessa forma, entende que “o velho não sou eu, o velho é o outro”...
«(...) Velha é ser uma pessoa que tem que ser dependente... Quando eu ficar velha eu vou aceitar (...)» (Z., 90 anos).
«(...) Aos meus olhos ela aparentava ser muito mais velha do que eu e aos olhos dela eu era mais velha. (...)» (L., 72 anos)
«(...) Ser velho para mim é ser inútil... Minha vizinha de 80 anos não anda mais (...)» (M., 80 anos)
«(...) Eu achava que tava velha, mas uma velha enxuta. Aí, eu entro no ônibus pela porta da frente, como todos os velhos, né. Vi uma senhora, que eu olhei assim, eu achei muito mais velha do que eu, uma senhora de idade mesmo, e ela levantou prontamente para me dar o lugar. Aí sim, eu me arrasei (...)» (L., 72 anos).
Envelhecimento saudável e Linha de cuidado integral à pessoa idosa (SUS) 
As temáticas que abordam políticas públicas nos contexto da saúde (direcionadas para os idosos) serão abordadas no final do semestre.